E à Medida que Avances no Caminho Afora./Emmanuel

lições emmanuel

Seguir adiante . . . 

Dificuldades, fracassos, conflitos e frustrações… Possivelmente, faceaste tudo isso, restando-te unicamente largo rescaldo de pessimismo.
Apesar de tudo, a vida te busca a novas empresas de trabalho e renovação.
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O sol brilha, o mar de oxigênio te refaz energias, o progresso trabalha, o chão produz e parece que a noite se te abriga no ser.
Ergue-te em espírito e empreende a jornada nova.
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Um estrada continua em outra estrada, uma fonte associa-se à outra.
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Tens contigo a riqueza do tempo a esperar-te na aplicação dela própria, a fim de que a felicidade te favoreça.
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Varre os escaninhos da alma, expurgando as lembranças amargas, e deixa que a luz do presente consiga alcançar-te por dentro das próprias forças.
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Renova-te e segue adiante, trabalhando e servindo. E à medida que avances, caminho a fora, entre a bênção de compreender e o contentamento de ser útil, perceberás que todos os obstáculos e sombras de ontem se fizeram lições e experiências, enriquecendo-te o coração de segurança e de alegria, para que sigas em paz, no rumo de conquistas imperecíveis, ante o novo amanhecer…
“Assim que se alguém está em Cristo nova criatura é…” – Paulo (II Coríntios, 5:17)
EMMANUEL
(Ceifa de Luz, 23, FCXavier, FEB)

Contigo Mesmo

“… O dever começa precisamente no ponto em que ameaçais
a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo;
termina no limite que não gostaríeis de ver ultrapassado
em relação a vós mesmos…” (Cap. XVII, item 7.)
Como decifrar o dever? De que maneira observar o dever íntimo impresso na consciência, diante de tantos deveres sociais, profissionais e afetivos que muitas vezes nos impõem caminhos divergentes?
Efetivamente, nasceste e cresceste apenas para seres único no mundo. Em lugar algum existe alguém igual a tua maneira de ser; portanto, não podes perder de vista essa verdade, para encontrares o dever que te compete diante da vida.
Teu primordial compromisso é contigo mesmo, e tua tarefa mais importante na Terra, para a qual és o único preparado, é desenvolver tua individualidade no transcorrer de tua longa jornada evolutiva.
A preocupação com os deveres alheios provoca teu distanciamento das próprias responsabilidades, pois não concretizas teus ideais nem deixas que os outros cumpram com suas funções. Não nos referimos aqui à ajuda real, que é sempre importante, mas à intromissão nas competências do próximo, impedindo-o de adquirir autonomia e vida própria.
Assumir deveres dos outros é sabotar os relacionamentos que poderiam ser prósperos e duradouros. Por não compreenderes bem teu interior, é que te comparas aos outros, esquecendo-te de que nenhum de nós está predestinado a receber, ao mesmo tempo, os mesmos ensinamentos e a fazer as mesmas coisas, pois existem inúmeras formas de viver e de evoluir. Lembra-te de que deves importar-te somente com a tua maneira de ser.
Não podemos nos esquecer de que aquele que se compara com os outros acaba se sentindo elevado ou rebaixado. Nunca se dá o devido valor e nunca se conhece verdadeiramente.
Teus empenhos íntimos deverão ser voltados apenas para tua pessoa, e nunca deverás tentar acomodar pontos de vista diversos, porque, além de te perderes, não ajustarás os limites onde começa a ameaça à tua felicidade, ou à felicidade do teu próximo.
Muitos acreditam que seus deveres são corrigir e reprimir as atitudes alheias. Vivem em constantes flutuações existenciais por não saberem esperar o fluxo da vida agir naturalmente. Asseveram sempre que suas obrigações são em “nome da salvação” e, dessa forma, controlam as coisas ou as forçam acontecer, quando e como querem.
Dizem: -“Fazemos isso porque só estamos tentando ajudar”. Forçam eventos, escrevem roteiros, fazem o que for necessário para garantir que os atores e as cenas tenham o desempenho e o desenlace que determinaram e acreditam, insistentemente, que seu dever é salvar almas, não percebendo que só podem salvar a si próprios.
Nosso dever é redescobrir o que é verdadeiro para nós e não esconder nossos sentimentos de qualquer pessoa ou de nós mesmos, mas sim ter liberdade e segurança em nossas relações pessoais, para decidirmos seguir na direção que escolhemos. Não “devemos” ser o que nossos pais ou a sociedade querem nos impor ou definir como melhor. Precisamos compreender que nossos objetivos e finalidades de vida têm valor unicamente para nós; os dos outros, particularmente para eles.
Obrigação pode ser conceituada como sendo o que deveríamos fazer para agradar as pessoas, ou para nos enquadrar no que elas esperam de nós; já o dever é um processo de auscultar a nós mesmos, descortinando nossa estrada interior, para, logo após, materializá-la num processo lento e constante.
Ao decifrarmos nosso real dever, uma sensação de auto-realização toma conta de nossa atmosfera espiritual, e passamos a apreciar os verdadeiros e fundamentais valores da vida, associados a um prazer inexplicável.
Lembremo-nos da afirmação do espírito Lázaro em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”: “O dever é a obrigação moral, diante de si mesmo primeiro, e dos outros em seguida.(cap. XVII: 7).
Hammed.
Do livro “Renovando Atitudes”
por Francisco do Espírito Santo Neto

amar mais ou menos chico xavier

A escola do coração

O lar, na essência, é academia da alma.
Dentro dele, todos os sentimentos funcionam por matérias educativas.
A responsabilidade governa. A afeição inspira.
O dever obriga. O trabalho soluciona.
A necessidade propõe. A cooperação resolve.
O desafio provoca. A bondade auxilia.
A ingratidão espanca. O perdão balsamiza.
A doença corrige. O cuidado preserva.
O egoísmo aprisiona. A renúncia liberta.
A ilusão ensombra. A dor ilumina.
A exigência destrói. A humildade refunde.
A luta renova. A experiência edifica.
Todas as disciplinas referentes ao aprimoramento
do cérebro são facilmente encontradas nas universidades da Terra, mas a família é a escola do coração,
erguendo entes amados à condição de professores
do espírito.
E somente nela conseguimos compreender que as diversas posições afetivas, que adotamos na esfera convencional, são apenas caminhos para a verdadeira
fraternidade que nos irmana a todos, no amor puro,
em sagrada união, diante de Deus.
Emmanuel
Reunião pública de 25-7-60
Questão no 341
Psicografia de Francisco C. Xavier, Seara dos médiuns, FEB.

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