A tua Reforma Íntima – Divaldo Pereira Franco

REFORMA ÍNTIMA DIVALDO FRANCO

Reforma Íntima

 

A reforma íntima!
Quanto puderes, posterga a prática do mal até o momento que possas vencer essa força doentia que te empurra para o abismo.
Provocado pela perversidade, que campeia a solta, age em silêncio, mediante a oração que te resguarda na tranqüilidade.
Espicaçado pelos desejos inferiores, que grassam, estimulados pela onde crescente do erotismo e da vulgaridade, gasta as tuas energias excedentes na atividade fraternal.
Empurrado para o campeonato da competição, na área da violência, estuga o passo e reflexiona, assumindo a postura da resistência passiva.
Desconsiderado nos anseios nobres do teu sentimento, cultiva a paciência e aguarda a bênção do tempo que tudo vence.
Acoimado pela injustiça ou sitiado pela calúnia, prossegue no compromisso abraçado, sem desânimo, confiando no valor do bem.
Aturdido pela compulsão do desforço cruel, considera o teu agressor como infeliz amigo que se compraz na perturbação.
Desestimulado no lar, e sensibilizado por outros afetos, renova a paisagem familiar e tenta salvar a construção moral doméstica abalada.
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É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores. Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, a requeimarem por dentro, passados os primeiros momentos.
Ninguém foge aos desafios da vida, que são técnicas de avaliação moral para os candidatos à felicidade.
O homem revela sabedoria e prudência, no momento do exame, quando está convidado à demonstração das conquistas realizadas.
Parentes difíceis, amigos ingratos, companheiros inescrupulosos, co-idealistas insensíveis, conhecidos descuidados, não são acontecimentos fortuitos, no teu episódio reencarnacionista.
Cada um se movimenta, no mundo, no campo onde as possibilidades melhores estão colocadas para o seu crescimento. Nem sempre se recebe o que se merece. Antes, são propiciados os recursos para mais amplas e graves conquistas, que darão resultados mais valiosos.
Assim, aprende a controlar as tuas más inclinações e adia o teu momento infeliz.
Lograrás vencer a violência interior que te propele para o mal, se perseverares na luta.
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Sempre que surja oportunidade, faze o bem, por mais insignificante que te pareça. Gera o momento de ser útil e aproveita-o.
Não aguardes pelas realizações retumbantes, nem te detenhas esperando as horas de glorificação.
Para quem está honestamente interessado na reforma íntima, cada instante lhe faculta conquistas que investe no futuro, lapidando-se e melhorando-se sem cansaço.
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Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício.
Toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obstáculo, não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer.
A tua reforma íntima te concederá a paz por que anelas e a felicidade que desejas.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Vigilância. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

CONTROLE EMOCIONAL JOANNA DE âNGELIS

Necessário Despertar

 

Inúmeros candidatos ao conhecimento das informações espíritas – portadoras dos relevantes mecanismos para a reforma íntima – detêm-se, Inconsequentes, na expectativa de milagres, que os não há, para a solução de problemas que eles próprios criaram e continuam gerando, ou esperam que a simples adesão formal a uma sociedade, onde se divulga o Espiritismo, é suficiente para plenificá-los.
Fixados ao atavismo do maravilhoso e do sobrenatural, perseveram na crença leviana de que os Espíritos desencarnados tudo sabem, tudo podem , com a missão expressa de resolver as dificuldades humanas, desse modo, candidatando as criaturas à ignorância e ao atraso.
Acostumados às notícias extravagantes do misticismo que envolve a mediunidade e dos tabus em torno das comunicações espirituais, negam-se ao estudo sério, ou intentam-no, logo o abandonando, apoia-dos às bengalas psicológicas do comodismo de que lhes parece difícil a absorção do conhecimento espiritual, seja pela impossibilidade de manter a atenção, ou por deficiência de memória, ou ainda por perturbações de vária ordem, que afligem, adormecem, incomodam.
A argumentação simplista não procede, porquanto, em outras áreas do comportamento, seja no trabalho, no relacionamento interpessoal, nas pesquisas e cursos, se não houver um sincero interesse e legítima dedicação, ocorrem os mesmos fenômenos perturbardores, desestimulantes.
Toda experiência nova é desafio, caracterizado por dificuldades, superáveis, que mais despertam os valores morais de quem a deseja vivenciar. No que diz respeito àquelas de complexidade profunda, quais as de transformação do homem velho em um novo ser, os patamares a conquistar são múltiplos, revestidos de compreensíveis impedimentos.
Não se alteram hábitos doentios, perniciosos, de um momento para outro, com apenas a disposição, sem o correspondente esforço para consegui-lo.
A transformação interior para melhor, que o conhecimento espírita propicia, é precedida de um necessário despertar para a aceitação de novos e preciosos valores morais, que satisfazem e harmonizam a criatura.
Desse modo, ao desejo de crescimento, devem aliar-se o esforço contínuo e o devotamento às idéias renovadoras, trabalhando-se por entender as diretrizes que se lhe apresentam, experimentando e insistindo na sua implantação no mundo íntimo.
A vitória de qualquer tentame chega após a permanência na sua execução.
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Substitui, mediante as informações libertadoras do Espiritismo, os velhos hábitos, um a um, adotando novo comportamento mental, e, depois, vivencial, a fim de que a renovação se te faça contínua, incessante.
Fixa-te no propósito de vencer os velhos condicionamentos e adota as propostas de ação positiva, que te auxiliarão no crescimento íntimo.
Liberta-te dos instrumentos frágeis de justificação, evitando as fugas psicológicas à realidade, à responsabilidade.
Insiste na lapidação das arestas grosseiras da personalidade e adapta-te ao novo modo de entender e ser, incorporando à conduta as diretrizes espirituais.
Dar-te-ás conta dos benefícios imediatos que advirão, das soluções aos problemas que surgirão, enfim, de que o empenho se coroa de êxito na razão direta do esforço encetado.
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Não foi fácil a Simão Pedro transferir-se do mar da Galiléia, onde pescava com simplicidade, para a experiência difícil no oceano tumultuado da humanidade…
Foi grandemente dolorosa a transferência psíquica, emocional e humana de Saulo de Tarso, da exaltação judaica e da opulência do Sinédrio, bem como de uma família abastada, para a atividade áspera de artesão e apóstolo de Jesus…
Maceradora foi a conduta da equivocada de Magdala, ao adotar as lições do Mestre como regra de iluminação íntima, que conseguiu a duras penas…
A História está repleta de heróis da transformação para melhor, que todos respeitam, porém, são incontáveis os conquistadores anônimos do continente da alma, que estavam perdidos e se encontraram.
O Espiritismo hoje, revivendo Jesus ontem, oferece os valiosos esclarecimentos para a felicidade, a autodescoberta, a iluminação íntima libertadora.
Para consegui-lo é, primeiro, necessário despertar.
FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos Enriquecedores. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

O PERDÃO VERA JACUBOWSKI

Com Integridade e Consciência

 

Solicitaste uma fé que preenchesse de tranqüilidade o vazio da alma, e o Espiritismo ofereceu a tua mente indagadora respostas justas para os afligentes problemas, ensejando-te uma fé em bases racionais.
Desejaste um campo de trabalho onde pudesses aplicar as possibilidades do amor em legítimas atitudes de abnegação desinteressada, e a Doutrina Espírita colocou ao teu dispor a gleba da humanidade sofredora.
Pediste saúde para o corpo e equilíbrio para a mente visitada por distúrbios freqüentes, e a Mensagem Espiritista cedeu ao teu espírito os tesouros do estudo e as terapias do passe e da água fluída, através dos quais conseguiste ordenar a casa mental e recompor o metabolismo orgânico.
Requereste a bênção de companheiros leais ao teu lado, entre os quais o devotamento e o esforço digno te ensejassem a reforma íntima, nos teus planos de espiritualização pessoal, e a Palavra Espírita apresentou-te amigos, na feição de irmãos, que também buscavam libertação.
Pensaste em adquirir conhecimentos que te capacitassem com os instrumentos hábeis para o triunfo espiritual, e a Codificação Kardequiana, de fácil manuseio, franqueou-te os valiosos depósitos da sabedoria universal, num curso ao alcance de todas as mentes.
Prometeste construir um império de fraternidade real se conseguisses meios de executar o programa que traçaste, e a Revelação dos Espíritos, em decifrando os painéis da Imortalidade, falou-te do tempo de que disporias pelas rotas do Infinito, se começasses a laborar desde então…
No entanto, ainda te encontras no pórtico da tarefa espírita a realizar, solicitando e meditando e meditando, mantendo atitudes de inquietação e dúvida.
Faze o balanço sensato das tuas atividades com integridade e consciência.
Dizes, agora, que a fé de que dispões não é bastante poderosa para harmonizar-te interiormente…
Afirmas que o campo de trabalho está muito inçado de incertezas e suspeitas…
Explicas que a saúde é uma concessão transitória que não se fixa…
Informas que os companheiros da seara espírita não diferem muito dos outros homens..
Apregoas que as preocupações não te favorecem com a dádiva preciosas da serenidade para o estudo…
Esclareces que a atualidade não comporta construções de amor, por campearem livremente a criminalidade e o egoísmo exagerado…
E na contabilidade dos teus feitos o débito atinge expressões alarmantes.
Creditaste somente lamentações, queixas, azedumes, revoltas, decepções, exigências…
Esperavas, não um roteiro de santificação com o esforço pessoal exaustivo para o justo resgate dos compromissos negativos do passado.
Pretendias uma lição de progresso sem esforço, uma concessão gratuita da Divindade, que te situasse acima da craveira comum dos que lutam e sofrem, choram e servem redimindo-se a si mesmos.
E por isso te supões deserdado dos celestes favores, esquecido pelo carinho dos espíritos Excelsos.
Sonhas com o céu enquanto desconsideras a Terra, acreditando-a abjeta.
Pretende evolução e te recusas à elevação.
Procuras repouso sem o pagamento da moeda do trabalho.
O rio das horas, porém, corre, levando em suas vibrações-tempo as oportunidades perdidas.
Narra uma velha história que, num eremitério humílimo, residia santo homem asceta que vivia com frugal e pobre alimentação de maçã e tragos d’água de córrego vizinho. Exaltava-se e queixava-se, porém, em suas preces, dizendo: “Sofro por Ti e indago: haverá alguém mais pobre do que eu?” Um pouco mais abaixo, no mesmo sítio, junto ao curso d’água vivia outro monge, que se alimentava exclusivamente das cascas de maçãs que boiavam no riacho modesto…
Antes de lamuriar-te olha para baixo, contempla os que estão na retaguarda.
Não exijas nada nem reclames nada.
Espanca trevas e retira a fuligem que empana as tuas lentes espirituais.
Medita serenamente no impositivo da hora, estuda com atenção e acendrado interesse o espiritismo que te honra a existência, e sai a campo, aproveitando o tempo, alimentando-te da esperança e bebendo a água lustral da fé viva, relegando ao amanhã as inânias que ainda agora te atormentam. E o que não conseguires realizar, contigo, Jesus, o Incomparável Amigo, fará oportunamente.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Dimensões da Verdade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

ACORDAR

Coragem para Mudar

 

Muitos dos conflitos que afligem o ser humano decorrem dos padrões de comportamento que ele próprio adota em sua jornada terrestre.
É comum que se copiem modelos do mundo, que entusiasmam por pouco tempo, sem que se analisem as conseqüências que esses modos comportamentais podem acarretar.
Não se tem dado a devida importância ao crescimento e ao progresso individual dos seres.
Alguns crêem que os próprios equívocos são menores do que os erros dos outros.
Outros supõem que, embora o tempo passe para todos, não passará do mesmo modo para eles.
Iludem-se no sentido de que a severidade das leis da consciência atingirá somente os outros.
Embriagados pelo orgulho e pelo egoísmo deixam-se levar pelos desvarios da multidão sem refletir a respeito do que é necessário realmente buscar-se.
É chegado o momento em que nós, espíritos em estágio de progresso na Terra, devemos procurar superar, de forma verdadeira, o disfarçado egoísmo, em busca da inadiável renovação.
Provocados pela perversidade que campeia, ajamos em silêncio, por meio da oração que nos resguarda a tranqüilidade.
Gastemos nossas energias excedentes na atividade fraternal e voltada à verdadeira caridade.
Cultivemos a paciência e aguardemos a benção do tempo que tudo vence.
Prossigamos no compromisso abraçado, sem desânimo, sem vãs ilusões, confiando sempre no valor do bem.
É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores.
Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, passados os primeiros momentos.
Aprendamos a controlar nossas más inclinações e lograremos vencer se perseverarmos no bom combate.
Convertamos sombras em luz.
Modifiquemos hábitos danosos, em qualquer área da existência, começando por aqueles que pareçam mais fáceis de serem derrotados.
Sempre que surgir a oportunidade, façamos o bem, por mais insignificante que nosso ato possa parecer.
Geremos o momento útil e aproveitemo-lo.
Não nos cabe aguardar pelas realizações grandiosas, e tampouco podemos esperar glorificação pelos nossos acertos.
O maior reconhecimento que se pode ter por fazer o que é certo é a consciência tranqüila.
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício, enquanto toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
Trabalhemos nossa própria intimidade, vencendo limites e obstáculos impostos, muitas vezes, por nó mesmos.
Valorizemos nossas conquistas, sem nos deixarmos embevecer e iludir por essas vitórias.
Há muitas paisagens, ainda, a percorrer e muitos caminhos a trilhar.
Somente a reforma íntima nos concederá a paz e a felicidade que almejamos.
A mudança para melhor é urgente, mas compete a cada um de nós, corajosa e individualmente, decidir a partir de quando e como ela se dará.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Vigilância. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

CARINHO

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