AFASTAR MAUS ESPÍRITOS OU EVANGELIZAR ?

MISERICÓRDIA DIVINA 

Quando rogamos da infinita misericórdia de Deus Nosso Pai, Ele nos envia das suas bênçãos, através de seus mensageiros ou benfeitores amigos, que sondam as nossas reais intenções e ou nosso propósito sincero de mudanças de hábitos perniciosos.
E assim, no propósito de alavancarmos ao infinito amor, que é o nosso progresso como seres em busca da luz interior.
Vera Jacubowski

tudo é amor

AFASTAR OU EVANGELIZAR ?

Maus Espíritos?

Os Espíritos estão por toda parte. Aqueles que se afinizam conosco, procuram estar ao nosso lado, seja porque sentem saudades, seja porque ainda não conseguiram se desprender dos laços da matéria.
Da mesma forma, os que não nos querem bem podem também nos acompanhar. Esses irmãos buscam um “acerto de contas” essencialmente porque, enquanto caminhávamos lado a lado, como encarnados, não soubemos nos perdoar mutuamente. A companhia de nossos desafetos que já estão desencarnados se dá, fundamentalmente pela FALTA DE PERDÃO.
Portanto, não existem fórmulas mágicas para “expulsar” espíritos. Eles se ligam a nós por afinidades, seja para o bem, seja para o mal. Nossos pensamentos e nossas inclinações os atraem até nós, de maneira que todas as obsessões (influências negativas) são VIAS DE MÃO DUPLA, nas quais temos, nós também, nossa parcela de responsabilidade.
O que fazer para afastar espíritos? Eu diria que o conceito é incorreto – não devemos nos dedicar a “afastar” espíritos, mas sim, EVANGELIZÁ-LOS – a eles, e a nós mesmos!
Se irmãos necessitados do outro lado da vida reclamam a nossa companhia, se instalam-se em nossos lares, se nos acompanham rotineiramente, o fazem porque são necessitados de luz, de encaminhamento na Espiritualidade , de desprendimento da matéria, e sobretudo de PERDÃO, no caso de espíritos obsessores.
Não é através de simpatias, práticas exteriores, fórmulas, cores, rituais que vamos encaminhá-los ou fornecer a ajuda que necessitam. Só conseguimos fazer isso através da ORAÇÃO e da EVANGELIZAÇÃO desses Espíritos, pedindo sinceramente por eles e por seu progresso espiritual.
Portanto, eu posso lhe recomendar apenas o que, efetivamente, resolve: ORAR. Orar e vigiar, conforme nos ensinou Jesus (vigiar a seus próprios pensamentos, sentimentos e atitudes, para não atrair para a sua companhia irmãos rancorosos, vingativos ou viciosos – sejam eles encarnados, ou desencarnados).
Além disso, leia diariamente um trecho do EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
Leia em voz alta, e faça uma prece sincera por todos os seus amigos e inimigos desencarnados. Para os amigos ore com gratidão, desejando que continuem sua trilha de progresso no Plano Espiritual. Para os inimigos, ore com o coração repleto de PERDÃO.
Peça perdão por todo mal que você possa haver lhes causado, e diga que você, sinceramente, já os perdoou (ou está orando a Deus, pedindo para conseguir perdoar). Ore pela paz desses irmãos, peça a Deus que tenha para com eles Misericórdia – a mesma misericórdia que você pede para você e para os seus.
O “acerto de contas” que nossos obsessores nos reclamam não precisa ser feito através da perturbação, do transtorno, do desequilíbrio – pode ser feito através do amor, do perdão mútuo, da oração sincera através da qual, tanto os obsessores quanto os obsedados, se instruirão sobre as leis de Deus.
O amor é a única lei possível, Jane, é o que eu sempre digo. Não há fórmulas mágicas que resolvam questões que, na realidade, clamam por AMOR e PERDÃO de ambas as partes.
O acerto de contas é lavar a alma com esquecimento das mágoas e das ofensas; é desejar o bem sinceramente, é orar pelo sucesso dos nossos desafetos, é educar o coração para substituir a ofensa pelo perdão, a mágoa pelo esquecimento, o ressentimento pelo amor.
Assim, você fará de um inimigo um amigo.
E, se esse espírito já for um amigo, você terá a sua gratidão, por ter contribuído, com suas orações, para o encaminhamento dele na Espiritualidade.

vontade de Deus chico xavier

 

O Livro dos Espíritos
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

II – Influência Oculta dos Espíritos Sobre os Nossos Pensamentos e as Nossas Ações

459. Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?

— Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem.

460. Temos pensamentos próprios e outros que nos são sugeridos?

— Vossa alma é um Espírito que pensa; não ignorais que muitos pensamentos vos ocorrem, a um só tempo, sobre o mesmo assunto, e freqüentemente bastante contraditórios. Pois bem, nesse conjunto há sempre os vossos e os nossos, e é isso o que vos deixa na incerteza, porque tendes em vós duas ideias que se combatem.

461. Como distinguir os nossos próprios pensamentos dos que nos são sugeridos?

— Quando um pensamento vos é sugerido, é como uma voz que vos fala. Os pensamentos próprios são, em geral, os que vos ocorrem no primeiro impulso.
De resto, não há grande interesse para vós nessa distinção e é frequentemente útil não o saberdes: o homem age mais livremente; se decidir pelo bem, o fará de melhor vontade; se tomar o mau caminho, sua responsabilidade será maior.

462. Os homens de inteligência e de gênio tiram sempre suas ideias de si mesmos?

— Algumas vezes as idéias surgem de seu próprio Espírito, mas frequentemente lhes são sugeridas por outros Espíritos, que os julgam capazes de as compreender e dignos de as transmitir. Quando eles não as encontram em si mesmos, apelam para a inspiração; é uma evocação que fazem, sem o suspeitar.
Comentário de Kardec: Se fosse útil que pudéssemos distinguir os nossos próprios pensamentos daqueles que nos são sugeridos. Deus nos teria dado o meio de fazê-lo, como nos deu o de distinguir o dia e a noite. Quando uma coisa permanece vaga, é assim que deve ser para o nosso bem.

463. Diz-se algumas vezes que o primeiro impulso é sempre bom; isto é exato?

— Pode ser bom ou mau, segundo a natureza do Espírito encarnado. É sempre bom para aquele que ouve as boas inspirações.

464 Como distinguir se um pensamento sugerido vem de um bom ou de um mau Espírito?

— Estudai a coisa: os bons Espíritos não aconselham senão o bem; cabe a vós distinguir.

465. Com que fim os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal?

— Para vos fazer sofrer com eles.

465 – a ) Isso lhes diminui o sofrimento?

— Não, mas eles o fazem por inveja dos seres mais felizes.

465 – b) Que espécie de sofrimentos querem fazer-nos provar?

— Os que decorrem de pertencer a uma ordem inferior e estar distante de Deus

466. Por que permite Deus que os espíritos nos incitem ao mal?

— Os espíritos imperfeitos são os instrumentos destinados a experimentar a fé e a constância dos homens no bem. Tu, sendo Espírito, deves progredir na ciência do infinito, e é por isso que passas pelas provas do mal para chegar ao bem. Nossa missão é a de colocar-te no bom caminho, e quando más influências agem sobre ti, és tu que as chamas, , pelo desejo do mal, porque os Espíritos inferiores vêm em teu auxílio no mal, quando tens a vontade de o cometer; eles não podem ajudar-te no mal, senão quando tu desejas o mal. Se pés inclinado ao assassínio, pois bem, terás uma nuvem de espíritos que entreterão esse pensamento em ti; mas também terás outros que tratarão de influenciar-te para o bem, o que faz que se reequilibre a balança e te deixe senhor de ti.

467. Pode o homem se afastar da influência dos Espíritos que o incitam ao mal?

— Sim, porque eles só se ligam aos que os solicitam por seus desejos ou os atraem por seus pensamentos.

468. Os Espíritos cuja influência é repelida pela vontade do homem renunciam às suas tentativas?

— Que queres que eles façam? Quando nada têm afazer, abandonam o campo. Não obstante, espreitam o momento favorável, como o gato espreita o rato.

469. Por que meio se pode neutralizar a influência dos maus Espíritos?

— Fazendo o bem e colocando toda a vossa confiança em Deus, repelis a influência dos Espíritos inferiores e destruís o império que desejam ter sobre vós. Guardai-vos de escutar as sugestões dos Espíritos que suscitem em vós os maus pensamentos, que insuflam a discórdia e excitam em vós todas as más paixões. Desconfiai sobretudo dos que exaltam o vosso orgulho, porque eles vos atacam na vossa fraqueza. Eis porque Jesus vos faz dizer na oração dominical: “Senhor, não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal!”.
470. Os Espíritos que procuram induzir-nos ao mal, e que, assim, põem à prova a nossa firmeza no bem, receberam a missão de o fazer, e, se é uma missão que eles cumprem, terão responsabilidade nisso?
— Nenhum Espírito recebe a missão de fazer o mal; quando ele o faz, é pela sua própria vontade, e consequentemente terá de sofrer as consequências(1). Deus pode deixá-lo fazer para vos provar, mas jamais o ordena e cabe a vós repeli-lo.

471. Quando experimentamos um sentimento de angústia, de ansiedade indefinível ou de satisfação interior sem causa conhecida, isso decorre de uma disposição física?

— E quase sempre um efeito das comunicações que, sem o saber, tivestes com os Espíritos, ou das relações que tivestes com eles durante o sono.

472. Os Espíritos que desejam incitar-nos ao mal limitam-se a aproveitar as circunstâncias em que nos encontramos ou podem criar essas circunstâncias?

— Eles aproveitam a circunstância, mas frequentemente a provocam, empurrando-vos sem o perceberdes para o objeto da vossa ambição. Assim, por exemplo, um homem encontra no seu caminho uma certa quantia: não acrediteis que foram os Espíritos que puseram o dinheiro ali, mas eles podem dar ao homem o pensamento de se dirigir naquela direção, e então lhe sugerem apoderar-se dele, enquanto outros lhes sugerem devolver o dinheiro ao dono. Acontece o mesmo em todas as outras tentações.

Não podemos reclamar.
Sempre me recordo do que está escrito :
Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus !
Se estamos atravessando esta ou aquela dificuldade, precisamos entender que estamos sendo examinados para efeito de promoção.
A nossa imperfeição atrai os problemas pelos quais estamos atravessando; existe uma certa identificação entre aquilo que somos e as circunstâncias
da vida no mundo de provas e expiações em que estamos vivendo.

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ESTUDO

(Do livro “Intervalos”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)
Estudar para compreender.
Compreender para amar.
O estudo é a escola.
O amor é o templo.
Na escola, o cérebro sorve a luz.
No templo, o coração difunde-lhe o brilho.
Com o livro aprendemos.
Com a oração sublimamos.
E entre o livro e a oração, a alma encontra o campo de serviço em cujas leiras divinas se integra na função que lhe cabe na obra de Eterna Sabedoria.
Estuda, pois, amando, no altar da humildade, manejando o instrumento de trabalho que o Senhor te confia, engrandecendo a tua vida no fiel desempenho de teu dever.
Quando a inteligência se isola, por mais bela, não é mais que a fortuna inútil e solitária no fortim do egoísmo.
Quando o sentimento se distancia da luta, detendo-se na adoração improfícua, não é mais que o manancial bem nascido a estagnar-se no poço.
Aprender para crescer.
Crescer para ajudar.
Recorda que o homem não nasceu para escravo da Natureza primitivista.
Deu-lhe o Criador um estômago para reter os alimentos da Terra e conferiu-lhe dois olhos, dois ouvidos, e duas mãos para que o devotamento ao progresso nele encontre um aprendiz eficiente e aplicado do bem e da luz, em todos os ângulos do caminho.
Grande e nobre é a afetividade que te aprisiona docemente ao círculo doméstico, em que te habilitas para a glória futura, mas sublime e santo é o estudo que te descerra ao espírito imperecível às portas do entendimento e do amor, pelas quais te religarás a Deus, através do trabalho incessante à Humanidade inteira.

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