AJUDA HOJE – André Luiz

Ajuda hoje ANDRÉ LUIZ

Ajuda-te

 

Sim, nas leis da reencarnação, quase todos nós, os filhos da Terra, temos o passado a resgatar, o presente a viver e o futuro a construir.
Lembremo-nos, assim, de que, nas concessões da Providência Divina, o nosso mais precioso lugar de trabalho chama-se “aqui” e o nosso melhor tempo chama-se “agora”.
Detenhamo-nos, por isso, na importância das horas de hoje.
Ontem, perturbação.
Hoje, reequilíbrio.
Ontem, o poder transviado.
Hoje, a subalternidade edificante.
Ontem, a ostentação.
Hoje, o anonimato.
Ontem, a incompreensão.
Hoje, o entendimento.
Ontem, o desperdício.
Hoje, a parcimônia.
Ontem, a ociosidade.
Hoje, a diligência.
Ontem, a sombra.
Hoje, a luz.
Ontem, o arrependimento.
Hoje, a reconstrução.
Ontem, a violência.
Hoje, a harmonia.
Ontem, o ódio.
Hoje, o amor.
Diz-nos a sabedoria de todos os tempos — “Ajuda-te que o Céu te ajudará” —, afirmativa sublime que nos permitimos parafrasear, acentuando: “Ajuda-te hoje, que o Céu te ajudará sempre”.

 

Autor: André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

ESPIRITISMO

Ajuda-me a olhar?

 

 

Diego não conhecia o mar.
O pai, Santiago Kovadloff, resolveu levá-lo para que conhecesse o mar gigantesco.
Viajaram para o sul. O oceano estava do outro lado dos bancos de areia, esperando.
Quando o menino e o pai alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar apareceu na frente de seus olhos.
Foi tanta a imensidão do mar, tanto seu fulgor, que o menino ficou mudo com tamanha beleza.
E, quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
“Pai, me ajuda a olhar?”
* * *
Nós, pais, estamos no mundo para ajudar nossos filhos a olhar.
Por trás desse me ajuda a olhar, de menino inocente e admirado, estão as grandes questões da educação no lar.
A pergunta do filho poderia ser entendida como: Pai, me ajuda a perceber todas as belezas, as nuances, tudo que ainda não consigo perceber?
Ajuda-me a saber admirar as coisas importantes da vida, você que já viveu tanto e tem tanta bagagem de mundo, tanta experiência?
Ajuda-me a compreender a existência, seus desafios, seus objetivos maiores?
Ajuda-me a não temer os problemas, a aprender com eles, toda vez que resolverem aparecer?
Ajuda-me a caminhar? Sem precisar caminhar por mim, pois tenho que descobrir meus próprios passos, mas, nos primeiros, principalmente, você fica ao meu lado?
E quando eu cair, você vai estar lá? Pois muitas coisas neste mundo me assustam, e preciso de uma segurança, de um lar para onde eu possa voltar.
Ajuda-me a olhar para dentro de mim, pai?
Preciso me conhecer para me amar, para me perdoar e não deixar que a culpa me faça menor.
Ajuda-me a olhar para dentro de mim?
A descobrir minhas potencialidades, minhas habilidades, o que tenho de bom?
Pois se você, pai, disser: “Você pode, meu filho. Você tem capacidade você é inteligente…” Aí sim, vou acreditar.
E, se nessa busca eu encontrar algo que não goste, não suporte, você me ajuda a eu não desistir de mim mesmo?
Por isso preciso de você aqui, ao meu lado, me ensinando a olhar o mundo e a mim com olhos de quem quer a paz e não mais a discórdia, a violência.
Por isso preciso que me ensine a olhar, que me ensine a escolher para que, um dia, quando meus olhos estiverem vendo o oceano, da altura dos seus… eu então possa dizer ao meu filho:
“Vou lhe ensinar a olhar, meu filho, não se preocupe. Segure firme em minhas mãos e vamos olhar o mundo juntos… Sempre juntos.”
* * *
Allan Kardec, codificador da Doutrina Espírita, em O livro dos Espíritos assevera:
Os Espíritos apenas entram na vida corporal para se aperfeiçoar e melhorar.
A fraqueza da idade infantil os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devem fazê-los progredir.
É então que podem reformar seu caráter e reprimir suas más tendências. Este é o dever que Deus confiou a seus pais, missão sagrada pela qual terão de responder.

 

Redação do Momento Espírita com base em trecho de O livro dos abraços, de Eduardo Galeano, ed. Porto e no item 385 de O livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed. Feb. Em 01.12.2011.

 

AJUDE CONVERSANDO ANDRÉ LUIZ

Aprendizes da evolução

 

 

Os teus são problemas iguais aos de todas as pessoas.
Por mais te creias infeliz, há outros que se encontram em leitos de maiores dores ou que estão encurralados em sombras mais espessas.
Mesmo que teimes em ignorar, desfilam ao teu lado na passarela da ilusão os campeões do infortúnio. Brilham nas disputas sociais os ases do sofrimento, sob cargas de desespero que não suportarias.
Os teus são os problemas do quotidiano, que todos experimentam, mas que se avolumam e agravam por leviandade ou rebeldia da tua parte.
Não desconheces que o renascimento é condição inadiável, e que ele é exigido a todos os Espí­ritos endividados para benefício deles mesmos.
Não se trata de punição. É precioso auxílio que lhes faculta liberação dos pesados débitos contraídos nos dias da ignorância.
Nenhum de nós tem estado isento de ressarcir…
Desertores da conduta reta, somos o que merecemos.
A exceção única é Jesus, nosso Modelo e Guia. Mesmo assim, Ele enfrentou pro­blemas sobre problemas até o triunfo na res­surreição.
* * *
A semente que se beneficia e se desdobra no solo fértil enfrenta o problema da terra que a esmaga.
O rio cantarolante, que esparze linfa preciosa para a manutenção da vida, experimenta o problema do leito em que corre.
A ave, que chilreia e adorna a natureza, padece o problema da subsistência e do agasalho.
A flor, que aromatiza, sofre o problema do in­seto que lhe suga a vitalidade e a fecunda com outro pólen.
A vida em todas as manifestações é uma suces­são de testes e exames a que são submetidos os aprendizes da evolução.
Evitemos, assim, as queixas descabidas, que muitas vezes não consideram a dor profunda do próximo desgraçado, enveredando pelos caminhos egoístas da autocomiseração.
A Terra é campo de provas, e não jardim de gozos sem fim.
Não estamos aqui para desfrutar simplesmente, como viajante em férias que se aparta momentaneamente de suas obrigações corriqueiras.
A Terra é escola bendita e necessária – não esqueçamos disso.
* * *
Toda vez que uma grande prova se aproximar, lembremo-nos de nos preparar para ela.
Respirar fundo, meditar, orar. São recursos que temos para saber agir nesses momentos de dificuldade.
É nesses momentos que precisamos recordar de tudo que a religião que abraçamos nos fornece. É nesses instantes que devemos colocar em prática o que aprendemos na teoria das palestras, dos estudos.
Evitar o desespero, o pânico – eis o primeiro passo.
Evitar a reação direta, impensada, simplesmente emocional eis o segundo.
Todo problema apresenta solução. Talvez nós tenhamos dificuldade em enxergá-la, num primeiro momento – o que é compreensível – mas, saibamos que ela existe.
Todo problema, toda crise é chance de aprendizado. Sempre temos a chance de sair maiores do que entramos, quando numa experiência grave.
Confia em Deus. Confia em Suas Leis. Confia nas forças que teu próprio coração guarda, e decide: Serei vencedor!
Recorda de Jesus proclamando:
No mundo terei tribulações. Mas, tende bom ânimo, eu venci o mundo.

 

Redação do Momento Espírita, com citações do cap. 22 do livro
Florações evangélicas, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 23.09.2009.


À procura de virtudes

 

Você acredita que ter virtudes é importante para um bom relacionamento?
E você costuma procurar virtudes nas pessoas com as quais convive?
Talvez você acredite que ter virtudes é importante e até as procure nas pessoas de sua relação, mas se questione se essas qualidades não são escassas em alguns indivíduos.
Bem, se você está com essa problemática, talvez possamos pensar juntos sobre como tentar resolver esse impasse.
Já houve algum momento em que você se interessou por algo, e passou a notar esse algo com mais frequência?
Por exemplo: se você resolve comprar um veículo de tal marca e tal modelo, começa a notar muitos desses veículos circulando pelas ruas, o que não acontecia antes, não é mesmo?
Pois bem, isso é fruto do interesse, da atenção que você presta no objeto que procura.
Algo semelhante pode acontecer também com os defeitos, os vícios, as qualidades, os valores, as virtudes dos indivíduos.
Se você observa uma pessoa à procura de defeitos, certamente vai perceber só defeitos, pois esse é o foco da sua atenção.
Nem sempre isso quer dizer que a pessoa tenha os defeitos que você nota, mas suas lentes estão ajustadas para ver defeitos.
Ao contrário, quando você ajusta seu olhar para detectar virtudes perceberá, sem dúvida, muitas delas.
Experimente fazer isso com alguém do seu círculo de relacionamento em quem você nunca percebeu nenhuma virtude. Comece a observar com olhos de ver e encontrará virtudes.
Isso fará com que seu conceito sobre essa pessoa se modifique para melhor.
Esse é um bom exercício para quem deseja tornar sua vida de relação mais harmônica.
Não existe uma pessoa no mundo que não tenha pelo menos uma virtude, uma qualidade. Basta procurar.
E quando passamos a ver qualidades nas pessoas que convivem conosco, o relacionamento se torna mais agradável.
Para ajudar nessa procura por boas qualidades, vamos citar algumas delas:
paciência, pontualidade, boa vontade, alegria, otimismo, responsabilidade, organização, respeito, espírito de equipe, discrição, lealdade, honestidade, senso de justiça, disposição, sinceridade, tolerância.
Às vezes, implicamos com uma pessoa apenas porque ela pensa diferente de nós e por isso a rotulamos e a excluímos do nosso círculo de amizades.
Outras vezes, o simples fato de não simpatizarmos com alguém já basta para nos afastar e evitar aproximações.
E se viver em sociedade é condição natural dos seres humanos, importante que procuremos viver bem com as demais pessoas.
Façamos esse importante exercício de procurar virtudes.
E o mérito será maior quanto mais difícil for para encontrá-las e lhes dar o devido valor.
Afinal, virtudes são como jóias valiosas, é preciso descobri-las e saber apreciá-las.
Que tal essa proposta?
Pense nisso, afinal, você não tem nada a perder. Pelo contrário, tem muito a ganhar.
Como? Ora, tornando sua vida de relação mais agradável e contribuindo com seu tijolo de otimismo nessa construção chamada sociedade.
* * *
Um dia, um Sábio de Nazaré disse: Quem tem olhos de ver, veja.
Pense nisso, ajuste suas lentes, e seja um garimpeiro de virtudes!

 

Redação do Momento Espírita.
Em 22.12.2009.


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