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AMOR DE VIDAS PASSADAS ALMAS GÊMEAS – VISÃO ESPÍRITA

AMOR DE VIDAS PASSADAS ALMAS GÊMEAS

AMOR DE VIDAS PASSADAS ALMAS GÊMEAS

Para se entender com maior profundidade a origem do amor é necessário contextualizá-lo dentro da teoria da palingenesia, ou reencarnação. Um amor não nasce de simples semelhanças de modos de ser e de interesses comuns, ele é o resultado de um longo processo de dezenas ou mesmo centenas de vidas passadas em que duas almas conviveram juntas. Nestas experiências conjuntas, ambas foram passando por circunstâncias juntos, enfrentando desafios, superando obstáculos, atravessando todas as dificuldades, e envolveram-se em laços afetivos e amorosos um com o outro, brotando daí uma profunda identificação e um sentimento verdadeiro.
Muitas pessoas me perguntam como podemos descobrir se alguém que muito amamos fez parte do nosso passado de outras vidas. A resposta a essa pergunta é bem simples: se você ama verdadeiramente essa pessoa, e a conhece a pouco tempo, então vocês já viveram, sem sombra de dúvida, experiências mútuas em vidas passadas. Isso significa que o amor verdadeiro, aquele que reside numa esfera muito íntima do nosso ser, não pode ser desperto em apenas uma vida. Os laços do amor real são tão fortes, que apenas experiências milenares podem despertar em nós um amor que é quase divino, que nasce do infinito e que se manifesta no ser humano como a expressão do sentimento mais puro que o homem da face da Terra pode ter acesso: o amor incondicional.
Em nossos estudos com terapia de vidas passadas chegamos a conclusão, tal como centenas de terapeutas ao redor do mundo, que todos os seres se agrupam naquilo que se convencionou chamar de “família de almas” ou “grupo anímico”. Além de nossa família consanguínea, que forma indivíduos com laços de sangue comuns, todos os seres possuem uma família espiritual, que é bem maior do que a nossa família genética atual. Ela é composta por centenas de espíritos que tiveram milhares de experiências conosco em vidas passadas; são espíritos que nos conhecem há milênios, e todo esse arcabouço de experiências coletivas os liga por laços de amizade, carinho, amor, cooperação, compaixão, e outros.
Como tudo na vida tem dois pólos, as experiências negativas também fazem parte destes laços, sendo comuns sentimentos de ódio, raiva, antipatias, rejeição, ojeriza, malquerença, amargor, mágoa, etc. Toda essa mistura de sentimentos, tanto os positivos quanto os negativos, podem se expressar em nossas relações, e na maioria das vezes nem desconfiamos que eles vêm de vidas passadas, e não da vida atual.
Dentre nossa família de almas, há aqueles espíritos que cada um de nós guarda uma afeição mais profunda. Esses geralmente oscilaram, nos diversos papéis de vidas passadas, sendo nossos filhos, amigos, marido, esposa, pai, mãe, avô, avó, irmão ou irmã. A proximidade do parentesco físico não é definitiva para indicar o grau de afeição entre duas almas. Por exemplo, um filho pode amar mais a avó do que a própria mãe, pois seus laços espirituais podem ter sido mais estreitos em diversas vidas passadas. Um pai pode amar mais um filho do que o outro: embora muitos pais neguem essa diferença afetiva, sabemos que isso existe e é perfeitamente normal, já que um pai pode ter mais experiências amorosas pretéritas com um filho do que com o outro.
Algumas vezes as experiências traumáticas do passado podem abafar um amor entre duas almas. Por exemplo: uma mãe que matou seu filho numa vida passada, quando eles eram irmãos que disputavam algo. O filho pode carregar essa recordação inconsciente dentro de si e expressa-la em forma de rejeições, afastamento, ojeriza e até uma raiva inconsciente pelo que foi feito. É preciso lembrar sempre que esses traumas, apesar de terem sido esquecidos entre uma vida e outra, não apagam os sentimentos, sejam eles positivos ou negativos. A falta de memória não destrói as emoções que guardamos dos espíritos que fizeram parte do nosso histórico encarnatório.
Dessa forma, a família de almas é nossa família espiritual e vale muito mais do que nossa família física. Um bom exemplo é observar o comportamento afetivo das pessoas. Algumas podem gostar mais de um amigo do que de um parente próximo, como pai, mãe ou irmão. Esse amigo, apesar de não fazer parte de sua família consanguíneo, pode ser um membro próximo de nossa família espiritual, e um amor muito grande pode estar presente na relação de ambos. Assim, a família espiritual transcende nossa família de sangue e demonstra a existência de laços muito maiores, mais sutis e imensamente mais antigos do que os laços consanguíneos.
Cada família espiritual é parte de uma família ainda maior, que pode nem sequer viver atualmente no planeta Terra. Há pessoas que sentem internamente, com grande certeza íntima, de que seus amigos verdadeiros e sua família não são deste planeta. Esse é o caso de muitas pessoas que foram exiladas de seu planeta de origem e estão aqui na Terra há algumas vidas tentando transmutar uma parcela do carma que ainda as prende nos grilhões terrestres.
Alguns sentem isso tão forte que sequer conseguem manter laços afetivos na Terra, tal é o seu grau de apego a sua família espiritual extraterrestre. Alguns podem imaginar que isso representa uma evolução e que é uma indicação de superioridade espiritual, mas não é bem assim. Essa recusa em se viver a realidade atual implica num forte apego a um estado arcaico de existência, e esse apego pode aprisionar o espírito muito fortemente dentro de limites muito reduzidos, o que abafa a natureza essencial daquela alma e pode degradar seus sentimentos, pensamentos e comportamentos.
O apego é um sinal claro de atraso espiritual e deve ser objeto de um esforço no sentido da libertação do cárcere terrestre. Se estamos vivendo aqui na Terra, precisamos da Terra para atingir esse desprendimento; de nada adianta desejar sair daqui para uma condição externa melhor e mais elevada. O universo é perfeita harmonia e inteligência, e nada ocorre por acaso. Quem está aqui, precisa das experiências terrestres para seu desenvolvimento espiritual.
Um fenômeno interessante que pode ocorrer é a inversão de papel. Uma mãe, que teve experiências afetivas de marido-esposa muito fortes com seu filho atual, pode sentir desejos inconscientes de experimentar novamente o amor de marido-mulher. Alguns pais conseguem desapegar-se disso e viver a condição da atual encarnação dentro da função de pai e filho. Outros, no entanto, cedem a essas tendências e podem ser levados até mesmo, em última instância, a molestar seus filhos. Todo pai que sinta essa inversão de papel deve lutar contra essa tendência, esse apego, pois só assim poderá viver com mais intensidade a relação atual de pai-filho. Isso ocorre também entre irmãos, que no passado foram marido e mulher e hoje sentem vontade de ter carinhos mais próximos, que extrapolam a relação fraterna natural.
Outro exemplo são marido e mulher atual, que numa outra existência (ou existências) foram irmãos e acabam depois se tornando amigos, ou têm dificuldades de manter relações sexuais por conta das lembranças inconscientes de vidas como irmãos. Há muitos outros exemplos dessa inversão de papel; o mais importante aqui é entender que o passado não deve interferir em nossas relações atuais da forma que elas se apresentam hoje: se hoje sou pai da minha filha, devo trata-la como filha e deixar de lado os sentimentos típicos de marido e mulher que tivemos em vidas passadas.
Outro fenômeno que pode ocorrer, esse não muito comum, é quando duas almas muito próximas, e que se amam muito, se reencontram, querem viver juntas, mas ambas são do mesmo sexo. Eles podem viver como bons amigos, ou podem desejar, se o apego for grande, viverem juntas como companheiros. Se forem dois homens, podem ceder aos desejos sexuais e iniciarem uma relação que vai além da amizade, passando a viver como amantes; se forem duas mulheres, podem fazer o mesmo e até casarem.
O mais interessante é que, mesmo sem existir um histórico de homossexualidade, essas almas podem decidir estreitar os laços dentro de um contexto amoroso e sexual. Já vi casos como esse, e as pessoas envolvidas me garantiram que nunca tiveram desejos homossexuais, e o que sentiam uma pela outra só servia para essa pessoa em específico, e para nenhuma outra.
Por exemplo, uma das meninas gosta de outra menina e quer ficar com ela, mas nunca havia se relacionado com outras mulheres e garante não sentir qualquer tipo de desejo sexual por outras mulheres, somente por aquela que se torna sua companheira. Esse é um caso típico de apego a condição anterior em vidas passadas. Ninguém pode julgar se isso é correto ou não; a escolha, neste caso, é da própria pessoa e só a ela compete avaliar a qualidade de suas relações. Repudiamos aqui o preconceito a homossexualidade e somos favoráveis a liberdade de expressão da sexualidade. Advertimos, porém, que qualquer excesso nessa área, seja com heterossexuais ou homossexuais, pode implicar em efeitos graves e num carma negativo, com severas complicações futuras, na vida atual ou em vidas futuras.
Quando duas almas que se amam muito estão em planos diferentes, isso pode se tornar um problema. É o caso de pessoas que nascem no plano físico, e que sonham ou sentem a presença de espíritos que não estão em corpo físico. Essa pessoa ama o espírito, e deseja ficar com ele, mas como essa alma não se encontra encarnada, ela nada pode fazer. É possível encontros em projeção astral, quando dormimos a noite e nosso corpo espiritual deixa o corpo físico e passa a interagir com outras dimensões. Nesses momentos, as duas almas podem se encontrar e ficar um tempo juntas. O encarnado pode ter vários sonhos com o desencarnado, mesmo sem saber quem ele é e nunca te-lo conhecido na vida atual. Mas intimamente ela sabe que o conhece, que o ama, e sente vontade de ficar com ele, como mostra esse exemplo de um breve relato que recebemos:
“Mais uma noite eu sonhei com aquela moça linda, ela me faz sentir uma forte emoção, uma saudade, eu a amo, eu acordo chorando, sempre, há anos.”
Os espíritos de luz que comandam o destino dos seres podem autorizar esta situação para estimular o desapego entre as duas almas.
O universo sempre conspira para que uma alma se desenvolva espiritual e passe a amar a todos, e não apenas uma só pessoa. Embora o amor entre nossa família física e espiritual seja um exercício do amor incondicional, a maioria dos espíritos que vivem na Terra ainda estão longe do amor incondicional a todos os seres. Por esse motivo, a inteligência divina cria circunstâncias que nos façam entender que o amor vale muito mais quando ele se expande para abraçar todos os seres do universo, e não apenas pessoas de nossa convivência.
O amor universal é a meta sagrada de todas as almas que aspiram à perfeição. Quando acontece de duas almas que se amam estarem separadas, uma no plano físico e outra no plano espiritual, ambas devem exercitar o desapego e procurar outras pessoas para se relacionar.
Essa situação também pode ser problemática quando há muitas energias pendentes entre ambos. Pode acontecer, por exemplo, de o desencarnado desejar ficar junto do encarnado e começar a boicotar todos os seus relacionamentos. O desejo do desencarnado é que o encarnado seja só dele, e por conta disso ele poderá agir no sentido de isolar o encarnado de todos, desejando que fique sozinho. Como o encarnado sente um amor sincero pelo desencarnado, pode ceder a isso, e aceitar as sugestões de sempre permanecer sem se relacionar com outros.
Quando esse tipo de assédio ocorre, é bem mais difícil de ser tratado num trabalho espiritual, pois há uma permissão inconsciente do encarnado diante da obsessão exercida pelo desencarnado. Neste caso, a melhor forma de agir é conscientizar o encarnado a se libertar desse apego e viver a vida física naturalmente, sem ficar esperando que o desencarnado venha a preencher um vazio que ficou das experiências “perdidas” de vidas passadas, quando ambos viveram juntos.
Outro fenômeno bastante interessante e inexplicável é o chamado “amor à primeira vista”. Esse fenômeno só é inexplicável quando não se leva em conta a teoria da reencarnação. O amor à primeira vista consiste no despertar de um sentimento tão logo vemos ou estamos na presença de uma pessoa desconhecida que nos desperta algo portentoso, excelso, superior, quase celeste e divino, e que é incompreensível. Há uma nítida impressão de que já conhecemos aquela pessoa. Alguns indivíduos, não muito versados na noção reencarnacionista, afirmam que não existe o amor à primeira vista, mas sim uma espécie de encantamento, de fascinação, de deslumbramento pela beleza do outro.
Apesar de estes sentimentos estarem misturados no primeiro momento, não seria apressado dizer que há, de fato, um amor que pode estar sendo ressuscitado, reaceso, vindo à superfície e despertando, trazendo à tona um sentimento sublime e transcendente que até então estava meio apagado dentro de nós.
Esse amor pode ter sua origem em dezenas ou mesmo centenas de vidas passadas onde estas duas almas viveram juntas. Pode até mesmo ser anterior aos primeiros nascimentos terrestres. Esse reencontro faz ressurgir uma emoção, um envolvimento que já existia dentro da pessoa, mas que ainda estava disperso.
O amor à primeira vista não deve ser confundido com maravilhamento pela beleza física. Ele é uma profunda identificação com alguém que já conhecemos há milênios e que reencontramos nesta vida. Esse pode ser o início de uma longa história de amor.
Para se diferenciar um amor verdadeiro e uma simples paixão é preciso notar se há um total desprendimento em relação a pessoa que amamos. O amor real é calmo, sereno, não se deixa influenciar por sentimentos de controle, posse, ciúme, e outras armadilhas inferiores. O amor verdadeiro deseja que o outro esteja bem, mesmo que ele não fique conosco. Ele é espontânea, livre e há desprendimento; só o que importa é o bem estar do outro. Fazemos de tudo para que o outro seja feliz.
A melhor forma que eu conheço para harmonizar o nosso passado e cuidar para que estes laços não se tornem disfuncionais e problemáticos na vida atual é a realização da terapia de vidas passadas. Através da regressão o passado pode ser revisto e os laços amorosos podem ser tratados, dissolvendo os resíduos de energias conflituosas, brigas, assassinatos, traumas, e qualquer situação negativa que tenha ocorrido em vidas passadas. Muitos afirmam que tratar o passado conjunto com nossos entes queridos pode reacender velhas mágoas, nos fazer lembrar de velhas disputas e ódios passados, e que isso inviabilizaria nossa convivência atual com eles.
Quem defende esta tese alega que uma mãe não poderia conviver bem com seu filho caso descubra que ele a torturou e matou em vidas passadas. A nossa experiência de mais de 2.000 regressões individuais prova que essa ideia é bastante equivocada. Jamais pude presenciar nenhuma relação que tivesse piorado após uma revisão de vidas passadas negativas entre membros de uma mesma família. Pelo contrário, as experiências negativas são tratadas e os laços de amor são purificados, o que torna a convivência atual muito melhor e mais satisfatória.
Já atendi dezenas de casos em que visitamos vidas passadas bastante duras entre familiares e o resultado sempre foi uma grande melhora na qualidade da relação atual. Os bloqueios caem, os conflitos são tratados, as disputas são harmonizadas e tudo passa a ser objeto de precioso aprendizado. Além disso, o esquecimento do passado não apaga os sentimentos negativos de vidas passadas, eles continuam existindo hoje, podem e devem ser tratados, para que as relações familiares melhorem e para que possamos viver bem com nossos familiares e com as pessoas que amamos.
Autor: Hugo Lapa

alma gêmea

Espiritismo e relacionamentos

Vamos falar hoje sobre o espiritismo e relacionamentos. Como sempre começamos esclarecendo e contrariando algum mito, hoje não será diferente. Para a tristeza de muitos, sentimos muito em dizer que a alma gêmea não existe. Segundo a concepção popular, a alma gêmea é a outra metade de alguém. Não acreditamos nisso pois, como o próprio Livro dos Espíritos diz, “(…) Se um Espírito fosse a metade do outro, separados os dois, estariam ambos incompletos”.
Isso não quer dizer que o espiritismo não acredita em amor, longe disso. Embora não existam almas gêmeas, há sim o que chamamos de almas afins, que são espíritos que sentem afinidades por outros. Sabe aquela pessoa que você encontra em um grupo de desconhecidos e ela imediatamente lhe agrada? Então, provavelmente há uma afinidade entre ambas as almas. Como o próprio nome diz, almas afins sentem afinidade entre uma e outra. Sendo assim, é natural que aconteçam casamentos e relacionamentos entre duas pessoas.
Outro ponto muito citado quando se fala sobre o espiritismo e relacionamentos é a pré-destinação. Existem casos sim em que duas pessoas estejam destinadas a ficar uma com a outra e isso ocorre pois tal encontro foi programado antes da encarnação. Acontece, entretanto, que nem todos os encontros programados de fato aconteçam. Como o ser humano é livre, o espírito pode mudar o ele mesmo planejou antes da encarnação. Há casos também de encarnações em que não haja nenhum encontro planejado ou até de que foi planejado para que não haja encontro algum!
Antes que você se questione sobre sua alma afim é preciso observar que o planeta Terra está em transição, ou seja, estamos saindo de um estágio de expiação e prova e entrando em uma era de regeneração. Isso faz com que muitas encarnações sejam destinadas ao resgate. Sendo assim, existem os casamentos que ocorrem por afinidade e existem também (e são grande maioria) os casamentos por resgate, ou seja, um espírito encarna com a missão de ajudar outra e ocorre uma ligação entre elas, gerando o casamento. Isso não quer dizer, entretanto, que não possa existir amor em um casamento de resgate ou que ele não possa durar a vida toda.
Mas mesmo em um mundo onde a maior parte dos relacionamentos são de resgate (se olharmos do ponto de vista espírita, é claro) ainda existem os casais por afinidade. Em um mundo cada vez mais moderno e cibernético, a afinidade pode aparecer até mesmo em duas pessoas que se conhecem através da internet.
Espiritismo e relacionamentos na internet
Tem um livro muito interessante sobre os amores digitais chamado Almas Gêmeas Online:
Um romance emocionante que consegue atrair o leitor do começo ao fim. Laura é uma jovem romântica que mesmo tendo passado por uma desilusão amorosa ainda sonha encontrar sua cara metade. Entre o desenrolar de fatos do cotidiano atual associado ao passado que justifique os acontecimentos do presente, um encontro inesperado pode mudar o rumo de sua vida. Enfoca o intercâmbio espírito-matéria, com suas influências positivas e negativas a exigir ação do livre-arbítrio para a busca da felicidade que todos almejam.
Então mesmo sabendo que existem almas afins é preciso ter em mente que isso não é tudo na vida. É preciso se questionar qual o objetivo maior da sua vida, se é achar um amor ou viver sua vida e fazer o bem através dela. Às vezes sua missão na Terra é bem maior do que encontrar sua alma afim. Já pensou nisso?

almas gêmeas

Almas Gêmeas Emanuel fala existe 

e Kardec fala que não existem

Mais uma contradição vejamos na obra
O Consolador ditado por Emanuel psicografado
por Chico Xavier, questão 323.
323 — Será uma verdade a teoria das almas gêmeas?
— No sagrado mistério da vida, CADA CORAÇÃO POSSUI NO INFINITO A ALMA GÊMEA da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade.
Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene é-lhes a aspiração suprema e indefinível.
Compare com o texto de Kardec nele Kardec explica que não existem almas gêmeas, vejamos.
O Livro dos Espíritos
298. As almas que devam unir-se estão, desde suas origens, predestinadas a essa união e cada um de nós tem, nalguma parte do Universo, sua metade, a que fatalmente um dia se reunirá?
“NÃO; NÃO HÁ UNIÃO PARTICULAR E FATAL, DE DUAS ALMAS.
A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males dos humanos; da concórdia resulta a completa felicidade.”
299. Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que alguns Espíritos se servem para designar os Espíritos simpáticos?
“A expressão é inexata. Se um Espírito fosse a metade de outro, separados os dois, estariam ambos incompletos.”
Nota de Kardec
A teoria das metades eternas encerra uma simples figura, representativa da união de dois Espíritos simpáticos. Trata-se de um expressão usada até na linguagem vulgar e que se não deve tomar ao pé da letra. Não pertencem decerto a uma ordem elevada os Espíritos que a empregaram. Necessariamente, limitado sendo o campo de suas ideias, exprimiram seus pensamentos com os termos de que se teriam utilizado na vida corporal. NÃO SE DEVE, POIS, ACEITAR A IDEIA DE QUE, CRIADOS UM PARA O OUTRO, DOIS ESPÍRITOS TENHAM, FATALMENTE, QUE SE REUNIR UM DIA NA ETERNIDADE, DEPOIS DE HAVEREM ESTADO SEPARADOS POR TEMPO MAIS OU MENOS LONGO.
Vou realçar a contradição.
Emanuel fala:
No sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a ALMA GÊMEA da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade.Criadas umas para as outras, AS ALMAS GÊMEAS SE BUSCAM.
Kardec fala o seguinte:
“NÃO; NÃO HÁ UNIÃO PARTICULAR E FATAL, DE DUAS ALMAS.
A união que há é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham adquirido

Wilson Moreno

almas gêmeas

ALMAS GÊMEAS

“[…] A Terra é nossa grande escola e a principal lição é o amor em todas as suas manifestações […]”
A expressão “almas gêmeas” aparece no livro “Consolador” ditado por Emmanuel a Chico Xavier. O autor apresenta seu texto como uma tese. A expressão, na realidade, serve para designar a ligação pelo amor, significando a união de dois seres, pela simpatia e pela afinidade. Não é a mesma ideia de “metades eternas”, pois quando falamos almas gêmeas, pensamos em dois seres, não como duas metades que precisam se unir para formar um inteiro, mas como individualidades completas que se assemelham e, por isso, se identificam e se sentem atraídas uma para a outra. Os Espíritos revelaram que há afeições particulares entre os Espíritos, isso está explicito na questão 291 de O Livro dos Espíritos. O afeto mencionado na tese das almas gêmeas é um sentimento desse tipo. Também, no texto da resposta à questão 301, essa ideia está assim confirmada: “A simpatia que atrai um Espírito para o outro resulta da perfeita concordância de seus pendores e instintos”.
Deve-se entender a proposição das almas gêmeas como um processo didático para nos ensinar a amar, que vigora por um tempo no caminho evolutivo, com o objetivo de nos levar a amar igualmente a todas as criaturas. Enquanto estivermos dentro de um limite evolutivo de submissão a esse processo didático, essa identificação se dará com uma outra individualidade em particular. À medida que, pelas sucessivas reencarnações, vamos conquistando maiores níveis evolutivos, ampliamos a nossa capacidade de amar e passamos a nos identificar com muitos outros seres, mas, então, já não cabe mais a designação de almas gêmeas. Aprendamos com Emmanuel: “(…)atingida a culminância evolutiva, todas as expressões afetivas se irmanam na conquista do amor divino. O amor das almas gêmeas, em suma, é aquele que o Espírito, um dia, sentirá pela Humanidade inteira.”
A grande curiosidade que as pessoas manifestam é se haveria a possibilidade de identificar a própria alma gêmea nos cenários do mundo. Consideremos, pois, que essa possibilidade estará condicionada à nossa capacidade de interiorização, de análise dos nossos próprios impulsos e sentimentos. Muita gente diz que está a procura da alma gêmea, mas mantém o foco na exterioridade. Se a identificação é de alma para alma, precisamos abstrair-nos dos aspectos exteriores e isso é muito difícil para nós, uma vez que a cultura ocidental é muito pragmática, voltada para o imediatismo da vida material.
O fato de aceitar a tese de que essa identificação de alma para alma existe, não significa dizer que tenhamos que encontrar a alma gêmea, para sermos felizes. Se alguém teve a chance desse encontro, ele vai ser significativo e marcante, mesmo que tenha sido apenas uma passagem na vida. No nível de evolução em que estamos, já construímos vínculos afetivos com muitas almas. Não devemos nos preocupar em achar aquela que nos despertou os primeiros impulsos para o amor, pois o objetivo de cada existência é desenvolver em nós a capacidade de amar àqueles que estão presentes em nosso cotidiano. Todos somos livres de escolher nossos caminhos. Os desencontros afetivos são frequentes, devido ao nosso condicionamento cultural, mas isso faz parte do aprendizado que a vida terrena oferece. A Terra é nossa grande escola e a principal lição é o amor em todas as suas manifestações: paterno, materno, fraterno, conjugal, etc.
O encontro com a alma gêmea vai depender da programação traçada para a experiência atual. Segundo os ensinos espíritas, antes de reencarnar, fazemos um plano em que definimos as possibilidades ou não desse encontro. Caso ele esteja na programação, poderá ocorrer desde cedo. Isso, contudo, não significa dizer que essas pessoas vão viver juntas, casar e ser felizes para sempre, como nos contos de fadas. O exercício amoroso ainda é um grande desafio em nosso mundo e ninguém está livre de viver os sofrimentos inerentes a este aprendizado.
* * *
(*Dalva Silva Souza é escritora e vice-presidente de Educação da
FEEES – Federação Espírita do Estado do Espírito Santo.)

duas personalidaddes

TEORIA DAS ALMAS GÊMEAS – CHICO XAVIER/EMMANUEL

Será uma verdade a teoria das almas gêmeas?

No sagrado mistério da vida, cada coração possui no Infinito a alma gêmea da sua, companheira divina para a viagem à gloriosa imortalidade.
Criadas umas para as outras, as almas gêmeas se buscam, sempre que separadas. A união perene é-lhes a aspiração suprema e indefinível. Milhares de seres, se transviados no crime ou na inconsciência, experimentaram a separação das almas que os sustentam, como a provação mais ríspida e dolorosa, e, no drama das existências mais obscuras, vemos sempre a atração eterna das almas que se amam mais intimamente, envolvendo umas para as outras num turbilhão de ansiedades angustiosas; atração que é superior a todas as expressões convencionais da vida terrestre. Quando se encontram no acervo real para os seus corações – a da ventura de sua união pela qual não trocariam todos os impérios do mundo, e a única amargura que lhes empana a alegria é a perspectiva de uma nova separação pela morte, perspectiva essa que a luz da Nova Revelação veio dissipar, descerrando para todos os espíritos, amantes do bem e da verdade, os horizontes eternos da vida.
A atração das almas gêmeas é traço característico de todos os planos de luta na Terra?
O Universo é o plano infinito que o pensamento divino povoou de ilimitadas e intraduzíveis belezas. Para todos nós, o primeiro instante da criação do ser está mergulhado num suave mistério, assim como também a atração profunda e inexplicável que arrasta uma alma para outra, no instituto dos trabalhos, das experiências e das provas, no caminho infinito do Tempo.
A ligação das almas gêmeas repousa, para o nosso conhecimento relativo, nos desígnios divinos, insondáveis na sua sagrada origem, constituindo a fonte vital do interesse das criaturas para as edificações da vida. Separadas ou unidas nas experiências do mundo, as almas irmãs caminham, ansiosas, pela união e pela harmonia supremas, até que se integrem, no plano espiritual, onde se reúnem para sempre na mais sublime expressão de amor divino, finalidades profundas de todas as cogitações do ser, no Dédalo do destino.
A união das almas gêmeas pode constituir restrição ao amor universal?
O amor das almas gêmeas não pode efetuar semelhante restrição, porquanto, atingida a culminância evolutiva, todas as expressões afetivas se irmanam na conquista do amor divino. O amor das almas gêmeas, em suma, é aquele que o Espírito, um dia, sentirá pela Humanidade inteira.
Perante a teoria das almas gêmeas, como esclarecer a situação dos viúvos que procuram, novas uniões matrimoniais, alegando a felicidade encontrada no lar primitivo?
Não devemos esquecer que a Terra ainda é uma escola de lutas regeneradoras ou expiatórias, onde o homem pode consorciar-se várias vezes, sem que a sua união matrimonial se efetue com a alma gêmea da sua, muitas vezes distante da esfera material.
A criatura transviada, até que se espiritualize para a compreensão desses laços sublimes, está submetida, no mapa de suas provações, a tais experiências, por vezes pesadas e dolorosas. A situação de inquietude e subversão de valores na alma humana justifica essa provação terrestre, caracterizada pela distância dos Espíritos amados, que se encontram num plano de compreensão superior, os quais, longe de desdenharem as boas experiências dos companheiros de seus afetos, buscam facultar-lhes com a máxima dedicação, de modo a facilitar o seu avanço direto às mais elevadas conquistas espirituais.
Os Espíritos evoluídos, pelo fato de deixarem algum amado na Terra, ficam ligados ao planeta pelos laços da saudade?
Os espíritos superiores não ficam propriamente ligados ao orbe terreno, mas não perdem o interesse afetivo pelos seres amados que deixaram no mundo, pelos quais trabalham com ardor, impulsionando-os na estrada das lutas redentoras, em busca das culminâncias da perfeição.
A saudade, nessas almas santificadas e puras, é muito mais sublime e mais forte, por nascer de uma sensibilidade superior, salientando-se que, convertida num interesse divino, opera as grandes abnegações do Céu, que seguem os passos vacilantes do Espírito encarnado, através de sua peregrinação expiatória ou redentora na face da Terra.
Somente pela prece a alma encarnada pode auxiliar um Espírito bem-amado que a antecedeu na jornada do túmulo?
A oração coopera eficazmente em favor do que partiu, muitas vezes com o espírito emaranhado na rede das ilusões da existência material. Todavia, o coração amigo que ficou aí no mundo, pela vibração silenciosa e pelo desejo perseverante de ser útil ao companheiro que o precedeu na sepultura, para os movimentos da vida, nos momentos de repouso do corpo, em que a alma evoluída pode gozar de relativa liberdade, pode encontrar o Espírito sofredor ou errante do amigo desencarnado, despertar-lhe à vontade no cumprimento do dever, bem como orienta-lo sobre a sua realidade nova, sem que a sua memória corporal registre o acontecimento na vigília comum. Daí nasce à afirmativa de que somente o amor pode atravessar o abismo da morte.
Emmanuel (“O Consolador” – 322 a 330 – Chico Xavier)

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