CONSULTE A ESPERANÇA – Joanna de Ângelis

esperança

Consulte a Esperança

Não obstante estejam carrancudas as nuvens do teu céu, prenunciando borrasca próxima aflitiva, espera. Após a tempestade que, talvez advenha, talvez não, defrontarás dia claro pelo caminho.
Embora a soledade amarga a fazer-te sofrer fel e dor como se já não suportasses mais a lenta e silenciosa agonia, espera. Amanhã, possivelmente dois braços amigos estarão envolvendo-te e voz veludosa cantará aos teus ouvidos gentil canção…
Mesmo que tudo conspire contra os propósitos abraçados, ameaçando planos zelosamente cuidados, espera. Há surpresas que constituem interferência Divina, modificando paisagens humanas, alterando rumos considerados corretos.
Apesar de a chibata caluniosa fazer-te experimentar reproche e desconsideração, arrojando-te à rua do descrédito, espera. A verdade chega após a calamidade da intrujice para demonstrar a grandeza da sua força, renovando conceituações.
À borda do abismo do desespero, incompreendido e em sofrimento, estuga o passo e espera.
Reconsidera atitudes mentais e recomeça o labor. O futuro se consolida mediante as realizações do presente..
Esperança expressa integração no organograma da vida.
O rio muda o curso, a montanha desaparece, a árvore fenece, o grão germina, enquanto esperam… A mão grandiloquente do tempo tudo muda.
O que agora parece sombras, logo mais surge e ressurge em ouro fulvo de luz.
Espera, diz o Evangelho, e ama. Espera, responde a vida, e serve.
Espera, proclamam os justos, e perdoa. Espera no dever distribuindo consolo e compreensão, porquanto, a fim de que houvesse a gloriosa ascensão do Senhor, na montanha da Betânia, aconteceram a traição infame, o cerco da inveja, a gritaria do julgamento arbitrário e a Cruz odienta, que em sublime esperança o Justo transformou na excelsa catapulta para o Reino dos Céus.
Joanna de Ângelis

HUMILDADE

Convite à Gratidão

Bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos insultam.” (Lucas: capítulo 6º, versículo 28.)
Por temperamento te retrais em muitas circunstâncias, quando deverias e poderias exteriorizar os sentimentos que portas.
Supões que todos marcham guindados à alegria, tão jubilosos se manifestam, que evitas traduzir os tesouros da boa palavra e da gentileza que se vão enferrujando por desuso nos cofres do teu coração.
Recebes dádivas, fruis oportunidades, recolhes bênçãos, acumulas favores, arrolas benefícios e somente uma formal expressão já desgastada de reconhecimento te escapa dos lábios.
Justificas-te no pressuposto de que retribuiste com a necessária remuneração, nada mais podendo ou devendo fazer.
Não há, porém, moeda que recompense uma noite de assistência carinhosa à cabeceira do leito de um enfermo.
É sempre pálido o pagamento material, passado o sacrifício de quem se nos dedicou em forças e carinho.
Mas o gesto de ternura, a palavra cálida, a atenção gentil, o sorriso expressivo de afeto espontâneo são valores-gratidão que não nos cabe desconsiderar ou esquecer.
Em muitos profissionais deste ou daquele mister esfria-se a dedicação, substituida por uma cortesia estudada e sem vida, em conseqüência da ingratidão constante dos beneficiários das suas mãos e das suas atenções.
Acostumaram-se a ver no cliente de tal ou qual procedência apenas um outro a mais e se desvincularam afetivamente, por não receberem o calor humano do sentimento da gratidão.
Gratidão, como amor, é também dever que não apenas aquece quem recebe, como reconforta quem oferece.
A pétala de rosa espalhando perfume ignora a emoção e a alegria que propicia.
Doa a tua expressão de reconhecimento junto aos que se tornaram frios e o teu amor aquece-los-á.
Batendo-se-lhes às portas da afetividade, por gratidão, elas se abrirão para que a paz que ofereças reine em derredor deles e de ti mesmo, porqüanto a regra excelsa é bendizer até aqueles que nos maldizem, orando por quantos nos insultam.
FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 26.

caridade

Convite à Harmonia

“Pois toda criatura de Deus é boa e nada deve ser rejeitado, se é recebido com gratidão.” (1ª Epístola à Timóteo: capítulo 4º, versículo 4.)
Como hábito, uma que outra vez com regularidade, altera o ritmo das atividades do quotidiano, a fim de haurires na comunhão da Natureza a necessária harmonia para o prosseguimento dos labores abençoados.
Uma evasão da cidade agitada na direcão do bosque;
Uma excursão a um local bucólico e ameno;
Uma jornada aos campos dos arredores;
Uma caminhada pela orla marinha;
Um convescote à montanha…
Paisagens novas, inabituais à contemplação, ao exercício, à reflexão.
Neste recanto uma delicada flor oscilando em haste tênue; do alto visão
ampliada, superando detalhes e vencendo distâncias; em volta o ar rarefeito,
dúlcido, respirável; pequenas boninas salpicando o verdor de todos os tons; o
pulsar do corpo gigante do mar; búzios e algas variados pelas praias, despertando atenção; painéis coloridos, variados, o céu, o sol, a vida…
Detém-te um pouco a considerar a harmonia que palpita em toda parte, ausculta o coração da Natureza, deixa-te arrastar.
Refaze programações, renova o entusiasmo, desasfixiando-te, eliminando tóxicos, miasmas que te excitam no dia-a-dia ou te entorpecem na maior parte das horas…
Faze, porém, tua busca de harmonia com simplicidade.
Nada de complexas, exaustivas arrumações: barracas, farnéis, guloseimas, isto, aquilo..
Algumas horas nada são. Não devem ser complicadas, de modo a não se converterem em nova inquietação, diferente ansiedade.
Se, todavia, acreditares não dispor de tempo, de oportunidade, de meios – recurso nenhum, senão disposiçãO, – abre a janela, à noite e fala às estrelas, escuta os astros fulgurantes, harmoniza-te.
Harmonia é também pão e medicamento. Não prescindirás dela se pretendes lograr êxito.
Mesmo Jesus, após as atividades de cada dia, ao lado dos amigos, refugiava-se, longe das multidões, no contato com a Natureza, orando, para prosseguir em harmonia com o Pai. E como afirma Paulo que “toda criatura de Deus é boa”, mister se faz desdobrar essa natural bondade, a fim de que, em harmonia, tudo receba “com gratidão”.
FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 27.

exames da vida

Comentários