DESIGUALDADES SOCIAIS VISÃO ESPÍRITA

DESIGUALDADES SOCIAIS – VISÃO ESPÍRITA

DESIGUALDADES SOCIAIS – VISÃO ESPÍRITA

espíritos protetores allan kardec

Desigualdade das riquezas

A desigualdade das riquezas é um dos problemas que preocupa muita gente. E, inutilmente se procurará resolvê-lo levando em conta apenas a vida atual.
A seguinte questão foi proposta aos Espíritos Superiores:
Por que não são igualmente ricos todos os homens?
Esses responderam: Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar.
É, aliás, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente.
Por outra, se efetuada essa partilha, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões.
Supondo ainda que seja possível e durável essa divisão, cada um teria somente com o que viver e o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade.
Outro inconveniente seria o fim do incentivo que impele os homens às descobertas e aos empreendimentos úteis.
Se Deus concentra a riqueza em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.
Admitido isso, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos.
Ainda aí está uma prova da Sabedoria e da Bondade Divina. Dando-lhe o livre-arbítrio, quer Deus que o homem chegue, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e opte pelo bem, de livre vontade e por seus esforços.
O homem não deve ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal. Se assim fosse, não seria mais que instrumento passivo e irresponsável como os animais.
A riqueza é um meio pelo qual Deus nos experimenta moralmente.
Como a riqueza também é um poderoso meio de ação para o progresso, Deus não permite que ela permaneça por longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca.
Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela.
Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a possuíssem ninguém trabalharia, e o melhoramento do planeta ficaria comprometido, cada um a possui por sua vez.
Assim, um que não a tem hoje, já a teve ou terá noutra existência. Outro, que agora a tem, talvez não a tenha amanhã.
Dessa forma, se há ricos e pobres é porque, sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno.
A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação, e a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.
* * *
O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo.
Não levamos nem mesmo o corpo, que é um empréstimo de Deus para nossa evolução.
Os patrimônios da alma jamais se perdem.
Assim, o tesouro da inteligência, os conhecimentos e as qualidades morais seguem conosco pela Eternidade.

Redação do Momento Espírita com base nos itens 8, 9 e 10
do cap. XVI, do livro O Evangelho segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec, ed. Feb. Em 13.08.2010.

fé inabalável allan kardec

SAUDADES

Às vezes sentimos uma saudade sem motivo é o nosso coração nos lembrando de que devemos visitar, explorar e as profundezas de nós mesmos. Para aprofundar e ser profundo precisamos de uma boa conversa com nós mesmos. Como podemos ver o que está em nosso coração? E o que vemos? Simples, apenas beleza e verdade, nos esperando para nos acolher e nos apresentar a nós mesmos. Aí começaremos a ver e sentir Deus ele sempre apresenta a aqueles que se preocupam em cuidar do seu coração.
“A maior caridade que podemos fazer em relação a Doutrina Espírita é a sua Divulgação.”
Emmanuel

neve e árvore

Vida Social

A família universal reúne todos os seres em um só grupo, que se inicia no clã doméstico. Nele se desenvolve a vida social, facultando o crescimento intelectual e moral, que leva à conquista da sabedoria.
Ninguém se deve afastar do convívio com o seu próximo. Ele é a oportunidade para se testar a tolerância e o amor; a gentileza e a fraternidade.
O homem nasceu para conviver com a Natureza e todos os seres que nela vivem.
Impregnado pelo psiquismo divino, tende a participar de todos os movimentos sociais, optando pela edificação de um grupo saudável e harmônico, no qual desenvolve os valiosos recursos que lhe jazem latentes.
Envolto por seres espirituais de que nem sempre te dás conta, eleva-te na tarefa da fraternidade, ascendendo às Esferas Superiores.
Para que alcances as cumeadas do progresso, dependes do teu irmão na marcha evolutiva.
Ajuda-o, se ele está em situação penosa. Pede-lhe auxilio, se te encontras em carência.
Nunca te esqueças que todos somos irmãos, e Deus é o Pai Único.
Assim, respeita e participa da vida social edificante, nunca te isolando…
Entre as conquistas preciosas do processo de evolução do ser, que abandona o primarismo e alcança os patamares da razão, destacam-se a vida social, o relacionamento com as demais criaturas, que o capacitam ao desenvolvimento das aptidões que lhe estão adormecidas.
Enquanto o indivíduo se insula ou evita o convívio com as demais pessoas, permanece sob o açodar das paixões primevas, nas quais predomina o egoísmo, responsável por inúmeros distúrbios do comportamento psicológico.
No relacionamento social, mesmo nas faixas da agressividade, o imperativo de crescimento espiritual faz-se inevitável, por propiciar o esforço de libertação pessoal junto à necessidade de desenvolver a tolerância, a compreensão e a bondade, colocadas à prova no intercâmbio das ideias e na convivência interpessoal.
A solidão propicia a visão desfocada da realidade, ao tempo que embrutece, alienando o homem, que perde o contato com os valores sociais nos quais se expressam as leis do progresso moral.
A convivência social trabalha os sentimentos humanos, estimulando as aptidões para a arte, a cultura. ação tecnológica, a ciência e a religião.
À medida que o ser se auto-descobre, mais percebe a necessidade dos relacionamentos sociais, seja para buscar e intercambiar experiências, seja para contribuir em favor do desenvolvimento do grupo no qual se encontra.
Mesmo entre os animais, o instinto gregário funciona levando-os ao grupo. Graças a essa união, os mais fortes defendem, protegem os mais fracos, perpetuando as espécies.
A união no conjunto social se converte em campo especial de educação, em razão da força que o mesmo exerce sobre o indivíduo, passando a criar-lhe hábitos, comportamentos e atitudes.
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Quando mais elevado, o ser se utiliza do meio social para nele imprimir as conquistas que o caracterizam, impulsionando os seus membros ao progresso e à plenificação.
Nessa fase, pode afastar-se da sociedade tradicional, para amparar e atender necessidades, aflições e desequilíbrios naqueles nos quais a dor se aloja, sendo rejeitados ou isolados por medidas providenciais que objetivam defender os sadios. Entre esses incluem-se os doentes das enfermidades degenerativas, físicas e mentais, os presidiários, os que se demoram nos patamares do primitivismo cultural e moral.
Verdadeiros missionários do amor e da caridade, transferem-se da sociedade acomodada, da civilização, para serem educadores, companheiros da sua solidão, médicos, enfermeiros e benfeitores que se constituem instrumentos do bem, contribuindo para a felicidade de quantos tombaram na desdita ou se encontram nas experiências iniciais do progresso humano. Ali organizam a sua vida social, tornando-se plenos, edificadores da verdadeira fraternidade, que é o primeiro passo para a vivência em uma sociedade justa, portanto, feliz.
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Jesus, na Sua condição de Espírito Excelso, jamais se insulou evitando a vida social.
Conforme a circunstância e a ocasião, manteve o relacionamento social com aqueles que se Lhe acercaram ou a quem buscava, desvelando a grandiosa missão do ser inteligente na Terra, emulando ao estado de pureza, de elevação e demonstrando a brevidade do corpo físico, a transitoriedade do mundo orgânico diante da vida espiritual, perene, de onde se vem e para a qual se retorna.
A vida social, portanto, está ínsita no processo de evolução das criaturas, encarnadas ou não, já que ninguém consegue a realização espiritual seguindo a sós.
FRANCO, Divaldo Pereira. Desperte e Seja Feliz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

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