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O Que é o Espiritismo de Allan Kardec

O Que é o Espiritismo

O QUE É O ESPIRITISMO ALLAN KARDEC

Terceiro Diálogo – O Padre IV

Do Livro “O Que é o Espiritismo” de Allan Kardec

O padre – A religião ensina tudo isso e bastou até o momento; qual é, pois, a necessidade de uma nova doutrina?
Allan Kardec – Se a religião basta, por que há tantos incrédulos, religiosamente falando?
A religião nos ensina, é verdade, e nos diz para crer;
mas há muitas pessoas que não creem apenas em palavras.
O Espiritismo prova, e faz ver o que a religião ensina por teoria.
Aliás, de onde vêm essas provas?
Da manifestação dos Espíritos.
Ora, é provável que os Espíritos não se manifestem senão com a permissão de Deus;
se, pois, Deus, em sua misericórdia, envia aos homens esse socorro para tirá-los da incredulidade, é uma impiedade recusá-lo.
O padre – Não discordais, entretanto, que o Espiritismo não está, sobre todos os pontos, de acordo com a religião.
Allan Kardec – Meu Deus, senhor abade, todas as religiões dirão a mesma coisa: os protestantes, os judeus, os muçulmanos, assim como os católicos.
Se o Espiritismo negasse a existência de Deus, da alma, da sua individualidade e da imortalidade, das penas e das recompensas futuras, do livre arbítrio do homem;
isso seria a negação de todas as leis morais, bases das sociedades humanas. Longe disso, os Espíritos proclamam um Deus único, soberanamente justo e bom;
eles dizem que o homem é livre e responsável por seus atos, recompensado e punido segundo o bem ou o mal que fez;
eles colocam acima de todas as virtudes a caridade evangélica e esta regra sublime ensinada pelo Cristo: agir para com os outros como gostaríamos que os outros agissem para conosco.
Não estão aí os fundamentos da religião?
Eles fazem mais:
nos iniciam nos mistérios da vida futura, que para nós não é mais uma abstração, mas uma realidade, porque são aqueles mesmos que conhecemos que vêm nos descrever suas situações, nos dizer como e porque eles sofrem ou são felizes.
Que há nisso de anti-religioso?
Essa certeza do futuro, de reencontro com aqueles que amamos, não é uma consolação?
Essa grandiosidade da vida espiritual que é nossa essência, comparada às mesquinhas preocupações da vida terrestre, não é própria para elevar nossa alma e a nos encorajar ao bem?

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OS CAMINHOS DE ALLAN KARDEC

Lições de paz

Refletir sobre os ensinamentos de Kardec pode ser o primeiro passo na busca pela iluminação e paz interior.

Caridade:

é a base da doutrina espírita. “Fora da caridade não há salvação”, disse Kardec. “Ele nunca falou que fora do espiritismo não há salvação. Você precisa fazer o bem e ajudar o próximo”, comenta Ana Gaspar, fundadora do Centro Espírita Nosso Lar – Casas André Luiz.

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Sofrimento:

existem três motivos para justificar o sofrimento, esclarecidos pela doutrina. O sofrimento natural (aquele de que não dá para escapar), a dor de resgate (que serve para resgatarmos o mal que fizemos na vida anterior) e a dor do auxílio (que vem para evitar um sofrimento ainda maior). Entender que todos os tipos de sofrimento têm um motivo importante para existir torna muito mais fácil aceitá-los e superá-los.

Amor:

na obra O evangelho segundo o espiritismo, Kardec nos diz que “o amor resume toda a Doutrina de Jesus”. “Ele nos fala sobre o amor universal que Jesus nos trouxe, a doação sem esperar nada em troca, entendendo que não somos todos iguais e que cada um tem uma história, um resgate para ser feito”, diz Ana. Dos efeitos da “lei do amor” derivam-se o aperfeiçoamento moral dos humanos e a felicidade durante a vida terrena.

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Evolução:

a finalidade do espírito, desde a criação, é evoluir. Quantas encarnações você terá? “Quantas forem necessárias”, responde Ana Gaspar. “(…) não esqueçais nunca que a vossa existência, por mais longa que vos pareça, é apenas um momento muito breve, na imensidade dos tempos que representam para vós a eternidade”, diz um trecho de O evangelho segundo o espiritismo.

Mediunidade:

é natural sentir a presença dos espíritos. No entanto, há aqueles que têm uma tarefa de mediunidade mais profunda e definida na encarnação, como Chico Xavier. Os médiuns receberam um dom gratuito de Deus. Eles são intérpretes dos espíritos para ajudar na tarefa de instrução dos homens.

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Descobrindo a doutrina

Decidido a encontrar a causa inteligente que estava por trás daqueles estranhos acontecimentos, professor Rivail, como era conhecido, passou a acompanhar de perto reuniões em torno das mesas girantes. Em pouco tempo, constatou diversas evidências de que se tratava de um fenômeno sem explicação natural.
Sempre que participava de uma reunião, Kardec fazia perguntas sobre os mais variados assuntos aos espíritos. Nesse período, conheceu as irmãs Caroline e Julie Baudin, que o convidaram para assistir às seções mediúnicas que aconteciam em sua casa. Sempre cercados de luz e sabedoria, esses encontros foram fundamentais para o entendimento e codificação da doutrina espírita, lembra Altamirando.
Foi exatamente depois de conhecer o trabalho da família Baudin que Kardec deu início a uma fase de estudos mais aprofundados. “Observar, comparar e julgar. Essa foi a regra que constantemente segui”, afirma um trecho do livro Obras Póstumas – compilação de anotações pessoais de Kardec, reunidas por sua mulher, Amélie Boudet, e publicadas 20 após a morte do pesquisador.
Além das irmãs Baudin, Kardec contou também com o apoio essencial de uma adolescente chamada Ruth Celine Japhet. Em abril de 1856, a jovem médium lhe transmitiu a primeira revelação a respeito da importante missão que teria de desempenhar. Dias depois, veio a confirmação da tal missão e de todos os obstáculos que teria de vencer, na manifestação de um espírito que se intitulava Verdade: “Confirmo o que te foi dito, mas recomendo-te muita discrição, se quiseres sair-te bem. Não esqueças que podes triunfar, como podes falir”.

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