EXAMINA CONOSCO ALMA QUERIDA – Ma. Dolores

alma querida

PAZ E AMOR

Escuta, coração!…
Se buscas atingir a vitória do bem,
Se desejas que a paz se te instale nas horas,
O programa é servir sem desprezar ninguém…
Contempla a terra em derredor
E reconhecerás com nitidez
Que sem base de ação e tolerância
Nada de bom se fez!…
O chão que suportou enxada e golpe
É sempre aquele chão
Onde a vida se dá e depois se retoma,
Em láureas de verdura e tesouros de pão…
A fonte que te ampara não se oculta,
Em descanso vulgar,
É aquela que não teme pedra e lodo
E cede apoio ao rio à procura do mar.
Observa mais longe:
No anseio de progresso a que o tempo te induz,
Sem força ou combustível que se gastam,
Pereceria a Terra, ante a morte da luz.
Se sonhas com mundo novo, serve e segue,
Não pares, nem te deixes combalir,
O trabalho presente aproveita o passado
Para tornar mais alta a bênção do porvir!…
Não te prendas à sombra da tristeza,
Nem te entregues à queixa amarga e vã,
Auxilia, perdoa e eleva hoje
E encontrarás mais bela a vida de amanhã!…
Examina conosco, alma querida!
Seja onde seja e seja com quem for,
Deus, em tudo, é a presença da bondade
Que a tudo envolve e guarda, em cascatas de amor!…
Chico Xavier – Livro – Estrelas no Chão

CONTROLE

EMOÇÕES

 Lindos Casos de Chico Xavier 

Certa ocasião, em decorrência do estado de saúde, Chico não podia deslocar-se até o Centro. A multidão se comprimia na rua em frente a sua residência. Quando o portão se abriu, a fila de pessoas tinha alguns quarteirões. Foram passando uma a uma em frente ao Chico. Pessoas de todas as idades, de todas as condições sociais e dos mais distantes lugares do País. Algumas diziam:
– Eu só queria tocá-lo…
– Meu maior sonho era conhecê-lo…
– Só queria ouvir sua voz e apertar sua mão…
Uns queriam notícias de familiares desencarnados, espantar uma ideia de suicídio. Outros nada diziam, nada pediam, só conseguiam chorar. Com uma simples palavra do Chico, seus semblantes se transfiguravam, saíam sorridentes. De repente, ele se volta para mim e diz:
– Comove-me a bondade de nossa gente em vir visitar-me. Não tenho mais nada para dar. Estou quase morto. Por que você acha que eles vêm?
Perguntou-me e ficou esperando a resposta. Comecei então a pensar que quando Jesus esteve conosco, onde quer que aparecesse, a multidão o cercava. Eram pessoas de todas as idades, de todas as classes sociais e dos mais distantes lugares. Muitos iam esperá-lo nas estradas, nas aldeias ou nas casas onde Ele se hospedava. Onde quer que aparecesse, uma multidão o cercava. Zaqueu chegou a subir numa árvore somente para vê-lo. Ver, tocar, ouvir eram só o que queriam as pessoas. Tudo isso passou pela minha cabeça com a rapidez de um relâmpago. E como ele continuava olhando para mim esperando a resposta, animei-me a dizer:
– Chico, acho que eles estão com saudades de Jesus.
A multidão continuou desfilando. Todos lhe beijavam a mão e ele beijava a mão de todos. Lá pelas tantas da noite, quando a fila havia diminuído sensivelmente, percebi que seus lábios estavam sangrando. Ele havia beijado a mão de centenas de pessoas. Fiquei com tanta pena daquele homem, nos seus oitenta e oito anos, mais de setenta dedicados ao atendimento de pessoas, que me atrevi a lhe perguntar:
– Por que você beija a mão deles?
A humildade de sua resposta continuará emocionando-me sempre:
– Porque não posso me curvar para beijar-lhes os pés.
Texto de Adelino da Silveira extraído do livro “Momentos com Chico Xavier”

NAS HORAS DE CRISE


De um modo geral admitimos que socorro, perdão, caridade e donativo se fazem mais presentes nas horas de crise. Entretanto, estamos todos à frente da vida e dentro dela com a obrigação de reconhecermos a companhia de inúmeros Benfeitores que nos estenderam os braças para a travessia dos obstáculos naturais da experiência comum.
Acionemos os botões da memória para identificá-los com relativa facilidade: É a criatura vinculada ao nosso afeto que nos amparou em família, encorajando-nos na realização de nossos melhores ideais quando as circunstâncias adversas nos induziam à frustração e ao desânimo; é a pessoa que nos estendeu as mãos na travessia de risco iminente; é o irmão que nos favoreceu com exemplos de intrepidez (coragem) e tolerância; é o amigo que nos auxiliou a encontrar o privilégio de servir; é o companheiro que nos mostrou a bênção da oração, renovando-nos a vida.
Auxiliar os outros, a fim de sermos auxiliados é claro imperativo no mecanismo das relações humanas, contudo é preciso que avaliemos quantos séculos estamos despendendo para senhorear semelhante aprendizado. Portanto, onde estivermos, disponhamo-nos a refletir sobre isso e aprendamos a relacionar os bens que reunimos condições de distribuir. Não temos como dimensionar os resultados construtivos de nossa sementeira vulgar.
Meditemos nisso e observemos a significação da nossa influência sobre aqueles que nos rodeiam, para entendermos que ninguém deve esperar por ofensa, necessidade, desastre ou penúria a fim de cultivar o amor a que somos chamados através do respeito e do amparo que nos devemos uns aos outros. Agindo assim, reconheceremos por fim, que todo dia e toda situação constituem ensejo e lugar para nos devotarmos à construção do bem.
(Texto extraído do Livro “Urgência”de Chico Xavier/Emmanuel).

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