SOMENTE ALCANÇAREMOS A NOSSA FELICIDADE INTIMA

FELICIDADE ÍNTIMA VERA JACUBOWSKI

A Nossa Felicidade Íntima

Somente alcançaremos a nossa felicidade íntima, pessoal e intransferível, ou seja, aquela que Jesus mencionou:
“A felicidade não é deste mundo.”
Quando atingirmos a satisfação interior com a paz de consciência em nosso espírito e pelo esforço aplicado em nossa própria reforma íntima.

Vera Jacubowski

bênçãos do encontro

Reforma Íntima

Quanto puderes, posterga a prática do mal até o momento que possas vencer essa força doentia que te empurra para o abismo.
Provocado pela perversidade, que campeia a solta, age em silêncio, mediante a oração que te resguarda na tranqüilidade.
Espicaçado pelos desejos inferiores, que grassam, estimulados pela onde crescente do erotismo e da vulgaridade, gasta as tuas energias excedentes na atividade fraternal.
Empurrado para o campeonato da competição, na área da violência, estuga o passo e reflexiona, assumindo a postura da resistência passiva.
Desconsiderado nos anseios nobres do teu sentimento, cultiva a paciência e aguarda a bênção do tempo que tudo vence.
Acoimado pela injustiça ou sitiado pela calúnia, prossegue no compromisso abraçado, sem desânimo, confiando no valor do bem.
Aturdido pela compulsão do desforço cruel, considera o teu agressor como infeliz amigo que se compraz na perturbação.
Desestimulado no lar, e sensibilizado por outros afetos, renova a paisagem familiar e tenta salvar a construção moral doméstica abalada.
É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores. Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, a requeimarem por dentro, passados os primeiros momentos.
Ninguém foge aos desafios da vida, que são técnicas de avaliação moral para os candidatos à felicidade.
O homem revela sabedoria e prudência, no momento do exame, quando está convidado à demonstração das conquistas realizadas.
Parentes difíceis, amigos ingratos, companheiros inescrupulosos, co-idealistas insensíveis, conhecidos descuidados, não são acontecimentos fortuitos, no teu episódio reencarnacionista.
Cada um se movimenta, no mundo, no campo onde as possibilidades melhores estão colocadas para o seu crescimento. Nem sempre se recebe o que se merece. Antes, são propiciados os recursos para mais amplas e graves conquistas, que darão resultados mais valiosos.
Assim, aprende a controlar as tuas más inclinações e adia o teu momento infeliz.
Lograrás vencer a violência interior que te propele para o mal, se perseverares na luta.
Sempre que surja oportunidade, faze o bem, por mais insignificante que te pareça. Gera o momento de ser útil e aproveita-o.
Não aguardes pelas realizações retumbantes, nem te detenhas esperando as horas de glorificação.
Para quem está honestamente interessado na reforma íntima, cada instante lhe faculta conquistas que investe no futuro, lapidando-se e melhorando-se sem cansaço.
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício.
Toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obstáculo, não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer.
A tua reforma íntima te concederá a paz por que anelas e a felicidade que desejas.

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Da obra Vigilância

RARIDADE

Renovação Moral

Renovação Moral é, no Espiritismo, o ato pelo qual a criatura humana, ao tomar consciência de sua realidade espiritual interior e de suas consequências, adota a iniciativa de modificá-la sempre para melhor para que suas atitudes passem a ser um efeito virtuoso de tal melhora. Para isso, adotam-se métodos que vão da autocrítica à vigilância de sentimentos, pensamentos e atitudes; da fé raciocinada à prática das virtudes e renúncias contrárias ao sentimento que se quer alterar.[1]
Semelhante renovação é o fim essencial e exclusivo do Espiritismo, segundo item 292 de O Livro dos Médiuns. Tal assertiva também é reafirmada no item 303 do referido livro ao declarar que o objetivo da Doutrina Espírita é o aperfeiçoamento moral da humanidade.
O Livro dos Espíritos contém a seguinte definição para moral: “A moral é a regra de boa conduta e portanto da distinção entre o bem e o mal. É fundamentada sobre a observação da lei de Deus. O homem conduz-se bem quando faz tudo visando o bem e para o bem de todos, porque então observa a lei de Deus.”[2]
Também conhecida entre os profitentes da doutrina como reforma íntima, a renovação moral baseia-se na Lei do progresso [3] a que tudo está sujeito, mas que na condição humana sofre o concurso da razão e do livre arbítrio, faculdades estas que dão ao homem o poder de acelerar ou de retardar o seu progresso pelas escolhas certas ou equivocadas feitas dentro de seu atual nível de consciência.
A moralização do adepto se dá num primeiro momento pela certeza na sobrevivência da alma e pela consequente valorização da vida espiritual futura e de suas recompensas[4] ; passando em seguida pela realização do preceito socrático: “Conhece-te a ti mesmo”[5] ; e finalizando pela prática do bem que é a tônica de todo o livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, vivência esta que está condensada na máxima: “Fora da caridade não há salvação.”[6]

Referências

Ir para cima ↑ Cap. XII do Livro Terceiro de O Livro dos Espíritos;
Ir para cima ↑ Questão 629 de O Livro dos Espíritos;
Ir para cima ↑ Cap. VIII do Livro Terceiro de O Livro dos Espíritos;
Ir para cima ↑ A vida futura, primeira parte do livro Obras Póstumas de Allan Kardec, questões 799 e 933 de O Livro dos Espíritos;
Ir para cima ↑ Questão 919 de O Livro dos Espíritos;
Ir para cima ↑ Cap. XV de O Evangelho Segundo o Espiritismo.

ALEGRIA E FELICIDADE

Com Integridade e Consciência

Solicitaste uma fé que preenchesse de tranquilidade o vazio da alma, e o Espiritismo ofereceu a tua mente indagadora respostas justas para os afligentes problemas, ensejando-te uma fé em bases racionais.
Desejaste um campo de trabalho onde pudesses aplicar as possibilidades do amor em legítimas atitudes de abnegação desinteressada, e a Doutrina Espírita colocou ao teu dispor a gleba da humanidade sofredora.
Pediste saúde para o corpo e equilíbrio para a mente visitada por distúrbios freqüentes, e a Mensagem Espiritista cedeu ao teu espírito os tesouros do estudo e as terapias do passe e da água fluída, através dos quais conseguiste ordenar a casa mental e recompor o metabolismo orgânico.
Requereste a bênção de companheiros leais ao teu lado, entre os quais o devotamento e o esforço digno te ensejassem a reforma íntima, nos teus planos de espiritualização pessoal, e a Palavra Espírita apresentou-te amigos, na feição de irmãos, que também buscavam libertação.
Pensaste em adquirir conhecimentos que te capacitassem com os instrumentos hábeis para o triunfo espiritual, e a Codificação Kardequiana, de fácil manuseio, franqueou-te os valiosos depósitos da sabedoria universal, num curso ao alcance de todas as mentes.
Prometeste construir um império de fraternidade real se conseguisses meios de executar o programa que traçaste, e a Revelação dos Espíritos, em decifrando os painéis da Imortalidade, falou-te do tempo de que disporias pelas rotas do Infinito, se começasses a laborar desde então…
No entanto, ainda te encontras no pórtico da tarefa espírita a realizar, solicitando e meditando e meditando, mantendo atitudes de inquietação e dúvida.
Faze o balanço sensato das tuas atividades com integridade e consciência.
Dizes, agora, que a fé de que dispões não é bastante poderosa para harmonizar-te interiormente…
Afirmas que o campo de trabalho está muito inçado de incertezas e suspeitas…
Explicas que a saúde é uma concessão transitória que não se fixa…
Informas que os companheiros da seara espírita não diferem muito dos outros homens..
Apregoas que as preocupações não te favorecem com a dádiva preciosas da serenidade para o estudo…
Esclareces que a atualidade não comporta construções de amor, por campearem livremente a criminalidade e o egoísmo exagerado…
E na contabilidade dos teus feitos o débito atinge expressões alarmantes.
Creditaste somente lamentações, queixas, azedumes, revoltas, decepções, exigências…
Esperavas, não um roteiro de santificação com o esforço pessoal exaustivo para o justo resgate dos compromissos negativos do passado.
Pretendias uma lição de progresso sem esforço, uma concessão gratuita da Divindade, que te situasse acima da craveira comum dos que lutam e sofrem, choram e servem redimindo-se a si mesmos.
E por isso te supões deserdado dos celestes favores, esquecido pelo carinho dos espíritos Excelsos.
Sonhas com o céu enquanto desconsideras a Terra, acreditando-a abjeta.
Pretende evolução e te recusas à elevação.
Procuras repouso sem o pagamento da moeda do trabalho.
O rio das horas, porém, corre, levando em suas vibrações-tempo as oportunidades perdidas.
Narra uma velha história que, num eremitério humílimo, residia santo homem asceta que vivia com frugal e pobre alimentação de maçã e tragos d’água de córrego vizinho. Exaltava-se e queixava-se, porém, em suas preces, dizendo: “Sofro por Ti e indago: haverá alguém mais pobre do que eu?” Um pouco mais abaixo, no mesmo sítio, junto ao curso d’água vivia outro monge, que se alimentava exclusivamente das cascas de maçãs que boiavam no riacho modesto…
Antes de lamuriar-te olha para baixo, contempla os que estão na retaguarda.
Não exijas nada nem reclames nada.
Espanca trevas e retira a fuligem que empana as tuas lentes espirituais.
Medita serenamente no impositivo da hora, estuda com atenção e acendrado interesse o espiritismo que te honra a existência, e sai a campo, aproveitando o tempo, alimentando-te da esperança e bebendo a água lustral da fé viva, relegando ao amanhã as inânias que ainda agora te atormentam. E o que não conseguires realizar, contigo, Jesus, o Incomparável Amigo, fará oportunamente.
FRANCO, Divaldo Pereira. Dimensões da Verdade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

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