FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO – Allan Kardec

CARIDADE

Fora Da Caridade Não Há Salvação

 

Meus filhos, na máxima:

Fora da caridade não há salvação, estão contidos os destinos do homem sobre a Terra e no céu. Sobre a Terra, porque, à sombra desse estandarte, eles viverão em paz; e no céu, porque aqueles que a tiverem praticado encontrarão graça diante do Senhor. Esta divisa é a flama celeste, coluna luminosa que guia os homens pelo deserto da vida, para conduzi-los à Terra da Promissão. Ela brilha no céu como auréola santa na fronte dos eleitos, e na Terra está gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: “Passai à direita, benditos de meu Pai”.
Podeis reconhecê-los pelo perfume de caridade que espargem ao seu redor. Nada exprime melhor o pensamento de Jesus, nada melhor resume os deveres do homem, do que esta máxima de ordem divina. O Espiritismo não podia provar melhor a sua origem, do que a oferecendo por regra, porque ela é o reflexo do mais puro Cristianismo. Com essa orientação, o homem jamais se transviará.
Aplicai-vos, portanto, meus amigos, a compreender-lhe o sentido profundo e as conseqüências de sua aplicação, e a procurar por vós mesmos todas as maneiras de aplicá-la. Submetei todas as vossas ações ao controle da caridade, e a vossa consciência vos responderá: não somente ela evitará que façais o mal, mas ainda vos levará a fazer o bem.Porque não basta uma virtude negativa, é necessária uma virtude ativa. Para fazer o bem, é sempre necessária a ação da vontade, mas, para não fazer o mal, bastam frequentemente à inércia e a negligência.
Meus amigos, agradeçam a Deus, que vos permitiu gozar a luz do Espiritismo. Não porque somente os que a possuem possam salvar-se, mas porque, ajudando-vos a melhor compreender os ensinamentos do Cristo, ela vos torna melhores cristãos. Fazei, pois, que vos vendo, se possa dizer que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são uma e a mesma coisa, porque todos os que praticam a caridade são discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertençam.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

 ALLAN KARDEC

DESTINOS DO HOMEM

DECÁLOGO DO BOM ÂNIMO

 

1 – Dificuldades?

Não perca tempo, lamuriando. Trabalhe.

2 – Críticas?

Nunca aborrecer-se com elas. Aproveite-as no que mostrem de útil.

3 – Incompreensões?

Não busque torná-las maiores, através de exigências e queixas. Facilite o caminho.

4 – Intrigas?

Não lhes estenda a sombra. Faça alguma luz com o óleo da caridade.

5 – Perseguições?

Jamais revidá-las. Perdoe esquecendo.

6 – Calúnias?

Nunca enfurecer-se contra as arremetidas do mal. Sirva sempre.

7 – Tristezas?

Afaste-se de qualquer disposição ao desânimo. Ore abraçando os próprios deveres.

8 – Desilusões?

Por que debitar aos outros a conta de nossos erros? Caminhe para frente, dando ao mundo e à vida o melhor ao seu alcance.

9 – Doenças?

Evite a irritação e a inconformidade. Raciocine nos benefícios que os sofrimentos do corpo passageiro trazem à alma eterna.

10 – Fracassos?

Não acredite em derrotas. Lembre-se de que, pela bênção de Deus, você está agora em seu melhor tempo – o tempo de hoje, no qual você pode sorrir e recomeçar, renovar e servir, em meio de recursos imensos.

 

ANDRÉ LUIZ

ETERNA ENERGIA DE DEUS

Fora da caridade não há salvação

 

Objetivos: Analisar o significado de caridade, segundo o Evangelho e Espiritismo. — Interpretar esta máxima de Kardec: “Fora da caridade não há salvação”. — Identificar nos conceitos espíritas de caridade o princípio do amor ao próximo, base do processo evolutivo humano.

IDEIAS PRINCIPAIS

Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, tal como Jesus a entendia? — Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas. Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 886.
[…] A caridade é a virtude fundamental que há de sustentar todo o edifício das virtudes terrestres. Sem ela não existem as outras. […]. Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo XIII, item 12.
A máxima — Fora da caridade não há salvação — é a consagração do princípio da igualdade perante Deus e da liberdade de consciência. Tendo-a esta máxima por regra, todos os homens são irmãos e, qualquer que seja a maneira por que — adorem o Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros, pois, um dogma essencialmente contrário aos ensinamentos do Cristo e à lei evangélica. […]. Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo. Capítulo XV, item 8.
SUBSÍDIOS
Em sua primeira carta à comunidade de Corinto o apóstolo Paulo destaca o valor da caridade quando declara: Agora, portanto, permanecem fé, esperança, caridade, essas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade. (1 Coríntios, 13:13. Bíblia de Jerusalém)
[…] Coloca, assim, sem equívoco, a caridade acima até da fé. É que a caridade está ao alcance de todo o mundo, do ignorante, como do sábio, do rico, como do pobre, e por- que independe de qualquer crença particular. Faz mais: define a verdadeira caridade; mostra-a não só na beneficência, como também no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência, para com o próximo.” (1)
O texto completo da mensagem de Paulo é o que se segue.
Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como bronze que soa ou como címbalo que tine. Ainda que tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, nada seria. Ainda que distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse meu corpo às chamas, se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria. A caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade jamais passará. Quanto às profecias desaparecerão. Quanto às línguas, cessarão. Quanto à ciência, também desaparecerá. Pois o nosso conhecimento é limitado, e limitada é a nossa profecia. Mas, quando vier a perfeição, o que é limitado desaparecerá. Quando era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei homem, fiz desaparecer o que era próprio da criança. Agora vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora meu conhecimento é limitado, mas depois, conhecerei como sou conhecido. Agora, portanto, permanecem fé, esperança, caridade, essas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade. (1 Coríntios, 13. Bíblia de Jerusalém)
1. Fundamentos da caridade
É importante considerar que a palavra caridade é traduzida por amor em algumas traduções do Evangelho, mas o significado de “ação em benefício do próximo” permanece. A prática da caridade promove a evolução espiritual do ser, quando se considera os seguintes princípios:
a pessoa caridosa ou amorosa jamais desampara o próximo, independentemente da situação, gravidade ou tipo problema existentes;
a caridade é sempre manifestação de amor a Deus e ao próximo;
a caridade promove o desenvolvimento de outras virtudes, daí se revelar como o principal instrumento da salvação humana, por vivenciar a Lei de Amor:
[…] A caridade é a virtude fundamental que há de sustentar todo o edifício das virtudes terrestres. Sem ela não existem as outras. Sem a caridade não há esperança de melhor sorte, não há interesse moral que nos guie; sem a caridade não há fé, pois a fé não passa de um raio muito puro que torna brilhante uma alma caridosa. A caridade é, em todos os mundos, a eterna âncora de salvação; é a mais pura emanação do próprio Criador; é a sua própria virtude, dada por Ele à criatura […]. (2)
A pessoa caridosa vê a outra como irmão, estabelecendo entre ambas uma sintonia que extrapola os laços consangüíneos, características de raça, nação e cultura. Segundo Emmanuel, o título de “irmão” só é concedido a quem desenvolveu o verdadeiro sentido de ser caridoso, isto é, quem pratica a caridade ensinada e exemplificada pelo Evangelho, cujos fundamentos encontram-se sintetizados no texto de Paulo, anteriormente citado.
Quem dá para mostrar-se é vaidoso. Quem dá para torcer o pensamento dos outros, dobrando-o aos pontos de vista que lhe são peculiares, é tirano. Quem dá para livrar-se do sofredor é displicente. Quem dá para exibir títulos efêmeros é tolo. Quem dá para receber com vantagens é ambicioso. Quem dá para humilhar é companheiro das obras malignas. Quem dá para sondar a extensão do mal é desconfiado. Quem dá para afrontar a posição dos outros é soberbo. Quem dá para situar o nome na galeria dos benfeitores e dos santos é invejoso. Quem dá para prender o próximo e explorá-lo é delinqüente potencial. Em todas essas situações, na maioria dos casos, quem dá se revela um tanto melhor que todo aquele que não dá, de mente cristalizada na indiferença ou na secura; todavia, para aquele que dá, irradiando o amor silencioso, sem propósitos de recompensa e sem mescla de personalismo inferior, reserva o Plano Maior o título de Irmão. (3)
Com o objetivo de identificar a essência dos ensinamentos do Cristo em relação à caridade, Allan Kardec dirigiu aos Espíritos esta indagação: “Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, tal como Jesus a entendia?” (4) Os orientadores da Vida Maior transmitiram-lhe, então, esta sábia resposta: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros perdão das ofensas. (4)
Este esclarecimento mereceu a seguinte comentário do Codificador do Espiritismo: (5)
O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejaríamos que nos fosse feito. […] A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola; abrange todas as relações com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência, porque nós mesmos precisamos de indulgência; ela nos proíbe humilhar os desafortunados, ao contrário do que comumente fazemos. […].
2. Fora da caridade não há salvação
Kardec esclarece que toda a “[…] moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. […]” (6) Em complementação a este pensamento, considera: (6)
Em todos os seus ensinos, ele [Jesus] aponta essas duas virtudes como sendo as que conduzem à eterna felicidade: Bem-aventurado, disse, os pobres de espírito, isto é, os humildes, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são mansos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que gostaríeis que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoa- dos; fazei o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros. Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar e o de que dá, ele mesmo, o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não se cansa de combater. Jesus, porém, não se limita a recomendar a caridade: põe-na claramente e em termos explícitos como a condição absoluta da felicidade futura.
Kardec analisa, ainda, que a máxima “[…] — Fora da caridade não há salvação — se apóia num princípio universal e abre a todos os filhos de Deus acesso à suprema felicidade, o dogma — Fora da Igreja não há salvação — se baseia não na fé fundamental em Deus e na imortalidade da alma, fé comum a todas as religiões, mas numa fé especial, em dogmas particulares; é exclusivo e absoluto. […].” (7)
A máxima — Fora da caridade não há salvação — é a consagração do princípio da igual dade perante Deus e da liberdade de consciência. Tendo-a esta máxima por regra, todos os homens são irmãos e, qualquer que seja a maneira por que adorem o Criador, eles se estendem as mãos e oram uns pelos outros. Com o dogma — Fora da Igreja não há salvação — anatematizam-se e se perseguem mutuamente, vivendo como inimigos; o pai não pede pelo filho, nem o filho pede pelo pai, nem o amigo pelo amigo, já que mutuamente se consideram condenados sem remissão. É, pois, um dogma essencialmente contrário aos ensinamentos do Cristo e à lei evangélica. (7)

caridade

3. O que dizem os bons espíritos sobre a caridade
Todos os Espíritos esclarecidos defendem a idéia de que a caridade é imprescindível à evolução do ser humano. Encontramos, por exemplo, inscrito na bandeira de Ismael, Espírito protetor do Brasil, “[…] o lema imortal: Deus, Cristo e Caridade […].” (8)
Como exemplo ilustrativo, apresentamos, em seguida, o pensamento de alguns Espíritos, colhidos aleatoriamente, com o intuito de transmitir a unidade doutrinária espírita a respeito do tema.
André Luiz
Todos pensamos na caridade, todos falamos em caridade!… A caridade, indubitavelmente, é o coração que fala, entretanto, nas situações anormais da vida, há que ouvir o raciocínio, a fim de que ela seja o que deve ser. […] O raciocínio, em nome da caridade, não tem decerto, a presunção de violentar consciência alguma, impondo-lhe freios ou drásticos que lhe objetivem o aperfeiçoamento compulsório. A Misericórdia Divina é paciência infatigável com os nossos multimilenários desequilíbrios, auxiliando a cada um de nós, através de meios determinados, de modo a que venhamos, saná-los, por nós mesmos, com o remédio amargoso da experiência, no veículo das horas. Surge a autoridade do raciocínio, quando os nossos males saem de nós, em prejuízo dos outros. […]. (9)
Bezerra de Menezes
“O maior título que o homem pode ambicionar é o de ser cristão em Cristo; que o sentimento de que pode fazer alarde, em sua consciência, é o do amor de Deus e do próximo”. […]. (10)
“O espírita cristão é chamado aos problemas do mundo, a fim de ajudar-lhes a solução; contudo, para atender em semelhante mister, há que silenciar discórdia e censura e alongar entendimento e serviço. É por esta razão que, interpretando o conceito “salvar” por “livrar da ruína” ou “preservar do perigo”, colocou Allan Kardec, no luminoso portal da Doutrina Espírita, a sua legenda inesquecível: “Fora da caridade não há salvação”. […]. (11)
Casimiro Cunha
A caridade é o amor,
É o sol que Nosso Senhor
Fez raiar claro e fecundo;
Alegrando nesta vida
A existência dolorida
Dos que sofrem neste mundo! […]. (12)
Emmanuel
Na sustentação do progresso espiritual precisamos tanto da caridade quanto do ar que nos assegura o equilíbrio orgânico. Lembra-te de que a interdependência é o regime instituído por Deus para a estabilidade de todo o Universo e não olvides a compreensão que devemos a todas as criaturas. Compreensão que se exprima, através de tolerância e bondade incessantes, na sadia convicção de que ajudando aos outros é que poderemos encontrar o auxílio indispensável à própria segurança. […] Só o amor é o clima adequado ao entrelaçamento de todos os seres da Criação e somente através dele integrar-nos-emos na sinfonia excelsa da vida. Guarda, em todas as fases do caminho, a caridade que identifica a presença do Senhor nos caminhos alheios, respeitando-lhes a configuração com que se apresentem. […]. (13)
Fabiano de Cristo
Grande é a seara de Nosso Senhor Jesus Cristo, a expressar-se no trabalho constante do Seu Apostolado de Redenção. Dentro dele, há naturalmente quem administre, quem legisle, quem doutrine, quem esclareça, quem teorize, quem corrija, quem defenda o direito, quem defina a estrada certa, quem consulte as necessidades alheias para dosar o conhecimento, quem analise a mente do próximo para graduar a revelação, quem advogue a causa da Verdade e quem organize os círculos determinados de tarefas, nos horizontes da inteligência… Entretanto, em todas essas manifestações a que somos chamados na obra do Senhor, é imprescindível tenhamos quem atenda à caridade — a caridade que é o próprio Jesus, de braços abertos, induzindo-nos à renúncia de nós mesmos para que prevaleça a Divina Vontade. Ainda assim, para que a sublime virtude nos tome a seu serviço, é indispensável que a humildade do Mestre nos marque os corações, a fim de que Lhe retratemos a Bondade Infinita. Permaneçamos, desse modo, com a caridade, estendendo-lhe a generosa luz. […]. (14)
Humberto de Campos (Irmão X)
[…] Caridade é servir sem descanso, ainda mesmo quando a enfermidade sem importância te convoque ao repouso; é cooperar espontaneamente nas boas obras, sem aguardar o convite dos outros; é não incomodar quem trabalha; é aperfeiçoar-se alguém naquilo que faz para ser mais útil; é suportar sem revolta a bílis do companheiro; é auxiliar os parentes, sem reprovação; é rejubilar-se com a prosperidade do próximo; é resumir a conversação de duas horas em três ou quatro frases; é não afligir quem nos acompanha; é ensurdecer-se para a difamação; é guardar o bom humor, cancelando a queixa de qualquer procedência; é respeitar cada pessoa e cada coisa na posição que lhes é própria… […] Não olvides, pois, que a execução de teus deveres para com o próximo será sempre a tua caridade maior. (15)
Joanna de Ângelis
Enquanto vigoravam conceitos religiosos procedentes das mais diversas escolas de fé, os Excelsos Benfeitores da Humanidade, através de Allan Kardec, foram concludentes: “Fora da caridade não há salvação.” Caridade não apenas como virtude teologal. Caridade não somente como diretriz religiosa. Caridade não implícita como condicionamento de fé. Caridade pura e simplesmente como norma de comportamento. […]. (16)
José Silvério Horta
[…] Só a Caridade, filha do Amor Celeste, é invariável. Com ela, desceu Nosso Senhor Jesus-Cristo à treva humana e, abraçando os fracos e enfermos, os vencidos e desprezados, levantou os alicerces do Reino de Deus que as Forças do Bem na Terra ainda estão construindo. Vinde, pois, à Seara do Evangelho, trazendo no coração a piedade fraternal que tudo compreende e tudo perdoa!… […]. (17)
Maria Dolores
[…] Caridade recorda a natureza
Que na bênção de Deus se concebe e aglutina,
Revelando no todo,
Da cúpula do Céu às entranhas do lodo,
Que a presença do amor é sempre luz divina. […]. (18)
Paulo, o apóstolo
Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão contidos os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra dessa bandeira eles viverão em paz; no céu, porque os que a tiverem praticado acharão graça diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a coluna luminosa que guia o homem no deserto da vida para o conduzir à Terra Prometida. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. […]. (19)
Vicente de Paulo
Sede bons e caridosos, pois essa é a chave dos céus, chave que tendes em vossas mãos. Toda a eterna felicidade se acha contida neste preceito: Amai-vos uns aos outros. A alma não pode elevar-se às altas regiões espirituais, senão pelo devotamento ao próximo e só encontra consolação e ventura nos arroubos da caridade. Sede bons, amparai os vossos irmãos, deixai de lado a horrenda chaga do egoísmo. […]. (20)
ORIENTAÇÕES AO MONITOR:
Apresentar aos participantes as concepções existentes acerca da caridade, segundo a interpretação dos bons Espíritos
Dividir a turma em dois grupos para análise e elaboração de um resumo dos seguintes temas que fazem parte deste Roteiro de Estudo: A caridade segundo o apóstolo Paulo e A caridade segundo a Doutrina Espírita.
Pedir aos relatores dos grupos que apresentem o resumo do texto estudado.
Ao final, o monitor faz a integração dos assuntos destacando os pontos considerados relevantes.

Referências:

1. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 1ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Capítulo 15, item 7, p. 305.

2. Idem – Capítulo 13, item 12, p. 271.

3. Xavier, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. ed. especial. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo 163, p. 363-364.

4. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Questão 886, p. 530.

5. Idem, ibidem – Questão 886-comentário, p. 530-531.

6. Idem – O Evangelho segundo o Espiritismo. Op. Cit. Capítulo 15, item 3, p. 302.

7. Idem, ibidem – Item 8, p. 306.

8. XAVIER, Francisco Cândido. Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho. Pelo Espírito Humberto de Campos. 32 ed. Rio de Janeiro, 2006. Capítulo 3 (Os degredados), p. 37.

9. Idem – Opinião espírita. Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. 4. Ed. Uberaba: CEC, 1973. Capítulo 30 (caridade e raciocínio – mensagem do Espírito André Luiz), p. 105-107.

10. FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA. Bezerra de Menezes, ontem e hoje. Coordenação de Juvanir Borges de Souza. 4 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008. Primeira parte, item 3: A verdadeira propaganda (página escrita por Bezerra de Menezes quando encarnado), p. 39.

11. XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. O Espírito da Verdade. Por diversos Espíritos. 15 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 3 (Legenda espírita – mensagem de Bezerra de Menezes), p. 19.

12. Idem – Parnaso de além-túmulo. Por diversos Espíritos. 17 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Item: Supremacia da caridade (mensagem do Espírito Casimiro Cunha), p. 201.

13. Idem – Ceifa de luz. Por diversos Espíritos. ed. especial. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Capítulo l (Caridade do entendimento), p. 15-16.

14. Idem – Relicário de luz. Por diversos Espíritos. 5 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Item: Em louvor da caridade (mensagem do Espírito Fabiano de Cristo), p. 13.

15. Idem – Cartas e crônicas. Pelo Espírito Humberto de Campos. 12 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Capítulo 27, p.118-119.

16. FRANCO, Divaldo Pereira. Lampadário espírita. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 8 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo50, p. 203.

17. XAVIER, Francisco Cândido. Instruções psicofônicas. Por diversos Espíritos. 9 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 35 (Caridade – mensagem do Espírito José Silvério Horta), 164.

18. Idem – Antologia da espiritualidade. Pelo Espírito Maria Dolores. 5 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2002. Capítulo 22, p. 75.

19. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Op. Cit. Capítulo 15, item 10, p. 307-308.

20. Idem – Capítulo 13, item 12, p. 270.

Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais.

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