Há Ocasiões Preciosas de Reajuste no Nosso Caminho

Há Ocasiões Preciosas de Reajuste no Nosso Caminho

Vitória pelo amor

 

 Há ocasiões preciosas de reajuste no nosso caminho, que nos possibilitam a vitória consagrada sempre pelo amor.
Depois das tempestades surge a bonança.
Após as lágrimas surge o alívio balsâmico da alma reconfortada.
Ante as desesperações surge a lição da resistência e superação.
Saibamos usar estas energias benéficas em nosso proveito e de uma vida saudável com o amparo de Jesus.
Eduquemo-nos, para receber as fontes da saúde integral, que nos levarão a recomposição e manancial de mais equilíbrio e paz ao nosso espírito imortal. 

 

Vera Jacubowski

VIDA

Oficinas de Assistência

 

E porque nós outros – um grupo de rapazes – nos acercamos do Mentor, indagando que opinião era a dele sobre as oficinas de assistência aos necessitados, nas realizações cristãs, ele nos respondeu cortesmente:
– O assunto é do maior interesse. A propósito, desejo contar-lhes a experiência de um companheiro. Um amigo, que foi batista na Terra, chegou à Vida Espiritual com grande prestígio pelos serviços prestados à Causa do Senhor. Conduzido por devotados benfeitores à grande cidade da Vida Maior, passou a visitar os setores de trabalho que o empolgavam. Tomando a companhia de um professor, entrou a movimentar-se.
Na sequência de suas excursões, viu-se diante de vasto sanatório, em cujo interior e em todas as dependências se notava tremenda algazarra. Impropérios, acusações mútuas, insultos e rixas. A balbúrdia era enorme.
Impressionados, ele e o acompanhante, perguntaram a um dos diretores da instituição se ali estava algum setor da zona infernal, ao que o interpelado replicou humildemente:
– Sim, a nossa casa pode ser considerada uma região de inferno, onde alguns de nós, irmãos acordados para a vida, devemos treinar abnegação e tolerância.
Nosso amigo inquiriu:
– Poderá nos informar se aqui vivem alguns batistas?
– Muitos, foi a resposta.
E o diálogo prosseguiu:
– E presbiterianos?
– Grande quantidade.
– E católicos?
– Número imenso.
– E luteranos de outras interpretações?
– Igualmente muitos.
– E espíritas?
– Legião incalculável.
Nosso companheiro considerou:
– É uma lástima! E como se comportam na comunidade?
– Infelizmente – esclareceu o diretor – os religiosos que se acham aqui são espíritos cristalizados nos enganos que abraçaram. Foram, todos eles, homens e mulheres, habitualmente discutidores e intimamente revoltados. Agarrados aos próprios pontos de vista, são rebeldes, indiferentes, vaidosos e intolerantes. Viveram no mundo físico em teorias e anátemas, mergulhados em preguiça mental, a ponto de muitos deles não aceitarem a realidade da vida espiritual em que se encontram…
– E quando estarão libertos de tanta cegueira?
O diretor explicou:
– Quando demonstrarem a renovação espiritual precisa, a fim de merecerem o privilégio de aprender a servir.
Indiscutivelmente, os visitantes saíram dali desolados e depois de alguns quilômetros surpreenderam grande colônia espiritual, de cujo interior se irradiavam luz e harmonia.
Pararam observando…
Em seguida solicitaram a um dos guardiões da porta, a presença de alguém que lhes pudesse prestar os informes que julgavam precisos.
Veio um diretor e repetiram a indagação sobre a natureza e finalidade daquele instituto.
O amigo respondeu:
– Aqui somos todos uma só família; todos os que residem aqui são aqueles que acreditaram em Jesus e seguiam-lhe os passos, trabalhando e servindo, por amor aos semelhantes. Não há denominações religiosas que nos diferenciam, até porque temos conosco muitos ateus que se consagraram espontaneamente ao bem do próximo, ignorando que estavam acompanhando o Divino Mestre. A prestação de serviço aos outros, sem idéias de recompensa, nos proporcionou a felicidade de estarmos todos juntos em Cristo.
Foi então que compreendi melhor o valor das oficinas de assistência aos necessitados. Aí, nesses recantos abençoados, é possível estudar as Lições do Senhor e segui-lo verdadeiramente no rumo das alegrias imperecíveis.
Somente os que aprendem a trabalhar e a servir, com esquecimento de si mesmos, acham-se no rumo exato da felicidade real, de vez que nada valem as preciosas argumentações vazias de boas obras, porque, sem as realizações do amor ao próximo, não teremos senão a alternativa de tudo recomeçar, aprendendo, por fim, a fazer o melhor de nós e de nossa vida, para que possamos justificar o privilégio de conhecer…

 

XAVIER, Francisco Cândido. Fotos da Vida. Pelo Espírito Augusto Cezar Netto. GEEM.

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A Beneficência

 

Sede bons e caridosos: essa a chave dos céus, chave que tendes em vossas mãos. Toda a eterna felicidade se contém neste preceito: “Amai-vos uns aos outros.” Não pode a alma elevar-se às altas regiões espirituais, senão pelo devotamento ao próximo; somente nos arroubos da caridade encontra ela ventura e consolação. Sede bons, amparai os vossos irmãos, deixai de lado a horrenda chaga do egoísmo. Cumprido esse dever, abrir-se-vos-á o caminho da felicidade eterna. Ao demais, qual dentre vós ainda não sentiu o coração pulsar de júbilo, de íntima alegria, à narrativa de um ato de bela dedicação, de uma obra verdadeiramente caridosa? Se unicamente buscásseis a volúpia que uma ação boa proporciona, conservar-vos-íeis sempre na senda do progresso espiritual. Não vos faltam os exemplos; rara é apenas a boa-vontade. Notai que a vossa história guarda piedosa lembrança de uma multidão de homens de bem.
Não vos disse Jesus tudo o que concerne às virtudes da caridade e do amor? Por que desprezar os seus ensinamentos divinos? Por que fechar o ouvido às suas divinas palavras, o coração a todos os seus bondosos preceitos? Quisera eu que dispensassem mais interesse, mais fé às leituras evangélicas. Desprezam, porém, esse livro, consideram-no repositório de palavras ocas, uma carta fechada; deixam no esquecimento esse código admirável. Vossos males provêm todos do abandono voluntário a que votais esse resumo das leis divinas. Lede-lhe as páginas cintilantes do devotamento de Jesus, e meditai-as.
Homens fortes, armai-vos; homens fracos, fazei da vossa brandura, da vossa fé, as vossas armas. Sede mais persuasivos, mais constantes na propagação da vossa nova doutrina. Apenas encorajamento é o que vos vimos dar; apenas para vos estimularmos o zelo e as virtudes é que Deus permite nos manifestemos a vós outros. Mas, se cada um o quisesse, bastaria a sua própria vontade e a ajuda de Deus; as manifestações espíritas unicamente se produzem para os de olhos fechados e corações indóceis.
A caridade é a virtude fundamental sobre que há de repousar todo o edifício das virtudes terrenas. Sem ela não existem as outras. Sem a caridade não há esperar melhor sorte, não há interesse moral que nos guie; sem a caridade não há fé, pois a fé não é mais do que pura luminosidade que torna brilhante uma alma caridosa.
A caridade é, em todos os mundos, a eterna âncora de salvação; é a mais pura emanação do próprio Criador; é a sua própria virtude, dada por ele à criatura. Como desprezar essa bondade suprema? Qual o coração, disso ciente, bastante perverso para recalcar em si e expulsar esse sentimento todo divino? Qual o filho bastante mau para se rebelar contra essa doce carícia: a caridade?
Não ouso falar do que fiz, porque também os Espíritos têm o pudor de suas obras; considero, porém, a que iniciei como uma das que mais hão de contribuir para o alívio dos vossos semelhantes. Vejo com freqüência os Espíritos a pedirem lhes seja dado, por missão, continuar a minha tarefa. Vejo-os, minhas bondosas e queridas irmãs, no piedoso e divino ministério; vejo-os praticando a virtude que vos recomendo, com todo o júbilo que deriva de uma existência de dedicação e sacrifícios. Imensa dita é a minha, por ver quanto lhes honra o caráter, quão estimada e protegida é a missão que desempenham. Homens de bem, de boa e firme vontade, uni-vos para continuar amplamente a obra de propagação da caridade; no exercício mesmo dessa virtude, encontrareis a vossa recompensa; não há alegria espiritual que ela não proporcione já na vida presente. Sede unidos, amai-vos uns aos outros, segundo os preceitos do Cristo. Assim seja. – S.
Vicente de Paulo. (Paris, 1858.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 13. Item 12.

boa noite deus

12 Razões para você continuar sendo espírita

 

Diante do moralismo e da intolerância de certos adeptos do Espiritismo, alguns companheiros chegam a cogitar de deixaram a Doutrina, como se ela devesse responder pela ignorância e arbitrariedade dos que se dizem seus seguidores.
Se você se encontra entre esses companheiros que, aborrecidos com a postura de certos irmãos de Ideal, planejam a própria deserção da seara espírita-cristã, com intuito de demovê-lo do equivocado intento, listarei abaixo 12 razões para que você, com inalterável alegria, persevere na fé libertadora que abraçou.
1 – O Espiritismo é uma doutrina livre, que não possui chefes e nem donos – nele, a única autoridade é a de Jesus Cristo.
2 – Para ser espírita ao seu modo, você não tem que dar satisfações a ninguém.
3 – Absolutamente, não existe a menor necessidade de que o seu grupo se filie a esse ou àquele Órgão centralizador, ao qual deva prestar obediência ou se sujeitar a inspeção.
4 – Para ser médium onde e como quer você não carece de outro aval que não seja o de sua própria consciência.
5 – A opinião de qualquer espírita em torno de seu trabalho diz respeito somente a ele, e, em essência, vale quase nada.
6 – A rigor, o espírita convicto não precisa se dizer tal nem em pesquisa do IBGE.
7 – Se não estiver satisfeito com o que acontece na casa que você frequenta, sem comunicar nada a quem seja, pode sair dela, alugar um barraco e fundar o “seu” próprio Centro Espírita.
8 – A quem, porventura, lhe rotule de antidoutrinário, você deve simplesmente ignorar em sua tola pretensão de patrulheiro doutrinário da conduta alheia.
9 – Não admita quem lhe queira ensinar técnicas específicas de transmissão do passe, porque isto é característica de cada um – o que conta é a simples imposição das mãos, sem necessidade de toque direto, e o desejo de ser útil.
10 – Não há necessidade de que você exiba atestado de santidade moral a quem, atrevidamente, lho peça.
11 – Kardec codificou a Doutrina, mas, em verdade, a Revelação Espírita está longe de ser concluída.
12 – Através das lentes da Fé Raciocinada, leia tudo, e não apenas Espiritismo, porque, em realidade, o Espiritismo não está contido apenas nas obras rotuladas de espíritas.
E, evidentemente, sem perder a linha, você poderá simplesmente dizer a quem lhe vier aporrinhar com o intuito de “enquadrá-lo” em suas ortodoxas concepções doutrinárias: – Não me venha ensinar o que você não sabe!…

 

Carlos A. Baccelli. Pelo Espírito Inácio Ferreira.

boa noite agradeça

Promoção

 

Incontáveis companheiros espíritas, na atualidade, revivem o espírito de serviço cristão que nêles se agiganta, conclamando-os ao intérmino labor de preparação da Era nova.
Multiplicam-se êles em formosa sementeira e já se podem observar os resultados positivos da sua atividade proveitosa, a benefício de tôda a Seara do Amor.
Entre eles corporificam-se a abnegação e a renúncia, emuldurando-lhes os esforços lavrados à base da vivência evangélica na integral harmonia dos seus postulados.
Escrevem e pautam a conduta na elevada correção de modos.
Falam e aplicam na vida diária os ensinamentos divulgados.
Oram e agem no campo da fraternidade transformando palavras em socorro eficiente, que espalham, generosos, em nome do Senhor.
Proclamam a excelência do amor e desdobram esforços na compreensão dos espíritos sofredores que buscam amparar no carinho dos sentimentos.
Preconizam o perdão e esquecem as ofensas, disseminando a alegria, mesmo quando o pessimismo insiste em dominar, pernicioso.
Convém, no entanto, refletirmos com atenção Surgem e desaparecem com celeridade, na esfera do serviço ativo, trabalhadores diversos que se dizem fascinados por Jesus ou se apresentam tocados pela excelência da Doutrina Espírita que dizem e aparentam desposar.
Todavia, somente alguns perseveram fiéis ao programa encetado, por longo tempo.
Enquanto brilham facilidades e o alarde dos aplausos estruge, ei-los a postos. Entrementes, logo são chamados ao testemunho do silêncio, no anonimato ou na ação aparentemente insignificante, debandam rancorosos, com queixas, estremunhados…
São os que promovem o Espiritismo, Promovendo-se também.
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Paulo, de tal forma se esqueceu de si mesmo, no serviço de Jesus, que exclamou: “Estou crucificado com Cristo; logo já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”…
Francisco de Assis, servindo ao Senhor com elevada abnegação, olvidou, inclusive, a própria saúde, para doar-se totalmente à lição da renúncia e da humildade por amor a Ele.
Vicente de Paula, tocado pela necessidade do próximo, alcançou os extremos da auto-doação, trocando a sua pela vida de um galé, a fim de libertá-lo das cadeias que considerava injustas.
Joanna dArc, convencida do amparo que as suas vozes lhe ofereciam, deixou-se queimar, superando o instinto de conservação da vida física, fiel à Imortalidade.
Allan Kardec, conquanto advertido reiteradas vêzes pelo espírito generoso do dr. Demeure, seu médico, então desencarnado, quanto à saúde, dela descurava para trabalhar, rompendo-se-lhe o aneurisma, em plena ação iluminativa de consciências.
E João Batista, o Precursor, enunciava em júbilo: “Necessário é que Ele cresça e eu diminua”, promovendo-o e apagando-se.
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Cuida de promover a Causa e olvida as transitórias casas a que te vinculas; propagando o Espiritismo em tôda a sua pureza, fiel aos postulados Kardequianos, ilumina-te na Sua claridade, deixando a tua pessoa em plano secundário; ampliando o campo para sementação da Verdade não te iludas…
A promoção da Doutrina que te honra não deve constituir-te motivo de destaque personalista, porque o verdadeiro trabalhador ama na semente a planta futura, e na terra reverdescida encontra a resposta da vida ao esfôrço desenvolvido.
Servindo desinteressadamente não te alcançarão as agressões dos maus – que são transitórios no caminho; e a perseverança da tua atividade, quando outros a deixaram, responderá pela nobreza dos teus propósitos e do teu valor aplicados à fidelidade do ideal que te abrasa.
Porque Jesus distendesse o pensamento divino sõbre a Terra conturbada, quando pretendiam afetar a Mensagem de que se fizeram Mensageiro Celeste, invectivava, enérgico e pulcro, no entanto, quando se levantavam contra Ele, deixava-se conduzir, confiando no Pai, a ensinar que a Palavra de Vida Eterna é pão insubstituível para a manutenção do espírito, enquanto que aquêle que dela se faz portador, entregue à Verdade, não se deve preocupar consigo, por estar nas mãos de Deus que tudo supervisiona e dirige com sabedoria.
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“É necessário que Ele cresça, e que eu diminua”. João: capítulo 3º, versículo 30.
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“Não ouso falar do que fiz, porque também os Espíritos têm o pudor de suas obras”.
– SÃO VICENTE DE PAULA. Evangelho Segundo o Espiritismo – Capítulo 13º – Item 12, parágrafo 6.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 43.

boa noite um anjo

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