JAMAIS DESISTIR DE LUTAR – Ermance Dufaux

paz

PAZ JAMAIS DESISTIR DE LUTAR

 

 

Não existe ascensão espiritual sem tropeços e descuidos. E adotemos como norma: jamais desistir de lutar e buscar ser feliz, trabalhando dia após dia pelo reerguimento e pela reparação em favor da nossa paz.

 

Ermance Dufaux

O ORGULHO E HUMILDADE
ABENÇOADOS

Paz do Mundo e Paz do Cristo

 

“A paz vos deixo, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá.” – Jesus. (JOÃO, 14:27.)

 

É indispensável não confundir a paz do mundo com a paz do Cristo.
A calma do plano inferior pode não passar de estacionamento.
A serenidade das esferas mais altas significa trabalho divino, a caminho da Luz Imortal.
O mundo consegue proporcionar muitos acordos e arranjos nesse terreno, mas somente o Senhor pode outorgar ao espírito a paz verdadeira.
Nos círculos da carne, a paz das nações costuma representar o silêncio provisório das baionetas; a dos abastados inconscientes é a preguiça improdutiva e incapaz; a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é a manifestação do desespero doentio; a dos ociosos sistemáticos, é a fuga ao trabalho; a dos arbitrários, é a satisfação dos próprios caprichos; a dos vaidosos, é o aplauso da ignorância; a dos vingativos, é a destruição dos adversários; a dos maus, é a vitória da crueldade; a dos negociantes sagazes, é a exploração inferior; a dos que se agarram às sensações de baixo teor, é a viciação dos sentidos; a dos comilões, é o repasto opulento do estômago, embora haja fome espiritual no coração.
Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes que desfrutam a paz do mundo. Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores no século. A ignorância endinheirada, a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito bem.
Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser, muitas vezes, o sono enfermiço da alma. Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede o entendimento, por nascida e cultivada, portas a dentro do espírito, no campo da consciência e no santuário do coração.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 105.

PALAVRA AMOR

Convite à Pureza

 

“Bem-aventurados os que têm puro o coração, por que verão a Deus.” (Mateus: capítulo 5º, versículo 8.)
Não importa quem foste, o que fizeste, quais os teus equívocos e erros.
O peso dos desregramentos constitui já punição para aqueles que o conduzem.
A condição de devedor representa marca indelével impressa na consciência a surgir hoje eu depois, não permanecendo, porém, oculta, por mais se deseje ignorá-la.
Face a isso, compreensível recomeçar com ardente desejo de aproveitar o capital do tempo no comércio da oportunidade, como investimento de bênção pela própria redenção.
Todos guardamos cicatrizes decorrentes de feridas morais, quando não as trazemos ainda purulentas sob disfarces bem cuidados.
Ninguém avança pelo caminho do progresso moral sem o contributo das experiências que decorrem do sofrimento, das lições dos erros, das matrizes muitas vezes dolorosas da criminalidade…
Pureza, portanto, hoje.
Mais do que aparência, legítima constituição íntima de propósitos materializando atos renovadores. Pureza na ação e no pensamento.
Há conspiração generalizada contra o estado de inocência que não significa ignorância do mal, porém superação dele.
Toda comunicação atual vazada na técnica corruptora se estriba nas torpezas morais, reduzindo o homem aos feixes dos instintos grosseiros e às sensações animalizantes, em detrimento dos dínamos poderosos da razão e da emoção superior..
Todavia, mediante o culto vigoroso do Evangelho, faz-se imperioso o retorno à pureza para a conquista da paz.
Maria de Magdala, embora os equívocos sucessivos, após conhecer Jesus passou a cultivar a pureza e tornou-se um símbolo da vitória da razão sobre a paixão.
Saulo fanatizado, depois de ações cruéis, sintonizou com o Cristo e se purificou mediante a auto-doação total, ampliando na Terra os horizontes do Cristianismo.
Ninguém te exigirá documentação sobre o passado próximo. Reinicia, agora, o teu programa de pureza e considera o conceito sublime do Mestre, no Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os que têm puro o coração, porque verão a Deus”, deixando-te comover e conduzir pela pureza a fim de haurires plenitude de paz.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 44.

MARAVILHAS

Reto Pensar

 

Pessoas bem intencionadas acreditam que algumas ações boas lhes bastam para a paz de consciência, no mundo, e a conquista do “reino dos Céus” logo depois.
Entre nada fazer e algo realizar, é sempre melhor o bem produzir. Todavia, a ação generosa, periódica, não é suficiente para equilibrar os valores humanos no campo de batalha da personalidade, em detrimento do ser real em si mesmo.
O homem se torna aquilo que cultiva no pensamento.
A vida mental irregular, geradora de mil conflitos e disparates, não fica anestesiada face à ingerência de alguns atos de solidariedade ou mesmo de beneficência.
O reto pensar é o método único para atingir o reto atuar.
Somente o pensamento bem direcionado, impede que germinem as sementes da perturbação mental geradora dos tormentos que procedem dos vícios ancestrais.
O esforço para insistir no reto pensar preenche os espaços do pensar mal ou não pensar, ambos do agrado da ociosidade e da acomodação.
Mediante o reto pensamento, o homem se descobre também agindo retamente.
*
Inclina tua mente para o mais saudável.
Não te faças fiscal do lixo moral da sociedade, nem te permitas coletar os detritos do pessimismo como da vulgaridade.
De maneira nenhuma censures o teu próximo, especialmente quando este se encontre ausente.
Busca os valores positivos que existem nos outros e aprimora aqueles em ti existentes.
Sê equânime no teu foro íntimo e nas tuas expressões exteriores.
Fala menos e reflexiona mais em torno do amor.
Insiste nas ideias que estimulam a vontade a tornar-se forte quão disciplinada.
Planeja a ascensão e pensa sobre ela, raciocinando a respeito da perda de tempo com as ilusões e futilidades.
Supera o temor de qualquer natureza com a confiança de que nenhum mal de fora poderá fazer-te mal se estiveres bem interiormente, e que somente te sucederá o que venha a contribuir para a tua paz e progresso espiritual.
*
Jesus realizou, na Terra, os mais admiráveis fenômenos de que se tem notícia, e demonstrou a mais elevada qualidade de amor que jamais alguém, no mundo, ofereceu às criaturas. Todavia, o Seu reto pensar foi a causa do Seu reto agir, o que O fez Modelo para ser seguido em todas as épocas.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Meditação. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 3.

PÁSSAROS E CORAÇÕES

Advertência aos Médiuns

 

Allan Kardec afirmou com sabedoria que a mediunidade é “apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos em geral.”(1)
Por essa e outras razões, os médiuns não se podem vangloriar de haverem sido eleitos como missionários da Nova Era, deixando-se sucumbir aos tormentos da fascinação sutil ou extravagante.
A atividade mediúnica, por isso mesmo, constitui oportunidade abençoada para o aperfeiçoamento intelecto-moral do indivíduo, que se permitiu dislates em reencarnações anteriores, comprometendo-se em lamentáveis situações espirituais.
A mediunidade é, portanto, um ensejo especial para a autorrecuperação, devendo ser utilizada de maneira dignificante, em cujo ministério de amor e de caridade será encontrada a diretriz de segurança para o reequilíbrio.
Quando se trata de mediunidade ostensiva, com mais gravidade devem ser assumidos os deveres que lhe dizem respeito, porquanto maior se apresenta a área de serviço a ser desenvolvido.
Em qualquer tipo de realização nobilitante sempre se enfrentam desafios e lutas, em face do estágio evolutivo em que se encontram os seres humanos e o planeta terrestre. É natural que haja alguma indiferença pelo que é bom e elevado, quando não se apresentam hostilidades em trabalho impeditivo da sua divulgação.
Sendo a mediunidade um recurso que possibilita o intercâmbio entre o mundo físico e o espiritual, as mentes desprevenidas ou ainda arraigadas na perversidade tudo investem para impedir que o fenômeno ocorra de maneira saudável, proporcionando, assim, os meios para restabelecer-se a ordem moral e confirmar-se a imortalidade do ser, propondo-lhe equilíbrio e venturas no porvir.
Não são poucos os obstáculos a serem transpostos por todo aquele que se candidata ao relevante labor mediúnico. Os primeiros encontram-se no seu mundo íntimo, nos hábitos doentios a que se acostumou no pretérito, quando permaneceu distanciado dos deveres morais, criando problemas para o próximo, que resultaram em inquietações para si mesmo. A luta a ser travada, para a superação do desafio, ninguém vê, exceto aquele que está empenhado no combate em favor da autolibertação, impondo-se a necessidade de rigorosas disciplinas que possam proporcionar-lhe novas condutas saudáveis, capazes de facilitar-lhe a execução das tarefas espirituais sob a responsabilidade e comando dos Mensageiros do Senhor.
O estudo consciente da faculdade mediúnica e a vivência dos requisitos morais são, a seguir, outro grande desafio, por imporem condições de humildade no desempenho das tarefas, tomando sempre para si as informações e advertências que lhe chegam do Mais Além, ao invés de transferi-las para os outros.
O médium sincero, mais do que outro lidador laborioso em qualquer área de ação, encontra-se em constante perigo, necessitando aplicar a vigilância e a oração com frequência, de modo a manter-se em paz ante o cerco das Entidades ociosas e vingadoras da erraticidade inferior. Isto porque, comprazendo-se na prática do mal, a que se dedicam, as mesmas transformam-se em inimigos gratuitos de todos aqueles que lhes parecem ameaçar a situação em que se encontram.
Por isso mesmo, a prática mediúnica reveste-se de seriedade e de entrega pessoal, não dando espaço para o estrelismo, as competições doentias e as tirânicas atitudes de agressão a quem quer que seja…
Devendo ser passivo o médium, a fim de bem captar o pensamento que verte das Esferas superiores, o seu comportamento há de caracterizar-se pela jovialidade, pela compreensão das dificuldades alheias, pela compaixão em favor de tudo e de todos que encontre pelo caminho.
As rivalidades entre médiuns, que sempre existiram e continuam, defluem da inferioridade moral dos mesmos, porque a condição mais relevante a ser adquirida é a de servidor incansável, convidado ao trabalho na Seara por Aquele que é o Senhor .
Examinar com cuidado as comunicações de que se faz portador, evitando a divulgação insensata, de temas geradores de polêmica, a pretexto de revelações retumbantes, e defendê-los, constitui inadvertência e presunção, por considerar-se como o vaso escolhido para as informações de alto coturno, que o mundo espiritual libera somente quando isso se faz necessário. Jamais esquecer, quando incluído nessa categoria, que o caráter da universalidade do ensino, conforme estabelecer o mestre de Lyon, é fundamental para demonstrar a qualidade e a origem do ensinamento, se pertencente a um Espírito ou se, em chegando o momento da sua divulgação entre as criaturas humanas, procede da Espiritualidade superior.
Quando se sente inspirado a adotar comportamentos esdrúxulos, informações fantasiosas e de difícil confirmação, materializando o mundo espiritual como se fosse uma cópia do terrestre e não ao contrário, certamente está a desserviço do Bem e da divulgação do Espiritismo.
O verdadeiro médium espírita é discreto, como corresponde em relação a todo cidadão digno, evitando, quanto possível, o empenho em impor as revelações de que se diz instrumento.
De igual maneira, quando o médium passa a defender-se, a criticar os outros, a autopromover-se demais, encontra-se enfermo espiritualmente, a caminho de lamentável transtorno obsessivo ou emocional.
A sua sensibilidade é considerada não apenas pelo fato de receber os Espíritos superiores, mas pela facilidade de comunicar-se com todos os Espíritos, conforme acentua o insigne Codificador.
Assim deve considerar, porque a mediunidade é, em si mesma, neutra, podendo ser encontrada em todos os tipos humanos, razão pela qual não se trata de uma faculdade espírita, porém, humana, que sempre existiu em todas as épocas da sociedade, desde os tempos mais remotos até os atuais.
No trabalho silencioso e discreto do atendimento aos sofredores, seja no seu cotidiano em relação aos companheiros da romagem carnal, seja nas abençoadas reuniões de atendimento aos desencarnados em agonia, assim como àqueles que se rebelaram contra as Leis da Vida, encontrará o medianeiro sincero inspiração e apoio para a desincumbência da tarefa que abraça.
Dedicando-se ao labor da caridade sem jaça, granjeia o afeto dos Espíritos elevados, que passam a protegê-lo sem alarde e a inspirá-lo nos momentos de dificuldades e de sofrimentos, consolando-o nos testemunhos e na solidão que, não raro, dominam-lhe as paisagens íntimas.Consciente da responsabilidade que lhe diz respeito, não se preocupa com as louvaminhas e os aplausos da leviandade, em agradar os poderosos e os insensatos que o buscam, por compreender que está a serviço da Verdade, que, infelizmente, ainda, como no passado, não existe lugar para a sua instalação. Dessa forma, mantém-se fiel à sua implantação interna, vivendo-a de maneira jovial e enriquecedora, dando mostras de que o Reino de Deus instala-se a princípio no coração, de onde se expande para o mundo transcendente.
Tem cuidado na maneira pela qual exterioriza as informações recebidas, dando-lhes sempre o tom de naturalidade e de equilíbrio, evitando o deslumbramento que a ignorância em torno da sua faculdade sempre reveste com brilho falso os seus portadores.
Jamais se deve permitir a presunção, acreditando-se irretocável, herdeiro da memória e dos valores dos missionários do passado próximo ou remoto, tendo em Jesus Cristo, e não em pessoa alguma, o seu guia e modelo.
Despersonalizar-se para que nele se reflita a figura incomparável do Mestre de Nazaré, eis uma das metas a conquistar, recordando-se de João Batista, que informou sobre a necessidade de diminuir-se para que Ele crescesse, considerando-se indigno de atar as amarras das Suas sandálias…
A mediunidade é instrumento que se pode transformar em vínculo de luz entre a Terra e o Céu, ou furna de perturbação e sofrimento onde se homiziam os invigilantes e desalmados, em conflitos e pugnas contínuas.
A faculdade, em si mesma, é portadora de grande potencialidade para proporcionar a felicidade, quando o indivíduo que a aplica no Bem procura servir com bondade e alegria, evitando a disputa das glórias mentirosas do mundo físico, assim como os desvios de conduta responsáveis pelas quedas morais da sua aplicação indevida.
As trombetas do mundo espiritual ressoam hoje, como em todos os tempos, nas consciências alertas, convocando os corações afetuosos para o grande empreendimento de iluminação de vidas e de sublimação de sentimentos, atenuando as dores expressivas deste momento de transição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração.
Aos médiuns dignos e sinceros cabe a grande tarefa de preparar o advento da Era Nova, conforme o fizeram aqueles que se tornaram instrumento das mensagens libertadoras que foram catalogadas por Allan Kardec, nos seus dias, elaborando a Codificação Espírita, e que se mantêm atuais ainda hoje, prosseguindo certamente pelos dias do futuro.
Que os médiuns, pois, se desincumbam do compromisso e não da missão, como alguns levianamente a interpretam, gerando simpatia e solidariedade, unindo as pessoas numa grande família, que a constituem, e sustentando-lhes a sede e a fome de luz e de paz, de esperança e de amor, como somente sabem fazer os Guias da Humanidade a serviço de Jesus.

 

(1) O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XXIV. Item 12.
Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda. Página psicografada por Divaldo Pereira Franco, na tarde de 16 de abril de 2009, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia.

TUDO É AMOR CHICO

O Poder do Amor

 

Acredita no amor e vive-o plenamente.
Qualquer expressão de afetividade propicia renovação de entusiasmo, de qualidade de vida, de metas felizes em relação ao futuro.
O amor não é somente um meio, porém o fim essencial da vida.
Emanado pelo sentimento que se aprimora, o amor expressa-se, a princípio, asselvajado, instintivo, na área da sensação, e depura-se lentamente, agigantando-se no campo da emoção.
Quando fruído, estimula o organismo e oferece-lhe reações imunológicas, que proporcionam resistência às células para enfrentar os invasores perniciosos, que são com batidos pelos glóbulos brancos vigilantes.
A força do amor levanta as energias alquebradas, e torna-se essencial para a preservação da vida.
Quando diminui, cedendo lugar aos mecanismos de reação pelo ciúme, pelo ressentimento, pelo ódio, favorece a degeneração da energia vital, preservadora do equilíbrio fisiopsíquico, ensejando a instalação de enfermidades variadas, que trabalham pela consumpção dos equipamentos orgânicos…
Situação alguma, por mais constrangedora, ou desafio, por maior que se apresente, nas suas expressões agressivas, merecem que te niveles à violência, abandonando o recurso valioso do amor.
Competir com os não-amáveis é tornar-se pior do que eles, que lamentavelmente ainda não despertaram para a realidade superior da vida.
Amá-los é a alternativa única à tua disposição, que deves utilizar, de forma a não te impregnares das energias deletérias que eles exalam.
Envolvê-los em ondas de afetividade é ato de sabedoria e recurso terapêutico valioso, que lhes modificará a conduta, senão de imediato, com certeza oportunamente.
O amor solucionará todos os teus problemas. Não impedirá, porém, que os tenhas, que sejas agredido, que experimentes incompreensão, mas te facultará permanecer em paz contigo mesmo.
É possível que não lhe vejas a florescência, naquele a quem o ofertas, no entanto, a sociedade do amanhã vê-lo-á enfrutecer e beneficiar as criaturas que virão depois de ti. E isto, sim, é o que importa.
Quando tudo pareça conspirar contra os teus sentimentos de amor, e a desordem aumentar, o crime triunfar, a loucura aturdir as pessoas em volta, ainda aí não duvides do seu poder. Ama com mais vigor e tranqüilidade, porque esta é a tua missão na Terra – mar sempre.
Crucificado, sob superlativa humilhação, Jesus prosseguiu amando e em paz, iniciando uma Era Nova para a Humanidade, que agora lhe tributa razão e amor.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos Enriquecedores. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

CANÇÃO DOS PÁSSAROS

Auto-Doação

 

“893. Qual a mais meritória de todas as virtudes?
“Toda virtude tem seu mérito próprio porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade”. O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Aprende a doar-te, se desejas atingir a prática legítima do Evangelho. Pregador que se alça à tribuna dourada, derramando conceitos brilhantes mas não se gasta nos labores que propõe é apenas máquina de falar, inconsciente e inconsequente.
O verdadeiro aprendiz da Boa Nova está sempre a postos.
Se convidado a dar algo, abre a bolsa humilde, e, recordando-se da parábola da viúva pobre, oferta o seu óbulo sem constrangimento.
Se chamado a dar-se, empenha-se no trabalho, gastando-se em amor, consumindo as energias recordando o Mestre na carpintaria nobre.
Há muita gente nas fileiras do Cristianismo que ensina com facilidade, utilizando linguagem escorreita, falando ou escrevendo, mas logo que é convocada a dar ou doar-se recua apressadamente ferida no amor próprio.
Prefere as posições superiores de mando, distante das honrosas situações do serviço.
Pode ser comparada a parasitas em alta posição na árvore de que se nutrem, inúteis.
Em comezinhos exemplos, encontrarás, no quotidiano, o ajudar-gastando-se.
A pedra que afia a lâmina, consome-se no mister.
A grafite que escreve, desaparece enquanto registra.
O sabão que higieniza, dissolve-se, atendendo ao objetivo.
Em razão disso, não receies sofrer nas tarefas a que te propões.
São os maus que te necessitam. Os enfermos te aguardam e os infelizes confiam em ti.
Pede a ti mesmo, algo por ele, e embora o teu verbo não tenha calor nem a tua pena seja portadora da fraseologia retumbante, haverá sempre muita beleza em teus atos e muita bondade em teus gestos quando dirigidos àqueles para quem, afinal, a Boa Nova está no mundo, recordando que Jesus, após cada pregação sublime, dava-se a si mesmo para a felicidade geral.
A estes oferecia a palavra de alento e paz.
Àqueles ministrava, compassivo, lições de vida e gestos de amor.
A uns abria os olhos fechados ou os ouvidos moucos.
A outros lavava as mazelas em forma de pústulas ou recuperava a paz, afastando os Espíritos infelizes.
E a todos se doava, sem cessar, cantando a Boa Nova e vivendo-a entre os sofredores até a Cruz, que transformou em ponte de luz na direção da Vida Imperecível.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 10.

DEUS EM MIM

Respostas à Pressa

 

Evite a impaciência. Você já viveu séculos incontáveis e está diante de milênios sem-fim.
*
Guarde a calma. Fuja, porém, à ociosidade, como quem reconhece o decisivo valor do minuto.
*
Semeie o amor. Pense no devotamento dAquele que nos ama desde o princípio.
*
Guarde o equilíbrio. Paixões e desejos desenfreados são forças de arrasamento na Criação Divina.
*
Cultive a confiança. O Sol reaparecerá amanhã, no horizonte, e a paisagem será diferente.
*
Intensifique o próprio esforço. Sua vida será o que você fizer dela.
*
Estime a solidariedade. Você não poderá viver sem os outros, embora na maioria dos casos possam os outros viver sem você,
*
Experimente a solidão, de quando em quando; Jesus esteve sozinho, nos momentos cruciais de sua passagem pela Terra.
*
Dê movimento construtivo, às suas horas. Não converta, no entanto, a existência numa torre de Babel.
*
Renda culto fiel à paz. Não se esqueça, todavia, de que você jamais viverá tranqüilo sem dar paz aos que pisam seu caminho.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Agenda Cristã. Pelo Espírito André Luiz. FEB. Capítulo 30. Edição de Bolso.

SÉRIO

O que temer? Nada.

 

A quem temer? Ninguém.
Por quê? Porque aqueles que se unem a Deus obtêm três grandes privilégios:
onipotência sem poder; embriaguez, sem vinho; e vida sem morte.
São Francisco de Assis

RESPONSÁVEL

Firmeza no Ideal

 

A perseverança nos ideais superiores da vida é dos mais difíceis desafios para o homem de bem.
Terminada uma etapa, desdobra-se outra, à frente.
Vencida uma dificuldade, outra se delineia.
*
Passo dado enseja distâncias a conquistar.
Tarefa concluída é começo de tarefas mais desafiadoras.
E quando se pensa que os impedimentos mais graves foram ultrapassados, surgem situações e obstáculos de transposição mais demorada.
Diferente, no entanto, não pode ser o cometimento.
Cada conquista habilita o indivíduo a mais audaciosos tentames, ao invés de convidá-lo ao parasitismo e à inação.
O exercício é o mestre paciente que capacita qualquer pessoa para as realizações mais complexas.
O que ora parece impossível, mais tarde se torna realização concluída.
*
O conhecimento do alfabeto, na arte de ler e escrever, não encerra a luta do aprendiz, antes desdobra-lhe os imensos campos do saber que o aguarda.
*
Nunca desfaleças, portanto, nas lides nobres, especialmente no labor da fé regeneradora diante das tentações e dos desencantos, das agressões sofridas e das deserções observadas.
Enquanto não haja um equilíbrio de valores morais, que permita uma realização tranqüila, as dificuldades se multiplicarão.
Nessa época, porém, quando tal suceder, a tua contribuição será, certamente, menos valiosa do que agora, quando as necessidades são mais volumosas e os servidores do bem escasseiam.
*
Em toda parte detectas o sofrimento e o desespero, a alucinação e a amargura, ceifando vidas.
Essa, entretanto, é a tua área de auto-iluminação e de serviço fraternal a favor de todos.
*
Se não te aceitam integralmente, tem calma e prossegue.
Se te retribuem os gestos amigos com o olvido e a ingratidão, mais te apiada e continua sem descoroçoamento.
*
Considera as tempestades destruidoras que a árvore vetusta experimentou, antes de enrijecer as fibras e tornar-se vitoriosa, aguardando, sem reclamação, a poda parcial ou a derrubada total que a fará peça de alta utilidade.
Medita a respeito do esforço hercúleo aplicado por qualquer artista, antes de alcançar o acume do êxito, bem como do preço das renúncias que se impôs, apesar de nem sempre atingir a plenitude íntima da busca a que se entrega.
*
Não anotes tropeços, nem arroles dificuldades, deixando no esquecimento aqueles que te não partilham dos objetivos.
*
Que restou do Império romano que desdenhou Jesus?
Os mordazes fariseus que O assediavam sucumbiram ante o túmulo e ficaram esquecidos.
A lembrança que deles se guarda é negativa e depreciadora.
Que foi feito do Concílio de Constança, que levou à fogueira João Huss?
O bispo que conduziu Joana D’Arc ao martírio não ficou indene à morte.
*
Os que tentaram impedir o progresso da ciência, da filosofia e das artes, avançaram no rumo da sepultura, cedendo lugar ao crescimento da Humanidade.
Estes ásperos dias, assinalados por sombras e perturbações, nos quais, todavia, se encontram inumeráveis apóstolos da verdade, são o amanhecer de ditosos tempos que já se anunciam em luz e paz.
*
Fixa-te nos ideais da beleza e do amor, sem te preocupares com as excentricidades em voga e acende a esperança nas almas, conduzindo as tuas aspirações superiores ao encontro da tua ressurreição ditosa. Nas ciladas que se te apresentem na senda, assume a atitude de fé e ora, prosseguindo com destemor, na certeza da vitória inquestionável que conseguirás.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Receitas de Paz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

OBJETIVO DA VIDA DALAI LAMA

Espiritismo na Fé

“E estes sinais seguirão aos que crerem; em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas.” – Jesus. (Marcos, 16:17.)

 

Permanecem as manifestações da vida espiritual em todos os fundamentos da Revelação Divina, nos mais variados círculos da fé.
Espiritismo em si, portanto, deixa de ser novidade, dos tempos que correm, para figurar na raiz de todas as escolas religiosas.
Moisés estabelece contacto com o plano espiritual no Sinai.
Jesus é visto pelos discípulos, no Tabor, ladeado por mortos ilustres.
O colégio apostólico relaciona-se com o Espírito do Mestre, após a morte dEle, e consolida no mundo o Cristianismo redentor.
Os mártires dos circos abandonam a carne flagelada, contemplando visões sublimes.
Maomé inicia a tarefa religiosa, ouvindo um mensageiro invisível.
Francisco de Assis percebe emissários do Céu que o exortam à renovação da Igreja.
Lutero registra a presença de seres de outro mundo.
Teresa d’Ávila recebe a visita de amigos desencarnados e chega a inspecionar regiões purgatoriais, através do fenômeno mediúnico do desdobramento.
Sinais do reino dos Espíritos seguirão os que crerem, afirma o Cristo. Em todas as instituições da fé, há os que gozam, que aproveitam, que calculam, que criticam, que fiscalizam… Esses são, ainda, candidatos à iluminação definitiva e renovadora. Os que crêem, contudo, e aceitam as determinações de serviço que fluem do Alto, serão seguidos pelas notas reveladoras da imortalidade, onde estiverem. Em nome do Senhor, emitindo vibrações santificantes, expulsarão a treva e a maldade, e serão facilmente conhecidos, entre os homens espantados, porque falarão sempre na linguagem nova do sacrifício e da paz, da renúncia e do amor.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 174.

Que o senhor volte os olhos para ti e te dê tua paz.

Que o senhor te abençoe.

São Francisco de Assis


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