LEMBRA-TE DO CRISTO – Meimei


Espera e Ama Sempre

 

 

Quanta aflição desaparecerá no nascedouro, se souberes sorrir em silêncio!
Quanta amargura esquecida, se desculpares o fel!
Rogas a paz do Senhor, mas o Senhor igualmente espera por teu concurso na paz dos outros.
Reflete nas necessidades de teu irmão, antes de lhe apreciares o gesto
impensado. Em muitas ocasiões, a agressividade com que te fere é apenas angústia e a palavra ríspida com que te retribui o carinho é tão-somente a chaga do coração envenenando-lhe a boca.
Auxiliar mil vezes, antes de reprovar uma só.
O charco emite correntes enfermiças por não haver encontrado mãos que o secassem e o deserto provoca sede e sofrimento por não ter recebido o orvalho da fonte.
Deixa que a piedade se transforme no teu coração em socorro mudo, para que a dor esmoreça.
Não estendas a fogueira do mal com o lenho seco da irritação e do ódio!
Espera e ama sempre!
Em silêncio, a árvore podada multiplica os próprios frutos e o céu assaltado pela sombra noturna descerra a glória dos astros!…
Lembra-te do Cristo, o Amigo silencioso.
Sem reivindicações e sem ruído, escreveu os poemas imortais do perdão e do amor, da esperança e da alegria no coração da Terra.
Busquemos n’Ele o nosso exemplo na luta diária e, tolerando e ajudando hoje, na estreita existência humana, recolheremos amanhã as bênçãos da luz silenciosa que nos descerrará os caminhos da Vida Eterna.

Meimei

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A Salvação Inesperada

 

Num país europeu, certa tarde, muito chuvosa, um maquinista, cheio de fé em Deus, começando a acionar a locomotiva com o trem repleto de passageiros para longa viagem, fixou o céu escuro e repetiu, com muito sentimento, a oração dominical.
O comboio percorreu léguas e léguas, dentro das trevas densas, quando, alta noite, ele viu, à luz do farol aceso, alguns sinais que lhe pareceram feitos pela sombra de dois braços angustiados a lhe pedirem atenção e socorro.
Emocionado, fez o trem parar, de repente, e, seguido de muitos viajantes, correu pelos trilhos de ferro, procurando verificar se estavam ameaçados de algum perigo.
Depois de alguns passos, foram surpreendidos por gigantesca inundação que, invadindo a terra com violência, destruíra a ponte que o comboio deveria atravessar.
O trem fora salvo, milagrosamente.
Tomados de infinita alegria, o maquinista e os viajores procuraram a pessoa que lhes fornecera o aviso salvador, mas ninguém aparecia. Intrigados, continuaram na busca, quando encontraram no chão um grande morcego agonizante, O enorme voador batera as asas, à frente do farol, em forma de dois braços agitados, e caíra sob as engrenagens. O maquinista retirou-o com cuidado e carinho, mostrou-o aos passageiros assombrados e contou como orara, ardentemente, invocando a proteção de Deus, antes de partir. E, ali mesmo, ajoelhou-se, ante o morcego que acabava de morrer, exclamando em alta voz:
– Pai Nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje, perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores, não nos deixes cair em tentação e livra-nos do mal, porque teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Assim seja.
Quando acabou de orar, grande quietude reinava na paisagem.
Todos os passageiros, crentes e descrentes, estavam também ajoelhados, repetindo a prece com amoroso respeito. Alguns choravam de emoção e reconhecimento, agradecendo ao Pai Celestial, que lhes salvara a vida, por intermédio de um animal que infunde tanto pavor às criaturas humanas. E até a chuva parara de cair, como se o céu silencioso estivesse igualmente acompanhando a sublime oração.

 

XAVIER, Francisco Cândido.
Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.

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Somente Caridade

Nos movimentos do mundo,
Caridade vem a ser
Pessoa que dá socorro
Sem pensar em receber.
(Lucano Reis)
Caridade complicada,
Mas, que é bênção onde fores.
Não faças promessas vãs,
Nem enganes teus credores.
(Álvaro Vianna)
Das formas de caridade,
Sempre nobres e diversas,
Uma das mais elevadas
É a que se faz nas conversas.
(Maria Dolores)
Hoje, vi a caridade
Mostrando-se em doces brilhos:
Mãe faminta repartindo
Um pão para cinco filhos
(André Rodrigues)
Detestava a caridade
O amigo Afonso Gazola;
Era rico… Perdeu tudo…
Faleceu pedindo esmolas.
(Cornélio Pires)
Caridade na roseira
Tem altas lições de amor…
Ao estrume que lhe atiram
Responde em safras de flor. (Meimei)
Negando-te à caridade,
Alegas vários porquês,
Entretanto, diz a vida:
Deus te dá para que dês.
(Américo Falcão)
Ante o irmão irritadiço,
Cujo verbo desagrade,
Cala-te e espera lembrando
Que o silêncio é caridade.
(Mariana Luz)
Diretriz abençoada
Que vive em nossa lembrança:
Não sonegues a ninguém
A palavra de esperança.
(Sílvio Fontoura)
A caridade na Terra
A santos, crentes e ateus,
É a presença de Jesus
Agindo em nome de Deus.
(Carlos Gondim)

 

XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI,
Carlos A.. Confia e Serve. Espíritos Diversos. IDE.

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Confia Sempre

 

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda que teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.
Crê e trabalha.
Esforça-te no bem e espera com paciência.
Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do céu permanecerá.
De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo. Eleva, pois, o teu olhar e caminha.
Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite.
Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte.
Não te esqueça, porém, de que amanhã será outro dia.

 

Xavier, Francisco Cândido.
Pelo Espírito Meimei.

bem vindo jesus

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