Lembrem-se desenhamos em nossos filhos aquilo que ensinamos.
Eduque-os, para que sejam pessoas de bem.
Ensaio de Compaixão
E fiquei a pesar, indagando de mim própria quanto ao motivo de analisar, com tanta volúpia, os defeitos alheios.
Se noticias de um delito espetacular me alcançasse os ouvidos, fixava-me na busca de pormenores da ocorrência. A fim de desenhar na memória a figura do agressor; se algum problema de sovinice me viesse ao acontecimento, procurava as causas do desajustes para reprovar intimamente quem estivesse cultivando a cobiça; se algum desequilíbrio emotivo aparecesse, alterando negativamente essas ou aquela pessoas empenhava-me a conhecer o portador de semelhante irregularidade, de modo a evitar-lhe a presença; se algum distúrbio, surgisse, complicando grupos sociais,
mentalizava-lhe as origens, para censurar aqueles que o provocassem prejudicando o caminho de muita gente. – Por que – perguntava a mim mesma – essa inclinação para condenar instintivamente os outros, sem a menor consideração? Por que me arraigar no mal se conhecia a estrada do bem?
Foi quando um mentor amigo acorreu em meu socorro e observou:
– Filha, o aperfeiçoamento é a obra de muito esforço em longo tempo. Já passei pelo hábito das indagações inúteis e só consegui a superação desejada, colocando-me no lugar dos irmãos que supomos errados.
E prosseguiu, depois de pequeno intervalo:
– Qual seria o seu comportamento, se visse o assassinato de um filho, sob os seus próprios olhos? Como reagiria você perante uma filha que trocasse a tranqüilidade do lar pelas aventuras infelizes?
Como procederia você, a fim de proteger vários filhos pequeninos com o esposo em penúria, dentro de longo período de hospitalização? E se um obsessor com larga força de afinidade sobre o seu psiquismo, a induzisse, através de hipnoses reiteradas à degradação de si própria, o que faria?
Ante o meu silêncio, o amigo aditou:
– Pensemos por nós mesmos. Certamente as Leis de Deus nos concedem facilidades para julgar as nódoas alheias, a fim de observarmos as nossas próprias fraquezas, aprendendo compreensão e misericórdia, de maneira a nos corrigir sem exercícios difíceis de suportar…
O instrutor despediu-se, sorrindo, e concluí que, pela Bondade do Senhor, ali tivera, no chamado Mais Além, o meu primeiro ensaio de compaixão.
Meimei
Esperança e Vida (psicografia Chico Xavier e Carlos A. Baccelli – espiritos diversos)
O Amor é Sol
A terra é a nossa escola multimilenária, onde o amor é o sol para as minhas lições.
Pelo Espírito Emmanuel, do Livro: Assim Vencerás, por Chico Xavier
Na Assistência Social
Aproximar-se do assistido, encontrando nele uma criatura humana, tão humana e tão digna de estima quanto os nossos entes mais caros.
*
Em tempo algum, agir sobrepondo instruções profissionais aos princípios da caridade genuína.
*
Amparar sem alardear superioridade.
*
Compreender que todos somos necessitados dessa ou daquela espécie, perante Deus e diante uns dos outros.
*
Colocar-nos na situação difícil de quem recebe socorro.
*
Dar atenção à fala dos companheiros em privação, ouvindo-os com afetuosa paciência, sem fazer simultaneamente outra cousa e sem interrompê-los com indagações descabidas.
*
Calar toda observação desapiedada ou deprimente diante dos que sofrem, tanto quanto sabemos silenciar sarcasmo e azedume junto das criaturas amadas.
*
Confortar os necessitados sem exigir-lhes mudanças imediatas.
*
Ajudar os assistidos a serem independentes de nós.
*
Respeitar as idéias e opiniões de quantos pretendemos auxiliar.
*
Nunca subordinar a prestação de serviço ou benefício à aceitação dos pontos de vista que nos sejam pessoais.
*
Conservar discrição e respeito ao lado dos companheiros em pauperismo ou sofrimento, sem traçar comentários desprimorosos em torno deles, quando a visita for encerrada.
XAVIER, Francisco Cândido. Sinal Verde. Pelo Espírito André Luiz. CEC.
Comentários