A MINHA FÉ MAIS PROFUNDA É QUE PODEMOS MUDAR

A MINHA FÉ MAIS PROFUNDA É QUE PODEMOS MUDAR

A MINHA FÉ MAIS PROFUNDA É QUE PODEMOS MUDAR

A MINHA FÉ MAIS PROFUNDA

A MINHA FÉ MAIS PROFUNDA É QUE PODEMOS MUDAR

 

A minha fé mais profunda
é que podemos mudar o mundo
pela verdade e pelo amor.

 


Mahatma Ghandhi

MINHA ESSÊNCIA É MUDAR

A VIRTUDE

O que é virtude


Segundo o Dicionário Aurélio: Virtude: -“É a Disposição firme e constante do espírito, as quais, por um esforço da vontade, inclinam-se para a prática do bem. Apresentando a pessoa virtuosa, Boa qualidade moral, força moral, valor moral. (A Fé, a Esperança e a Caridade, são exemplos de virtude.)

Tomamos conhecimento através de exemplos de pessoas virtuosas que se exemplificaram no amor do Cristo, histórias de ações altruístas praticadas pelos nossos semelhantes que esqueceram de si em favor de necessitados.

Muitas vezes proferimos orações e preces que exemplificam ações que se forem realizadas por nós, abrirão caminhos em nossa vida íntima para nos tornamos virtuosos.
Nos vários questionamentos que fazemos, tem um em particular – Será a Oração de São Francisco de Assis um código ético de virtudes?
Sim.
Encontramos no E.S.E. no Cap. 17. nº. oito, a mensagem de François, Nicolas, Madeleine, Cardeal Morlot, ditada em Paris, no ano de 1863, transmitiram-nos a seguinte definição sobre a “Virtude”: – “… no seu mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem”.
As nossas qualidades que apresentamos como seres virtuosos, muitas vezes desmerecem ou se enfraquecem pelas pequenas falhas morais que possuímos.
Quando fazemos alarde das boas ações que realizamos, demonstramos menos humildade e mais orgulho, assim desvalorizamos a virtude praticada. Pois, a virtude real não gosta de exibir-se, ela mantém-se anônima e foge do aplauso das multidões.
Podemos citar grandes virtuosos que todos nós conhecemos Jesus Cristo, Francisco de Assis, São Vicente de Paula, Cura de Ars entra tantos, poucos são conhecidos dos homens, mas muitos são conhecidos de Deus.
Todos eles não se preocupavam com o reconhecimento público, agiam inspirados em fazer o bem servido o próximo esquecendo-se si, praticavam verdadeiramente a Lei de Justiça, Amor e Caridade.
A prática desse tipo de virtude, que é cristã, que é espírita, é para aqueles que são convidados a realiza – lá. Será necessário de nossa parte afastarmo-nos do orgulho, da vaidade, do amor-próprio, pois se assim pensarmos ela perde o seu valor.
Não devemos ressaltar os nossos feitos para a humanidade, o maior tesouro da virtude é o silêncio, pois, do contrário nós estamos ostentando falsos valores e escondendo defeitos, fraquezas odiosas e mesquinharias do nosso caráter.
Quando demonstramos as obras de benefício aos necessitados, estamos erigindo uma estatua a nós mesmos, e aniquilamos o mérito do feito realizado. Na realidade estamos nos expondo na vitrine da vida aquilo que não somos.
É normal sentirmos uma satisfação íntima ao realizarmos boas ações que engrandecem um ser humano, mas quando exteriorizamos essa satisfação anulamos o valor da ação, pois os elogios que recebemos nos fazem cair no amor-próprio.
Nós que professamos a fé Espírita, jamais devemos cair nesse erro de vangloriarmo-nos, pois não somos perfeitos. A virtude que a Espiritualidade Superior deseja que nós espíritas façamos é a de uma graça. Mais vale poucas virtudes com modéstia, humildade, que muitas com orgulho. A Humanidade se perdeu pelo orgulho sucessivo, e será pela humildade que haverá de redimir-se.
No E.S.E. na página 154, encontramos uma mensagem ditada em 1861, por Adolfo, Bispo de Argel, transcrevemos aqui uma parte que diz: – “… Caridade! Palavra sublime, que resume todas as virtudes, és tu que deves conduzir os povos à felicidade! Praticando-te, terão prazeres infinitos no futuro e, durante seu exílio na Terra, tu serás sua consolação, a antecipação das alegrias que provarão mais tarde, quando se abraçarão todos juntos no Amor de Deus. Foste tu, caridade, virtude divina que me proporcionastes os únicos momentos de alegria que senti na Terra.

escola e pais

Acreditemos nas palavras deste Espírito protetor mais adiante, nos fala: – “É na virtude da caridade que deveis procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio contra as nossas aflições da vida.
Mais a frente no E.S.E. no Cap. XXVII, na página. 265, no subtítulo – Preces que se entendam: o Espírito de Verdade nos esclarece: “… Para que a prece toque o coração, é preciso que cada palavra transmita uma ideia e, se não é compreendida não pode transmitir ideia nenhuma. Devemos ver se podemos senti-las com o coração.
Podem muitos repetir como uma simples fórmula que tem explicitas mais ou menos virtudes, eles pensam que conforme o número de vezes que é repetidas aumenta ou diminui a sua ação.
Porem… Deus vê no íntimo dos corações, lê o pensamento e percebe a sinceridade, e é rebaixá-lo acreditar que Ele seja mais sensível à maneira de orar que a essência da prece.
No Livro dos Espíritos, na questão 893, Allan Kardec recebeu a seguintes resposta a esta pergunta:
Qual a mais meritória de todas as virtudes?
Todas as virtudes têm o seu mérito, porque todas são indícios de progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências; mas a sublimidade da virtude consiste no sacrifício do interesse pessoal para o bem do próximo, sem segunda intenção. A mais meritória é aquela que se baseia na caridade mais desinteressada.

ACREDITE SOMENTE A VERDADE

Na questão 918, do L.E. Kardec pergunta:

 

Por que sinais se pode reconhecer no homem o progresso real que deve elevar o seu Espírito na hierarquia espírita?
O Espírito prova a sua elevação quando todos os atos da sua vida corpórea constituem a prática da lei de Deus e quando compreende por antecipação a vida espiritual.
O homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, amor e caridade na sua mais completa pureza. Se interrogar sua consciência sobre os atos praticados, perguntará se não violou essa lei, se não cometeu nenhum mal, se fez todo o bem que podia, se ninguém teve de se queixar dele, enfim, se fez para os outros tudo o que queria que os outros lhe fizessem.
O homem possuído pelo sentimento de caridade e amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperança de recompensa, e sacrifica o seu interesse pela justiça.
Ele é bom, humano e benevolente para todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem exceção de raças ou de crenças.
Se Deus lhe deu o poder e a riqueza, olha essas coisas como um depósito do qual deve usar para o bem, e disso não se envaidece porque sabe que Deus, que lhos deu também pode retirá-los.
Se a ordem social colocou homens sob sua dependência, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa de sua autoridade para lhes erguer a moral e não para os esmagar com o seu orgulho.
É indulgente para com as fraquezas dos outros porque sabe que ele mesmo tem necessidade de indulgência e se recorda destas palavras do Cristo: – “Que aquele que estiver sem pecado que atire a primeira pedra”.
Não é vingativo a exemplo de Jesus, perdoa as ofensas para não se lembrar dos benefícios, porque sabe que lhe será perdoado assim como tiver perdoado.
Respeita, enfim, nos seus semelhantes, todos os direitos decorrentes da lei natural, como desejaria que respeitassem os seus.
Na Gênese Cap. XV – Nº. 11 – no título Curas, – com subtítulo Perda de Sangue, Kardec descreve para nós a história da mulher que há doze anos sofria de uma hemorragia.
A fé dessa mulher em Jesus era verdadeira, pois. ouvido falar d’Ele e dizia: – “Se eu tocar nele, em suas vestes, ficarei curada”. E ao fazer isso ficou imediatamente ficou curada.
Jesus conhecendo em si mesmo sentiu que uma virtude dele saíra. Voltando-se para multidão perguntou: – “Quem de vós me tocou as minhas vestes?” Ela por sua vez lançando-se aos pés do Cristo contou toda a verdade. Jesus disse-lhe: – “Minha filha tua fé te salvou, vai em paz e fica curada da tua enfermidade”.
Essas palavras, conhecendo em si mesmo, sentiu que uma virtude dele saíra, são significativas, pois exprimem o movimento fluídico que se operara de Jesus para a doente, Ele sentiu sair à virtude fluídica e a mulher sentiu entrar em si essa virtude e ficou curada. Não houve ação nenhum de Jesus, simplesmente, bastou à irradiação normal para realizar a cura.
Podemos perguntar: porque outras pessoas em meio da multidão não receberam esse fluido?
Kardec, explica-nos. É simples, considerando como matéria terapêutica, o fluido tem que atingir a matéria orgânica, a fim de repará-la; pode então ser dirigido sobre o mal pela vontade do curador, ou atraído pelo desejo ardente, pela confiança, por uma palavra: pela fé do doente. Um doa o outro recebe, pode ser como neste caso o receptor captou pela fé demonstrada em tocar o Cristo.
Quando Jesus dizia tu fé te salvou, não era uma virtude mística como muitos de nós entendemos, mas sim uma virtude verdadeira, uma força atrativa, e aquele que não a possui opõem uma força de inércia, que paralisa a ação.
Desse modo compreendemos que, apresentando-se ao curador dois doentes da mesma enfermidade, possa ser um curado e outro não. É este um dos mais importantes princípios da mediunidade curadora e que explica certas anomalias aparentes, apontando-lhes uma causa natural.
No livro no Mundo Maior, na página 59, André Luiz, relata o diálogo entre ele e Caldelaro que assim dizia: -”…
Atravessando, contudo, o rio do renascimento, somos surpreendidos pelo duro trabalho de recapitulação para a necessária aprendizagem. Por lá (Terra) semearemos (virtudes), para colher aqui, aprimorando, reajustando e embelezando, até atingir a messe perfeita, o celeiro farto de grãos sublimes, de modo a nos transferirmos, aptos e vitoriosos, para outras “terras do céu”.
Podemos concluir que para colhermos essas benesses na vida espiritual, estamos ligados à prática da lei de justiça, amor e caridade, com essas e outras virtudes a serem praticadas na terra.
Na mesma obra, mais adiante, na página 222, André Luiz interpela Calderaro, – “Toda essa gente permanece, porém, desamparada, entregue a si mesma?
– Não – respondeu Calderaro, paciente -; funcionam, por aqui, inúmeros postos de socorro e variadas escolas, em que muita gente pratica a abnegação (virtude). Os padecentes e as personalidade torturadas são atendidas, de acordo com as possibilidades de aproveitamento que demonstram.
Estampando complacente expressão no rosto Calderaro considerou:
– As regiões inferiores jamais estarão sem enfermeiros e sem mestres, porque uma das maiores alegrias dos céus é a de esvaziar os infernos.

CORRIGIR NOSSAS FALHAS

Como poderemos prestar nosso auxílio aos trabalhadores espirituais?

 

Através da prece sincera e verdadeira, com sentimento real, criamos o valor consciente dela em nossos corações, iluminando todos os seres necessitados, associado a esse sentimento o da gratidão em podermos ajudá-los, assim engrandecemos a nossa alma, pois a prece com amor também é uma forma de virtude, que ampara-nos e aos desamparados.
No Livro Os Mensageiros, no capítulo XV, A Viagem, na página 86, André Luiz nos dá o exemplo da virtude do respeito, ao escrever:
-”Estamos atravessando extensa zona (umbralina), a que se acolhem muitos desventurados, e não é justo humilhar os que sofrem com a exibição dos nossos bens, (com o brilho da nossa luz)”.

PEDRAS NO CAMINHO

No Livro O Consolador, nas páginas 150 a 155,

nas questões 253 a 259,

Emmanuel, nos esclarece sobre A Virtude:

 

A dor, a luta e a experiência constituem uma oportunidade sagrada concedida por Deus às suas criaturas, em todos os tempos; todavia, a virtude é sempre sublime e imorredoura aquisição do espírito nas estradas da vida, incorporada eternamente aos seus valores, conquistados pelo trabalho no esforço próprio.
A verdadeira paciência é sempre uma exteriorização da alma que realizou muito amor em si mesma, para dá-lo a outrem, na exemplificação.
Esse amor é a expressão fraternal que considera todas as criaturas como irmãs, em quaisquer circunstâncias, sem desdenhar a energia para esclarecer a incompreensão, quando isso se torne indispensável.
É com a iluminação espiritual do nosso íntimo que adquirimos esses valores sagrados da tolerância esclarecida. E, para que nos edifiquemos nessa caridade divina, faz-se senhor educar a vontade, curando enfermidades psíquicas seculares que nos acompanham através das vidas sucessivas, quais sejam as de abandonarmos o esforço próprio, de adotarmos a indiferença e de nos queixarmos das forças exteriores, quando o mal reside em nós mesmos.
Para levarmos a efeito uma edificação tão sublime, necessitamos começar pela disciplina de nós mesmos e pela continência dos nossos impulsos, considerando a liberdade do mundo interior, de onde o homem deve dominar as correntes da sua vida.
O adágio popular considera que o “hábito faz a segunda natureza” e nós devemos aprender que a disciplina antecede a espontaneidade, dentro da qual pode a alma atingir, mais facilmente, o desiderato de sua redenção.
A divisão fundamental da codificação kardequiana, formulada no “fora da caridade não há salvação”, é bastante expressiva para que nos percamos em minuciosas considerações.
Todo o serviço da caridade desinteressada é um reforço divino na obra da fraternidade humana e da redenção universal.
Urge, contudo, que os espiritistas sinceros, esclarecidos no Evangelho, procurem compreender a feição educativa dos postulados doutrinários, reconhecendo que o trabalho imediato dos tempos modernos é o da iluminação interior do homem, melhorando-se-lhe os valores do coração e da consciência.
Dentro desses imperativos, é licito encarecermos a excelência dos planos educativos da evangelização, de modo a formar uma mentalidade espírito-cristão, com vistas ao porvir.
Não podemos desprezar a caridade material que faz do Espiritismo evangélico um pouso de consolação para todos os infortunados; mas não podemos esquecer que as organizações religiosas sectárias também organizaram as edificações materiais para a caridade no mundo, sem olvidar os templos, asilos, orfanatos, e monumentos. Todavia, quase todas as suas obras se desvirtuaram, em vista do esquecimento da iluminação dos Espíritos encarnados.

escola

A igreja Romana é um exemplo típico.
Senhora de uma fortuna considerável e havendo construindo numerosas obras tangíveis, de assistência social, sente hoje que as suas edificações são apenas de pedra, porquanto, em seus estabelecimentos suntuosos, o homem contemporâneo experimenta os mais dolorosos desenganos.
As obras da caridade material somente alcançam sua feição divina quando colimam a espiritualização do homem, renovando-lhe os valores íntimos, porque, reforma a criatura humana em Jesus Cristo, teremos na Terra uma sociedade transformada, onde o lar genuinamente cristão será naturalmente o asilo de todos os que sofrem.
Depreende-se, pois, que o serviço de cristianização sincera das consciências constitui a edificação definitiva, para qual os espiritistas devem voltar os olhos, antes de tudo, entendendo a vastidão e a complexidade da obra educativa que lhes compete efetuar, junto de qualquer realização humana, nas lutas de cada dia, na tarefa do amor e da verdade.
No mecanismo das relações comuns, o pedido de uma providência material tem o seu sentido e a sua utilidade oportuna, como resultante da lei de equilíbrio que preside o movimento das trocas no organismo da vida.
A esmola material, porém, é índice da ausência de espiritualização nas características sociais que a fomentam.
Ninguém, decerto, poderá reprovar o ato de pedir e, muito menos, deixará de louvar a iniciativa de quem dá a esmola material; todavia, é oportuno considerar que, à medida que o homem se cristianiza, iluminando as suas energias interiores, mais se afasta da condição de pedinte para alcançar a condição elevada do mérito, pelas expressões sadias do seu trabalho.
Quem se esforça, nos bastidores da consciência retilínea, dignifica-se e enriquece o quadro de seus valores individuais.
É o Cristão sincero, depois de conquistar os elementos da educação evangélica, não necessita materializar a idéia da rogativa da esmola material, compreendendo que, esperando ou sofrendo, agindo ou lutando, nos esforços da ação do bem, há de receber, sempre, de acordo com as suas obras e de conformidade com a promessa do Cristo.
A Esperança é a filha dileta da Fé. Ambas estão uma para a outra, como a luz reflexa dos planetas está para luz central e positiva do Sol.
A Esperança é como o luar que se constitui dos bálsamo da crença. A Fé é a divina claridade da certeza.
O título de discípulo é conferido pelo divino Mestre a todos os homens de boa vontade, sem distinção de situações, de classes ou de qualquer expressão sectária.
Com responsabilidade dos bens materiais ou sem ela, o homem é sempre rico pela sua posição de usufrutuário das graças divina e, além do mais, temos de ponderar que, em toda situação, a criatura encontrará responsabilidade na existência, razão porque os sinceros discípulos do Senhor são iguais aos seus olhos, sem preferência de qualquer natureza.
A palavra de Jesus, em todas as circunstâncias, foi tocada de uma luz oculta, apresentando reflexos prismáticos, em todos os tempos, para a alma humana, na sua ascensão para a sabedoria e para o amor.
Antes de tudo, busquemos ajustar o conceito a nós próprios.
Se possuímos a verdadeira caridade espiritual, se trabalhamos pela nossa iluminação íntima, irradiando luz, espontaneamente, para o caminho de nossos irmãos em luta e aprendizado, mais receberemos das fontes puras dos planos espirituais mais elevados, porque, depois de valorizarmos a oportunidade recebida, horizontes infinitos se abrirão no campo ilimitado do Universo, para as nossas almas, o que não poderá acontecer aos que lançaram mão do sagrado ensejo de iluminação própria nas estradas da vida, com a mais evidente despreocupação dos seus legítimos deveres, esquecendo o caminho melhor, troçado, então, pelas sensações efêmeras da existência terrestre, contrariando novas dívidas e afastando de si mesmo as oportunidades para o futuro, então mais difíceis e dolorosas.
No Livro Rumo Certo, no capítulo IV, “Provas de Virtude”, Emmanuel, nos fala:
A riqueza material é chamada na Terra a provas características.
Quando se não associa ao trabalho e ao progresso, à educação ou a beneficência, perde nos exames da vida e rebaixando-se à condição de avareza.
A virtude é também constantemente intimada a testes que lhe confirmem o valor.
Que será do ignorante sem professor que o ilustra; do enfermo sem alguém que o assista com o remédio necessário; do cego sem guia; da criança absolutamente desvalida de apoio com que se lhe dê orientação?
Se já te equilibraste, do ponto de vista do sentimento e do raciocínio, detendo a possibilidade de conservares o pensamento reto, por cima dos próprios ombros, compadece-te dos irmãos que ainda não te alcançaram a eminência espiritual e ampara-lhes o reajuste, em bases se simpatia e cooperação.
Recorda que Deus a ninguém desampara. E semelhante princípio começa a patentear-se nos departamentos mais simples da natureza.
A roseira é uma emaranhado de espinhos ornamentado de flores.
Não existe diamante autêntico que não tenha sido carvão.
Se tens a posse da virtude, que te assegura paz e conhecimento, não fujas de socorrer aqueles que sabes em duros problemas, na conquista do próprio equilíbrio e sustentação.
Para isso, não é preciso lhes adotes os conflitos e desajustes, tanto quanto o médico, para ajudar, não necessita estirar com o doente no mesmo leito.
Basta te disponhas a auxiliar com bondade e entendimento.
Compreender, no bom sentido, é ver para abençoar, amparar, construir ou reconstruir.
E se dúvidas te surgirem na alma, sempre que decidas a servir, lembra-te de Jesus quando, por outras palavras, nos afirmou convincente:
– “Dê mim mesmo, não vim ao mundo para curar os sãos”.

JULGAMENTOS

No Livro Ideal Espírita, o Espírito de Scheilla, na páginas 203 e 204,

sob o título de Vinte Exercícios sobre virtudes, nos esclarece:

– Executar alegremente as próprias obrigações.
– Silenciar diante da ofensa.
– Esquecer o favor prestado.
– Exonerar os inimigos de qualquer gentileza para conosco.
– Emudecer a nossa agressividade.
– Não condenar as opiniões que divergem das nossas.
– Abolir qualquer pergunta maliciosa ou desnecessária.
– Repetir informações e ensinamentos sem qualquer azedume.
– Treinar a paciência constante.
– Ouvir fraternalmente as mágoas dos companheiros sem biografar as nossas dores.
– Buscar sem afetação o meio de ser mais útil.
– Desculpar sem desculpar-se.
– Não dizer mal a ninguém.
– Buscar a melhor parte das pessoas que nos comungam a experiências.
– Alegra-se com a alegria dos outros.
– Não aborrecer quem trabalha.
– Ajudar espontaneamente.
– Respeitar o serviço alheio.
– Reduzir os problemas particulares.
– Servir de boa mente quando a enfermidade nos fira.
– O aprendiz da experiência terrena que quiser e puder aplicar-se, pelo menos, a um dos vinte exercício (de virtude) aqui propostos, certamente receberá do Divino Mestre, em plena escola da vida, as mais distintas notas no concurso da caridade.
No mesmo livro nas páginas 205 e 206, Emmanuel nos informa sobre um uma tema importante em nossas vidas, Dívidas:
“Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes.”- Paulo (Romanos, 01h14min.)
– O Apóstolo da gentilidade frisou claramente a sua condição de legítimo devedor de todos e essa condição é a de qualquer outro ser da comunidade humana.
– A criatura em si, não é apenas a soma das próprias realizações, mas também o produto de débitos inumeráveis para com o grupo a que pertence.
– Cada um deve incalculáveis tributos às almas com quem convive.
– Não nos esqueçamos de que vivemos empenhados à boa vontade dos corações amigos…
– À sabedoria dos mais experientes…
– Ao carinho dos companheiros próximos…
– Aos nobres impulsos das relações fraternais…
– Portanto, pelo reconhecimento das nossas dívidas comuns, provamos a real inconsequência do orgulho e da vaidade em qualquer coração e a impraticabilidade do insulamento em nosso passo evolutivo.
– A dívida importa em compromisso e compromisso significa resgate natural ou compulsório.
– Todos somos devedores uns dos outros.
– Se ainda alimentas algum laivo de superioridade egoística, à frente dos semelhantes, lembra-te das dívidas numerosas, que ainda não saldaste, a começar pelo próprio instrumento físico que te foi emprestado temporariamente.
No Livro O Grande Enigma, na página 231, Léon Denis, cita a síntese do livro de Myers a Personalidade Humana, diz ele , – “é preciso explicar o homem ao próprio homem”.
No parágrafo seguinte ele diz: – “O aprender a conhecer o homem leva ao conhecimento de Deus e do Universo”.
Mas as gerações passam, e é sempre esquecido esse estado do homem interior,…
… mas, o mundo ignora ainda a constituição íntima do ser humano e as leis do seu destino.
O mesmo autor Léon Denis, no livro O Problema do Ser, do Destino e da Dor, no capítulo o Poder do Ser, nº VI , Desprendimento e exteriorização. Projeções telepáticas, nas páginas 98 e 99, escreve o seguinte:
– “Quando o homem já não tiver segredos, quando se lhe puder ler no cérebro os pensamentos, ele não mais se atreverá pensar no mal, e, por conseguinte, a fazer o mal. Assim, a alma humana elevar-se-á sempre, subindo pela escala dos desenvolvimentos infinitos. Tempos virão em que a indulgência há de predominar cada vez mais, desembaraçando-se da crisálida carnal, estendendo, afirmando o seu domínio sobre a matéria, criando com os seus esforços meios novos e mais amplos de percepção e manifestação.
Apurando-se, por sua vez, os sentidos, verão eles ampliar-se-lhes o círculo de ação. O cérebro humano tornar-se-á um como o templo misterioso, de vastas e profundas naves, cheias de harmonias, vozes e perfumes, instrumento admirável ao serviço de um Espírito que se tornou mais sutil e poderoso. Ao mesmo tempo em que a personalidade humana, a alma e organismo, a pátria terrestre se transformará.
Para que se opere a evolução do meio é preciso que primeiramente se efetue a transformação do indivíduo. É o homem que faz a Humanidade, e a Humanidade, por sua ação constante, transforma a sua morada. Há equilíbrio absoluto e relação íntima entre o moral e o físico. O pensamento e a vontade são a ferramenta por excelência, com a qual tudo podemos transformar em nós e em roda de nós. Tenhamos somente pensamentos elevados e puros; aspiremos a tudo o que é grande, nobre e belo. Pouco a pouco sentiremos regenerar-se o nosso próprio ser e, com ele, do mesmo modo, todas as camadas sociais, o Globo e a Humanidade.
E, em nossa ascensão, chegaremos a compreender e praticar melhor a comunhão universal que une todos os seres. Inconsciente nos estados inferiores da existência, essa comunhão torna-se cada vez mais consciente, à medida que o ser se eleva e percorre os graus inumeráveis da evolução, para chegar, um dia, ao estado de espiritualidade em que cada alma, irradiando o brilho das potências adquiridas nos impulsos do seu amor, vive da vida de todos se sente unida na Obra Eterna e Infinita.
O nosso Mentor o Dr. Humberto diz ele:
– “Não somos aquilo que pensamos que somos; mas, somos aquilo que não pensamos que somos”.
Conclui, dizendo:
-”Espiritismo, educando o homem, para evolução do próprio homem”.
Sócrates escreveu no Pórtico de Delfos:
– Homem, Conhece-te a ti mesmo.
Masaharu Taniguchi, no Livro da Seicho-No-E, A Verdade das Orações, Nos diz:
– “Mas os atos de amor e as virtudes acumulados por aqueles que praticam a bondade, vivificam o próximo e foram úteis aos semelhantes, são indestrutíveis e serão glorificados eternamente“.
Agora que conheço esta verdade, sigo avante o curso de minha vida rumo à indestrutível torre das virtudes, juntamente com toda a humanidade, dedicando amor, proferindo palavras de louvor e orando a cada passo que dou, pondo à prova a minha força do amor, tal como um fundista que testa a sua resistência numa corrida de maratona”.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

1. Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
2. O Livro dos Espíritos – Allan Kardec.
3. A Gênese – Allan Kardec.
4. No Mundo Maior – André Luiz
5. Os Mensageiros – André Luiz
6. O Consolador – Emmanuel
7. Rumo Certo – Emmanuel.
8. O Grande Enigma – Léon Denis.
9. O problema do Ser, do Destino e da Dor. Léon Denis.
10. Ideal Espírita – Espíritos Diversos.
11. As Leis Morais – Rodolfo Calligaris.

PERDÃO E MISERICÓRDIA

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