NOSSOS VERDADEIROS TESOUROS

Valores da Alma

“Nossos verdadeiros tesouros espirituais não são os bens materiais, eles são transitórios e perecíveis, nossos bens eternos são as propriedades adquiridas nos valores da alma.”
Vera Jacubowski

Exteriorização da alma

A boca fala do que está cheio o coração.
Esta afirmativa de Jesus encerra grande sabedoria.
Significa que não somente as palavras, mas tudo o que vem do interior do homem é, de certa forma, a exteriorização de sua alma.
As cidades são a expressão de quem as constrói, de quem as habita, de quem as conserva.
Uma canção é a exteriorização da alma do compositor, assim como a escultura, a arquitetura, as artes plásticas, retratam a intimidade do seu criador.
Uma peça literária é a alma do escritor que se mostra em forma de palavras, frases, ideias…
É assim que, pelo conteúdo das mais variadas formas de expressão, conhecemos a natureza daquele que as produz.
Almas sábias exteriorizam bondade, beleza, sabedoria…
Almas ignóbeis se revelam pelas produções corrompidas na base, ideias desconexas, infelizes, viciosas…
Suas expressões artísticas denotam baixeza e futilidade. São contraditórias e desprovidas de beleza.
Nas canções, a letra é carregada de palavras torpes. As notas, geralmente de melodia pobre, expressam o desarranjo da alma que, através da música, se exterioriza.
Os escultores dessa categoria apresentam sua intimidade nas formas retorcidas, grotescas, sem graciosidade. Comumente não causam bem-estar em quem as contempla.
Todavia, muito diversa é a expressão artística das almas nobres…
As composições musicais expressam sua grandeza d´alma. Produzem, em quem as ouve, profunda harmonia íntima, pois tocam as cordas mais sutis do ser, promovendo estesia e bem-estar.
As notas musicais têm sonoridade agradável e penetrante. A alma do artista se exterioriza e sua sabedoria sensibiliza quem as sente, provocando emoções nobres e salutares.
É assim que a alma se mostra através das palavras, das artes, das ciências e de todas as formas de expressão.
Às vezes, pessoas iletradas se apresentam com extremada beleza, através de palavras que brotam da alma como de uma fonte cristalina, plenas de sabedoria, de afeto, de ternura.
Trabalhadores simples, devotados, que realizam suas tarefas com dedicação e seriedade, demonstram trazer no íntimo uma fonte de riquezas.
Poetas, escritores, compositores, escultores, engenheiros, médicos, jardineiros, pedreiros, arquitetos, donas de casa, paisagistas e outros tantos cidadãos mostram a alma, através de suas realizações.
E a sua alma, como tem se exteriorizado?
Nas tarefas singelas que você realiza…
Nas muitas palavras que você pronuncia…
Nos conselhos que dá ao filho ou a um amigo…
Numa carta comercial que você escreve, ou numa declaração de amor, sua alma se exterioriza e se deixa ver…
Com suas ações, o mundo ao seu redor fica mais belo ou mais feio? Mais alegre ou mais triste, mais nobre ou mais pobre?
Para se conquistar a excelência nas ações cotidianas, é preciso considerar as quatro dimensões da experiência humana:
a dimensão intelectual, que almeja a verdade; a dimensão estética, que almeja a beleza, a dimensão moral, que almeja a bondade, a dimensão espiritual, que almeja a unidade.
E gravitar para a unidade Divina, é o objetivo final da Humanidade.
Busque plantar em sua alma a verdade, a bondade e a beleza.
Mas considere que a verdade é o solo mais propício para que germinem a bondade e a beleza.
Pense nisso! Vale a pena!
Invista na sua alma!
Redação do Momento Espírita.Em 07.06.2010.

NOSSOS VERDADEIROS TESOUROS

Valores e Posses

Não somente o dinheiro constitui fortuna, conforme supõem muitos homens enganados, referindo-se à vida e às posses na Terra.
Em diversas circunstâncias, o patrimônio amoedado se converte em aflição e desgraça, amargando as horas e, ao mesmo tempo, aniquilando a alegria, em detrimento da paz.
Há fortunas de valor incalculável que apenas são consideradas nas suas significações legítimas quando perdidas…
E são esses tesouros que merecem cuidados especiais, porquanto não exclusivamente o dinheiro se converte em pesada carga de responsabilidade.
Como são conhecidos homens e mulheres cujos bens se transformam em grades de presídio e corredores de loucura, outros existem, através de cujas abençoadas mãos a esperança e a saúde, o reconforto e a caridade escorrem em abundância, na direção das aflições humanas. São mãos estrelares que fazem fulgir e refulgir o amor divino como luarização do bem, amenizando as agonias de todo jaez. Por meio deles o progresso se desenvolve, as atividades se multiplicam benéficas, o carro da felicidade esparge oportunidades, a ciência investiga, as artes atingem as mais belas expressões, os males e as calamidades no mundo diminuem, sofrendo acirrado combate…
Não fora a estes dirigida a referência do Senhor, quando acentuando sobre a escassez de ricos no Reino dos Céus.
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Muitos dons humanos são fortunas inapreciáveis que não raro se convertem em cárcere e limitação de consequências calamitosas.
Mesmo entre os chamados à lavoura do Evangelho, não poucos se utilizam da riqueza da palavra. Usam-na destrutivamente no comércio da maledicência, na alfândega da calúnia, no tribunal da acusação, no intercâmbio da intriga. E a palavra pode transformar-se, no entanto, em rota luminescente, pão de sustento, água refrescante a benefício de incontáveis corações…
A juventude, campo sublime de aprendizagem, representa posse incomparável, que reúne as condições para a verdadeira felicidade. E malbaratam-na no jôgo de prazeres embriagantes, na disputa de ouropéis enganosos, na aventura dos entorpecentes destruidores… Dela, assim, aplicada, decorrem alucinações e escravidão de longo curso, na qual muitos se perdem por anos a fio…
A saúde, doação excelsa de Deus, é poderosa riqueza que ninguém malbaratará Inconsequentemente. E jogam-na nos resvaladouros da insensatez e da leviandade…
A inteligência, elaborada através de milênios e milênios na escala evolutiva, traduz concessão libertadora que não se pode aplicar no sentido destrutivo, sem ácidos corretivos.
Todavia, milhares e milhares de criaturas nublam-na, apagando as suas claridades sublimes, com as nuvens do ódio e do primitivismo moral…
Riquezas, fortunas, poder estão na própria indumentária carnal, à disposição de todo espírito em romagem evolutiva, mediante as reencarnações redentoras.
Mesmo quando temporariamente enfêrmo ou limitado um corpo, conduzindo o dispositivo reparador em forma de coerção ou sofrimento, é, para o espírito, excelente concessão do Alto a seu benefício, que lhe serve de bênção superior.
Assim, examinando, não penses em moedas e notas fiduciárias, em cheques e depósitos, cédulas e promissórias para as necessidades aquisitiva imediatas.
Penetra-te da certeza dos bens maiores com que a vida te aquinhoa e coloca em multiplicação os recursos de que te encontras possuído, espalhando alegria e entusiasmo por onde sigam os teus pés.
Compadece-te sempre, socorre; exorta com amor, ajuda; perdoa generosamente, ama; harmoniza as expressões do verbo servir e usa as mãos na lavoura da semeação da esperança; movimenta o corpo na direção do dever e faze que se renovem sempre os valõres poderosos de que te encontres possuído.
És detentor de fortunas que jazem enferrujando ao abandono, ante os ladrões da indolência que as roubam e as traças da negligência que as gastam e paralisam.
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Jesus visitou a casa de Zaqueu, concedeu entrevista a Nicodemos, aceitou o sepulcro novo doado por José de Arimatéia, como abençoando os tesouros amoedados e os seus mordomos temporários. No entanto, foi severo com Judas, retrucando, quando este se referiu ao valor do bálsamo com que a pecadora lhe banhava os pés e cujo produto, se vendido, poderia auxiliar os pobres: “Os pobres, vós os tereis sempre, mas a mim, nem sempre”.
Preciosa lição, na qual toda fortuna aplicada na construção do amor é alavanca do progresso proporcionada por Nosso Pai para a grandeza do mundo e, ao mesmo tempo, ensinando que as fortunas pessoais, que todos detemos mediante a reencarnação, representam a nossa oportunidade para crescer em plena glória solar na direção do Rei Divino, que nasceu numa estrebaria para alar-se às estrelas desde os braços de uma Cruz.
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“Porque onde está o vosso tesouro, ai estará, também, o vosso coração”. Lucas: capítulo 12º, versículo 34.
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“Os bens da Terra pertencem a Deus, que os distribui a seu grado, não sendo o homem senão o usufrutuário, o administrador mais ou menos íntegro e inteligente desses bens”.
Evangelho Segundo Espiritismo – Capítulo 16º – Item 10.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 49.

própria luz

Emprego da Riqueza

Não podeis servir a Deus e a Mamon. Guardai bem isso em lembrança, vós, a quem o amor do ouro domina; vós, que venderíeis a alma para possuir tesouros, porque eles permitem vos eleveis acima dos outros homens e vos proporcionam os gozos das paixões que vos escravizam. Não; não podeis servir a Deus e a Mamon! Se, pois, sentis vossa alma dominada pelas cobiças da carne, dai-vos pressa em alijar o jugo que vos oprime, porquanto Deus, justo e severo, vos dirá: Que fizeste, ecônomo infiel, dos bens que te confiei? Esse poderoso móvel de boas obras exclusivamente o empregaste na tua satisfação pessoal.
Qual, então, o melhor emprego que se pode dar à riqueza? Procurai – nestas palavras: “Amai-vos uns aos outros”, a solução do problema. Elas guardam o segredo do bom emprego das riquezas. Aquele que se acha animado do amor do próximo tem aí toda traçada a sua linha de proceder. Na caridade está, para as riquezas, o emprego que mais apraz a Deus. Não nos referimos, é claro, a essa caridade fria e egoísta, que consiste em a criatura espalhar ao seu derredor o supérfluo de uma existência dourada.
Referimo-nos à caridade plena de amor, que procura a desgraça e a ergue, sem a humilhar. Rico!… dá do que te sobra; faze mais: dá um pouco do que te é necessário, porquanto o de que necessitas ainda é supérfluo. Mas, dá com sabedoria. Não repilas o que se queixa, com receio de que te engane; vai às origens do mal.
Alivia, primeiro; em seguida, informa-te, e vê se o trabalho, os conselhos, mesmo a afeição não serão mais eficazes do que a tua esmola. Difunde em torno de ti, como os socorros materiais, o amor de Deus, o amor do trabalho, o amor do próximo.
Coloca tuas riquezas sobre uma base que nunca lhes faltará e que te trará grandes lucros: a das boas obras. A riqueza da inteligência deves utilizá-la como a do ouro. Derrama em tomo de ti os tesouros da instrução; derrama sobre teus irmãos os tesouros do teu amor e eles frutificarão.
– Cheverus. (Bordéus, 1861.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 16. Item 11.

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