O EGOÍSMO É A GRANDE CHAGA

O EGOÍSMO É A GRANDE CHAGA

O Egoísmo 

O egoísmo é a grande chaga, o maior entrave para todas as realizações humanas.
 
Vera Jacubowski 

oásis de paz vera jacubowski

O Egoísmo

 
11 – O egoísmo, esta chaga da humanidade, deve desaparecer da Terra, porque impede o seu progresso moral. É ao Espiritismo que cabe a tarefa de fazê-la elevar-se na hierarquia dos mundos. O egoísmo é portanto o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem dirigir suas armas, suas forças e sua coragem. Digo coragem, porque esta é a qualidade mais necessária para vencer-se a si mesmo do que para vencer aos outros. Que cada qual, portanto, dedique toda a sua atenção em combatê-lo em si próprio, pois esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho, é a fonte de todas as misérias terrenas. Ele é a negação da caridade, e por isso mesmo, o maior obstáculo à felicidade dos homens.
Jesus vos deu o exemplo da caridade, e Pôncio Pilatos o do egoísmo. Porque, enquanto o Justo vai percorrer as santas estações do seu martírio, Pilatos lava as mãos, dizendo: Que me importa! Disse mesmo aos judeus: Esse homem é justo, por que quereis crucificá-lo? E, no entanto, deixa que o levem ao suplício.
É a esse antagonismo da caridade e do egoísmo à invasão dessa lepra do coração humano, que o Cristianismo deve não ter ainda cumprido toda a sua missão. E é a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, que cabem a tarefa e o dever de extirpar esse mal, para dar ao Cristianismo toda a sua força e limpar o caminho dos obstáculos que lhe entravam a marcha. Expulsai o egoísmo da Terra, para que ela possa elevar-se na escala dos mundos, pois já é tempo da humanidade vestir a sua toga viril, e para isso é necessário primeiro expulsá-lo de vosso coração.
 
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PASCAL Sens, 1862

12 – Se os homens se amassem reciprocamente, a caridade seria mais bem praticada. Mas, para isso, seria necessário que vos esforçásseis no sentido de livrar o vosso coração dessa couraça que o envolve, a fim de torná-lo mais sensível ao sofrimento do próximo. O Cristo nunca se esquivava: aqueles que o procuravam, fossem quem fossem, não eram repelidos. A mulher adúltera, o criminoso, eram socorridos por ele, que jamais temeu prejudicar a sua própria reputação. Quando, pois o tomareis por modelo de todas as vossas ações? Se a caridade reinasse na Terra, o mal não dominaria, mas se apagaria envergonhado; ele se esconderia, porque em toda parte se sentiria deslocado. Seria então que o mal desapareceria; compenetrai-vos bem disso.
Começai por dar o exemplo vós mesmos. Sede caridosos para com todos, indistintamente. Esforçai-vos para não atentar nos que vos olham com desdém. Deixai a Deus cuidar de toda a justiça, pois cada dia, no seu Reino, Ele separa o joio do trigo.
O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem caridade não há tranqüilidade na vida social, e digo mais, não há segurança. Com o egoísmo e o orgulho, que andam de mãos dadas, essa vida será sempre uma corrida favorável ao mais esperto, uma luta de interesses, em que as mais santas afeições são calcadas aos pés, em que nem mesmo os sagrados laços de família são respeitados.

EMMANUEL – Paris, 1861

caminho na vida chico xavier

Vírus: Orgulho

Meus amigos, é muito grande a epidemia da variação do famoso vírus: egoísmo, em um novo vírus chamado orgulho. Vírus esse que tem infectado todos os cantos do orbe, causando uma epidemia, que não se pode precisar quando começou, pois, a mesma remonta desde primórdios da humanidade.
Esse vírus é muito ardiloso e assim se camufla facilmente, passando desapercebido pela maioria, ou sendo classificado erroneamente. Sua proliferação se dá em ambiente propício: materialismo e imediatismo, o qual o orbe se acha inserido.
Vejamos os sintomas que surgem em sua fase inicial e que se diagnosticados a tempo, são passíveis de uma recuperação eficaz e rápida, sem causar muitos prejuízos.
Um dos primeiros sintomas é um descontentamento com as qualidade e oportunidades que se apresentam, aliando-se ao sentir-se prejudicado por não possuir o que se julga merecedor. Ora meus amigos, sabemos da bondade e sabedoria de Deus, assim sendo, se não temos determinadas oportunidades ou “dons”, é por que com certeza esses seriam motivos de tropeços para nós, diante do muito que ainda temos que aprender.
Passa também pelo estágio do se considerar “insubstituível”, portanto melhor do que qualquer outro ser humano. Isso é provocado pela ilusão de querermos ser melhor que os outros, não nos contentado apercebendo das diferenças que nos fazem seres únicos para o Pai. Se somos Todos Um, é óbvio sermos substituídos em nossas atividades por outros. Concordamos que ninguém fará qualquer atividade como nós pois somos únicos, mas isso não impede que façam igual ou até melhor, seguindo o seu estilo próprio.
Temos ainda outro sintoma bastante comum que é a alegação de excesso de trabalho, como a justificar o ser insubstituível e ampliar seu grau de importância. O excesso de trabalho, na maioria das vezes, é reflexo da ineficiência em ensinarmos a atividade e sabermos delegar. Caso contrário estaríamos supondo que ninguém mais é capaz de adquirir conhecimento, o que é um erro imenso.
Ainda outro sintoma sútil é a constante necessidade de auxiliar, não como exercício do bem e do crescimento mútuo, mas como forma de criarem-se dependências, para se provar que é superior. Meus amigos, quem realmente quer auxiliar, não somente dá o peixe, mas com certeza ensina a pescar, de forma que o outro possa andar pelos seus próprios pés. Assim já nos ensinava Jesus. A dependência é estabelecida como forma de realçar a nossa falsa superioridade perante o outro e ainda colher a fama de “bonzinho”.
Esse vírus em fase um pouco mais avançada vai se adentrando de tal forma, que nos torna impossível ver o óbvio. Assim tudo que ouvimos, lemos e vemos sempre tem relação e aplicação na vida do outro, mas nunca na nossa.
Neste momento, deixo bem claro que esta mensagem é para você que está lendo, não é para seu vizinho, para seu amigo, para seu chefe ou seu familiar. Ela foi elaborada exclusivamente para você, como forma de auxiliá-lo a se manter vigilante para não se tornar vítima do vírus ou para combater o vírus caso perceba que ele está se instalando com a profilaxia necessárias.
Em seu estágio final, vemos claramente o indivíduo contaminado, e muitas vezes assumindo o seu orgulho e assim desenvolvendo sintomas como: reclusão, se afastando de todos e qualquer grupo por se achar superior. Não é capaz de ouvir o outro e nem assimilar o novo. Sendo eternos aprendizes sempre temos algo a ensinar e algo a aprender. As relações estabelecidas pelo contaminado são sempre superficiais e descartáveis, onde buscam somente satisfazer a si. Há também o vazio que o assola de maneira assustadora, causando insônia e pesadelos, mas que são tratados com drogas e a aquisição de bens materiais e momentos de prazer. Como esses bens são fugazes há sempre a necessidade de mais, levando-o a se perder de si mesmo.
A profilaxia meu amigo é acessível a todos, e depende da dedicação e empenho de cada um, pois, se concentra nos ensinamentos de Jesus: no exercício da paciência, da tolerância, da abnegação, da humildade, da prece, da fé, do estudo e principalmente na disponibilidade em servir ao bem, ao outro.
Convido-os a iniciarmos esta semana uma campanha para a erradicação dessa doença do planeta Terra, com a adesão de cada um de nós, através de nossas atitudes coerentes com o Evangelho de Jesus.
Iniciemos, portanto agora, as mudanças que se fazem necessárias em nosso ser e assim nos veremos livres desse vírus e dessa epidemia para sempre.
Com muito carinho e certeza da vitória nessa luta,
Em: 06.07.2015
Médium: Lúcia (Grupo Mediúnico Maria de Nazaré – CAVILE)
Espírito: Irmão Matheus (Colônia Espiritual Maria de Nazaré)

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Parábola do Semeador


Um semeador, como fazia todos os dias, saiu de casa e se dirigiu ao seu campo para nele semear os grãos de trigo que possuía, honrando a Deus com seu trabalho honesto.
Começou a semeadura. Enquanto lançava as sementes ao campo, algumas caíram no caminho, na pequena estrada que ficava no meio da seara. Você sabe que os passarinhos costumam acompanhar os semeadores ao campo, para comer as sementes que caem ao chão? Pois, isso aconteceu em nossa história. Alguns grãos caíram à beira da estrada, e os passarinhos, rápidos, desceram e os comeram.
O semeador, porém, continuou semeando. Outras sementes caíram num lugar pedregoso. Havia ali muitas pedras e pouca terra. As sementes nasceram logo naquele solo, que não era profundo. O trigo cresceu depressa, mas, vindo o sol forte, foi queimado; e como suas raízes não cresceram por causa das pedras, murchou e morreu.
Outros grãos caíram num pedaço do campo onde havia muitos espinheiros. Quando o trigo cresceu, foi sufocado pelos espinhos e também morreu.
Uma última parte das sementes caiu numa terra boa e preparada, longe dos pedregulhos e das sarças. E o trigo ali semeado deu uma colheita farta. Cada grão produziu outros cem, outros sessenta outros trinta…
*
O próprio Jesus explicou a Seus discípulos a Parábola do Semeador.
As nossas almas, filhinho, são comparáveis aos quatro terrenos da história: “o terreno do caminho”, “o solo cheio de pedras”, “a terra cheia de espinheiros” e “o terreno lavrado e bom”.
Jesus é o Divino Semeador. A semente é a Sua Palavra de bondade e de sabedoria. E os diversos terrenos são os nossos corações, os nossos espíritos, onde Ele semeia Seus ensinamentos, cheio de bondade para conosco.
E como procedemos para com Jesus? Como respondemos à Sua bondade? O modo como damos resposta ao amor cuidadoso do Divino Mestre é que nos classifica espiritualmente, isto é, mostra que espécie de terreno existe em nossa alma. Cada coração humano é uma espécie de terra, um dos quatro solos da parábola.
Vejamos, então, filhinho:
Quando alguém ouve a palavra do Evangelho e não procura compreendê-la, nem lhe dá valor, aparecem as forças do mal (os Espíritos maldosos, desencarnados ou encarnados) e arrebatam o que foi semeado no seu coração, tais como os passarinhos comeram as sementes… E sabe de que modo? Fazendo com que a alma esqueça o que ouviu, dando outros pensamentos à pessoa, fazendo com que ela se desinteresse das coisas espirituais. E a alma fica indiferente aos ensinamentos divinos. O coração dessa pessoa é semelhante ao “terreno do caminho”, onde a semente não chegou a penetrar. Um exemplo desse terreno é a criança que não presta atenção às aulas de Evangelho, ficando distraída durante as explicações. Ou ainda, a criança que não gosta de ler os livrinhos que ensinam o caminho de Jesus…
E o segundo terreno, o pedregoso?
Esse terreno é a imagem da pessoa que recebe os ensinos de Jesus com muita alegria. São exemplos as pessoas entusiasmadas com o serviço cristão, ou as crianças animadas nas escolas de Evangelho, mas cuja animação dura pouco. Quando surgem as zombarias, as perseguições ou os sofrimentos, a alma, que é inconstante, abandona o caminho do Evangelho. Um exemplo para você, filhinho: uma criança está freqüentando as aulas de Moral Cristã numa Escola Espírita. Está aprendendo os mandamentos Divinos, os ensinos de Cristo, o caminho do bem, da pureza, da honestidade. Está muito contente com o que está estudando. Sente-se animada e feliz. Um dia, aparece um colega do colégio ou da vizinhança, dizendo que o “Espiritismo é obra do demônio”, que “os que freqüentam aulas de Evangelho nas escolas Espíritas ficam loucos e vão para o inferno”. E zombam dele sempre que o encontra e lhe põe apelidos humilhantes. O nosso amiguinho não tem ainda firmeza de fé. Tem medo das zombarias dos colegas e dos vizinhos, que dizem que “somente sua religião é verdadeira” e lhe mandam “receber espíritos na rua . Amedrontado pela perseguição e pelos motejos, o nosso irmãozinho deixa a Escola de Evangelho, onde estava começando a compreender a beleza do ensino de Jesus e as bênçãos do Espiritismo Cristão. Esse menino tinha o coração semelhante ao “terreno cheio de pedras”, onde a planta da verdade não pôde crescer e frutificar.
O terceiro solo é a “terra cheia de espinheiros”. É o caso das pessoas que recebem a palavra do Evangelho, mas, depois abandonam o caminho cristão por causa das grandezas falsas do mundo e da sedução das riquezas. Ouviram o Evangelho, mas se interessaram mais pelos negócios, pelos lucros, pelas vaidades da vida, pelo cuidado exclusivo das coisas da terra. Há também, no mundo das crianças, exemplos desse terreno. São as crianças que conheceram, às vezes desde pequeninas, os ensinos de Jesus, mas, depois de crescidas, preferiram os maus companheiros, as crianças sem Deus, e passaram a interessar-se somente pelos problemas de dinheiro ou de moda, pelos ídolos do cinema ou do futebol. Não querem mais nem Jesus, nem lições de Evangelho. Só pensam em automóveis de luxo, sonham com caminhões, imaginam-se ricos “quando crescerem”… A princípio, sabiam repartir com os pobres o seu dinheirinho, porém, agora só pensam em juntá-lo: a caridade morreu nos seus corações. O mundo, com suas riquezas falsas (que terminam com a morte), seduziu suas almas e sufocou a plantinha de Deus em seus espíritos. Trocaram Jesus pelos sonhos e ambições de carros de luxo, de figurinos, de roupas elegantes, de campos de esporte, de concursos de beleza, de grandezas sociais… A plantinha de Deus foi sufocada pelos espinhos do egoísmo e das ilusões da vida material. E morreu…
O quarto terreno, “a terra lavrada e boa”, é o símbolo do coração que escuta o Evangelho, procurando compreendê-lo e praticá-lo na vida. É a alma que estuda a palavra do Senhor, percebendo que está neste mundo para aprender a Verdade e o Bem. E, assim, dá frutos de bondade e eleva-se para Deus. Abandona seus vícios e maus hábitos, dedicando-se à prática das virtudes, guardando a fé no coração, socorrendo carinhosamente os necessitados e sofredores e buscando os conselhos de Deus no Evangelho de Cristo.
O coração de uma criança verdadeiramente cristã é o bom terreno da parábola: cada semente de Jesus se transforma em trinta, sessenta ou cem bênçãos de bondade, de fé e de auxílio ao próximo. O coração dessa criança deseja conhecer sempre mais e melhor os ensinos cristãos. E se esforça sinceramente para fazer a Vontade Divina: amar e perdoar, crer e ajudar, aprender e servir.
Filhinho, aí está a Parábola do Semeador. Medite nela. Que você, guardando a humildade de coração, se esforce para ser, se ainda não o é, o bom terreno, que recebe os grãos de luz do Divino Semeador e dá muitos frutos de sabedoria e bondade.
TAVARES, Clóvis. Histórias que Jesus Contou. LAKE. Parábola do Semeador: Mateus, 13:1-9, 18-23.

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