O TALENTO DE TODOS Emmanuel – Chico Xavier

HUMILDADE CHICO XAVIER

 O Talento de Todos 

Na abastança ou na carência, na direção ou na subalternidade, não menosprezes agir e servir, porque o trabalho, nas concessões do espaço e do tempo, é o talento comum a todos, pelo uso do qual o espírito se engrandece, no rumo das Esferas Superiores a que se destina.
Por ele, as forças mais simples da natureza se movimentam na senda evolutiva, escalando os degraus do progresso para a subida aos cimos da experiência.
Com ele, o verme se agita e fecunda o seio da terra.
Através dele, esforça-se a semente e transforma-se na planta útil, a erigir-se em abençoada garantia do pão.
Aproveitando-o, a abelha se faz operária laboriosa, fabricando a excelência do mel.
Atendendo-lhe a inspiração, o manancial se desloca e, crescendo em possibilidades sempre mais vastas, converte-se no grande rio que apóia a civilização em torno do próprio sulco.
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Tudo na paisagem que nos cerca é a exaltação desse talento realmente divino.
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É por isso que dinheiro e saúde, cultura e inteligência, tanto quanto os números recursos que rodeiam o homem na Terra, subordinam-se ao trabalho, a fim de se agigantarem na produção e na multiplicação dos benefícios que lhes dizem respeito.
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Não te deixes vencer pelas considerações negativas da tristeza, da revolta, do pessimismo ou da indisciplina, que estão sempre condicionando a ação que lhes é própria à exigência de remuneração.
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Responde ao Senhor que te serve por intermédio do trabalho incessante da natureza com o trabalho infatigável de teu pensamento e de teus braços, de teu cérebro e de teu coração, para que te eleves à comunhão com o Amor Infinito.
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Sem trabalho, a fé se resume à adoração sem proveito, a esperança não passa de flor incapaz de frutescência e a própria caridade se circunscreve a um jogo de palavras
brilhantes, em torno do qual, os nus e os famintos, os necessitados e os enfermos costumam parecer, pronunciando maldições.
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Trabalhe e vive.
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Não admitas que a fortuna do tempo, emprestada a todos pela Bondade de Deus se dissipe em tuas mãos congelada no ideal inoperante.
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Realmente, muitos desastres nos perseguem o caminho das experiências necessárias, em forma de falhas e fraquezas de nossas almas, à frente das Leis de Deus, mas de todos eles, o maior de todos é a preguiça, porque a preguiça é a protetora da ignorância e da penúria e, através da penúria e da ignorância, poderemos descer aos mais estranhos desequilíbrios do mal.
XAVIER, Francisco Cândido. Dinheiro.
Pelo Espírito Emmanuel.
IDE. Capítulo 6.

 

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Nossos talentos

Quais são os nossos talentos? Esta pergunta é algo que vale a pena fazermos para nós mesmos.
Há quem diga que não os tem, que não consiga fazer nada direito, que não tem nada para oferecer de bom.
Há outros que imaginam que talento é algo para pessoas especiais, predestinadas. Que são poucos aqueles que efetivamente têm algum.
Se analisarmos mais detidamente, conseguiremos perceber que todos nós, de alguma forma, temos talentos.
Alguns têm inteligência privilegiada e, logo mostram seu talento na capacidade pensante, nos raciocínios lógicos, nas deduções brilhantes.
Outros são talentosos no trato com as pessoas. Conseguem travar conversa agradável com quem quer que seja, apresentam sempre uma palavra amiga, um comentário feliz.
Há outros que têm talento inegável na profissão que escolhem. Realizam-na com prazer e dedicação, produzem com esmero e qualidade, oferecendo sempre o melhor, o inusitado, o surpreendente.
Mesmo em situações que muitos não dão a importância devida, há muito talento se expressando.
A dona de casa, embora muitas vezes sem reconhecimento, é quem, com muito talento, administra o orçamento, planeja o cardápio, gerencia o asseio do lar. Isso, sem talento, seria sempre tarefa incompleta ou mal feita…
Dispomos de potencialidades, capacidades que podemos utilizar como instrumentos de contribuição para a sociedade em que vivemos.
Quantas histórias não escutamos sobre maestros, músicos, artistas que multiplicam seu talento em atividades sociais, comunitárias, ensinando a crianças e jovens as belezas de sua arte.
Quantos não são os professores que, talentosos, sabem honrar seu ofício, indo além do dever profissional que lhes cabe, sendo mestres a conduzir mentes, a construir cidadãos, a forjar positivamente caracteres.
Há, e não são poucos, executivos talentosos que, amealhando grandes somas graças à sua inegável capacidade de negócios, utilizam seu dinheiro para fazer o bem, produzir o bom e o belo, conscientes de que de nada valeria guardar em frios cofres o resultado monetário dessa sua potencialidade.
Não importa em que ou quanto somos bons, quais os nossos talentos.
Sempre haverá a possibilidade de multiplicá-los, de fazê-los crescer e produzir frutos em benefício de tantos.
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Assim, ao percebermos os talentos de que dispomos, aproveitemo-los para que possam beneficiar o meio em que estivermos.
Madre Tereza de Calcutá usou do seu talento de amar ao próximo para modificar as paisagens do planeta. Albert Einstein não poupou seu talento para que a Ciência ganhasse novos horizontes.
Porém, se ainda não conseguimos acessar capacidades dessa magnitude, façamos aquilo que já nos cabe. Talvez não modifiquemos a história do mundo, nem consigamos deixar nosso nome marcado nos compêndios da ciência ou da arte.
Mas valerá a pena se, com nosso talento, pudermos contribuir para que uma vida se faça melhor, que o dia de alguém se torne mais suave, ou que a estrada de algum outro possa ter, ao menos, uma flor a mais plantada, adornando o seu caminhar.
Redação do Momento Espírita. Em 04.04.2012.
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Talentos

A pobreza não é criação do Todo-Misericordioso. Ela existe somente em função da ignorância do homem que, por vezes, se arroja aos precipícios da inconformação ou da ociosidade, gerando o desequilíbrio e a penúria.
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Há talentos do Senhor distribuídos por todas as criaturas, em toda a parte.
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Observa os elementos de trabalho que a vida te conferiu e não te esqueças de que a única fonte de origem e de sustentação da riqueza legítima é sempre o trabalho.
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O ouro é talento com que se pode ampliar o progresso.
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O apuro da inteligência é recurso de extensão da cultura.
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A escassez é o processo da aquisição de nobres qualidades para quem aprende a servir
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A alegria é fonte de estímulo.
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A dor para quem se consagra à aceitação construtiva, é capaz de se transformar em manancial de humildade.
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Cada qual de nós recebe na herança congênita do pretérito, as possibilidades de serviço que nos caracterizam as tendências no mundo, de acordo com os méritos e necessidades que apresentemos.
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Em razão disso, é indispensável saibamos aproveitar o tempo, qual deve o tempo ser utilizado, de vez que os dias correm sobre os dias, até que o Senhor nos tome conta dos créditos, que generosamente nos emprestou.
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Usa a compreensão que se desmanda no egoísmo e a provação que se perde na delinquência encontram-se, desamparadas por si mesmas, nas veredas do mundo.
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Derrama o tesouro de amor que o Pai Celestial te situou no coração, através das bênçãos de fraternidade e simpatia, bondade e esperança para com os semelhantes e, em qualquer grupo social no qual te vejas, serás, invariavelmente, a criatura realmente feliz, sob as bênçãos da Terra e dos Céus.
XAVIER, Francisco Cândido. Dinheiro. Pelo Espírito Emmanuel. IDE. Capítulo 13.

Parábola dos Talentos

O Senhor age como um homem que, tendo de fazer longa viagem fora do seu país, chamou seus servidores e lhes entregou seus bens.
– Depois de dar cinco talentos a um, dois a outro e um a outro, a cada um segundo a sua capacidade, partiu imediatamente.
– Então, o que recebeu cinco talentos foi-se, negociou com aquele dinheiro e ganhou cinco outros.
– O que recebera dois ganhou, do mesmo modo, outros tantos. Mas o que recebera um cavou um buraco na terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo.
– Passado longo tempo, o amo daqueles servidores voltou e os chamou a contas.
– Veio o que recebera cinco talentos e lhe apresentou outros cinco, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; aqui estão, além desses, mais cinco que ganhei.
-Respondeu-lhe o amo: Servidor bom e fiel; pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras; compartilha da alegria do teu senhor.
– O que recebera dois talentos apresentou-se a seu turno e lhe disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; aqui estão, além desses, dois outros que ganhei.
– O amo lhe respondeu: Bom e fiel servidor; pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras; compartilha da alegria do teu senhor.
– Veio em seguida o que recebeu apenas um talento e disse: Senhor, sei que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada puseste; – por isso, como te temia, escondi o teu talento na terra; aqui o tens: restituo o que te pertence.
– O homem, porém, lhe respondeu: Servidor mau e preguiçoso; se sabias que ceifo onde não semeei e que colho onde nada pus,
– devias pôr o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que, regressando, eu retirasse com juros o que me pertence.
-Tirem-lhe, pois, o talento que está com ele e deem-no ao que tem dez talentos;
-porquanto, dar-se-á a todos os que já têm e esses ficarão cumulados de bens; quanto àquele que nada tem, tirar-se-lhe-á mesmo o que pareça ter; e seja esse servidor inútil lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes.
(S. MATEUS, cap. XXV, vv. 14 a 30.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 16. Item 6.

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