OBJETIVOS DA VIDA NA VISÃO ESPÍRITA

perdoa CHICO XAVIER

A Vida…

A vida é a continuação de uma existência que é imortal.
Estando nela neste momento, procure viver os momentos que lhe são colocados da melhor forma, sejam eles difíceis ou não, pois sempre você vai tirar de tudo um aprendizado maravilhoso para continuar a sua caminhada.
Pense que a vida é uma benção, e se você tem hoje a oportunidade de viver, agradeça a Deus todos os dias em que você pode abrir os seus olhos, pois ele está dando a você a oportunidade do aprendizado.
Que a prosperidade de dias cheios de objetivos e lutas faça parte de sua vida hoje e sempre.
“O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar”.
“Não temos em nossas mãos as soluções para todos os problemas do mundo, mas diante de todos os problemas do mundo temos nossas mãos”.
(Desconheço a autoria)
A VIDA ENSINA

Trajetória de Vida

No processo de aprendizado, a pessoa tem momentos de profunda reflexão na busca do significado de sua existência: Quem eu sou? De onde eu vim? Por que estou aqui? Para onde eu vou ? São perguntas cujas respostas são essenciais para o indivíduo deixar de ser passageiro do mundo imediato e se transformar em agente consciente e conseqüente do seu processo de vida, passando, dessa forma, a planejar sua evolução.
A proposta da Doutrina Espírita é tentar fornecer instrumentos e instruções para que se possa compreender e construir a pluralidade de caminhos que compõe a trajetória de vida. Portanto, é fundamental conhecer as alternativas existentes e ter consciência clara – sabedoria — dos caminhos que podem ser escolhidos.
É muito importante, ao se falar em trajetória de vida, conceituar passado, presente, futuro e referencial de vida.
O passado são os acontecimentos vividos, experiências acumuladas. O presente é o que a pessoa é e o que ela faz. Ao agir, o homem faz transformações — “quem não age não é” (Antonio Grimm). O futuro é a expectativa do que a pessoa quer ser.
O presente da pessoa possui suas bases no somatório das suas experiências e vivências, portanto é um resultado único e individual. A observação plena, racional e intensa do presente possui profundo significado para o homem. Viver o presente, analisá-lo, pesquisá-lo é dar a dimensão do Universo à vida do homem (Antonio Grimm).
A Doutrina Espírita promove o processo sustentável de vida por meio do encontro do homem consigo mesmo; ou seja, aquele que vive somente os acontecimentos do passado, ou apenas as expectativas do futuro, não vive o presente, portanto não age e não transforma.
A análise do passado, do presente e do futuro é feita de acordo com determinado referencial de vida. Para a Doutrina Espírita, referencial de vida é um sistema de valores utilizado como parâmetro de avaliação crítica das decisões, das ações e do comportamento.
Pode-se tentar traduzir a ideia de referencial de vida usando o seguinte exemplo: uma pessoa decidiu viajar. Viajar é uma experiência bastante interessante que permite conhecer outros lugares, pessoas e viver momentos novos. Ou seja, viajar é uma oportunidade de aprendizagem. Se esta viagem for planejada previamente, levando-se em conta as experiências anteriores da pessoa, acrescida das suas preferências e tendências atuais, além de se considerar as informações e indicações dos lugares a serem visitados, com certeza a viagem será mais condizente com as expectativas. O planejamento permitirá a escolha de caminhos mais objetivos e, o que é muito importante, servirá como referência caso, por engano, a pessoa saia do trajeto que escolheu.
Entretanto, supondo-se que a pessoa não fez o planejamento prévio, deixando para o momento e para o acaso a escolha do caminho a ser tomado, a probabilidade da viagem não ser satisfatória será maior. Corre-se o risco de levar a trajetos perigosos, muitas vezes difíceis e penosos. Todo este cenário pode ser agravado pela falta de um ponto de referência para saber se a pessoa está se aproximando ou se afastando do objetivo desejado.
Dessa forma, a trajetória de vida de um indivíduo pode ser encarada como uma viagem do espírito a várias culturas, lugares, momentos, situações, desafios, funções e oportunidades. A abordagem da vida como trajetória e a utilização do referencial como ferramenta são muito úteis na otimização da evolução de cada pessoa. É importante estar reavaliando continuamente o referencial, transformando-o e corrigindo-o.
O sistema referencial proposto pela Doutrina Espírita traz alguns conceitos tais como: capital de vida, história de vida, inventário de vida, projeto de vida.
Capital de vida é a duração potencial, a quantidade de tempo disponível pelo espírito para construção de sua trajetória no polissistema material.
História de vida é a resultante singular e universal do somatório contínuo de experiências vividas e convividas pelo espírito.
Inventário de vida é o levantamento e avaliação de valores agregados pelo espírito ao longo de sua trajetória; coleção do resultado de suas experiências.
Projeto de vida é a construção da trajetória de vida do indivíduo na expectativa do que ele quer ser – projeto de construção do ser na ação de sua consciência.
O objetivo da vida é a evolução. Como evolução é um processo, a vida é necessariamente aberta, não há destino. A trajetória de vida é construída pela pessoa ao desenvolver os seus potenciais e superar os seus limites.
Resumindo, trajetória de vida é um caminho construído livremente pelo espírito ao interagir de forma consciente e conseqüente consigo mesmo, com os outros, com a natureza, com o Universo.
SBEE – Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas

objetivos da vida

VII – Relações Simpáticas e Antipáticas dos Espíritos

– Metades Eternas

291. Além da simpatia geral, determinada pelas semelhanças, há afeições particulares entre os Espíritos?
— Sim, como entre os homens. Mas o liame que une os Espíritos é mais forte na ausência do corpo, porque não está mais exposto às vicissitudes das paixões.
292. Há aversões entre os Espíritos?
— Não há aversões senão entre os Espíritos impuros, e são estes que excitam entre vós as inimizades e as dissensões.
293. Dois seres que foram inimigos na Terra conservarão os seus ressentimentos no mundo dos Espíritos?
— Não; compreenderão que sua dissensão era estúpida e o motivo, pueril. Apenas os Espíritos imperfeitos conservam uma espécie de animosidade, até que se purifiquem. Se não foi senão um interesse material o que os separou, não pensarão mais nele por pouco desmaterializados que estejam. Se não houver antipatia entre eles, o motivo da dissensão não mais existindo, podem rever-se com prazer.
Comentário de Kardec: Da mesma maneira que dois escolares, chegando à idade da razão, reconhecem a puerilidade de suas brigas infantis e deixam de se malquerer.
294. A lembrança das más ações que dois homens cometeram, um contra o outro, é obstáculo à sua simpatia?
— Sim, ela os leva a se distanciarem.
295. Que sentimento experimentam, após a morte, aqueles a quem fizemos mal neste mundo?
— Se são bons, perdoam, de acordo com o vosso arrependimento. Se são maus, podem conservar o ressentimento, e por vezes vos perseguir até numa outra existência. Deus pode permiti-lo, como um castigo.
296. As afeições dos Espíritos são suscetíveis de alteração?
— Não, porque eles não podem enganar-se, não usam mais a máscara
sob a qual se ocultam os hipócritas, e é por isso que as suas afeições são inalteráveis, quando eles são puros. O amor que os une é para eles fonte de uma suprema felicidade.
297. A afeição que dois seres mantiveram na Terra prossegue sempre no mundo dos Espíritos?
— Sim, sem dúvida, se ela se baseia numa verdadeira simpatia: mas se as causas de ordem física tiverem maior influência que a simpatia, ela cessa com as causas. As afeições, entre os Espíritos, são mais sólidas e mais duráveis que na Terra, porque não estão subordinadas ao capricho dos interesses materiais e do amor-próprio.
298. As almas que se devem unir estão predestinadas a essa união desde a sua origem, e cada um de nós tem, em alguma parte do Universo, a sua metade, à qual algum dia se unirá fatalmente?
— Não; não existe união particular e fatal entre duas almas. A união existe entre os Espíritos, mas em graus diferentes, segundo a ordem que ocupam, ou seja, de acordo com a perfeição que adquiriram: quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia nascem todos os males humanos; da concórdia resulta felicidade completa.
299. Em que sentido se deve entender a palavra metade, de que certos Espíritos se servem para designar os Espíritos simpáticos?
—A expressão é inexata; se um Espírito fosse a metade de outro, quando separado estaria incompleto.
300. Dois Espíritos perfeitamente simpáticos quando reunidos ficarão assim pela eternidade ou podem separar-se e unir-se a outros Espíritos?
— Todos os Espíritos são unidos entre si. Falo dos que já atingiram a perfeição. Nas esferas inferiores, quando um Espírito se eleva, já não tem a mesma simpatia pelos que deixou.

simples

301. Dois Espíritos simpáticos são o complemento um do outro, ou essa simpatia é o resultado de uma afinidade perfeita?
— A simpatia que atrai um Espírito para outro é o resultado da perfeita concordância de suas tendências, de seus instintos; se um. devesse completar o outro, perderia a sua individualidade.
302. A afinidade necessária para a simpatia perfeita consiste apenas na semelhança dos pensamentos e sentimentos, ou também na uniformidade dos conhecimentos adquiridos?
— Na igualdade dos graus de elevação.

confiança e felicidade

303. Os Espíritos que hoje não são simpáticos podem sê-lo mais tarde?
— Sim, todos o serão. Assim, o Espírito que está numa determinada esfera inferior, quando se. aperfeiçoar, chegará à esfera em que se encontra o outro. Seu encontro se realizará mais prontamente se o Espírito mais elevado, suportando mal as provas a que se submetera, tiver permanecido no mesmo estado.
303 – a) Dois Espíritos simpáticos podem deixar de sê-lo?
— Certamente, se um deles é preguiçoso.
Comentário de Kardec: A teoria das metades eternas é uma imagem que representa a união de dois Espíritos simpáticos. E uma expressão usada até mesmo na linguagem vulgar e que não deve ser tomada ao pé da letra. Os Espíritos que dela se servem não pertencem à ordem mais elevada. A esfera de suas idéias é necessariamente limitada, e exprimiram o seu pensamento pelos termos de que se teriam servido na vida corpórea É necessário rejeitar esta ideia de que dois Espíritos, criados um para o outro devem um dia fatalmente reunir-se na eternidade, após terem permanecido separados durante um lapso de tempo mais ou menos longo.
O Livro dos Espíritos
por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

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