A PAZ É UM ESTADO DE ESPÍRITO ÍNTIMO

paz de espírito vera jacubowski

A    P A Z 

“A paz é um estado de espírito íntimo.
Que é alcançada pela nossa vigilância, oração e pratica do bem.
Intransferível, conquista originária das bênçãos da luz do eterno.”

Vera Jacubowski

Ante os que partiram antes

A nossa saudade é a lembrança sempre presente, embora deva ser serena e calma, confortada na imortalidade da alma e na certeza do reencontro futuro, no momento oportuno.
Jamais o desespero.
Sempre o consolo da oportunidade das vivências que ficaram, especialmente as dos bons momentos, que todos os tivemos.
A prece é a comunicação mais eficaz e a nossa continuidade em viver, procurando encontrar novas formas de bem viver, é o nosso respeito ao Criador e a nossa maior homenagem ao ser querido que apenas partiu antes.
Ainda haverá momentos de lágrimas, de dor incontida no peito que não conseguimos expressar, mas a esperança e o trabalho redentor dar-nos-ão o equilíbrio emocional e demonstrarão ao afeto que partiu de que não nos deixou mortalmente ferido.
Meus irmãos, a dor que a separação pela morte provoca no seio de qualquer família é incomensurável, mas o amor que continuamos nutrindo e a fé são os alicerces que nos sustentam e nos sustentarão até o momento da nossa própria partida.
Fé e trabalho, para enfrentar a saudade!
Josué.
Psicografado na noite de 24.10.2014, no GESM

oração e tempestades

Espera e Confia

Eis a dupla singular:
Escora que nos descansa:
Servir sem desanimar,
Nunca perder a esperança.
Se sofres, serve e confia,
Não te queixes, nem te irrites.
Espera. A bênção de Deus
É proteção sem limites.
Autor: Meimei
Psicografia de Chico Xavier. Livro: Cura

CHUVAS no caminho

Feliz Coração

Alma fraterna, escuta:
Se podes atender,
Mesmo imperfeitamente,
À tarefa que a vida te confia,
Rende graças a Deus!…
Se alguma alfinetada te aguilhoa,
Se alguma prova sobrevém,
Auxilia, perdoa
E prossegue no rumo
Que o caminho te aponte para o bem…
Lembra: quantos irmãos, ainda hoje,
Clamam desesperados,
Sob a luta sombria
Dos que se entregam à revolta,
Enceguecidos pela rebeldia!…
Quantos jazem no leito,
Situando na morte a última esperança…
Quantos caem, aos gritos do remorso,
Na delinquência que os arrasa…
Quantos choram, em vão,
As horas que perderam!…
Recorda tanta gente,
Em pranto, junto a nós,
E nem pela fração de um só momento,
Não te queixes de mágoa ou sofrimento…
Ergue-te de ti mesmo
E busquemos agir
Para estender o bem ao nosso alcance.
Se podes trabalhar
Não fales de amargor,
Desengano, tristeza ou cicatriz,
Porque, servindo aos outros por amor,
Já tens, por Dom de Deus, coração feliz.
Autor: Meimei
Psicografia de Chico Xavier. Livro: Aguarda.

vossa vontade senhor

Ave Maria Mãe das estrelas

Mãe do céu.

Alma doce da natureza.
Oh seiva viva que nutre esse chão.
Dá a tua luz a tudo que vive e respira.
Leva a dor do coração.
Oh doce mãe estende teu manto essa terra que tanto precisa de ti.
Transforma os corações dos homens para que o paraíso aconteça aqui.
Cremos, Senhor, que é Vossa a determinação de a paz reinar soberana um dia neste mundo, queiram os homens ou não, e porque cremos que é da Vossa vontade os canhões se calarem para sempre, é que rogamos à Vossa generosidade que inspire os homens a serem verdadeiros irmãos sob o estandarte do perdão e da legítima fraternidade.

Que assim seja!

MARIA DE NAZARÉ A SERVA DO SENHOR

Disse, então, Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim que se cumpra em mim segundo tua palavra”. (Lucas, 1:38 – Bíblia de Jerusalém).
As referências históricas a respeito de Maria de Nazaré ─ forma helenizada do nome hebraico Miriã1 que significa Senhora da Luz ─ são escassas e se restringem “[…] às narrativas sobre a infância do Cristo, nos evangelhos de Mateus e Lucas. […].” 1
Ali apendemos que quando foi feito o anúncio angélico do nascimento de Jesus, Maria estava vivendo em Nazaré da Galileia, e estava noiva de um carpinteiro chamado José (Lc 1: 26s). Lucas nos informa que José era da descendência de Davi. […], e, embora nenhuma menção seja feita sobre a linhagem de Maria, é possível que ela teria vindo da mesma linhagem, especialmente se, conforme parece provável, a genealogia de Cristo, em Lucas 3, deva ser traçada através da sua mãe. […]. 2
O evangelista Lucas traça a genealogia de Jesus a partir do nome de sua mãe, Maria de Nazaré que, segundo a tradição do judaísmo, é a genitora quem transmite o nome da família aos filhos (diferentemente da tradição ocidental, na qual o nome da família é fornecido pelo genitor). A genealogia de Jesus, segundo o evangelho de Mateus focaliza José, descendente do rei Davi, ao considerar a antiga profecia de que o Messias viria da linhagem dessa tribo israelense.
Segundo outro registro de Lucas, assim que Maria se viu grávida, ela teria viajado para uma pequena cidade, nas montanhas de Judá, a fim de visitar a sua parenta Isabel que, também se encontrava grávida, mas de 6 meses, daquele que seria conhecido como João Batista, cognominado O Precursor. Quando ambas se encontraram, Maria saudou a parenta e, de imediato, Isabel foi envolvida por profunda emoção, a ponto de sentir o filho estremecer no seu ventre, fazendo com que, sob inspiração, respondesse à Maria com estas palavras: “Bendita é tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite? Pois quando tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre. Feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” 3
Após o nascimento de Jesus em humilde estrebaria, em Belém de Judá, a família fixou residência em Nazaré, na Galileia. Pouco tempo depois, porém, e sob orientação do mesmo anjo que anunciara a concepção de Maria, a sagrada família foge para o Egito, a fim de escapar a fúria insana do rei Herodes que ordenou a morte de todas as crianças com até dois anos de idade. Com a morte de Herodes (ano 4 da nossa era), José, Maria e Jesus retornam à pequena e obscura Nazaré (Mt2:23), atendendo os alertas de segurança do anjo do Senhor, pois, a despeito da morte de Herodes, ainda havia perigos, visto que o rei atual, Arquelau, era igualmente cruel.
Maria de Nazaré, a amada e sublime mãe de Jesus, é reverenciada como o exemplo de amor e dedicação, de renúncia e sacrifício.
No Espiritismo […] também aprendemos a reconhecer em Maria uma Entidade evoluidíssima, que já havia conquistado, há [mais de] 2000 anos, elevadas virtudes, tornando-a apta a desempenhar na crosta terrestre tão elevada missão, recebendo em seus braços o Emissário de Deus que se fez menino para se transformar “no modelo da perfeição moral que a Humanidade pode pretender sobre a Terra”. Além do que se conhece nas antigas tradições religiosas, especialmente no Novo Testamento, encontramos na literatura espírita outros importantes dados biográficos de Maria, que vieram até nós por via mediúnica, naturalmente extraídos de arquivos fidedignos do mundo espiritual, revelando-nos que ela continua até hoje zelando com muito carinho pela humanidade terrestre, encarnada e desencarnada.4
Maria de Nazaré, por ser um Espírito portador de grandes conquistas evolutivas e virtudes, e consciente da tarefa que deveria realizar na obra do Cristo, curva-se, humilde ante os desígnios celestiais, agindo sempre com prontidão, como que repetisse, vida a fora, a resposta que deu ao anjo quando, em nome do Pai, este lhe anuncia que seria a mãe de Jesus, o Salvador: “Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas, 1:38).
Mesmo diante da dolorosa e indescritível dor, ao ver o filho ser perseguido e crucificado, jamais perdeu a confiança em Deus, aceitando com divina renuncia. Com a personalidade forjada sob o guante do amor maior, Maria passa a se dedicar aos sofredores, como registra Yvonne Pereira no livro Memórias de um suicida. A obra descreve a amorosa e eficiente assistência aos suicidas pela mãe de Jesus, atuando diretamente, e sobretudo, por intermédio da Legião dos Servos de Maria, organização vinculada ao Hospital Maria de Nazaré. 5
Em diversas outras obras espíritas encontramos referências dos orientadores espirituais à sublimidade do Espírito Maria de Nazaré e a sua dedicação aos Espíritos que sofrem, encarnados e desencarnados. Lembramos, a propósito, a reverência que o Espírito Bittencourt Sampaio faz à mãe de Jesus nesta tocante oração:

ORAÇÃO Á MARIA DE NAZARÉ

Anjo dos bons e Mãe dos pecadores,
Enquanto ruge o mal, Senhora, enquanto
Reina a sombra da angústia, abre o teu manto,
Que agasalha e consola as nossas dores.

Nos caminhos do mundo, há treva e pranto.
No infortúnio dos homens sofredores,
Volve à Terra ferida de amargores
O teu olhar imaculado e santo!

Ó Rainha dos anjos, meiga e pura,
Estende tuas mãos à desventura
E ajuda-nos, ainda, Mãe piedosa!

Conduze-nos às bênçãos do teu porto
E salva o mundo em guerra e desconforto,
Clareando-lhe a noite tormentosa…

QUE ASSIM SEJA.

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