A PORTA QUE DEUS ABRE NINGUÉM PODE FECHAR

porta de deus abre

A PORTA ESTREITA

A porta que Deus abre ninguém pode fechar.

Apocalipse 3.8

Confiar um Trabalho

 

Antes de fazer a coisa para os homens, é preciso formar os homens para a coisa, como se formam obreiros, antes de lhes confiar um trabalho.

 

Autor: Allan Kardec
Fonte: Viagem Espírita em 1862

ALLAN KARDEC

QUEM PROMOVE A EXPIAÇÃO NA VISÃO ESPÍRITA?

 

Esta questão é, provavelmente, a que causa mais polêmica no movimento espírita. Passados 160 anos seria esperado uma melhor compreensão desta questão abordada em O Livro dos Espíritos, mas vivemos correndo de um lado para o outro convencidos de nossas idéias e esquecidos de estudar e refletir.
Todas as religiões de origem cristã admitem que o mal praticado leva quem o praticou a certos aborrecimentos futuros e esta é uma das boas razões para ser bom. Quem haveria de querer aborrecimentos futuros?
Jesus nos ensinou a não julgar. Não julgamos o próximo por não termos condições de avaliar o seu erro em todos os aspectos. Não podemos responder a certas perguntas como: qual o grau de consciência que ele tinha do erro? Ele errou sozinho ou também foi induzido ao erro? Ele é o mais responsável ou existem responsáveis não aparentes? Qual será a melhor forma de reparar o erro? Quando ele deve reparar? Nesta encarnação? Na próxima? Quando? Como? Quem estará envolvido?
Eu pergunto: se não temos condições de responder a tais questões em relação ao próximo que errou, estaríamos capacitados a responder a nós mesmos estas questões se fossemos quem errou? Se não podemos julgar o próximo, quem nos dá o direito de julgar a nós mesmos?
Se não temos condições de julgar a nós mesmos, quem a terá? Os espíritos responderam: Deus.
As leis de Deus estão na consciência, quer dizer que sabemos o que é certo e o que é errado. Não significa que podemos julgar a nós mesmos. Podemos até sugerir uma penalidade se estivermos em condições espirituais. Tudo bem, mas qual a lógica de o infrator julgar a si mesmo? Se o próprio Cristo disse que não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo?
Ele mesmo respondeu ao jovem que pediu ao mestre que falasse ao seu irmão para que repartisse a herança: quem me fez juiz de homens?
Não foi Jesus que disse: com a mesma severidade que julgardes, sereis julgados” observemos que Jesus afirma que seremos julgados e não que julgaremos a nós mesmos.
Não condeneis, para não serdes condenados. Outra afirmativa de Jesus.

 

Observemos a questão 737 de O Livro dos Espíritos
Com que fim fere Deus a humanidade por meio de flagelos destruidores?
Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento?
Questão 738
Para conseguir a melhora da humanidade, não podia Deus empreender outros meios que não os flagelos destruidores?
Pode e os emprega todos os dias, pois que deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. O homem, porém, não se aproveita desses meios. Necessário, portanto, se torna que seja castigado no seu orgulho e que se lhe faça sentir sua fraqueza.

 

João Senna

MAIS DIFÍCIL

A Vida Futura

 

Pilatos, tendo entrado de novo no palácio e feito vir Jesus à sua presença, perguntou-lhe: És o rei dos judeus? – Respondeu-lhe Jesus: Meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não é aqui.
Disse-lhe então Pilatos: És, pois, rei? – Jesus lhe respondeu: Tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence a verdade escuta a minha voz.
(S. JOÃO, cap. XVIII, vv. 33, 36 e 37.)

 

Por essas palavras, Jesus claramente se refere à vida futura, que ele apresenta, em todas as circunstâncias, como a meta a que a Humanidade irá ter e como devendo constituir objeto das maiores preocupações do homem na Terra. Todas as suas máximas se reportam a esse grande principio. Com efeito, sem a vida futura, nenhuma razão de ser teria a maior parte dos seus preceitos morais, donde vem que os que não creem na vida futura, imaginando que ele apenas falava na vida presente, não os compreendem, ou os consideram pueris.
Esse dogma pode, portanto, ser tido como o eixo do ensino do Cristo, pelo que foi colocado num dos primeiros lugares à frente desta obra. E que ele tem de ser o ponto de mira de todos os homens; só ele justifica as anomalias da vida terrena e se mostra de acordo com a justiça de Deus.
Apenas idéias muito imprecisas tinham os judeus acerca da vida futura. Acreditavam nos anjos, considerando-os seres privilegiados da Criação; não sabiam, porém, que os homens podem um dia tomar-se anjos e partilhar da felicidade destes. Segundo eles, a observância das leis de Deus era recompensada com os bens terrenos, com a supremacia da nação a que pertenciam, com vitórias sobre os seus inimigos. As calamidades públicas e as derrotas eram o castigo da desobediência àquelas leis. Moisés não pudera dizer mais do que isso a um povo pastor e ignorante, que precisava ser tocado, antes de tudo, pelas coisas deste mundo. Mais tarde, Jesus lhe revelou que há outro mundo, onde a justiça de Deus segue o seu curso. E esse o mundo que ele promete aos que cumprem os mandamentos de Deus e onde os bons acharão sua recompensa. Aí o seu reino; lá é que ele se encontra na sua glória e para onde voltaria quando deixasse a Terra.
Jesus, porém, conformando seu ensino com o estado dos homens de sua época, não julgou conveniente dar-lhes luz completa, percebendo que eles ficariam deslumbrados, visto que não a compreenderiam. Limitou-se a, de certo modo, apresentar a vida futura apenas como um principio, como uma lei da Natureza a cuja ação ninguém pode fugir. Todo cristão, pois, necessariamente crê na vida futura; mas, a ideia que muitos fazem dela é ainda vaga, incompleta e, por isso mesmo, falsa em diversos pontos. Para grande número de pessoas, não há, a tal respeito, mais do que uma crença, balda de certeza absoluta, donde as dúvidas e mesmo a incredulidade.
O Espiritismo veio completar, nesse ponto, como em vários outros, o ensino do Cristo, fazendo-o quando os homens já se mostram maduros bastante para apreender a verdade. Com o Espiritismo, a vida futura deixa de ser simples artigo de fé, mera hipótese; torna-se uma realidade material, que os lados demonstram, porquanto são testemunhas oculares os que a descrevem nas suas fases todas e em todas as suas peripécias, e de tal sorte que, além de impossibilitarem qualquer dúvida a esse propósito, facultam à mais vulgar inteligência a possibilidade de imaginá-la sob seu verdadeiro aspecto, como toda gente imagina um país cuja pormenorizada descrição leia. Ora, a descrição da vida futura é tão circunstanciadamente feita, são tão racionais as condições, ditosas ou infortunadas, da existência dos que lá se encontram, quais eles próprios pintam, que cada um, aqui, a seu mau grado, reconhece e declara a si mesmo que não pode ser de outra forma, porquanto, assim sendo, patente fica a verdadeira justiça de Deus.

 

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 2. Itens 1 a 3.

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TABERNÁCULOS ETERNOS

 

“Também vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.” – Jesus, (Lucas, 16:9)
Um homem despercebido das obrigações espirituais julgará encontrar nesta passagem um ladrão inteligente comprando favor de advogados venais, de modo a reintegrar-se nos títulos honrosos da convenção humana.
Todavia, quando Jesus fala em amigos, refere-se a irmãos sinceros e devotados, e, quando menciona as riquezas da injustiça, inclui o passado total da criatura, com todas as lições dolorosas que o caracterizam.
Assim também, quando se reporta aos tabernáculos eternos, não os localiza em paços celestiais.
O Mestre situou o tabernáculo sagrado no coração do homem.
Mais que ninguém, o Salvador identificava-nos as imperfeições e, evidenciando imensa piedade, ante as deficiências que nos assinalam o espírito, proferiu as divinas palavras que nos servem ao estudo.
Conhecendo-nos os desvios, asseverou, em síntese, que devemos aproveitar os bens transitórios, ao alcance de nossas mãos, mobilizando-os na fraternidade legítima para que, esquecendo os crimes e ódios de outro tempo, nos façamos irmãos abnegados uns dos outros.
Valorizemos, desse modo, a nossa permanência nos serviços da Terra, na condição de encarnados ou desencarnados, favorecendo, por todos os recursos ao nosso dispor, a própria melhoria e a elevação dos nossos semelhantes.
Agindo na direção da luz e amando sempre, porquanto, dentro dessas normas de solidariedade sublime, poderemos contar com a dedicação de amigos fiéis que, na qualidade de discípulos mais dedicados e enobrecidos que nós.
Nos auxiliarão efetivamente, acolhendo-nos em seus corações, convertidos em tabernáculos do Senhor, ajudando-nos não só a obter novas oportunidades de reajustamento e santificação, mas também endossando perante Jesus as nossas promessas e aspirações, diante da vida superior.
Emmanuel
Chico Xavier Livro 039 Ano 1950 Pão Nosso-EMMANUEL

brilho

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