SAUDADES INEXPLICÁVEIS

saudades jesus

Saudades Inexplicáveis

“Quando uma nostalgia nos visitar, com saudades inexplicáveis, que não conseguimos decifrá-las…
Saibamos que, afetos de almas muito queridas, estão em sintonia conosco, emitindo vibrações de amor…
Em verdade, somos espíritos imortais, eternos e indestrutíveis,
que sobrevivemos a tudo que há…”

Vera Jacubowski

Despedidas

O ser humano, apesar de toda a sua suposta religiosidade e conhecimento, se abala, no momento da despedida de um ente querido.
Não importa o quão o outro deseje essa partida, o quão debilitado ou ainda a dor que padeça, quer-se sempre mantê-lo um pouco mais, tê-lo por mais tempo mesmo diante das consequências.
Assim o término de uma relação conjugal, a independência dos filhos, mudar-se e deixar amigos e o maior de todos o desencarne, são acontecimentos que deixam as despedias com sabor de perda. Vejam meus amigos, as despedidas surgem em nossas vidas como parte de um processo natural de crescimento.
Todos esses fatos nos remetem ao grande questionamento: Esse negar ao outro a despedida seria um ato de AMOR ou de Egoísmo? A despedida seria realmente uma perda?
Não pretendemos acusar, julgar, mas sim entender as motivações que induzem a tais sentimentos.
O AMOR como sabemos mesmo diante de nossa pequenez, nasce de atitudes nobres e genuínas, expressando a vontade do Pai, em tudo que temos de melhor. Por isso dizemos que o amor jamais prende ao contrário o amor dá asas para que possamos voar e alcançar patamares maiores de evolução. Jesus já nos ensina que por nos amar o Pai nos concede o livre arbítrio sempre, a fim de que possamos construir o nosso aprendizado.
Entendemos ainda que o Amor não é um gesto solitário, mas solidário, aonde através de uma ação fraterna vamos de encontro ao outro, no exercício do bem, permitindo que ele cresça e colha o fruto de suas ações.
Mesmo diante de nossas limitações é possível a percepção de que o Egoísmo se traduz no desejo de se fazer um bem. Portanto, o egoísmo, não é o desejo de fazer o mal. Mas, diferentemente do Amor que é um gesto solidário, o egoísmo é um gesto solitário, onde o único beneficiário desse bem somos nós mesmos. Assim é comum desejarmos o que parece um bem para nós, mesmo que isso traga infelicidade e prejuízos ou atrasos ao outro. Quando somos egoístas, estamos nos equivocando, na compreensão do que seja realmente o bem para nós.
Pela Lei da Causa e Efeito toda ação tem uma reação. Prejudicando o outro, estarei, portanto, prejudicando a mim mesmo.
Retomemos agora ao nosso questionamento central, já recordando os conceitos apresentados.
O que acham meus amigos: negar a despedida é um ato de amor ou de egoísmo? A despedida seria uma perda?
Toda despedida implica em novos aprendizados, em oportunidades e em ciclos novos de vida. Em momento algum significa afastamento definitivo ou perda de momentos vividos, pois sabemos que estamos constantemente aprendendo e interagindo um com os outros, não importando a distância que nos separe.
Quando temos a capacidade de entender a despedida dessa maneira, a saudade que a acompanha, passa a ser muito mais tolerável e aceitável.
Num relacionamento que se finda, seja uma amizade ou conjugal, reter o outro não seria viver uma mentira?
Dentro do processo de amadurecimento não é chegado o momento em que temos que viver por nossas próprias convicções?
No ciclo da vida o momento natural de desgaste do corpo físico e a liberdade do espírito não faz parte de um processo natural de novas fases de uma única vida?
Amor não aprisiona, a educação orienta os caminhos, mas não obriga; e viver a espiritualidade não é a meta de todos nós?
Se entendemos tudo isso, por que ainda a dor, o ressentimento e a tristeza, nas despedidas? Arrisco dizer que é por que ainda não sabemos vivenciar todas essas verdades, mas que estamos procurando a cada dia, dando um passo de cada vez, conquista-las como saber.
Convido-os, portanto, a analisarem as atitudes diante das despedidas e sem julgamentos, mas com vontade de exercitar o AMOR trazido por Jesus, efetuar as mudanças necessárias em nosso íntimo a fim de podermos entender e aceitar as despedidas não como o fim, mas como oportunidades de novos reencontros.
Que sejamos exemplos de amor nas idas e vindas que a vida nos oferece.
Com carinho,
Em: 16.06.15
Médium: Lúcia (Grupo Mediúnico Maria de Nazaré – CAVILE)
Espírito: Irmão Matheus (Colônia Espiritual Maria de Nazaré)

essência divina allan kardec

PODEMOS SENTIR SAUDADE DO MUNDO ESPIRITUAL?

Você já sentiu uma saudade inexplicável?

Aquele sentimento de sentir falta de algo ou de algum lugar sem saber o que é exatamente? Ou saudade de alguém, mesmo estando perto das pessoas que ama neste mundo físico? E desta saudade uma tristeza sem razão? É um vazio, uma saudade, uma solidão. É como se faltasse algo, mas que é de difícil exatidão do que se sente falta, é algo incompreensível.
Para o Espiritismo esta saudade do desconhecido é uma saudade inconsciente do mundo espiritual. A sensação de vazio vem do inconsciente por saber da perda que temos referente a liberdade do espírito, aos amigos que lá deixamos no plano espiritual, falta da felicidade relativa que tínhamos; e a tristeza vem porque estamos aprisionados em corpos físicos, pesados, expostos a influências negativas, necessitados de esforços físicos e morais.
Estas sensações e sentimentos é motivo de grande angustia na maioria das vezes, porque não sendo um sentimento de alegria, traz assim tristeza, e incerteza, dos motivos pelo qual isso ocorre. Esta saudade desconhecida é também chamada de: sentimento estrangeiro.
No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, no capítulo V – item 25, encontramos a mensagem do Espírito François de Genève, referente a este sentimento de saudade do mundo espiritual, vejamos o texto abaixo:

A melancolia

Sabeis por que uma vaga tristeza se apodera por vezes dos vossos corações e vos faz achar a vida tão amarga? É o vosso espírito que aspira à felicidade e à liberdade e que, preso ao corpo que lhe serve de prisão, se extenua em vãos esforços para dele sair. Mas, vendo que são inúteis, cai no desencorajamento, e o corpo, suportando sua influência, a languidez, o abatimento e uma espécie de apatia se apoderam de vós, e vos achais infelizes.
Crede-me, resistir com energia a essas impressões que enfraquecem vossa vontade. Essas aspirações para uma vida melhor são inatas no espírito de todos os homens, mas não as procureis neste mundo; e, atualmente, quando Deus vos envia seus espíritos para vos instruírem sobre a felicidade que vos reserva, esperai pacientemente o anjo da libertação que deve vos ajudar a romper os laços que mantêm vosso espírito cativo. Lembrai-vos de que tendes a cumprir, durante vossa prova na Terra, uma missão de que não suspeitais, seja em vos devotando à vossa família, seja cumprindo os diversos deveres que Deus vos confiou.
E se no curso dessa prova, e desempenhando vossa tarefa, vedes os cuidados, as inquietações, os desgostos precipitarem-se sobre vós, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os francamente; eles são de curta duração e devem vos conduzir para perto dos amigos que chorais, que se regozijarão com a vossa chegada entre eles e vos estenderão os braços para vos conduzir a um lugar onde os desgostos da Terra não tem acesso.
(François de Genève, Bordéus).
Esta mensagem nos esclarece que todos as provas e dificuldades que passamos aqui no mundo material, inclusive esta saudade do “desconhecido”, deve ser motivo para nos estimular cada vez mais com o amor ao próximo, com a pratica da caridade, com o desenvolvimento do bem, com finalidade de diminuirmos a necessidade das encarnações, sobretudo em mundos de provas e expiações, como ainda é a Terra.
Assim, o que devemos e podemos fazer para substituir este sentimento de tristeza, de saudade, de vazio, é trabalhar ativamente e constantemente no bem, é exercer a caridade, aprender cada vez mais os ensinos de Jesus e coloca-los em pratica, estudar para compreender, trabalhar para o nosso progresso, para a nossa evolução, sendo nós espíritos momentaneamente encarnados no planeta Terra que é apenas um dos inúmeros planetas, onde a evolução espiritual se processa.
E que com os ensinos de Cristo Jesus podemos sensibilizar a nós mesmos, e canalizar esta tristeza e saudade, para os ideais de vivencia do amor pregado por Jesus.
Jardim Espírita

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