Quanto mais for difícil buscar maior será o prazer ao encontrar

guria

 

ENTRE A DOR E O NADA !

 


Prefiro a tristeza da partida a nunca ter me esparramado num abraço.
Prefiro o amargo sabor do “não” a nunca ter tido coragem de sair da dúvida.
Prefiro o eco ensurdecedor da saudade a nunca ter provado o carinho de um beijo.
Prefiro a angústia do erro a nunca ter arriscado.
Prefiro a decepção da ingratidão a nunca ter aberto meu coração.
Prefiro o medo de não ter meu amor correspondido a nunca ter amado.
Enfim, prefiro a dor, mil vezes a dor, do que o nada.
Rosana Braga (trechos)

Tranquilidade

“Tenho-vos dito estas coisas, para que em mim tenhais paz.” – Jesus. (JOÃO, 16:33.)
A palavra do Cristo está sempre fundamentada no espírito de serviço, a fim de que os discípulos não se enganem no capítulo da tranquilidade.
De maneira geral, os aprendizes do Evangelho aguardam a paz, onde a calma reinante nada significa além de estacionamento por vezes delituoso. No conceito da maioria, a segurança reside em garantia financeira, em relações prestigiosas no mundo, em salários astronômicos. Isso, no entanto, é secundário. Tempestades da noite costumam sanear a atmosfera do dia, angústias da morte renovam a visão falsa da experiência terrestre.
Vale mais permanecer em dia com a luta que guardar-se alguém no descanso provisório e encontrá-la, amanhã, com a dolorosa surpresa de quem vive defrontado por fantasmas.
A Terra é escola de trabalho incessante.
Obstáculos e sofrimentos são orientadores da criatura.
É indispensável, portanto, renovar-se a concepção da paz, na mente do homem, para ajustá-lo à missão que foi chamado a cumprir na obra divina, em favor de si mesmo.
Conservar a paz, em Cristo, não é deter a paz do mundo. É encontrar o tesouro eterno de bênçãos nas obrigações de cada dia. Não é fugir ao serviço; é aceitá-lo onde, como e quando determine a vontade d’Aquele que prossegue em ação redentora, junto de nós, em toda a Terra.
Muitos homens costumam buscar a tranqüilidade dos cadáveres, mas o discípulo fiel sabe que possui deveres a cumprir em todos os instantes da existência. Alcançando semelhante zona de compreensão, conhece o segredo da paz em Jesus, com o máximo de lutas na Terra. Para ele continuam batalhas, atritos, trabalho e testemunhos no Planeta, entretanto, nenhuma situação externa lhe modifica a serenidade interior, porque atingiu o luminoso caminho da tranquilidade fundamental.
XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 155.

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