SABEDORIA É TRABALHAR SENTIMENTOS INFERIORES

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Como Trabalhar

Sentimentos Inferiores

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As mágoas, ressentimentos e ódios acumulados são grandes malefícios para nosso corpo físico, psíquico e espiritual.
Aprender a trabalhar estes sentimentos inferiores é de fundamental importância para nossa saúde.
Vera Jacubowski

paciencia

Conquista da Sabedoria

A sabedoria é bênção que não chega total e completa para ninguém.
No transcurso das diversas existências cada Espírito desenvolve a escala de valores morais que lhe cumpre atender, harmonizando o conhecimento com o sentimento, o intelecto com a emoção, a razão com a bondade.
Trata-se de um empreendimento de longo e demorado curso, que se origina interiormente e se expande preenchendo os espaços mentais e emocionais do ser.
Ninguém é o que aparenta.
A sabedoria encontra-se em germe em todos os indivíduos, aguardando os fatores que lhe propiciem a exteriorização das possibilidades latentes, que se transformarão em atitudes e comportamentos superiores.
Semelhante a uma semente, é invisível o seu fanal, que o tempo desvela e permite agigantar-se, alcançando a finalidade essencial.
Quem contemple uma semente, jamais poderá perceber o milagre que oculta.
Ninguém vê o vegetal em que se transformará, as flores que espocarão perfumadas, os frutos saborosos ou não que se apresentarão multiplicados, as futuras sementes…
Imprescindível esperar que os fatores mesológicos e a intimidade do solo façam brotar a plântula que oculta, a fim de tornar-se a realidade que se encontra adormecida.
Na juventude, quando irrompem as energias dominadoras, a arrogância predomina em a natureza humana, tornando o indivíduo, não raro, exigente, intolerante, agressivo. À medida que as experiências exornam o caráter com paciência, a sabedoria se apresenta nas suas primeiras manifestações, que podem ser identificadas como humildade, gentileza, compreensão, tolerância…
Essa operação ocorre no ser interior, que se torna compassivo e generoso, por compreender que as criaturas são diferentes e transitam em níveis de desenvolvimento intelecto-moral muito diversificados.
Muitas vezes, é dolorosa, porque exige humildade e coragem para reconhecer-se quando se está errado e se deve pedir desculpas.
Todos erram, aprendendo por meio das experiências perturbadoras como não reincidir no desequilíbrio.
A imaturidade psicológica, porém, tem dificuldade em reconhecer os próprios equívocos e teimosamente busca defendê-los mediante recursos pouco lisonjeiros.
Quando se vai despojando das injunções da ignorância e da presunção, descobre a felicidade de ser autêntico, de poder identificar os enganos e repará-los, não se afligindo com a aparência, que é sempre secundária no seu processo de crescimento interior.
A sabedoria aumenta na razão direta em que a consciência humanista se desenvolve e percebe a finalidade da sua existência no mundo.
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O verdadeiro sábio ignora-se, enquanto o ignorante exorbita na exibição do pretenso conhecimento, que não passa de superficialidade.
Mediante a conquista da sabedoria, o indivíduo faz-se mais simples e acessível, gentil e compassivo.
Conhecendo os desafios que teve de enfrentar e os que ainda surgirão pelo seu caminho evolutivo, não exige transformações morais nos outros, nem se esquiva de crescer sempre.
A existência humana é rica de surpresas, de acontecimentos não previstos, que exigem sabedoria a fim de os enfrentar e administrar, quando negativos ou perturbadores.
Ninguém nasce sábio, mas apenas portador da sua semente.
Fixando experiências, umas depois de outras, reúne o cabedal de conhecimentos e de vivências que o tornam mais lúcido.
Valorizando o tempo e suas lições preciosas, o homem e a mulher que ambicionam o desenvolvimento da semente que conduzem no íntimo, utilizam-se bem de cada instante que lhes é concedido para aprender, para ensinar, para melhorar a própria condição, bem como a qualidade de vida a que se entregam.
Narra-se que, ao retornarem do santuário de Delfos, após consultarem o deus Apolo, a respeito de quem seria o homem mais sábio da Grécia, alguns filósofos atenienses buscaram Sócrates e perguntaram- lhe com certa ironia:
– Tu foste indicado por Apolo como o homem mais sábio da Grécia. Tens algo a dizer?
Ao que ele teria respondido:
– Talvez isso seja verdade, porque sou, possivelmente, em Atenas, o único homem que sabe que nada sabe.
Não havia qualquer presunção nem espírito de exibicionismo na resposta, senão um gesto de nobre humildade diante da grandeza da Vida e de todos os dons que a permeiam.
A sabedoria sorri, enquanto a vacuidade e o conhecimento estulto se exibem, porque superficiais, logo se esvanecendo diante das questões profundas da existência humana e da realidade do ser.
Felizmente, mesmo ignorando esse processo de crescimento, que é natural e automático, as criaturas humanas dão-se conta da necessidade de buscarem o aperfeiçoamento moral e espiritual, a fim de se tornarem plenas.
A plenitude é meta que se deve alcançar e que se encontra ínsita em todos os seres pensantes.
Quando se tem coragem de receber as injunções difíceis sem reclamações nem conflitos, abrindo- -se às experiências da evolução, estão em desenvolvimento os pródromos da sabedoria que terminará por predominar no comportamento mental, moral e emocional do ser.
A sabedoria busca sempre horizontes mais amplos até perder-se na infinitude, sem afastar-se da realidade em que se deve fixar.
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O amor desempenha um papel fundamental para a conquista da sabedoria. Por meio dele os sentimentos se ampliam, abraçando os demais seres sencientes que encontra pela frente e não deixando pegadas de amargura ou de ressentimento pelos caminhos percorridos.
Logo depois, o conhecimento que decorre do estudo, da observação, dos diálogos, da reflexão e do aprofundamento no contexto das informações encarrega-se de ilustrar o indivíduo que, amoroso, empreende a marcha do saber para ser livre, encontrando a verdade.
Sabedoria é uma experiência feliz em favor do tornar-se, permitindo que o Deus interno domine todas as paisagens do ser externo.
Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Extraído da Revista Reformador de Agosto de 2004. (Página recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em 1/1/2003, em Salvador, Bahia, Brasil).

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A Sabedoria do Silêncio Interno

Fale apenas quando for necessário.
Pense no que vai dizer antes de abrir a boca.
Seja breve e preciso já que cada vez que deixas sair uma palavra,deixas sair ao mesmo tempo uma parte de seu Chi (energia). Desta maneira, aprenderás a desenvolver a arte de falar sem perder energia.
Nunca faças promessas que não possas cumprir.
Não te queixes, nem utilizes em seu vocabulário, palavras que projetem imagens negativas
porque se produzirão ao redor de ti, tudo o que tenhas fabricado com tuas palavras carregadas de Chi.
Se não tens nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor se calar e não dizer nada.
Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia.
O próprio Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, Porque o universo aceita, sem condições, nossos pensamentos, nossas emoções, nossas palavras, nossas ações, e nos envia o reflexo de nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam em nossas vidas.
Se te identificas com o êxito, terás êxito. Se te identificas com o fracasso, terás fracasso.
Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo de nossa conversa interna.
Aprende a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem prejuízos.
Porque sendo como um espelho sem emoções aprendemos a falar de outra maneira.Com o poder mental tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com suas opiniões pessoais e evitando que tenha reações emocionais excessivas,simplesmente permite uma comunicação sincera e fluida.
Não te dês muita importância, e sejas humilde,pois quanto mais te mostras superior, inteligente e prepotente, mais te tornas prisioneiro de tua própria imagem e vives em um mundo de tensão e ilusões.
Sê discreto, preserva tua vida íntima,desta forma te libertas da opinião dos outros e terás uma vida tranquila e benevolente invisível, misteriosa, indefinível, insondável como o TAO.
Não entres em competição com os demais, torna-te como a terra que nos nutre que nos dá o necessário.
Ajuda ao próximo a perceber suas qualidades, a perceber suas virtudes, a brilhar.O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos . Tem confiança em ti mesmo.preserva tua paz interior evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros.
Não te comprometas facilmente, se agires de maneira precipitada sem ter consciência profunda da situação,vais criar complicações.
As pessoas não têm confiança naqueles que muito facilmente dizem “sim” porque sabem que esse famoso “sim” não é sólido e lhe falta valor. Toma um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta a ti e só então tome uma decisão.
Assim desenvolverás a confiança em ti mesmo e a Sabedoria.
Se realmente há algo que não sabes, ou não tenhas a resposta a uma pergunta que tenham feito, aceite o fato. O fato de não saber é muito incômodo para o ego porque ele gosta de saber tudo, sempre ter razão e sempre dar sua opinião muito pessoal.
Na realidade, o ego nada sabe simplesmente faz acreditar que sabe.
Evite julgar ou criticar, o TAO é imparcial em seus juízos não critica a ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade. Cada vez que julgas alguém a única coisa que fazes é expressar tua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro ruído. Julgar, é uma maneira de esconder tuas próprias fraquezas.
O Sábio a tudo tolera, sem dizer uma palavra.
Recorda que tudo que te incomoda nos outros é uma projeção de tudo que não venceu em ti mesmo.
Deixa que cada um resolva seus problemas e concentra tua energia em tua própria vida.Ocupa-te de ti mesmo, não te defendas.
Quando tentas defender-te na realidade estás dando demasiada importância às palavras dos outros, dando mais força à agressão deles. Se aceitas não defender-te estarás mostrando que as opiniões dos demais não te afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessitas convencer aos outros para ser feliz.
Teu silêncio interno o torna impassível.
Faz uso regular do silêncio para educar teu ego que tem o mau costume de falar o tempo todo.
Pratique a arte do não falar. Toma um dia da semana para abster-se de falar. Ou pelo menos algumas horas no dia, segundo permita tua organização pessoal.
Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, ao invés de tentar explicar com palavras o que é o TAO.
Progressivamente, desenvolverás a arte de falar sem falar, e tua verdadeira natureza interna substituirá
ttua personalidade artificial, deixando aparecer a luz de teu coração e o poder da sabedoria do silêncio.
Graças a essa força, atrairás para ti tudo que necessitas para tua própria realização e completa liberação. Porem tens que ter cuidado para que o ego não se infiltre…
O Poder permanece quando o ego se mantém tranquilo e em silêncio.Se teu ego se impõe e abusa desse Poder o mesmo Poder se converterá em um veneno, e todo teu ser se envenenará rapidamente.
Fica em silêncio, cultiva teu próprio poder interno.
Respeita a vida dos demais e de tudo que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo.
Converta-te em teu próprio Mestre e deixa os demais serem o que são, ou o que têm a capacidade de ser. Dizendo em outras palavras, viva seguindo a vida sagrada do TAO.
Autor – Joanna de Ângelis Médium – Divaldo Franco

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O poder tem que ceder à ternura:

Leia a entrevista com o médium Divaldo Franco Espírita acredita que o amor é a única alternativa para pacificar as relações humanas e o mundo atual.
O filme sobre sua vida estava em cartaz em Santos ao mesmo tempo em que Divaldo Franco era ouvido por milhares de pessoas simpáticas ao espiritismo que lotavam o Mendes Convention Center. Um dos vários grandes momentos da película, ao vê-lo aos prantos por conta das dificuldades impostas ao seu destino, o espírito conselheiro e orientador de Joanna de Ângelis lhe disse: “Quem se dedica a enxugar as lágrimas dos outros, não tem tempo para chorar”. Nos apenas cinco minutos concedidos a cada repórter na coletiva, Divaldo Franco mostrou o quanto é importante seu trabalho e que todo o reconhecimento ainda não faz jus a sua trajetória. Confira:

Diário – O senhor chorou muitas vezes?

Divaldo Franco – Muitas vezes engoli muitas lágrimas para poder consolar quem estava com sofrimento maior do que o meu. Essa frase de Joana de Ângelis confortou-me muito. Toda vez que eu sofria um ataque por conta de ficar conhecido, como é natural, me deixava abater. Então, ela me dizia: “Olha, não há tempo. Se você se abater, quem vai confortar os infelizes?” Então, eu enxugava as lágrimas e avançava.

Diário – O senhor deve ter inúmeros exemplos.

Divaldo Franco – Tem um episódio na minha vida em que soube de um homem que cometeu o suicídio ao se atirar sob um trem. O repórter escreveu a situação com muitos detalhes e eu fiquei impressionado. Durante muitos anos, eu orei por este homem. Eu o via e orava. No entanto, houve um momento que passei por uma grande provação, superior às minhas forças. Perdi 16 quilos em um mês, o entusiasmo e pela primeira vez, chorei. No entanto, senti uma mão em meu ombro e me assustei. Aí, ouvi uma voz inesquecível que me disse: “Se tu choras, o que será de nós, a quem tu consolas”. Olhei e vi um espírito de pé e era ele, o suicida. Ele ainda me disse: “Tu oras por mim sem me conhecer”. Ele me contou tudo, inclusive o motivo de sua decisão e pediu para que eu não chorasse. Eu lhe disse que também tinha direito (de chorar) e ele me disse: “Não tem. Tu te preparas-te para enxugar as lágrimas”.

Diário – O senhor interferiu na produção do filme?

Divaldo Franco – Não. Só participei de uma cena final. Não fui consultado em nada. Os realizadores foram muito gentis comigo. A escolha de algumas locações em Santos me honra muito.

Diário – Como o senhor analisa os sofrimentos atuais?

Divaldo Franco – Eles nos convidam a cada vez mais fazer o bem. De termos um objetivo vivo e real. O Brasil e o mundo estão precisando de pessoas otimistas. Estamos cansados de guerras. Tentamos a traição, o crime, a difamação. Não seria a hora de tentarmos o amor? Temos que contribuir com a obra de Deus e a misericórdia de Cristo.

Diário do Litoral – O senhor não descansa?

Divaldo Franco – As minhas alegrias são o trabalho. Dediquei toda a minha vida à fraternidade, alegria de viver. Sou uma pessoa muito simples, desde minhas origens. Estamos vendo um mundo muito áspero. O processo sociológico, feito pela tecnologia e ciência, está fazendo com que o indivíduo tenha uma vida vazia, sem metas, sem objetivos. A ciência atingiu o macro e o micro cosmo, que solucionou os enigmas do pensamento, mas que não consolou o coração.

Diário – Está faltando amor?

Divaldo – Ele vem sendo pervertido lentamente. A libido passou a ser mais do que uma necessidade. As pessoas estão vivendo atormentadas. Cristo nos demonstra que a felicidade é amar. Temos que ter um objetivo essencial. O grande psiquiatra austríaco Viktor Emil Frankl dizia que a vida que não tem meta é uma vida sem sentido. No entanto, estamos vendo que as metas hoje são imediatas e sem significado. Temos que dar um grito e dizer que é bom poder amar, estimular alguém, dar e dar-se. Eu respeito muito a frase rotariana “aquele que não vive para servir, não serve para viver”, mas acho pessimista. Eu diria: aquele que não vive para servir ainda não aprendeu a viver. É fantástico amar, amar a natureza, respeitar os valores e os direitos alheios. Compreender que cada um é um, que tem o direito à liberdade, mas não penetrando na do outro.

Diário – São materialistas?

Divaldo – Ter para comprar, gozar e frustrar-se. Descobrir o vazio e cair na melancolia, na depressão. E, como solução final, o suicídio. Essa pandemia já mostra que já são 360 milhões de depressivos crônicos no mundo. Uma falência da cultura. A verdadeira cultura é que leva à paz. A cultura da paz é importante. Lembro de Madre Tereza de Calcutá, que dizia: se você quer a paz no mundo, vá para casa e seja pacífico no seu lar. Vejo que a solução, do ponto de vista técnico, é a educação. Alan Kardec dizia que o melhor instrumento contra o materialismo e a crueldade é a pedagogia. A vida não está cara, somos nós que a encarecemos. Prazer é instinto, felicidade é emoção. Vamos lembrar que o próprio Alan Kardec nos ensinou que a base do espiritismo é:

“Fora da caridade não há salvação”.

Entrevista: DIÁRIO DO LITORAL

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