um bom exemplo

UM BOM EXEMPLO APENAS

exemplo

Um Bom Exemplo

 

Um bom exemplo apenas vale muito mais do que:
Hum milhão de palavras.

 

Vera Jacubowski

oração

IMPORTÂNCIA DOS EXEMPLOS

Existe um ditado que diz: “As palavras convencem e os exemplos arrastam”. Os pais são referências para os filhos, por isso devem ter muito cuidado com o que falam e com o que fazem. É importante que aproximemos, ao máximo, o nosso discurso da nossa prática, pois nossos filhos estão sempre a nos observar. O exemplo é algo fundamental no aprendizado. Pais que fumam e bebem sempre terão muita dificuldade em exigir que os filhos não fumem e não bebam. A melhor mensagem será aquela baseada nos próprios exemplos. Um antigo ditado popular, muito sabiamente, vem nos alertar: “Não há ladainha que sobreviva a um bom exemplo.” Então, antes de sairmos buscando normas de conduta para os nossos pequenos, que tal observarmos melhor nossas atitudes?
No periódico católico Êxodo, número 22, da Paróquia de São Silvestre, em Viçosa, Minas Gerais, encontramos essa interessante publicação intitulada “ Um bode expiatório”: “O senhor prefeito tinha um filho de 19 anos, inteligente, alegre, estudioso e com várias outras qualidades, e isso deixava o pai muito feliz. Um dia, esse pai foi chamado a um hospital porque seu único filho sofrera um grave acidente de carro. Lá chegando, foi informado de que ele havia falecido, porque, ao dirigir embriagado, havia batido em alta velocidade contra um poste.O pai, legitimamente revoltado, dizia chorando: “Eu quero saber quem foi esse miserável que vendeu bebida para meu filho! Ele era tão bom e tinha uma vida cheia de possibilidades pela frente! Esse assassino tem de morrer também! Eu mato esse cara”.
Chegando em casa, desesperado, encontrou um bilhete: “Meu pai. Passei no vestibular e vou sair de carro para comemorar com os amigos. Como não tenho dinheiro, peguei uma de suas garrafas de uísque. Depois ponho outra no lugar.” O pai, abaladíssimo, ficou com um enorme problema de consciência pois, ao buscar um “bode expiatório” para a tragédia ocorrida com seu filho, verificou que o suposto causador residia na intimidade do seu lar. Como sempre, em quase todas as tragédias nas quais nos envolvemos, a maioria é provocada por nossa própria incúria.
O senhor prefeito desejava matar o culpado pela embriaguês e morte de seu adorado filho e verificou que com o seu mal exemplo de estocador de bebidas estimulou o desejo de seu descendente, que também, inadvertidamente, se esqueceu de que bebida não combina com velocidade automobilística. Muito comumente, assistimos a esse tipo de tragédia no seio de nossas famílias, pois os jovens de nossa sociedade ainda, infelizmente, não sabem comemorar as conquistas sem que seja por meio da comilança e da bebedeira.
Os Espíritos Superiores, respondendo a Allan Kardec, na questão 685, de O Livro dos Espíritos, assim se pronunciaram: “…Os pais nunca deverão descuidar do elemento educação. Não a educação intelectual, mas a educação moral. Não nos referimos, porém, a educação moral pelos livros, e sim à que consiste na arte de formar caracteres, a que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto de hábitos adquiridos…” Há, pois, enorme diferença entre instrução e educação. Instrução refere-se ao intelecto e quase sempre é recebida na escola. Já a educação moral, a recebemos no aconchego de nosso lar.
O Evangelho é o grande código moral que todo pai espírita deve seguir para bem educar seus filhos. Em nosso lar, a melhor e mais segura orientação moral de nossa família será, inegavelmente, a Pedagogia do Evangelho.
Entretanto, temos que convir que é impossível ensinar sem antes ter aprendido. É o educar-se para educar. Diferentemente de algumas correntes religiosas que têm caráter salvacionista, a Doutrina Espírita nos ensina e esclarece que somente acontecerá a evolução do homem pela educação do Espírito, portanto, a Doutrina Espírita tem caráter pedagógico. A educação do Espírito é, pois, o cerne da proposta espírita. Ser espírita é, na acepção plena da palavra, engajar-se num processo de auto-educação.

 

 Sergito de Souza Cavalcanti.

consciência

 

POR QUE FICAMOS TRISTES?

 

Um aspecto pouco ou nunca abordado na psicologia, na sociologia e a na antropologia é o motivo de sermos alegres e engraçados na infância, alegres na adolescência e, frequentemente, muito menos alegres ou tristes na vida adulta. É isto tão verdade que um adulto alegre não é chamado de um adulto com alma alegre, mas um adulto com alma de criança.
A humanidade desconfia e os espíritas tem certeza de uma coisa: estamos em um mundo de expiação e de provas, é…. já dava para desconfiar. E quanto mais os anos passam, mais nos tornamos adultos e responsáveis diante deste mundo.
Não é mais possível pedir ajuda para nossas mães, pais, irmãos e amigos para qualquer situação. Não adianta pedir para o pai falar com o chefe, embora, ainda ouvimos alguém falar: você sabe quem é meu pai?
A questão é que a sociedade transforma desejo em realidade. Ninguém nos ensina que a felicidade depende de cada um, mas não pode ser construída somente seguindo o gosto, o desejo e o sonho. Existe uma arte de viver. Esta arte pode ser aprendida, mas somente se desenvolve na experiência.
O sofrimento, as decepções, as angústias, as doenças e a morte fazem parte do Caminho a ser percorrido na busca da felicidade. A sociedade não ensina que muitas dores podem ser evitadas quando nós não as construímos e que o nosso inimigo maior, em geral, somos nós mesmos.
O Espiritismo não veio trazer a felicidade, mas ensinar como construir esta Felicidade que, aliás, nunca é plena em nosso mundo.
Podemos ser felizes através da caridade, da humildade, da paciência, da fé, da resignação. Nós jamais encontramos a Felicidade, nós a construímos. Se você dúvida que isto seja verdade, experimente ser feliz sem perdoar, sendo egoísta, descrente, ansioso e fixando-se no ódio e nos aspectos menos nobres da existência.
O problema é que nada disto é ensinado às pessoas por que elas mesmas não querem ouvir. Não é culpa de Deus e dos bons espíritos. É uma questão nossa, mas é indispensável insistir. É inescapável o nosso dever de informar ao nosso próximo que ele é espírito imortal, que sua missão na terra é melhorar a si mesmo no auxílio do outro e no esquecimento de si mesmo. É preciso informar que o pronome ” nós” faz parte da língua portuguesa e que devemos usá-lo com mais frequência.
O indivíduo se torna triste não porque existam tristezas demais ou porque o mundo seja feio, mas porque ele mesmo aceita que não tem valor, que sua vida é banal e sem propósito. O indivíduo fica triste porque acredita que nasceu por acaso, que não pediu para nascer. O indivíduo se torna triste porque não percebe que a dor faz parte do seu embelezamento moral, que a dor retira muito de sua ilusão.
E ficamos mais amargos e tristes porque acreditamos que nossa mãe vai morrer, que nossos pais e amigos morrerão e, por fim, morreremos nós e nada mais restará, nem sequer uma lembrança.
Não foi sem motivo que Kardec nos ensinou: O Espiritismo é o inimigo mortal do materialismo, porque explica a verdadeira natureza do homem.

 

João Senna

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