UMA IDEAL RECEITA PARA GERAR MAIS SAÚDE

confiança na vida

Uma ideal receita 

“Uma ideal receita para gerar mais saúde:
– Confiança na vida e em Deus.
– Alegria de viver apesar dos percalços do caminho.
E esperança cultivada com olhar para um futuro melhor.”

Vera Jacubowski
oração especial

O anel

Conta-se que viveu outrora, na Pérsia, um príncipe muito generoso, que tinha em sua corte um sábio cuja nobre função era orientá-lo em suas decisões, esclarecê-lo em suas dúvidas e corrigi-lo em seus erros e injustiças.
O nome do sábio era Ismail Hassan.
Um dia, muito cedo, o príncipe ordenou que o douto conselheiro viesse à sua presença.
O que teria acontecido?
O príncipe parecia pálido e em sua fisionomia morena havia linhas incertas que demonstravam sua intranquilidade.
Acabo de receber este pequeno cofre, – disse ele – dentro do qual havia apenas este anel de ouro.
Ismail examinou detidamente a joia, virando-a e revirando-a na palma de sua mão.
Depois de refletir durante algum tempo, falou:
Afirmo que este anel é uma das mais antigas e valiosas peças do tesouro persa. Como podeis ver, no rico escudo em forma de tâmara, ele ostenta, em letras bem talhadas, a palavra iazul.
Sim. – Confirmou o príncipe, muito sério. – Já havia notado. O mistério, a meu ver, no entanto, permanece. O que significa, afinal, Iazul ?
O sábio ergueu o rosto e explicou:
Iazul é a palavra mais expressiva e eloquente entre todas as que figuram no riquíssimo vocabulário persa.
Tem o dom de nos tornar alegres, quando estamos tristes, e de moderar nossas alegrias, nos momentos de extrema felicidade e ventura.
Singular, muito singular. – Refletiu o soberano.
É realmente de grande poder essa palavra que transforma as alegrias em preocupações, e que consegue aniquilar, ou pelo menos conter, as mágoas e tristezas que pesam em nosso coração.
Mas… Insisto em perguntar: o que significa tal palavra?
Iazul, ó príncipe, dentro da sua espantosa simplicidade, significa apenas: isso passa. Ou: tudo passa.
Quando o homem atravessa períodos de felicidade e de tranquilidade, deve pensar no futuro e ser comedido em suas expansões, sóbrio em suas atividades.
Convém que o afortunado não esqueça: iazul – isso passa – a roda do destino é incerta e a vida cheia de mudanças.
Por outro lado, há ocasiões em que nos sentimos anavalhados pelos sofrimentos, pelas enfermidades, feridos pelas desgraças, pelos golpes imprevistos do infortúnio.
Para que o ânimo volte ao nosso espírito, proferimos cheios de fé, fortalecidos de esperanças: iazul.
Sim, tudo passa. Virão dias melhores, dias calmos e felizes.
A prosperidade voltará a iluminar a nossa jornada. A saúde será reconquistada e a serenidade procurará pouso em nosso atribulado coração.
O príncipe tomou o anel em suas mãos, e examinando-o serenamente, concluiu:
No meio de estonteantes triunfos, ou sob o guante da desgraça, em todos os momentos culminantes de minha vida, jamais esquecerei tal ensinamento: isso passa.
* * *
Esqueça por um momento as suas tristezas e aflitivas preocupações.
Livre-se dessa angústia que invade sua alma pelas incertezas da vida.
Lembre-se da palavra gravada no misterioso anel: iazul.
Persista, prossiga, confie sempre. Tudo passa.
Redação do Momento Espírita, com base no livro
Contos e lendas orientais, de Malba Tahan,
ed. Nova Fronteira. Em 1.10.2015.
viver com prazer

Oficinas de Assistência

E porque nós outros – um grupo de rapazes – nos acercamos do Mentor, indagando que opinião era a dele sobre as oficinas de assistência aos necessitados, nas realizações cristãs, ele nos respondeu cortesmente:
– O assunto é do maior interesse. A propósito, desejo contar-lhes a experiência de um companheiro. Um amigo, que foi batista na Terra, chegou à Vida Espiritual com grande prestígio pelos serviços prestados à Causa do Senhor. Conduzido por devotados benfeitores à grande cidade da Vida Maior, passou a visitar os setores de trabalho que o empolgavam. Tomando a companhia de um professor, entrou a movimentar-se.
Na sequência de suas excursões, viu-se diante de vasto sanatório, em cujo interior e em todas as dependências se notava tremenda algazarra. Impropérios, acusações mútuas, insultos e rixas. A balbúrdia era enorme.
Impressionados, ele e o acompanhante, perguntaram a um dos diretores da instituição se ali estava algum setor da zona infernal, ao que o interpelado replicou humildemente:
– Sim, a nossa casa pode ser considerada uma região de inferno, onde alguns de nós, irmãos acordados para a vida, devemos treinar abnegação e tolerância.
Nosso amigo inquiriu:
– Poderá nos informar se aqui vivem alguns batistas?
– Muitos, foi a resposta.
E o diálogo prosseguiu:
– E presbiterianos?
– Grande quantidade.
– E católicos?
– Número imenso.
– E luteranos de outras interpretações?
– Igualmente muitos.
– E espíritas?
– Legião incalculável.
Nosso companheiro considerou:
– É uma lástima! E como se comportam na comunidade?
– Infelizmente – esclareceu o diretor – os religiosos que se acham aqui são espíritos cristalizados nos enganos que abraçaram. Foram, todos eles, homens e mulheres, habitualmente discutidores e intimamente revoltados. Agarrados aos próprios pontos de vista, são rebeldes, indiferentes, vaidosos e intolerantes. Viveram no mundo físico em teorias e anátemas, mergulhados em preguiça mental, a ponto de muitos deles não aceitarem a realidade da vida espiritual em que se encontram…
– E quando estarão libertos de tanta cegueira?
O diretor explicou:
– Quando demonstrarem a renovação espiritual precisa, a fim de merecerem o privilégio de aprender a servir.
Indiscutivelmente, os visitantes saíram dali desolados e depois de alguns quilômetros surpreenderam grande colônia espiritual, de cujo interior se irradiavam luz e harmonia.
Pararam observando…
Em seguida solicitaram a um dos guardiões da porta, a presença de alguém que lhes pudesse prestar os informes que julgavam precisos.
Veio um diretor e repetiram a indagação sobre a natureza e finalidade daquele instituto.
O amigo respondeu:
– Aqui somos todos uma só família; todos os que residem aqui são aqueles que acreditaram em Jesus e seguiam-lhe os passos, trabalhando e servindo, por amor aos semelhantes. Não há denominações religiosas que nos diferenciam, até porque temos conosco muitos ateus que se consagraram espontaneamente ao bem do próximo, ignorando que estavam acompanhando o Divino Mestre. A prestação de serviço aos outros, sem idéias de recompensa, nos proporcionou a felicidade de estarmos todos juntos em Cristo.
Foi então que compreendi melhor o valor das oficinas de assistência aos necessitados. Aí, nesses recantos abençoados, é possível estudar as Lições do Senhor e segui-lo verdadeiramente no rumo das alegrias imperecíveis.
Somente os que aprendem a trabalhar e a servir, com esquecimento de si mesmos, acham-se no rumo exato da felicidade real, de vez que nada valem as preciosas argumentações vazias de boas obras, porque, sem as realizações do amor ao próximo, não teremos senão a alternativa de tudo recomeçar, aprendendo, por fim, a fazer o melhor de nós e de nossa vida, para que possamos justificar o privilégio de conhecer…
XAVIER, Francisco Cândido. Fotos da Vida. Pelo Espírito Augusto Cezar Netto. GEEM.

SENTIDO HUMANITÁRIO

“Para se viver a paz e saúde no mundo precisamos desenvolver no ser humano, o sentido humanitário de amor e caridade, sem os excessos da vida material, interesses próprios ou egoísticos.”
Vera Jacubowski

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