AÇÕES MAIS VERDADEIRAS

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Ações verdadeiras 

“Vale por milhões de palavras, as ações
mais concretas realizadas numa atitude
digna do Ser Humano,
feita em suas ações mais verdadeiras.”

Boa Conduta

Desta vida não levamos nada do que é material, nem nosso corpo físico vamos carregar, então vamos todos primar pela boa conduta, valores morais e espirituais, pois eles nos darão a segurança e aprimoramento eterno. Vale a pena desenvolver as virtudes da alma, sendo honesto e bom, só assim estaremos aproveitando as oportunidades nesta passagem terrestre, como espíritos imortais que somos.
Abraços fraterno muita paz e bem no coração.

Vera Jacubowskisonhos e esperanças

Allan Kardec in “O Evangelho Segundo o Espiritismo “

capítulo XVII, tem 4, nos diz :

“Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más tendências”.
Também em “Obras Póstumas”encontramos referência à Reforma Íntima. Vejamos :
” A questão social não tem, portanto , o seu ponto de partida na forma de tal ou tal instituição ; está inteiramente no aperfeiçoamento moral dos indivíduos e das massas . A está o princípio , a verdadeira chave da felicidade da Humanidade, porque então os homens não pensarão mais em se prejudicarem uns aos outros . Não basta colocar um verniz sobre a corrupção , é a corrupção que é preciso extinguir .
O princípio do aperfeiçoamento está na natureza das crenças , porque as crenças são o móvel das ações e modificam os sentimentos ; está também nas idéias inculcadas desde a infância e identificadas com o Espírito , e nas idéias que o desenvolvimento ulterior da inteligência e da razão podem fortificar , e não destruir . Será pela educação , mais ainda do que pela instrução , que se transformará a Humanidade .
O homem que trabalha seriamente pelo seu próprio aperfeiçoamento assegura a sua felicidade desde esta vida ; além da satisfação de sua consciência , isenta-se das misérias , materiais e morais , que são a conseqüência inevitável de suas imperfeições . Terá a calma porque as vicissitudes não farão senão de leve roçá-lo; terá a saúde porque não usará o seu corpo para os excessos ; será rico , porque se é sempre rico quando se sabe contentar-se com o necessário ; terá a paz da alma , porque não terá necessidades fictícias, não será mais atormentado pela sede das honras e do supérfluo , pela febre da ambição , da inveja e do ciúme ; indulgente para com as imperfeições de outrem , delas sofrerá menos ; excitarão a sua piedade e não a sua cólera ; evitando tudo o que pode prejudicar o seu próximo , em palavras e em ações , procurando, ao contrário , tudo o que pode ser útil e agradável aos outros , ninguém sofrerá com o seu contato .
Assegura a sua felicidade na vida futura , porque , quanto mais estiver depurado, mais se elevará na hierarquia dos seres inteligentes , e logo deixará esta Terra de provas por mundos superiores ; porque o mal que tiver reparado nesta vida não terá mais que reparar em outras existências ; porque , na erraticidade, não encontrará senão seres amigos e simpáticos , e não será atormentado pela visão incessante daqueles que teriam do que se lamentar dele “. Allan Kardec in  Obras Póstumas, Credo Espírita  Preâmbulo (FEB).
A criação desta página, na qual procuramos colocar material referente  Reforma Íntima visa , principalmente , nos orientar e nos auxiliar na árdua tarefa da transformação moral em busca da tão sonhada evolução espiritual.
Allan Kardec estabelece as bases
Ney Prieto Peres

alturas

“A moral dos Espíritos superiores se resume, como a do Cristo, nesta máxima evangélica:

‘fazer aos outros o que queremos que os outros nos fizessem ou seja. fazer o bem e não fazer o mal. O homem encontra nesse princípio a regra universal de conduta, mesmo para as menores ações”. (ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. Introdução VI. Resumo da Doutrina dos Espíritos.)
Naquela Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, resumindo as suas bases fundamentais, o codificador, no final do item VI, expõe que os Espíritos “nos ensinam que o egoísmo, o orgulho, a sensualidade são paixões que nos aproximam da natureza animal, prendendo-nos é matéria; que o homem que, desde este mundo, se liberta da matéria, pelo desprezo para com as futilidades mundanas e o cultivo do amor ao próximo, se aproxima da natureza espiritual.
E que cada um de nós deve tomar-se útil, segundo as faculdades e os meios que Deus nos colocou nas mãos para nos provar, que o Forte e o Poderoso devem apoio e proteção ao Fraco, porque aquele que abusa da sua força e do seu poder, para oprimir o seu semelhante, viola a lei de Deus .
Eles ensinam, enfim, “que no mundo dos Espíritos, nada podendo estar escondido, o hipócrita será desmascarado e todas as suas torpezas reveladas; que a presença inevitável e em todos os instantes daqueles que prejudicamos é um dos castigos a nós reservados; que aos estados de inferioridade e de superioridade dos Espíritos correspondem penas e alegrias que nos são desconhecidas na Terra.
Mas eles nos ensinam também “que não há faltas irremissíveis que não possam ser apagadas pela expiação. O homem encontra o meio necessário, nas diferentes existências, que lhe permite avançar, segundo o seu desejo e os seus esforços na via do progresso, em direção é perfeição, que é o seu objetivo final”.
O que depreendemos dessa importante síntese constitui precisamente o roteiro deste opúsculo. De início procuramos evidenciar, trazendo aos níveis do consciente, as manifestações características da nossa natureza animal os vícios e os defeitos que denotam a predominância corpórea. Depois, o conhecimento das virtudes que nos libertam, pelo seu cultivo, das futilidades mundanas, e nos predispõem a exercer o amor ao próximo, desenvolvendo, assim, a nossa natureza espiritual.
Os meios práticos para exercitarmos as nossas faculdades, nos esforços que nos permitam progredir em direção é perfeição é o que indicamos. A necessidade imperiosa de nos tomarmos úteis em todos os sentidos, levando a nossa contribuição ao próximo, cultivando o verdadeiro espírito da caridade desinteressada, está igualmente inserida.
São exatamente “os meios necessários que desejamos colocar a disposição dos amigos interessados em realizar o seu desenvolvimento moral, entendendo que o mundo em que vivemos, longe da perfeição, está muito mais envolvido nos erros. Erros que são importantes, pois nos levam a distinguir a verdade, nas lições da experiência humana, e que nos permitem fazer as nossas escolhas, propiciando-nos o adiantamento progressivo na senda do espírito.
Errar menos, ou ainda, evitar a repetição de erros anteriores, e uma preocupação que pode conduzir-nos a recuperar muito tempo já perdido. Esse também é um enfoque prioritário a objetivar, pois encontramos-nos todos na condição de ajustar nossos débitos, somando méritos, no avanço que carecemos. Na realidade, não é grande o esforço que precisamos desenvolver.
Até com pouco trabalho poderemos vencer as nossas más tendências, mas o que nos falta é a vontade Porém, essa vontade também podemos cultivar. E um dos métodos para isso é o da auto-sugestão, como veremos adiante.
As bases da Transformação íntima estão com Kardec, que eleva e da cumprimento a moral de Jesus no “fazer aos outros o que quereríamos que os outros nos fizessem Regra universal da conduta, ate mesmo para as menores ações, que nos deve pautar em nosso relacionamento.
Os questionários de avaliação individual nos levam a refletir, trazendo a consciência os defeitos mais evidentes a serem corrigidos. A maioria destes defeitos é comum, e quase sempre acham-se ocultos sob a forma de torpezas inconscientemente sepultadas
A auto-avaliação progressiva nos faz ver, periodicamente, o amadurecimento conquistado pelo próprio esforço em melhorar, proporcionando-nos o estímulo em continuar na remodelação de nós mesmos.
Vencidas as primeiras dificuldades, a misericórdia do nosso Divino Criador já nos faz colher os primeiros frutos do nosso trabalho, nas manifestações das alegrias reconfortadoras do espírito.
Quem vem a se interessar pelo Espiritismo como curiosidade, e fica na constatação do intercâmbio e das manifestações dos espíritos, flutua na sua superfície e quem se sente atraído pelas suas interpelações da origem, natureza e destinação dos nossos espíritos, penetra nas camadas de suas bases; no entanto, aqueles, pelo que já sofreram e na ansiedade de preencher o espírito ávido de perfeição, sentindo em profundidade os seus ensinamentos, oferecem terreno sólido para a edificação progressiva da Doutrina dos Espíritos dentro de si mesmos, porque neles as transformações intimas serão realizadas e neles o Espiritismo cumpre o seu verdadeiro papel de redentor da humanidade.
Portanto, se ainda não nos sentimos tocados em profundidade, e se nas nossas inquietações não estamos trazendo o conhecimento espírita para o terreno das mudanças no nosso comportamento, não estaremos aplicando a Doutrina em beneficio da nossa própria evolução, e não poderemos, a rigor, ser reconhecidos como espíritas. Poderemos ser profundos conhecedores da sua filosofia ou meticulosos pesquisadores da sua ciência, o que nos conferirá apenas a condição de teóricos.
Vivência, aplicação, exemplificação, transformação, eis as características do espírita autêntico; eis a base estabelecida por Allan Kardec.

REFORMA ÍNTIMA EM SEIS PERGUNTAS

O que é a Reforma Íntima?

A Reforma Intima é um processo continuo de autoconhecimento, de conhecimento da nossa intimidade espiritual, modelando- nos progressivamente na vivência evangélica, em todos os sentidos da nossa existência. é a transformação do homem velho, carregado de tendências e erros seculares, no homem novo, atuante na implantação dos ensinamentos do Divino Mestre, dentro e fora de si.

Por que a Reforma íntima?

Porque é o meio de nos libertarmos das imperfeições e de fazermos objetivamento o trabalho de burilamento dentro de nós, conduzindo-nos compativelmente com as aspirações que nos levam ao aprimoramento do nosso espírito.

Para que a Reforma íntima?

Para transformar o homem e a partir dele, toda a humanidade, ainda tão distante das vivências evangélicas. Urge enfileirarmo-nos ao lado dos batalhadores das últimas horas, pelos nossos testemunhos, respondendo aos apelos do Plano Espiritual e integrando-nos na preparação cíclica do Terceiro Milênio.

Onde fazer a Reforma íntima?

Primeiramente dentro de nós mesmos, cujas transformações se refletirão depois em todos os campos de nossa existência, no nosso relacionamento com familiares, colegas de trabalho, amigos e inimigos e, ainda, nos meios em que colaborarmos desinteressadamente com serviços ao próximo.

Quando fazer a Reforma Intima?

O momento é agora e já; não há mais o que esperar. O tempo passa e todos os minutos são preciosos para as conquistas que precisamos fazer no nosso intimo.

Como fazer a Reforma Íntima?

Ao decidirmos iniciar o trabalho de melhorar a nós mesmos, um dos meios mais efetivos é o ingresso numa Escola de Aprendizes do Evangelho, cujo objetivo central é exatamente esse. Com a orientação dos dirigentes, num regime disciplinar, apoiados pelo próprio grupo e pela cobertura do Plano Espiritual.
Conseguimos vencer as naturais dificuldades de tão nobre empreendimento, e transpomos as nossas barreiras. Daí em diante o trabalho continua de modo progressivo, porém com mais entusiasmo e maior disposição. Mas, também, até sozinhos podemos fazer nossa Reforma íntima, desde que nos empenhemos com afinco e denodo, vivendo coerentemente com os ensinamentos de Jesus.
Texto do livro MANUAL PRÁTICO DO ESPÍRITA de Ney Prieto Peres, editora Pensamento.

Uma observação importante : O que é reformar? (literal)

É restituir ou restabelecer à organização primitiva. O que é transformação? (literal)
É o ato ou efeito de transformar ou de ser transformado. É uma alteração, modificação ou uma mudança de uma forma em outra. Pode ser uma evolução ou mutação mais ou menos lenta de qualquer coisa. O que é modificação? (literal)
É o ato ou efeito de transformar. É mudança no modo de ser de qualquer coisa. É transformação de uma coisa sem prejuízo da essência. O que é alteração? (literal)
É o ato ou efeito de modificar o estado normal de alguma coisa. Pode ser, também, o ato de decompor, ou degenerar alguma coisa. Assim, adotamos a palavra transformação por achá-la mais adequada ao que se refere às mudanças comportamentais.

TRANSFORMAÇÃO ÍNTIMA O QUE É TRANSFORMAÇÃO ÍNTIMA?

É um processo contínuo de auto-análise, de conhecimento de nossa intimidade espiritual, libertando-nos de nossas imperfeições e permitindo-nos atingir o domínio de nós mesmos.

O QUE PODEMOS FAZER PARA NOS TRANSFORMARMOS INTIMAMENTE?

Podem-se e devem-se substituir nossos defeitos como por exemplo, o Egoísmo ou Personalismo, o Orgulho, a Inveja, o Ciúme, a Agressividade, a Maledicência e a Intolerância por virtudes, tais como Humildade, Caridade, Resignação, Sensatez, Generosidade, Afabilidade, Tolerância, Perdão, etc.

QUANTO TEMPO PODERÁ LEVAR PARA QUE TAIS MUDANÇAS OCORRAM?

O tempo não importa, o que importa é o esforço contínuo que se faz para atingir a Transformação Íntima.
“Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que emprega para domar as suas más inclinações” . Allan Kardec in O Evangelho Segundo o Espiritismo , capítulo XVII, Sede Perfeitos).
Não se trata de esforço físico, mas de firme contenção de espírito, de um empenho que não sofra excessiva solução de continuidade. “Excessiva” , porque, na verdade, também não podemos estar “continuamente” empenhados na transformação de nós mesmos.
Deve haver, isto sim, uma persistência de propósito, e a esta persistência chamamos esforço. Em outras palavras, não é bom sintoma abandonar uma atividade ou desviar a energia para um curso mais fácil de ação, ao primeiro sinal de dificuldade.
A referência do esforço é nesse sentido: continuidade, persistência em face das dificuldades. Mesmo que no dia a dia dê a impressão de que não houve nenhuma mudança, não se deve desanimar nem abandonar o propósito da transformação. Por isso devemos dizer que este esforço é para a vida toda.
Estudar o Evangelho de Jesus, ouvir sugestões de pessoas experientes, assistir conferências, ler artigos e livros referentes a este assunto nos levará a conhecer ainda mais, e assim nos auxiliar na identificação dos defeitos que nos afetam em cada situação da vida e aprender aos poucos a prática das virtudes que irão substituí-los.

COMO FAZER?

O Conhecer a si mesmo é o primeiro passo para a nossa Transformação Íntima, e Santo Agostinho em resposta à q. 919ª de O Livro dos Espíritos nos oferece uma excelente receita para isto: �Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não a podereis ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de Sua justiça.
Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto estes nenhum interesse têm em mascarar a verdade, e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo.
Perscrute, conseguintemente, a sua consciência, aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas; dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.
Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice? Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! Que é esse descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços?
Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro. Ora, esta exatamente a ideia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma. Temos a tendência natural de sempre justificar nossos defeitos com racionalismos. São artimanhas e tramas inconscientes.
Portanto, procuremos conhecer a fundo esses defeitos em todas as suas particularidades, e em como eles nos afetam, localizando as ocasiões em que estamos mais vulneráveis à sua manifestação. Procuremos então nos afastar desses procedimentos e buscar ferramentas adequadas para substituí-los em nosso comportamento.
Veja estas sugestões de Benjamin Franklin em sua Autobiografia, tais como escreveu e na ordem que lhes deu:
Temperança – Não coma até o embotamento; não beba até a exaltação.
Silêncio  – Não fale sem proveito para os outros ou para si mesmo; evite a conversação fútil.
Ordem –  Tenha um lugar para cada coisa; que cada parte do trabalho tenha seu tempo certo.
Resolução- Resolva executar aquilo que deve; execute sem falta o que resolve. Frugalidade – Não faça despesa sem proveito para os outros ou para si mesmo; ou seja, nada desperdice.
Diligência – Não perca tempo; esteja sempre ocupado em algo útil; dispense toda atividade desnecessária.
Sinceridade – Não use de artifícios enganosos; pense de maneira reta e justa, e, quando falar, fale de acordo.
Justiça – A ninguém prejudique por mau juízo, ou pela omissão de benefícios que são dever.
Moderação – Evite extremos; não nutra ressentimentos por injúrias recebidas tanto quanto julga que o merecem os injuriantes.
Asseio – Não tolere falta de asseio no corpo, no vestuário, ou na habitação.
Tranquilidade – Não se perturbe por coisas triviais, acidentes comuns ou inevitáveis.
Castidade – Evite a prática sexual sem ser para a saúde ou procriação; nunca chegue ao abuso que o enfraqueça, nem prejudique a sua própria saúde, ou a paz de espírito ou reputação de outrem.
Humildade – Imite Jesus e Sócrates.

A IMPORTÂNCIA DAS QUEDAS

Um ponto importante é que precisamos contar com as quedas, até que cresçamos espiritualmente, afinal somos como crianças aprendendo a andar, e são as quedas que fortalecem nossa vontade, e nos ensinam a ter persistência. Somos aquilo que conseguimos realizar e não aquilo que prometemos.
Através das quedas aprendemos mais sobre nós mesmos e podemos aperfeiçoar o modo de evitá-las.
Mas se cairmos porque nos falta vontade de acertar estaremos no caminho descendente e, de queda em queda, nos enfraqueceremos. A criança aprende a andar porque está determinada a fazê-lo.
Então, não desanimemos nunca, levantemo-nos logo e sigamos em frente com tranqüilidade, sem nos martirizarmos, com conhecimento de causa, na firme determinação de não mais errarmos.

CONCLUSÃO

A cada minuto de nossa vida, antes de iniciar qualquer ação, façamos este exercício de nos perguntarmos sempre:
Isto que estou fazendo agora seria bem aceito por Deus ou pela minha consciência? Se for, o procedimento é correto; se não for devemos descontinuar imediatamente o que iríamos fazer e não pensar mais nisso. Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo de guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria.
Dirigi, pois, a vós, mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar.
Perguntai ainda mais: Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado? Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.
– (SANTO AGOSTINHO in O Livro dos Espíritos , q 919a)
A auto-análise permite que alinhemos as nossas ações e pensamentos na direção das correções que necessitamos realizar, para que ajustemos os nossos atos de acordo com os ensinamentos do Mestre, tanto com relação a Deus como em relação ao nosso próximo. Através do esforço próprio e de exercícios repetidos em direção às boas causas, sedimentaremos em nós o próprio Bem.
Este processo é árduo, assim necessitaremos de muita coragem, perseverança e determinação para o realizarmos. Deus assiste e auxilia sempre, mas precisamos fazer a nossa parte se desejamos verdadeiramente melhorar.
Invistamos em nosso interior e procuremos melhorar nosso espírito eterno, transformando o que esta sociedade transitória estabeleceu como “normal” para nós. Lutemos o bom combate e não a luta mesquinha dos materialistas.
A humanidade continuará ainda por muito séculos como é agora, mas nós, que já estamos disposto às mudanças de atitude, que já sentimos o amor ensinado pela Doutrina Espírita, que já estamos conscientes da realização de nossa evolução espiritual, que já começamos a compreender as palavras de nosso grande Mestre (Jesus), podemos fazer a nossa pequena parte vivendo a solidariedade no mais alto grau que é a caridade e realizar a transformação no íntimo de cada um, fazendo a Alquimia moderna de transformar chumbo em ouro.
Referências:
O Livro dos Espíritos – Allan Kardec
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec
Reforma íntima (artigo) – Paulo Antonio Ferreira – http://home.ism.com.br/~pauloaf/
Manual Prático do Espírita de Ney Prieto Peres, da Editora Pensamento.
Fundamentos da Reforma Íntima – Abel Glaser pelo Espírito Caibar Schutel, da Editora O Clarim.
No portal de uma nova era, o autoconhecimento é elemento premente no nosso quotidiano. Através dele poderemos encarar as dificuldades da vida com mais envergadura moral, e maior firmeza de convicções. Está muito claro para mim. Aquele que se conhece, sabe suas virtudes e defeitos; e mais ainda, compreende que assim como nós, todos são portadores de lados escuros e lados claros, esse chegará inevitavelmente a uma postura mais complacente ante as dificuldades apresentadas pelos demais.
A intransigência, mal do século, que ganha corpo dia a dia nas lides espíritas, tende a desvanecer; na medida em que o homem, e fundamentalmente o homem identificado com os princípios espíritas, se volte no sentido do autoconhecimento. Que caminhos levam a esse conhecimento? A leitura dos livros espíritas tão somente? Nada disso. Toda e qualquer leitura que nos traga uma reflexão existencial, e nos mostre a vida como algo pleno de valores éticos a serem cultivados.
A reflexão sobre a Ética, que alguns companheiros vem empreendendo, pode ser o começo de um empreendimento de grande monta a se espalhar vagarosa, mas firmemente num sentido novo, tanto pessoal, como social.
As fábulas por exemplo, algo desconsiderado por algumas gerações, em sua linguagem figurada e simples, trazem ensinamentos e idéias adaptáveis a qualquer idade; ideias que se farão presentes na personalidade reencarnante, bem como no transcurso de toda uma existência. Úteis a todas as idades, desde que o espírito se predisponha ao aprendizado.
E mais que isso, a rever e repensar atitudes. Assim, nomes como Esopo, LaFontaine, e outros podem ser presenças importantes na formação cultural e ética de qualquer geração. Linguagem difícil, podem afirmar alguns. Difícil aos que têm preguiça de sair da inércia e da letargia.
Devemos lembrar que nenhum sábio se fez sábio de uma hora para outra e abrindo mão de horas de esforço no domínio dos conhecimentos novos que se lhes apresentavam. Assim, diante da civilização com a qual nos defrontamos; um grande desafio se nos apresenta: nos valer de tudo quanto a humanidade já conquistou nas diversas áreas do conhecimento, inclusive os da psique; e mergulharmos nos rumos do autoconhecimento. Essa atitude, deve ser crítica e ao mesmo tempo complacente.
Crítica para descobrirmos as dificuldades que ainda temos, cada qual. Complacente para não nos acharmos piores do que somos, diminuindo nossa auto-estima. A partir disso surgirá, paulatinamente um novo “EU”. Nova ótica tomará conta de nós; a ótica de ver o mundo com bons olhos, não olhos inocentes, mas bons olhos. Compreendendo o mundo tal qual é; mas se preparando seriamente para o mundo que será.
conduta
Os benfeitores espirituais nos chamam a atenção para o orgulho e o egoísmo, que são as causas de todos os entraves à evolução espiritual.
Vejamos, então o texto abaixo

TRÊS ATITUDES

Entendendo-se que o egoísmo e o orgulho são qualidades negativas na personalidade mediúnica, obscurecendo a palavra da Esfera superior, e compreendendo-se que o bem é a condição inalienável para que a mensagem edificante seja transmitida sem mescla, examinemos essas três atitudes, em alguns dos quadros e circunstâncias da vida.
Na sociedade:
O egoísmo faz o que quer.
O orgulho faz como quer.
O bem faz quanto pode, acima das próprias obrigações.
No trabalho:
O egoísmo explora o que acha.
O orgulho oprime o que vê.
O bem produz incessantemente.
Na equipe:
O egoísmo atrai para si.
O orgulho pensa em si.
O bem serve a todos.
Na amizade:
O egoísmo utiliza situações.
O orgulho clama por privilégios.
O Bem renuncia ao bem próprio.
Na fé:
O egoísmo aparenta.
O orgulho reclama.
O bem ouve.
Na responsabilidade:
O egoísmo foge.
O orgulho tiraniza.
O bem colabora.
Na dor alheia:
O egoísmo esquece.
O orgulho condena.
O bem ampara.
No estudo:
O egoísmo finge que sabe.
O orgulho não busca saber.
O bem aprende sempre, para realizar o melhor.
Médiuns, a orientação da Doutrina Espírita é sempre clara.
O egoísmo e o orgulho são dois corredores sombrios, inclinando-nos, em toda a parte, ao vício, a à delinquência, em angustiantes processos obsessivos, e só o bem é capaz de filtrar com lealdade a Inspiração Divina, mas, para isso, é indispensável não apenas admirá-lo e divulgá-lo: acima de tudo, é preciso querê-lo e praticá-lo com todas as forças do coração.
Emmanuel in SEARA DOS MÉDIUNS

minutos

Desiderata

 

Qualquer que seja a religião que te ensinaram,
Qualquer que seja a forma pela qual tenhas sido criado,
Qualquer que seja a forma como tenhas compreendido teus mestres,
Nesses níveis compreenderá esta mensagem.
Não basta acreditar nela, deve ser vivida.
A essência da Religião Universal é Paz e Verdade,
O amor e a bondade para com todas as criaturas da terra.
É o momento de expressar essa essência em tua própria vida.
Deve estabelecer-se um começo
E o lugar para começar está em ti mesmo.
Vais reformar o mundo
Começa contigo mesmo.
A mensagem de um reformador não reformado
Raras vezes poderá inspirar uma reforma.
O coração de toda religião é o Amor e a Retidão
Que é o Amor em Ação
É a realização da religião.
Ama não somente a família e os amigos,
Porque o amor limitado é Amor negado.
Busca a paz dentro de ti mesmo
e busca também o divino alento da vida.
Persiste nisso!
Não abandones esse propósito nem por um momento.
Através de teus atos modelas tua vida
E ajudas a modelar a vida dos outros.
Que responsabilidade!
O espírito encontra em ti seu agente e também seu companheiro.
E na medida que tomes consciência e atues de acordo com isso,
Tua vida se enriquece.
Ocorrerá em ti uma revelação…
Maior que teus sonhos mais exaltados.
Aproxima-se a nova era e nela estará a Igreja de todos.
Desaparecerão as diferenças entre as distintas religiões.
Fundir-se-a o bem que existe em cada uma delas
E será comum a toda a humanidade.
Compreenda que tens o poder de eleger!
Eleger o Amor e não o Ódio,
Eleger a Bondade e não a Violência,
Eleger a Piedade e não a Maldade.
Atreve-te a crer que logo chegará o reino de Amor e Paz!
Prepara-te para ele!
A bondade te abrirá a porta
E mais além da porta está o Amor.
Que o poder divino penetre em todos os aspectos de tua vida,
Dotando-a com as recompensas das conquistas materiais,
Com os tesouros de uma existência útil,
E a luz eterna das Aquisições Espirituais.
(Autor desconhecido, por cortesia do Grupo LDK)

mansidão

PROJETOS INACABADOS

Faz parte da natureza humana sonhar e idealizar as mais variadas realizações.
Um hábito muito comum é a lista que se faz no início de cada ano, as famosas ! “proposições de ano novo” .
Costuma-se relacionar hábitos nocivos a serem abandonados, cursos a serem iniciados e virtudes a serem adquiridas…
Propostas razoáveis e, na maioria das vezes, necessárias ao desenvolvimento daquele ser que as relacionou.
No entanto, comumente, antes mesmo da primeira semana do ano acabar, a lista é abandonada em alguma gaveta, juntamente com a disposição sincera de mudança que a havia inspirado.
E lá se vão para o esquecimento, mais uma vez, as mudanças prometidas para si mesmo.
Quem se espera enganar?
Afinal, a proposição de reforma íntima atinge primeiramente ao próprio interessado.
Propostas como essas abandonadas lembram projetos que se iniciam e não se realizam.
São barcos que jamais alcançam o mar.
Textos sem ponto final.
Obras que não saem da prancheta de desenho.
Músicas jamais executadas.
Flores que não desabrocharam.
Filhos que não nasceram.
Amores inconfessados.
Desenhos que nunca tocaram um papel.
Promessas não cumpridas.
Sonhos abandonados.
Os dias passam rápidos.
As folhas brotam, crescem e mais adiante caem das árvores, enquanto as pessoas passam seus dias adiando partidas, retardando começos e cancelando mudanças.
E o que poderia acontecer de modo voluntário, acaba se tornando obrigatório.
A vida, um dia, há de nos cobrar pelas realizações que nos caberiam e que não levamos a termo.
Que realizações serão essas? Grandes feitos? Conquistas retumbantes? Não!
Por certo, as mais significativas missões que nos foram confiadas têm o objetivo de domar nossas próprias imperfeições.
– Ah! Mas é tão difícil vencer hábitos antigos!- É poderíamos argumentar.
No entanto, mais difícil ainda será conviver para sempre com costumes infelizes que amargam a nossa existência e a daqueles que nos cercam.
Projetos inacabados, por certo, temos vários.
Qual deles retomar e concluir de uma vez por todas?
Cada um de nós deverá saber qual é o mais urgente e mais viável, por ora.
Trata-se de uma decisão intransferível e inadiável.
É chegada a hora de realizar e de transformar.
É hora de abandonar as desculpas que nos serviram de muletas por tantos séculos, retardando-nos, no mesmo compasso de atraso e de teimosia vã.
Pense nisso!
Que o dia de hoje seja uma marca significativa na linha do tempo de nossas existências.
Pouco importa que dia da semana seja.
Não interessa em que mês do ano estejamos.
Não há porque esperar por outra oportunidade.
Chances são como brisas que surgem rapidamente e se vão de igual forma.
Não há motivo real e justo para permanecer estacionados enquanto a vida nos chama a realizar o bem.
Coragem e disposição hão de ser a inspiração que nos faltava.
Não amanhã, mas sim, hoje.
Não depois, mas sim, a partir de agora.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

singelo

FUNDAMENTOS DA REFORMA ÍNTIMA

( ABEL GLASER, ESPÍRITO CAIRBAR SCHUTEL, Casa Editora O Clarim)

I-INTRODUÇÃO

1-Reforma íntima é o renovar das esperanças interiores , tendo por meta o fortalecimento da fé , a solidificação do amor , a incessante busca do perdão , o cultivo dos sentimos positivos e a finalização no aperfeiçoamento do ser .
2-É o esforço que o ser humano faz para melhorar-se moralmente .
3-Sua base de apoio fundamental são os ensinamentos de Jesus, que representa, um roteiro luminoso rumo à conquista de um grã mais elevado na cadeia universal evolutiva .
4-Tem por sede , e momento principal , as passagens pelo plano material , ao longo das reencarnações.
5- A Doutrina Espírita tem por missão esclarecer o significado exato e a essencialidade da reforma íntima a todos os encarnados dispostos a aprendê-la.
6-Múltiplas reencarnações ao longo de milênios , são palco das aguerridas batalhas consigo mesmo em busca do incremento do lado cristão que todos possuem.
7-A perfeição será atingida e o aperfeiçoamento, um dia , será completo . Nessa aura de felicidade ver-se-à envolvido o Espírito , já não mais considerado ser humano , pois acima disso.
8- Aproveitar estágio por estágio, reencarnação por reencarnação, passo por passo, é a fórmula indicada para galgar os níveis que conduzem à plenitude .
9. Estudar a reforma íntima , levar o encarnado a compreender-se melhor e também o semelhante , avaliar suas ações e reações , tocar profundamente seus sentimentos , enxergar suas deficiências , propor soluções , calcular projetos para essa busca cristã, debater dilemas , resolver problemas , solucionar dúvidas , levantar questões e atingir um ponto a mais no seu esclarecimento humano é a meta desta obra .

IV- ORGULHO

20- Filho do egoísmo , mas primogênito da prole , [e o sentimento e o estado de espírito de quem se considera de qualquer modo , a qualquer tempo , superior ao seu semelhante .
21- A igualdade é princípio universal , imutável e absoluto
22- Não há seres – Espíritos e encarnados- superiores uns aos outros , na órbita do amor de Deus .
23- Diferenças na escala evolutiva existem; Espíritos Superiores e entidades inferiores também . Entretanto , no amor do Pai , a igualdade é plena ; como lhes são absolutamente equânimes as oportunidades de progresso .
24- Mais tempo de trajetória é o que possui o Espírito Superior :; menor prazo enfrentou o inferior . Ambos são irmãos , semelhantes, iguais , filhos de Deus .
25- Inexiste nos valores autenticamente cristãos espaço para o orgulho .
26- Tem ele , no entanto , suas ramificações nefastas que também conduzem o ser humano à desgraça moral e ao destino espiritual .
27- Pode ter variáveis , gradações , mas sempre será negativo .
28- Egoísmo e orgulho são os inimigos da evolução , ainda estão fortes e presentes no coração e nas atitudes da maioria dos encarnados .

V- DERIVADOS DO EGOÍSMO E DO ORGULHO

29- Por que evitar amargor, antipatia, arrogância , avareza, ciúme, cólera , comodismo, covardia, cupidez, deslealdade, desprezo, desumanidade , dissimulação, falsidade, futilidade , ganância, impiedade ,indisciplina, individualismo,inflexibilidade, ingratidão ,insensibilidade,inveja,ira, irresponsabilidade , libertinagem , luxúria , maldade , malquerer , materialismo , melancolia , narcisismo , ódio , pessimismo , preguiça , prepotência , raiva , rancor , rebeldia , ressentimento, teimosia , torpeza , vaidade , vingança ?
30- Porque são modos de ser , sentir e estar que não possibilitam a harmonia maior com o lado cristão do espírito , não condizem a Jesus, não permitem a felicidade não fazem progredir e afastam o ser da busca da perfeição .
31- Infaustas ações são aqueles que tiverem por fundamento quaisquer desses males da alma .
32- Majoritária comunidade habita a Crosta manifestando ao seu semelhante as mais diversas e indistintas formas de egoísmo .
33- Abraçando o orgulho , menosprezando o próximo , termina o ser afastando-se do Plano Superior e deixando de auferir o lenitivo do coração , que é o bom envolvimento dos emissários divinos .

VI-NECESSIDADE DE REFORMA ÍNTIMA

34- O processo de reforma íntima desgasta e afere o pundonor ( brio , sensibilidade ) do encarnado , transformando-o em joguete da falência da garbosidade de seu sentimento de superioridade , inato , natural , e por vezes . Inconsciente .
35- Não deixa ela de ser , por isso, essencial e crucial na jornada por que passa o Espírito no plano físico .
36- Seu lado amistoso e geralmente desconhecido é constituído da purificação do âmago do indivíduo e da possibilidade dele sentir a felicidade tão almejada em esfera tão precária .
37-São os pensamentos do encarnado que o aproximam ou o afastam de Deus , em maior ou menor grau , com maior ou menor duração .
38- Quanto maior sua paz interior , enorme a possibilidade de estar harmonizado com a Superioridade Divina ; quanto maiores forem os seus distúrbios psicológicos ou perturbações psicossomáticas; crescentes lhe serão as influências negativas do plano inferior da vida .
39- Higidez ( austeridade ) física e mental ; meta do ser humano .
40- O equilíbrio é indispensável para que o encarnado devedor que é por natureza , enfrente os obstáculos da sua trilha no plano físico e seja bem sucedido na sua oportunidade reencarnatória.
41- Para alcançar a reforma íntima , deve o ser humano cultivar a vontade firme e consciente de que ela é o melhor instrumento que possui para ser mais feliz e vencer tanto na caminhada material quanto na espiritual , paralelas que são .
42- O livre-arbítrio é o artífice do seu empreendimento , mestre dos seus passos , mentor do seu discernimento . Pode ser herói ou vilão , salvador ou algoz , benéfico ou maligno .
43- Por isso é livre para tal arbítrio . É o comando de vida entregue por Deus nas mãos de cada homem
279- Não há, pois , outro meio ao ser humano para tornar-se feliz senão pela prática da reforma íntima . A leveza de espírito somente é atingida quando o indivíduo compreende o que significa a verdadeira felicidade . Do contrário , a vivência no mundo físico lhe significa mais um fardo do que um bônus.
Perfeição Moral- Sérgio Biagi Gregório

pensamentos

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1. INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo é refletirmos sobre o grau de perfectibilidade que somos capazes de alcançar nesta encarnação . Para tanto , veremos a questão dos vícios e das virtudes , o conhecimento de si mesmo e os caracteres do homem de bem .

2. CONCEITO

Perfeição � de perfectio designa o estado de um ser cujas virtualidades se encontram plenamente atualizadas ou realizadas. Em teologia , plena realização , sob o ponto de vista moral , consumação no bem que compete a cada um possuir e atuar . Assim : ” Todo o homem é chamado à perfeição ou santidade “.
Moral – Da raiz latina mores = costumes , conduta , comportamento , modo de agir . É o conjunto sistemático de normas que orientam o homem para a realização do seu fim ( essência ).
A moral é a regra da boa conduta e, portanto , da distinção entre o bem e o mal . Funda-se na observação da lei de Deus . O homem se conduz bem quando faz tudo tendo em vista o bem e para o bem de todos , porque então tende a Deus . ( Pergunta 629 de O Livro dos Espíritos )

3. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O Espírito , quando é criado por Deus , traz em seu bojo o germe ( potência ) da perfeição . Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos , ao estudar a Lei do Progresso ” lei natural “, informa-nos de que todos os Espíritos , conscientes ou inconscientes , encarnados ou desencarnados, tendem para a perfeição .
Assim , todo o esclarecimento emanado de alguém , no sentido de estimular o nosso relacionamento em sociedade , deve ser sempre bem recebido, pois é através do contato com os outros seres humanos que temos condições de colocar em prática o conteúdo moral da Lei Divina .
No capítulo que trata da Lei de Sociedade , Kardec diz-nos que no isolamento absoluto o homem embrutece-se e se estiola.
Diante dessas orientações , todo o esforço despendido em prol do bem é um manancial que nos fortifica para toda a eternidade .
Por isso , a assertiva do Cristo : ” Sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito “, deve permanecer como uma ideia central para este tema .

4. VIRTUDES E VÍCIOS

4.1. A VIRTUDE É MÉDIA JUSTA

Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem , quer como indivíduo , quer como espécie , quer pessoalmente , quer coletivamente .
A virtude é uma disposição adquirida voluntária , que consiste na conduta racional de um homem ponderado . Ela ocupa, segundo Aristóteles, a média entre duas extremidades , uma por excesso , a outra por falta . Ela se situa no ponto mais elevado no que se refere ao bem e à perfeição .
Na teoria da utilidade marginal decrescente, o excesso de um bem transforma-se no seu oposto . Daí, diz-se que todo o excesso é prejudicial , tanto para o bem como para o mal . Exemplo : o excesso de orgulho transforma-se em humildade ; o excesso de humildade transforma-se em orgulho . É dentro deste contexto que Aristóteles fala que devemos sempre percorrer o caminho do meio , do meio termo .
As virtudes apresentam-se como virtudes cardeais (adquiridas) � prudência , fortaleza , temperança e justiça e como virtudes teologais ( dons infusos por Deus ) � fé , esperança e caridade .

4.2. O VÍCIO É A AUSÊNCIA DA VIRTUDE

Os vícios são as ações que tendem para mal ; as virtudes são ações que tendem para o bem . No estado atual de nossa evolução moral , parece que ainda precisamos do mal para melhor conhecer o bem . É preciso que haja uma desgraça pública para nos estimular a caridade para com o próximo . Não a entronizamos ainda dentro dos nossos corações .
Além do mais , em nossa ilusão , costumamos disfarçar o mal ao máximo , para que não se torne muito evidente . Nesse sentido , à gula damos o nome de necessidade proteínica; à lascívia chamamos necessidade fisiológica; a ira é embelezada com a expressão paradoxal : ” cólera sagrada “; a cobiça é encoberta com a desculpa da previdência ; a preguiça disfarçamos com a necessidade de repouso , quando não com a esperteza que faz os outros produzirem por nós .

4.3. RECOMPENSA E CASTIGO

Toda a ação boa, sendo coerente consigo mesma , traz um bem-estar , uma felicidade . Toda a ação má, ao contrário , gera um conflito e, por conseguinte , um mal-estar . Ela tem como conseqüência um castigo .
Muitas vezes , a coerência e a incoerência não são vistas de imediato , senão ao longo de muito tempo . Um exemplo é o vício do fumo . Suponha que tenhamos fumado por 20 anos , quando estávamos na flor da idade . Não sentíamos e não sofríamos as suas conseqüências . Mas , passados todos esses anos , os efeitos da nicotina e de outros poluentes começam a nos trazer problemas cardíacos e pulmonares , levando muitos seres humanos ao desencarne prematuro .

5. O CONHECIMENTO DE SI MESMO

5.1. A MAIÊUTICA SOCRÁTICA

Sócrates, filósofo grego da antiguidade , ao criar o método da introspecção , propôs-nos um exercício salutar para o conhecimento de nós mesmos . Disse-nos que o homem deve voltar-se para si a fim de tomar consciência de sua própria ignorância . Utilizava, para isso , a ironia e a maiêutica . Na ironia procurava confundir o interlocutor a respeito do conhecimento que ele pressupunha ter sobre um objeto qualquer ; na maiêutica , que em grego quer dizer vir à luz , fazia brotar um novo conhecimento , mais fecundo e mais produtivo .

5.2. HERANÇA E AUTOMATISMO

O princípio inteligente estagiando no reino mineral adquiriu a atração ; no reino vegetal , a sensação ; no reino animal , o instinto ; no reino hominal, o livre-arbítrio , o pensamento contínuo e a razão . Hoje , somos o resultado de toda essa herança cultural.
Nosso passado histórico propiciou-nos a automatização de hábitos e atitudes . É nossa herança , que começa desde o reino mineral . Há hábitos positivos e negativos . Os positivos devem ser incrementados; os negativos , extirpados. A função da reforma íntima , no seu sentido amplo , é melhorar o reflexo condicionado, arquitetado pelo nosso Espírito .
A lei do progresso exige que o princípio inteligente vá-se despojando dos liames da matéria . Para que tenhamos um olhar crítico , devemos libertar-nos da obscuridade da matéria , consubstanciada no egoísmo , no orgulho e no interesse próprio . (Xavier, 1977, p. 39)

5.3. COMO CONHECER-SE

De acordo com Peres , no capítulo I do seu Manual Prático do Espírita , podemos nos conhecer :
a) pela dor . A dor é teleológica e leva consigo um destino . Por ela podemos saber o que fomos e, também , o que tencionamos ser . Ela é sempre positiva ; no sofrimento, estamos purgando algo ou preparando-nos para o futuro .
b) convívio com o próximo . Podemos avaliar-nos, observando as reações dos outros com relação às nossas atitudes .
c) auto-análise. A auto-análise fundamenta-se numa cosmovisão transcendental da vida . A compreensão integral do homem se apoia em três esteios fundamentais : filosófico : paz com a verdade ; o psicológico : paz consigo mesmo ; religioso : paz com o ser transcendental .
São técnicas que permitem o homem chegar a autenticidade de sua doença , não de tirar o homem da doença .
As questões 919 e 919A de O Livro dos Espíritos auxiliam-nos a praticá-la. Santo Agostinho sugere que todas as noites devíamos revisar o dia para ver como fomos em pensamentos , palavras e atos .

6. CARACTERES DO HOMEM DE BEM

O verdadeiro homem de bem é aquele que :
a) Pratica a lei de justiça , de amor e de caridade em sua maior pureza .
b) Tem fé em Deus , submetendo-se a sua vontade à Dele.
c) Tem fé no futuro ; por isso , coloca os bens espirituais acima dos bens temporais .
d) Sabe que todas as vicissitudes da vida são provas ou expiações , e as aceita sem murmurar .
e) Possuído pelo sentimento de caridade , faz o bem pelo bem , sem esperança de recompensa , e sacrifica o seu interesse pela justiça .
f) É bom para com todos , porque vê irmãos em todos os homens , sem exceção de raças ou de crenças .
g) Em todas as circunstancias, a caridade é o seu guia .
h) Não tem ódio , nem rancor , nem desejo de vingança .
i) É indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de indulgência .
j) Não se compraz em procurar os defeitos alheios , nem em colocá-los em evidência .
k) Estuda as suas próprias imperfeições e trabalha , sem cessar , em combatê-las.
l) Aproveita sempre as ocasiões para ressaltar as qualidades dos outros , e não as suas .
m) Se Deus lhe deu o poder e a riqueza , olha essas coisas como um depósito do qual deve usar para o bem , e disso não se envaidece porque sabe que Deus , que lhos deu, também poderá retirá-los.
n) Se a ordem social colocou homens sob sua dependência , ele os trata com bondade e benevolência , porque são seus iguais perante Deus ; usa de sua autoridade para erguer-lhes o moral e não para esmagar com o seu orgulho ; evita tudo o que poderia tornar a sua posição subalterna mais penosa . (Kardec, 1984, cap. XVII, item 3)

7. CONCLUSÃO

Voltemo-nos para dentro de nós mesmos . Esta atitude , sendo constante , auxiliar-nos-á sobremaneira , a atingir a perfeição relativa de que somos capazes . Tomando consciência de nossa ignorância , como nos ensinou Sócrates, confiaremos mais em nossos valores , o que nos propiciará um relacionamento mais saudável com os outros membros da sociedade .

8. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

PERES , N. P. Manual Prático do Espírita . São Paulo: Pensamento , 1984.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo . 39. ed. São Paulo: IDE, 1984.
KARDEC, A. O Livro dos Espíritos . 8. ed. São Paulo: Feesp, 1995.
XAVIER, F. C. e VIEIRA, W. Evolução em Dois Mundos , pelo Espírito André Luiz, 4. ed., Rio de Janeiro , FEB, 1977.

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