Viver em Família

fazer o bem

Fazer o bem sem olhar a quem.

VIVER EM FAMÍLIA

De todos os institutos sociais existentes na Terra, a família é o mais importante, do ponto de vista dos alicerces morais que
regem a vida.
Emmanuel*
Caros Leitores:
A palavra família reaviva em nós as sensações de segurança e aconchego, tal a importância do grupo familiar como estrutura
capaz de nos sustentar nas lutas da vida.
O momento atual, conturbado pela inversão de valores no campo moral, requer mais atenção à preservação da harmonia
familiar, valioso antídoto à instalação do desequilíbrio no organismo social.
O lar terreno, na visão espírita, representa oportunidade de aprendizado e prática das leis divinas, propiciando o encontro de Espíritos amigos de outras existências, assim *(Vida e Sexo, psicografia de Francisco C. Xavier, cap. 17, 21. ed. FEB.) também o devido reajuste com os desafetos de existências passadas.
Como construir e manter a tão sonhada paz no lar? De que maneira superar os atritos e desavenças no âmbito familiar? Será possível encontrar no lar o suporte necessário à superação das aflições cotidianas?
Os textos doutrinários que se seguem, escolhidos com toda a atenção e desvelo, nos lembram atitudes nobres: renúncia, perdão, dedicação, respeito, assim como a análise de nosso comportamento no lar do qual fazemos parte.
Participe desta Campanha, afinal, o melhor é viver em família.

Enfoque da
Codificação Espírita

Questão 774. (…) Os laços sociais são necessários ao progresso e os de família mais apertados tornam os primeiros. Eis por que os segundos constituem uma lei da Natureza. Quis Deus que, por essa forma, os homens aprendessem a amar-se como
irmãos.
Questão 775. Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?
Uma recrudescência do egoísmo.
(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, 1. ed. especial,
FEB.)
a) Honrai a vosso pai e a vossa mãe, a fim de viverdes longo tempo na terra que o Senhor vosso Deus vos dará.
(Decálogo: Êxodo, 20:12.) Cap. XIV
item 2.
b) (…) Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? (…) todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha
irmã e minha mãe. (Cap. XIV item 5.)
c) Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entres os Espíritos.
O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito (…). (Cap. XIV item 8.)
d) (…) Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe,
no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir. (…) (Cap. XIV item 8.)
e) (…) Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. (…) (Cap. XIV item 8.)
f) Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais.
Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; (…) (Cap. XIV item 8.)
g) Deus não dá prova superior às forças daquele que a pede; só permite as que podem ser cumpridas. Se tal não sucede,
não é que falte possibilidade: falta a vontade.
(…) As provas rudes, (…) são quase sempre indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, quando aceitas
com o pensamento em Deus. (…) .
(Cap. XIV item 9.)
h) Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral:
a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir. (…) (Cap. XXII item 3.)
i) Será então supérflua a lei civil e dever-se-á volver aos casamentos segundo a Natureza? Não, decerto. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização: por isso, é útil, necessária, mas variável. (…) (Cap. XXII item 4.)
j) O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. (…) (Cap. XXII
item 5.)
(O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan
Kardec, 1. ed. especial, FEB.)

Em família

Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus. Paulo.
(I Timóteo, 5:4.)
A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra.
Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Esta é indagação lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo.
Bom pregador e mau servidor são dois títulos que se não coadunam.
O apóstolo aconselha o exercício da piedade no centro das atividades domésticas, entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo.
Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consanguíneos, entregando-se,
por isso, a lamentável desânimo.
É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões casuais
no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas.
Ninguém despreze, portanto, esse campo sagrado de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreensão. Constituiria
falta grave esquecer-lhe as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo. 
É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma casa pequena aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a título precário.
Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje,
convicto de que semelhante esforço representa realização essencial.
EMMANUEL
(Pão Nosso, psicografia de Francisco C. Xavier,
cap. 117, 1. ed. especial, FEB.)

Instituto da família

 

Os estabelecimentos de ensino, propriamente do mundo, podem instruir, mas só o instituto da família pode educar. É por essa
razão que a universidade poderá fazer o cidadão, mas somente o lar pode edificar o homem.
(O Consolador.)

As escolas instrutivas do planeta poderão renovar sempre os seus métodos pedagógicos, com esses ou aqueles processos novos, de conformidade com a psicologia infantil, mas a escola educativa do lar só possui uma fonte de renovação que é o Evangelho, e um só modelo do mestre, que é a personalidade
excelsa do Cristo. (O Consolador.)

O homem e a mulher, no instituto conjugal, são como o cérebro e o coração do organismo doméstico. (O Consolador.)

A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus.
O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade. (Caminho, Verdade e Vida.)

O homem e a mulher surgem no mundo com tarefas específicas que se integram, contudo, num trabalho essencialmente uno,
dentro do plano da evolução universal. No capítulo das experiências inferiores, um não cai sem o outro, porque a ambos foi concedido igual ensejo de santificar. (Pão Nosso.)

A família consaguínea, entre os homens, pode ser apreciada como o centro essencial de nossos reflexos. Reflexos agradáveis ou desagradáveis que o pretérito nos devolve. (Pensamento e Vida.)
EMMANUEL
(Palavras de Emmanuel, psicografia de Francisco
C. Xavier, cap. 27, 7. ed. FEB.)

Educação no lar

Vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai. Jesus.
(João, 8:38.)
Preconiza-se na atualidade do mundo uma educação pela liberdade plena dos instintos do homem, olvidando-se, pouco a
pouco, os antigos ensinamentos quanto à formação do caráter no lar; a coletividade, porém, cedo ou tarde, será compelida a reajustar seus propósitos.
Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa, decorre a organização do ambiente
justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância
coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
A tarefa doméstica nunca será uma válvula para gozos improdutivos, porque constitui trabalho e cooperação com Deus.
O homem ou a mulher que desejam ao mesmo tempo ser pais e gozadores da vida terrestre, estão cegos e terminarão seus loucos esforços, espiritualmente falando, na vala comum da inutilidade.
Debalde se improvisarão sociólogos para substituir a educação no lar por sucedâneos abstrusos que envenenam a alma. Só um espírito que haja compreendido a paternidade de Deus, acima de tudo, consegue escapar à lei pela qual os filhos sempre imitarão
os pais, ainda quando estes sejam perversos.
Ouçamos a palavra do Cristo e, se tendes filhos na Terra, guardai a declaração do Mestre, como advertência.
EMMANUEL
(Caminho, Verdade e Vida, psicografia de
Francisco C. Xavier, cap. 12, 1. ed. especial, FEB.)

Parentela

E disse-lhe: Sai de tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar.
(Atos, 7:3.)
Nos círculos da fé, vários candidatos à posição de discípulos de Jesus queixam-se da sistemática oposição dos parentes, com
respeito aos princípios que esposaram para as aquisições de ordem religiosa.
Nem sempre os laços de sangue reúnem as almas essencialmente afins.
Freqüentemente, pelas imposições da consanguinidade, grandes inimigos são obrigados ao abraço diuturno, sob o mesmo teto.
É razoável sugerir-se uma divisão entre os conceitos de família e parentela .
O primeiro constituiria o símbolo dos laços eternos do amor, o segundo significaria o cadinho de lutas, por vezes acerbas, em que devemos diluir as imperfeições dos sentimentos, fundindo-os na liga divina do amor para a eternidade. A família não seria a parentela, mas a parentela converter-se-ia, mais tarde, nas santas expressões da família.
Recordamos tais conceitos, a fim de acordar a vigilância dos companheiros menos avisados.
A caminho de Jesus, será útil abandonar a esfera de maledicências e incompreensões da parentela e pautar os atos na execução do dever mais sublime, sem esmorecer na exemplificação, porquanto, assim, o aprendiz fiel estará exortando-a, sem palavras, a participar dos direitos da
família maior, que é a de Jesus-Cristo.
EMMANUEL
(Caminho, Verdade e Vida, psicografia de
Francisco C. Xavier, cap. 62, 1. ed. especial, FEB.)

bom-dia-te-amo

No lar

Começar na intimidade do templo doméstico a exemplificação dos princípios que esposa, com sinceridade e firmeza, uniformizando o próprio procedimento, dentro e
fora dele.
Fé espírita no clima da família, fonte do Espiritismo no campo social.

Calar todo impulso de cólera ou violência, amoldando-se ao Evangelho de modo a estabelecer a harmonia em si mesmo perante os outros.
A humildade constrói para a Vida Eterna.

Proporcionar às crianças os fundamentos de uma educação sólida e bem orientada, sem infundir-lhes medo ou fantasias, começando por dar-lhes nomes simples e naturais, evitando a pompa dos nomes famosos, suscetíveis de lhes criar embaraços futuros.
O lar é a escola primeira.

Sempre que possível, converter o santuário familiar em dispensário de socorro aos menos felizes, pela aplicação daquilo que seja menos necessário à mantença doméstica.
A Seara do Cristo não tem fronteiras.

Se está sozinho com a sua fé, no recesso do próprio lar, deve o espírita atender fielmente ao testemunho de amor que lhe cabe,
lembrando-se de que responderá, em qualquer tempo, pelos princípios que abraça.
A ribalta humana situa-nos sempre no papel que devamos desempenhar.

Ao menos uma vez por semana, formar o culto o Evangelho com todos aqueles que lhe co-participam da fé, estudando a verdade
e irradiando o bem, através de preces e comentários em torno da experiência diária à luz dos postulados espíritas.
Quem cultiva o Evangelho em casa, faz da própria casa um templo do Cristo.

Evitar o luxo supérfluo nos aposentos, objetos e costumes, imprimindo em tudo características de naturalidade, desde os hábitos mais singelos até os pormenores arquitetônicos da própria moradia.
Não há verdadeiro clima espírita cristão, sem a presença da simplicidade conosco.
Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável
diante de Deus. Paulo.
(I Timóteo, 5:4.)
ANDRÉ LUIZ
(Conduta Espírita, psicografias de Francisco C.
Xavier e Waldo Vieira, cap. 5, 28. ed. FEB.)

a-caridade

Maternidade

Cap. XIV Item I

Vemos em cada manifestação da Vida determinada meta de desenvolvimento, qual anseio do próprio Deus a concretizar-se.
Na Criação, o clímax da grandeza.
Na caridade, o vértice da virtude.
Na paz, a culminância da luta.
No êxito, a exaltação do ideal.
Nos filhos, a essência do amor.
No lar, a glória da união.
De igual modo, a maternidade é a plenitude do coração feminino que norteia o progresso.
Concepção, gravidez, parto e devoção afetiva representam estações difíceis e belas de um ministério sempre divino.
Láurea celeste na mulher de todas as condições, define o inderrogável recurso à existência humana, reclamando paciência e carinho, renúncia e entendimento.
Maternidade esperada.
Maternidade imprevista.
Maternidade aceita.
Maternidade hostilizada.
Maternidade socorrida.
Maternidade desamparada.
Misto de júbilo e sofrimento, missão e prova, maternidade, em qualquer parte, traduz intercâmbio de amor incomensurável,
em que desponta, sublime e sempre novo, o ensejo de burilamento das almas na ascensão dos destinos.
Principais responsáveis por semelhante concessão da Bondade Infinita, as mães guardam as chaves de controle do mundo.
Mães de sábios…
Mães de idiotas…
Mães felizes…
Mães desditosas…
Mães jovens…
Mães experientes…
Mães sadias…
Mães enfermas…
Ao filtro do amor que lhes verte do
seio, deve o Plano Terrestre o despovoamento
dos círculos inferiores da Vida Espiritual,
para que o Reino de Deus se erga entre as
criaturas.

 

Mães da Terra! Mães anônimas!
Sois vasos eleitos para a luz da reencarnação!
Por maiores se façam os suplícios impostos à vossa frente, não recuseis vosso augusto dever, nem susteis o hálito do filhinho
nascente esperança do Céu a repontar-vos do peito!…
Não surge o berço de vosso coração por acaso.
Mantende-vos, assim, vigilantes e abnegadas, na certeza de que se muitas vezes cipoais e espinheiros são vossa herança transitória entre os homens, todas vós sereis amparadas e sustentadas pela Bênção do Amor Eterno, sempre que marchardes fiéis à Excelsa Paternidade da Providência Divina.
ANDRÉ LUIZ
(O Espírito da Verdade, psicografias de Francisco
C. Xavier e Waldo Vieira, p. 121-122, 13. ed.
FEB.)

rico

Tu e tua casa

E eles disseram: Crê no Senhor Jesus-Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa.
(Atos, 16:31.)

Geralmente, encontramos discípulos novos do Evangelho que se sentem profundamente isolados no centro doméstico, no
capítulo da crença religiosa.
Afirmam-se absolutamente sós, sob o ponto de vista da fé. E alguns, despercebidos de exame sério, tocam a salientar o endurecimento ou a indiferença dos corações que os cercam. Esse reporta-se à zombaria de que é vítima, aquele outro acusa familiares ausentes.
Tal incompreensão, todavia, demonstra que os princípios evangélicos lhes enfeitam a zona intelectual, sem lhes penetrarem o âmago do coração.
Por que salientar os defeitos alheios, olvidando, por nossa vez, o bom trabalho de retificação que nos cabe, no plano da bondade
oculta?
O conselho apostólico é profundamente expressivo.
No lar onde exista uma só pessoa que creia sinceramente em Jesus e se lhe adapte aos ensinamentos redentores, pavimentando o caminho pelos padrões do Mestre, aí permanecerá a suprema claridade para a elevação.
Não importa que os progenitores sejam descrentes, que os irmãos se demorem endurecidos, nem interessam a ironia, a
discussão áspera ou a observação ingrata.
O cristão, onde estiver, encontra-se no domicílio de suas convicções regenerativas, para servir a Jesus, aperfeiçoando e
iluminando a si mesmo.
Basta uma estaca para sustentar muitos ramos. Uma pedra angular equilibra um edifício inteiro.
Não te esqueças, pois, de que se verdadeiramente aceitas o Cristo e a Ele te afeiçoas, serás conduzido para Deus, tu e tua casa.
EMMANUEL
(Vinha de Luz, psicografia de Francisco C. Xavier,
cap. 88, 1. ed. especial, FEB.)

vontade-de-deus

Pais

E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor. Paulo.
(Efésios, 6:4.)
Assumir compromissos na paternidade e na maternidade constitui engrandecimento do espírito, sempre que o homem e a mulher lhes compreendam o caráter divino.
Infelizmente, o Planeta ainda apresenta enorme percentagem de criaturas mal avisadas relativamente a esses sublimes atributos.
Grande número de homens e mulheres procura prazeres envenenados nesse particular.
Os que se localizam, contudo, na perseguição à fantasia ruinosa, vivem ainda longe das verdadeiras noções de humanidade e devem ser colocados à margem de qualquer apreciação.
Urge reconhecer, aliás, que o Evangelho não fala aos embriões da espiritualidade, mas às inteligências e corações que já se mostram suscetíveis de receber-lhe o concurso.
Os pais do mundo, admitidos às assembleias de Jesus, precisam compreender a complexidade e grandeza do trabalho que lhes assiste. É natural que se interessem pelo mundo, pelos acontecimentos vulgares, todavia, é imprescindível não perder de vista que o lar é o mundo essencial, onde se deve atender aos desígnios divinos, no tocante aos serviços mais importantes que lhes foram conferidos. Os filhos são as obras preciosas que o Senhor lhes confia às mãos, solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Receber encargos desse teor é alcançar nobres títulos de confiança. Por isso, criar os filhinhos e aperfeiçoá-los não é
serviço tão fácil.
A maioria dos pais humanos vivem desviados, através de vários modos, seja nos excessos de ternura ou na demasia de exigência,
mas à luz do Evangelho caminharão todos no rumo da era nova, compreendendo que, se para ser pai ou mãe são necessários
profundos dotes de amor, à frente dessas qualidades deve brilhar o divino dom do equilíbrio.
EMMANUEL
(Vinha de Luz, psicografia de Francisco C. Xavier,
cap. 135, 1. ed. especial, FEB.)
paciencia-nao-desista

Filhos

Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais, no Senhor, porque isto é justo. Paulo.
(Efésios, 6:1.)
Se o direito é campo de elevação, aberto a todos os espíritos, o dever é zona de serviço peculiar a todos os seres da Criação.
Não somente os pais humanos estão cercados de obrigações, mas igualmente os filhos, que necessitam vigiar a si mesmos, com singular atenção.
Quase sempre a mocidade sofre de estranhável esquecimento. Estima criar rumos caprichosos, desdenhando sagradas experiências de quem a precedeu, no desdobramento das realizações terrestres, para voltar, mais tarde, em desânimo, ao ponto de partida, quando o sofrimento ou a madureza dos anos lhe restauram a compreensão.
Os filhos estão marcados por divinos deveres, junto daqueles aos quais foram confiados pelo Supremo Senhor, na senda humana.
É indispensável prestar obediência aos progenitores, dentro do espírito do Cristo, porque semelhante atitude é justa.
Se muitas vezes os pais se furtam à claridade do progresso espiritual, escolhendo o estacionamento em zonas inferiores,
nem mesmo nas circunstâncias dessa ordem seria razoável relegá-los ao próprio infortúnio.
Claro está que os filhos não devem descer ao sorvedouro da insensatez ou do crime por atender-lhes aos venenosos caprichos, mas encontrarão sempre o recurso adequado para retribuírem aos benfeitores os inestimáveis dons que lhes devem.
Não nos esqueçamos de que o filho descuidado, ocioso ou perverso é o pai inconsciente de amanhã e o homem inferior
que não fruirá a felicidade doméstica.
EMMANUEL
(Vinha de Luz, psicografia de Francisco C. Xavier,
cap. 136, 1. ed. especial, FEB.)

oracao-de-adoracao-a-deus

Vida conjugal

Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o seu marido.
Paulo.
(Efésios, 5:33.)
As tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda comum. Explicando o desequilíbrio, invoca-se a incompatibilidade
dos temperamentos, os desencantos da vida íntima ou as excessivas aflições domésticas.
O marido disputa companhias novas ou entretenimentos prejudiciais, ao passo que, em muitos casos, abre-se a mente feminina ao império das tentações, entrando em falso rumo.
Semelhante situação, porém, será sempre estranhável nos lares formados sobre as escolas da fé, nos círculos do Cristianismo.
Os cônjuges, com o Cristo, acolhem, acima de tudo, as doces exortações da fraternidade.
É possível que os sonhos, muita vez, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, dentro dos ninhos afetivos, construídos na
árvore da fantasia. Muitos homens e mulheres exigem, por tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros atitudes e diretrizes que eles são, por
enquanto, incapazes de adotar, e o matrimônio se lhes converte em instituição detestável.
O cristão, contudo, não pode ignorar a transitoriedade das experiências humanas.
Com Jesus, é impossível destruir os divinos fundamentos da amizade real. Busque-se o lado útil e santo da tarefa e que a esperança seja a lâmpada acesa no caminho…
Tua esposa mantém-se em nível inferior à tua expectativa?
Lembra-te de que ela é mãe de teus filhinhos e serva de tuas
necessidades. Teu esposo é ignorante e cruel? Não olvides que ele é o companheiro que Deus te concedeu…
EMMANUEL
(Vinha de Luz, psicografia de Francisco C. Xavier,
cap. 137, 1. ed. especial, FEB.)

viver-direito

Jesus Contigo

Dedica uma das sete noites da semana ao Culto Evangélico no Lar, a fim de que Jesus possa pernoitar em tua casa.
Prepara a mesa, coloca água pura, abre o Evangelho, distende a mensagem da fé, enlaça a família e ora. Jesus virá em visita.
Quando o Lar se converte em santuário, o crime se recolhe ao museu. Quando a família ora, Jesus se demora em casa.
Quando os corações se unem nos liames da Fé, o equilíbrio oferta bênçãos de consolo e a saúde derrama vinho de paz para todos.
Jesus no Lar é vida para o Lar.
Não aguardes que o mundo te leve a certeza do bem invariável. Distende, da tua casa cristã, a luz do Evangelho para o mundo
atormentado.
Quando uma família ora em casa, reunida nas blandícias do Evangelho, toda a rua recebe o benefício da comunhão com o
Alto.
Se alguém, num edifício de apartamentos, alça aos Céus a prece da comunhão em família, todo o edifício se beneficia, qual
lâmpada ignorada, acesa na ventania.
Não te afastes da linha direcional do Evangelho entre os teus familiares. Continua orando fiel, estudando com os teus filhos e
com aqueles a quem amas as diretrizes do Mestre e, quanto possível, debate os problemas que te afligem à luz clara da mensagem da Boa Nova e examina as dificuldades que te perturbam ante a inspiração consoladora do Cristo. Não demandes a rua, nessa noite, senão para os inevitáveis deveres que não possas adiar. Demora-te no Lar para que o divino Hóspede aí também se possa demorar.
E quando as luzes se apagarem à hora do repouso, ora mais uma vez, comungando com Ele, como Ele procura fazer, a fim de
que, ligado a ti, possas, em casa, uma vez por semana em sete noites, ter Jesus contigo.
JOANNA DE ÂNGELIS
(S.O.S. Família, psicografia de Divaldo P. Franco,
p. 59-60, 2. ed. Livraria Espírita Alvorada Editora.)

espalhar-amor

Por que existe a família?

Você já pensou sobre qual é o objetivo da família, na Terra?
Afinal de contas, por que existe a família?
Se Deus, que é o Criador de todas as coisas, criou a necessidade da vida em família, é porque ela tem uma finalidade importante para o progresso do Espírito.
Vamos encontrar a resposta para essa questão, nos ensinamentos do maior Sábio de todos os tempos.
Jesus recomendou que devemos amar o próximo como a nós mesmos.
Assim, a família é essa escola onde podemos aprender a amar umas poucas pessoas para um dia amar a Humanidade inteira.
Deus, que é a Inteligência Suprema, sabe que no estágio evolutivo em que se encontra, o homem é incapaz de amar todos os seres humanos como a si mesmo.
Por essa razão Ele distribui as pessoas nessas pequenas escolas chamadas lares, para que aprendam o amor ao próximo mais próximo.
É assim que em nossas múltiplas existências vamos aprendendo o amor, nas suas diversas facetas: amor de mãe para filho, de filho para mãe, de irmão para irmão, de avô para neto, de neto para avô, de tio para sobrinho, de sobrinho para tio, de esposo para esposa e assim por diante.
E, quando conseguimos amar verdadeiramente um filho, por exemplo, nosso coração se enternece também pelos filhos alheios.
Quando desenvolvemos profundo amor por uma avó ou pelos pais, toda vez que uma velhinha ou velhinho cruzar nosso caminho, sentiremos algum carinho, porque nos lembraremos dos nossos queridos velhos.
Assim, os laços de afeto vão se formando, aos poucos, para que um dia possam se estender por toda a grande família humana.
Considerando-se, ainda, a lei da reencarnação, ou seja, das várias existências no corpo físico, vamos solidificando esses laços de afetividade com um maior número de Espíritos, que nascem sob o mesmo teto que nós.
Dessa forma, nossa família espiritual se amplia e os laços de bem-querer se solidificam a cada nova possibilidade de convívio.
Podemos constatar essa realidade no amor que nutrimos pelos amigos, que não fazem parte da parentela corporal, mas com os quais temos laços sólidos de afeição.
Se o amor ao próximo é lei da vida, teremos, mais cedo ou mais tarde, que aprender esse amor. E nada mais lógico do que começar pelos familiares, que a sabedoria das Leis Divinas reuniu no mesmo lar.
Portanto, viver em família é um grande desafio e, ao mesmo tempo, um importante aprendizado, pois o convívio diário nos dá oportunidade de limar as arestas com aqueles que por ventura tenhamos alguma diferença.
Nascendo no mesmo reduto familiar é mais fácil superar as desafeições, pois os laços de sangue ainda se constituem num ponto forte a favor da tolerância e da convivência pacíficas.
É por essa razão que existe a família: para que aprendamos a nos amar como verdadeiros irmãos, filhos do mesmo Criador.
* * *
Olhando a Humanidade como uma grande família, todas as barreiras que separam os povos caem por terra, pois num outro país, numa outra raça, numa outra religião, pode estar alguém que já foi nosso parente consanguíneo ou nosso grande amigo numa existência física passada.
Assim, se você entender que isso tudo faz sentido, comece a ver as pessoas que cruzam seu caminho com outros olhos. Com olhos de quem entende e atende a recomendação do Cristo: Ame o próximo como a si mesmo.
Pense nisso!
Redação do Momento Espírita,
com base em palestra de Raul Teixeira. Em 22.08.2011.

sentido

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