A VITÓRIA NA LUTA CONTRA O MAL – EMMANUEL

A vitória na luta pelo bem contra o mal

A vitória na luta pelo bem contra o mal caberá sempre ao servidor que souber perseverar com a Lei Divina até o fim.
Médium: Chico Xavier Autor: Emmanuel

EM NOME DE DEUS

Em nome de Deus, os homens têm semeado a discórdia, o ódio, o crime, dizimando-se reciprocamente, sob alegação de ser cada qual o portador da verdade.
As guerras de religião ensanguentaram a Humanidade vezes sem conto, e ainda hoje dizimam tantas vítimas quanto as pestes descontroladas.
Dominado pelo egoísmo em que se encarcera, cada indivíduo se permite os direitos que nega aos seus irmãos.
Em face desse comportamento, o seu é o deus da verdade, e a sua é a única religião, ou filosofia, ou moral credora de respeito, porque respaldada pela sua “razão que jamais se equivoca”.
Deixando-se vencer pela inferioridade que deveria ser superada, em razão do que diz eleger de melhor, impõe a crença que esposa ou tenta fazê-lo, não trepidando em malsinar, perseguir, destruir tudo quanto encontra pela frente: valores, construções e vidas…
…E crê-se inspirado por Deus ao realizar os nefandos tentames.
Quanto mais fiel e afervorado à sua crença, mais tenaz e cruel tem sido o indivíduo.
Massacres inconcebíveis foram realizados em nome de Deus, no passado remoto e no próximo, estimulando a ferocidade e a alucinação.
A ardência da fé neles consome a piedade e a clemência, enquanto o combustível do fanatismo dá-lhes estímulo para a violência.
Gêngis Khan invadia as mesquitas montado no seu cavalo, transformando os livros ditos sagrados em cama para os animais. Ao mesmo tempo, para os humilhar, impunha que os presunçosos sacerdotes passassem a tratadores das animálias.
Tamerlão comprazia-se matando qualquer cristão que encontrasse, enquanto Balduíno decepava a cabeça de todo sarraceno que lhe caísse prisioneiro…
As Cruzadas deixaram um saldo macabro de mais de dois milhões de vidas…
O general Anhalt e os seus soldados cristãos treinavam pontaria com as baionetas, atirando para cima as crianças turcas que apanhavam no ar com as lâminas afiadas.
…Os hereges do Oriente foram liminarmente trucidados, e os indígenas das Américas, quando incapazes de compreender os ardis das religiões que lhes impunham, tinham as existências ceifadas de forma inclemente.
Todavia, guardadas as proporções, pouco tem mudado na paisagem religiosa e sofrida dos homens.
Ortodoxos gregos, maronitas, anglicanos, católicos e outros disputam-se primazia, apropriando-se da fé com desprezo por aqueles que consideram adversários detestáveis.
De Lutero a Calvino a John Wesley, os reformuladores da Reforma ampliaram as áreas das dissidências evangélicas, cada qual se atribuindo um maior quinhão da verdade que afirmava pertencer-lhe.
Árabes anatematizam judeus e vice-versa, e, mesmo na área da revelação maometana, as várias correntes em que se apresentam os interpretadores do Alcorão primam pela ojeriza que devotam aos opositores, em lamentável desconsideração por aquilo que pretendem espelhar a verdade.
É da natureza humana, ainda primitiva, a belicosidade, o separatismo, a presunção hegemonista…
Em nome de Deus, porém, sê tu dócil, compreensivo e afável.
Silencia as ofensas e age com fraternidade.
Compreende o opositor e trabalha em seu benefício.
Fomenta o bem e vive pelo bem.
Guarda-te na mansuetude e espalha a paz.
Onde estejas, reúne, unifica, harmoniza.
Se não te compreendem, tolera, por tua vez.
Se te perseguem, desculpa e prossegue.
“Deus é amor”, conforme acentuou o apóstolo, e somente pelo amor será compreendido e aceito.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Vigilância
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

Vitória ou derrota

Quando a dor o alcança, como você reage? Você se entrega e se lamenta ou a enfrenta e sai fortalecido?
Quando a dificuldade o martiriza, você reclama, chora e fica cheio de auto-piedade, ou luta, insiste, prossegue?
Tudo é uma questão de opção.
O jovem Karol Wojtyla sofreu os horrores da segunda guerra mundial. Os nazistas estavam determinados a apagar a Polônia do mapa da Europa.
Naquela época, aquele que se tornaria papa em 1978, atravessou um dos mais difíceis períodos de sua vida.
Ele precisava caminhar durante dias sob um frio congelante para trabalhar numa pedreira.
Também para arrumar comida e remédios para o pai idoso e doente, que morreria em fevereiro de 1941.
Além disso, arriscava a vida ajudando um grupo de teatro que fazia parte da resistência cultural à ocupação nazista.
Arriscava-se ainda a estudar para o sacerdócio como seminarista clandestino, escondido na casa do arcebispo de Cracóvia.
No ano de 1997, o teólogo encarregado de escrever a sua biografia perguntou ao então papa João Paulo II o que ele aprendera naqueles dias de tanta tormenta e incerteza.
A resposta foi breve e direta. Participei da grande experiência dos meus contemporâneos: a humilhação por meio da crueldade.
Algumas pessoas reagiram a essa humilhação de formas diferentes. Outras enlouqueceram, e algumas se suicidaram.
Houve quem aderisse ao caminho da resistência violenta. E quem se tornasse comunista, com a esperança de construir uma utopia no planeta.
O jovem Wojtyla teve uma reação muito diferente. Sob a pressão do mal e dos maus, ele se tornou forte, inquebrantável.
O fato de viver sob intensa pressão na resistência radical à perversidade daqueles dias de guerra, o tornou brilhante, capaz de atravessar obstáculos que o mundo imaginava intransponíveis.
Em 1981, João Paulo II foi baleado. Não arrefeceu na luta por defender os direitos do povo e a ideia de que o espírito humano pode conduzir a história de maneira positiva.
***
Ante os dias difíceis e as lutas constantes, pense em seu fortalecimento moral.
Reserve um lugar especial em sua vida para armazenar as preciosas lições resultantes do combate sem esmorecimento.
Ante a montanha das dificuldades, recorde sempre: aceitar a derrota ou batalhar pela vitória é sua decisão.

Pense nisso!

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no artigo O Papa da paz, de George Weigel, Seleções do Reader´s Digest, maio/2005.

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A HISTÓRIA DA CHAVE

Com a saída do chefe da casa e dos filhos mais velhos para o trabalho e com a ausência das crianças na escola, Dona Cidália era obrigada, por vezes, a deixar a casa, a sós, porque devia buscar lenha, à distância. Aí começou uma dificuldade. Certa vizinha, vendo a casa fechada, ia ao quintal e colhia as verduras.
A madrasta bondosa preocupou-­se. Sem verduras não haveria dinheiro para o serviço escolar.
Dona Cidália observou… Observou… E ficou sabendo que lhes subtraía os recursos da horta; entretanto, repugnava-­lhe a ideia de ofender uma pessoa amiga por causa de repolhos e alfaces.
Chamou, então, o Chico e lembrou.
— Meu filho, você diz que, às vezes, encontra o Espírito de Dona Maria. Peça-­lhe um conselho. Nossa horta está desaparecendo e, sem ela, como sustentar o serviço da escola?
Chico procurou o quintal à tardinha e rezou e, como das outras vezes, a mãezinha apareceu. O menino contou-­lhe o que se passava e pediu-lhe socorro.
D. Maria então lhe disse:
— Você diga à Cidália que realmente não devemos brigar com os vizinhos que são sempre pessoas de quem necessitamos. Será então aconselhável que ela dê a chave da casa à amiga que vem talando a horta, sempre que precise ausentar-­se, porque, desse modo a vizinha, ao invés de prejudicar os legumes, nos ajudará a tomar conta deles.
Dona Cidália achou o conselho excelente e cumpriu a determinação.
Foi assim que a vizinha não mais tocou nas hortaliças, porque passou a responsabilizar-­se pela casa inteira.

VÁ COM DEUS

Eram oito horas da manhã de um sábado de maio. Chico levantara-­se apressado. Dormira demais. Trabalhara muito na véspera, psicografando uma obra erudita de Emmanuel.
Não esperara a charrete. Fora mesmo a pé para o escritório da Fazenda. Não andava, voava, tão velozmente caminhava.
Ao passar defronte à casa de D. Alice, esta o chama:
— Chico, estou esperando­-o desde às seis horas. Desej­o-lhe uma explicação.
— Estou muito atrasado, D. Alice. Logo na hora do almoço, lhe atenderei. D. Alice fica triste e olha o irmão, que retomara os passos ligeiros a caminho do serviço.
Um pouco adiante, Emmanuel lhe diz:
— Volte, Chico, atende à irmã Alice. Gastará apenas cinco minutos, que não irão prejudicá­-lo. Chico volta e atende.
— Sabia que você voltava, conheço seu coração.
E pede­-lhe explicação como tomar determinado remédio homeopático que o caroável Dr. Bezerra de Menezes lhe receitara, por intermédio do abnegado médium.
Atendida, toda se alegra. E despedindo-­se: — Obrigada, Chico. Deus lhe pague! Vá com Deus!
Chico parte apressado. Quer recobrar os minutos perdidos.
Quando andara uns cem metros, Emmanuel, sempre amoroso, lhe pede:
— Pare um pouco e olhe para trás e veja o que está saindo dos lábios de D. Alice e caminhando para você. Chico para e olha: uma massa branca de fluidos luminosos sai da boca da irmã atendida e encaminha­-se para ele e entra-­lhe no corpo…
— Viu, Chico, o resultado que obtemos quando somos serviçais, quando possibilitamos a alegria cristã aos nossos irmãos?
E concluiu:
— Imagine se, ao invés de vá com deus, dissesse, magoada, “vá com o diabo”. Dos seus lábios estariam saindo coisas diferentes, como cinzas, ciscos, algo pior.
E Chico, andando agora naturalmente, sem receio de perder o dia, sorri satisfeito com a lição recebida, entendendo em tudo e por tudo o serviço do Senhor, refletido nos menores gestos, com os nomes de Gentileza, Tolerância, Afabilidade, Doçura, Amor.

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