ACENDE AS LUZES DA FÉ VIVA

ACENDE AS LUZES

DA FÉ VIVA

“Acende as luzes da fé.
Apaga tudo que tirou seu sorriso hoje.
Que amanhã tem um dia novinho para recomeçar.”
 Sil Landarim

DORES DA EXISTÊNCIA

A humanidade ainda padece de sofrimentos que têm a sua origem nos intempéries e na exacerbação comportamental dos homens, que, ainda procuram a satisfação dos prazeres e vícios que carregam consigo, como parte integrante de seu espolio de sentimentos.
Se o homem fosse capaz de se emancipar das influências do mundo das aparências, ele veria que traz consigo, uma força imensurável que naturalmente o levaria a plenitude de suas capacidades, para então compreender que, na verdade boa parte de suas dores e sofrimentos vem de suas supostas necessidades, que não passam de pura ilusão na busca do supérfluo.
Quando o Cristo nos pediu: “buscai as coisas de Deus porque o resto lhes virá por acréscimo” nos indicou um roteiro na vivência de tudo que o mundo nos oferece, pois assim nós seriamos capazes de enxergar que tudo nos é licito, mas nem tudo convém e que viver com sabedoria é não se deixar corromper por nada.
O sentimento que o homem conhece por felicidade tem seu germe na paz de consciência que todo Espírito almeja ter, pois caminhar de cabeça erguida sem as amarras dos equívocos da existência é patrimônio intocável e intransferível.
Conhecer os nossos limites e reais necessidades poderá nos emancipar de inúmeras situações que nos faz sofrer nos mostrando que, nossos verdadeiros bens nós carregamos na intimidade.
“A razão de sua existência é você mesmo”. Aceitar essa máxima de Aristóteles não é ser egoísta, mas compreender que tristezas e felicidades são inerentes a tudo que carregamos conosco.
Renato Moura
Passos, 5 de fevereiro d 2015.

Oração das Mãos Marcadas

Senhor!

Quando me deres
O privilégio do renascimento
No berçário do mundo, ante as necessidades que apresento
E aquelas que não vejo,
Eis, Senhor, o desejo
Em que dia por dia me aprofundo:
Deixa-me renascer em qualquer parte,
Entretanto, que eu possa acompanhar-te
Onde constantemente continuas
Trabalhando e servindo em todas as estradas,
Para que eu também tenha as mãos
marcadas Como trazes as tuas…
Quanta ilusão quando me debatia
Crendo que o desespero fosse prece,
A rogar-te alegria e esperança
Sem que nada fizesse!
Imitava na Terra o lavrador
A temer a pedra e lama, vento e bruma,
Aguardando milagres de colheita
Sem plantar coisa alguma.
Entretanto, Senhor, agora sei
Que o trabalho é divino compromisso,
Estímulo do Céu guiando-nos os passos
E que, atendendo à semelhante lei
Puseste ambas as mãos em nossos braços
Por estrelas de amor e de serviço.
Assim, quando efetues
As esperanças em que me agasalho
E estiver entre os homens, meus irmãos,
Que eu me esqueça em trabalho
E me lembre das mãos…
Não me dês tempo para lastimar-me,
Que eu busque tão-somente a luz que me acenas…
No anseio de seguir-te
Quero o trabalho apenas.
Dá que eu seja contigo, onde estiveres,
Uma rósea de paz… Que eu seja alguém
Sem destaque e sem nome
Que se olvide no bem.
E se um dia uma cruz de provas e de agravos
Reclamar-me a tarefa e o coração,
Não me largues ao susto a que me enleie,
Ajuda-me a entregar as próprias mãos aos cravos
Da incompreensão que me rodeie,
Entre bênçãos e fé e preces de perdão!
Não consintas que eu volte ao tempo morto
Da ilusão convertida em desconforto,
Dá-me os calos da paz nas tarefas do bem,
A servir sem perguntar a quem…
Ouve, celeste amigo,
Aspiro a estar contigo,
Longe de minhas horas desregradas,
Onde sempre estiveste e sempre continuas
Plantando o amor em todas as estradas,
Para que eu também tenha as mãos marcadas
Como trazes as tuas…
Maria Dolores (Uberaba, 03 de Junho de 1972) – Francisco Cândido Xavier

VIVA A CADA MOMENTO DA SUA VIDA

“Viva intensamente cada momento da sua vida, pois o tempo passa e é melhor somar saudades na memória, do que arrependimentos no coração…”
Elvis Kubo

Prece de Aceitação

Se eu pudesse, Jesus,
Queria estar contigo
Para ser a esperança realizada
De quem vai pelo mundo, estrada a estrada,
Entre a necessidade e o desabrigo…
Desejava seguir-te, humildemente,
Sem méritos embora,
Para erguer-me em consolo de quem chora
Mostrando o coração enfermo e descontente.
Queria acompanhar-te nos recintos,
Onde a dor leciona e aperfeiçoa
A fim de ser conforto junto dela
E, manejando a frase terna e boa
Afirmar como a vida é grande e bela!…
Se pudesse, Senhor,
conversaria com todas as crianças
Para dizer que não te cansas de criar alegria…
E seria feliz ao converter-me em modesto recado,
Informando, Jesus, a todos os velhinhos
Que nunca estão sozinhos, porque segues
conosco, lado a lado…
Se dispusesse de recursos, queria ser a vela
pequenina, acesa no clarão do sol que levas,
de modo a socorrer aos que jazem nas trevas,
Fugindo sem razão, da bondade Divina…
Entretanto, Senhor, sei das deficiências
que carrego… Venho a ti como estou,
por isto mesmo rogo:
Não me deixes a sós por onde vou…
Se não posso, Jesus, ser bondade, socorro,
paz e luz.
Toma-me o coração e,
perdoando a minha imperfeição,
Esquece tudo o que meu sonho almeja e
ensina-me Senhor,
Com o teu imenso amor, o que queres que eu seja.

Chico Xavier – Maria Dolores

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