“Enquanto houver um gemido na paisagem em que nos movimentamos, não será lícito cogitar de felicidade isolada para nós.”
Emmanuel
O fim do mundo na visão do Espiritismo
A doutrina espírita ensina que Deus é a inteligência suprema do Universo e a causa primária de todas as coisas. Deus é eterno, não teve começo e não terá fim.
É imutável, porque sendo perfeito não há o que mudar. Deus é imaterial, único, onipotente, soberanamente, bom e justo.
Deus criou os mundos e os Espíritos, estes todos iguais, simples e ignorantes, e a todos concedeu oportunidades para evoluir, através das vidas sucessivas, com a finalidade de se tornarem perfeitos e puros, objetivando alcançar a felicidade plena.
Os mundos também evoluem. Kardec ensina que existem os mundos primitivos que são aqueles onde se reencarnam Espíritos que estão iniciando a sua evolução.
Todos os mundos se modificam, evoluem sempre. A Terra já não é mais um mundo primitivo. Hoje é um mundo de expiação e de provas.
Aqui os Espíritos se encontram, uns para provar o que já conquistaram de bom e outros para corrigir erros cometidos no nosso passado, em outras vidas.
Portanto, os endividados com as leis divinas, por erros praticados livremente, sofrem as consequências dos seus atos num trabalho de reparação, e de acertos de erros cometidos com a violação das leis divinas que regem os destinos do universo.
Todos têm o direito de evoluir, cumprindo assim o ensinamento de Jesus, quando ensinou: “das ovelhas que o Pai me confiou nenhuma se perderá”. É por isso que aqui existe gente boa e gente que não é boa.
Muitos afirmam que o mundo está perdido, que não tem mais jeito, mas será que está perdido mesmo? As criaturas que assim pensam só conseguem enxergar o lado ruim das coisas, mas se olharmos para outro lado, coisas boas são realizadas, diariamente; muita gente trabalhando no bem.
O mundo está melhorando. Há ainda uma mistura de bem e mal, mas está chegando a hora da separação do joio e do trigo. A doutrina espírita nos ensina que a Terra ainda é um mundo de expiação e de prova, e vai se transformar em mundo de regeneração, e após, só terá lugar para os bons, os que tiverem a disposição de continuar procedendo no campo do bem.
Os que não estão procedendo corretamente e que não merecerem viver em um mundo melhor serão retirados daqui e pela lei da afinidade serão atraídos para outros mundos, talvez para algum semelhante à Terra atualmente, ou para um primitivo onde haverá choro e ranger dos dentes, como ensinou Jesus. Essa transição não é o fim deste Mundo; é a sua renovação e promoção para um melhor, chamado Mundo de Regeneração.
O tempo para a renovação é indeterminado. Pelos últimos acontecimentos atmosféricos que têm abalado a Terra é possível entender e sentir que algo diferente está acontecendo, mas não é determinação do fim do mundo.
Retornando a cinquenta anos, constatar-se-á o progresso conquistado, quantas novas descobertas vieram de encontro ao bem-estar da humanidade. A vida está se tornando melhor.
Mas tem gente atrapalhando a tranquilidade e o bem-estar dos bons. Não é justo que os bons paguem pelo erro dos outros. Estes serão retirados daqui e transferidos para uma escola de correção de seus erros.
Não existe, portanto, fim de mundo. O que existe é transformação do mundo. O momento é de transição e aí está a causa dos distúrbios que são verificados.
Tudo no Universo é evolução, tudo se transforma para melhor. O mundo não se destrói. Muitos pregam que Jesus falou em final dos tempos quando falou sobre o juízo final; na separação dos bons, dos maus. Interpretam erroneamente essa passagem como se Ele pregasse o fim do mundo.
O ensino de Jesus é de clareza meridiana. Ele falou sobre a separação que está acontecendo, uns, os que colocam à sua direita, são os que permanecerão e, os da esquerda, os que perdem afinidade com o mundo de regeneração e serão atraídos por afinidade para um mundo inferior.
Para os espíritas não existe o fim do mundo pregado pelos homens. Os grandes pensadores de todos os tempos, como os Maias, sabiam disso antes de reencarnar aqui. Traziam a ideia de que haveria essa mudança e predisseram um determinado tempo para o final do mundo, mas não do mundo físico e sim do mundo moral. O fim de mundo, segundo Jesus, é o fim da situação de provas e expiações para a de regeneração, pela sua transformação.
As leis de Deus são baseadas na Lei do Amor e os Seus desígnios têm por fim a pureza e a felicidade de toda a humanidade e não a sua destruição, o que demonstraria prepotência e falta de amor aos seus filhos.
Tudo na obra de Deus é perfeito e regido pela Lei do Amor, essa a razão de sua tolerância, concedendo, a todos, oportunidades, tantas quantas forem necessárias, através das reencarnações sucessivas, com o objetivo de que todos possam tornar-se perfeitos e assim conquistar a felicidade plena.
As benesses divinas são distribuídas com justiça e cada um recebe segundo suas obras, de acordo com a lei do merecimento.
O tema fim do mundo domina as atenções nos dias atuais. Além do exposto acima, pode-se buscar na lucidez de Allan Kardec e na clareza dos Espíritos superiores o que ensinam sobre a intrigante questão, onde se enquadram mortes coletivas, transformação do Planeta e flagelos destruidores.
Os interessados em conhecer mais detalhes, consultem O Livro dos Espíritos nas questões de 737 a 741, sobre flagelos destruidores, 258 a 273, 990 e l000, sobre provas e expiações, em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo III, sobre diversas moradas na Casa de Meu Pai, diversas categorias de mundos habitados até o final do capítulo. Em A Gênese, capítulo XVIII, comentários elucidativos com o título “Os tempos são chegados”.
‘Vinde a mim’, disse-nos sua voz amorosa há vinte séculos. “Iremos, Senhor!”, ecoamos em nosso coração.”
– Bezerra de Menezes
“Urge o tempo de lutar e vencer nas demandas do serviço que é de nossa responsabilidade.”
– Honório Abreu
“Desejamos a comunhão convosco para que, juntos, saibamos melhor direcionar nossos raciocínios para as terras amenas da compreensão e do progresso.”
– Léon Denis
AMANHECER
Todos os dias, após a noite escura, brilha novamente o sol, iluminando majestoso mais um dia!
Ele com todo garbo paira sobre toda cabeças não fazendo distinção de cor, credo, situação financeira, nem tampouco intelectual.
Ele nos mostra que somos iguais, não temos a menor diferença, pobre ou rico somos irmãos nesta grande fraternidade que chamamos de escola!
Às vezes ao acordarmos, sentimos uma tristeza, sem causa aparente, nosso espírito parece adoentado, choroso, carente, talvez sentindo o peso dos grilhões que nos prende cada vez mais à matéria!
Hoje me sinto assim, sei que amanhã tudo mudará, pois como colegial estou em aprendizado e conseguirei aos poucos me soltar os meus lastros, então minha Alma alçará voos, agora desconhecidos, mas leve e liberta dessa densidade!
Mario F Oliveira
ENSINAMENTOS
“Senhor me ensina a ser forte toda vez que a tempestade, vier na minha direção. Que eu não tropece na esperança colocando minha Fé em dúvida. Não permita que o inimigo avance sobrecarregando meus pensamentos de forma negativa. Que eu aprenda a mergulhar na tua palavra mesmo quando eu não entender… Que eu saiba perceber todos os dias que nada sou sem a Tua proteção. Nada posso sem a Tua presença… “
Dolce Bárbara
Existe muitas e lindas possibilidades para um autentico e duradouro senso de realização pessoal. Essas são as coisas que realmente merece a sua atenção. Você pode – pela graça de Deus – decidir neste momento, e em qualquer momento abandonar o medo, a preocupação, a discórdia, a ira e se deleitar no melhor que a vida pode lhe oferecer.
O fato é que quando abrimos um livro de literatura, pensemos nisso ou não, tenhamos consciência disso ou não, estamos conhecendo uma história e, ao mesmo tempo, a nós mesmos. Seja porque nos identificamos com o protagonista, seja porque nos opomos a ele, enquanto leitores assistimos a uma sequência de imagens que, próximas ou distantes de nossas vidas pessoais, refletem a nós mesmos.
(D.A.)
Intercâmbio
Assim como todas as coisas estão interligadas, todas as pessoas se inter-relacionam. Ninguém vive sem o concurso de alguém.
Todos se ajustam ao mecanismo da Lei. Cada qual cumpre sua função.
Por mais insignificante, toda tarefa é de fundamental importância. Escreveu o poeta que “não se pode tocar uma flor, sem incomodar uma estrela”.
Fazemos parte de um imenso Organismo.
O que acontece aos outros é o que, de certa forma, nos acontece.
Livro: Vigiai e Orai, do espírito Irmão José/Psicografia Carlos A. Baccelli. Editora Didier
“Para cumprires a tarefa que te cabe, é necessário consigas atingir o coração dos semelhantes. E se acenderes a luz da humildade no óleo da paciência, Deus te mostrará o caminho.”
Emmanuel
Canção para Jesus
Poema da “Meimei” psicografado pelo Francisco Cândido Xavier.
Desejava Jesus,
Ter um grande armazém
De bondade constante
Maior do que os maiores que conheço
Para entregar sem preço
Às criaturas de qualquer idade
As encomendas de felicidade
Sem perguntar a quem.
Desejava ter um braço mágico
Que afagasse os doentes
Sem qualquer distinção
E um lar onde coubesse
Todas as criancinhas
Para que não sentissem solidão
Desejava, Senhor
Todo um parque de amor
Com flores que cantassem,
Embalando os pequeninos
Que se encontram no leito
Sem poderem sair,
E uma loja de esperança
Para todas as mães.
Eu queria ter comigo
Uma estrela em cuja luz
Nunca pudesse ver
Os defeitos do próximo
E dispor de uma fonte cristalina
De água suave e doce
Que pudesse apagar
Toda palavra que não fosse
Vida e felicidade.
Eu queria plantar
Um jardim de união
Junto de cada moradia
Para que as criaturas se inspirassem
No perfume da paz e da alegria.
Eu queria, Jesus,
Ter os teus olhos
Retratados nos meus
Afim de achar nos outros,
Nos outros que me cercam,
Filhos de Deus
Que devo compreende e respeitar.
Desejava Senhor, que as bênçãos do Natal
Estivesse entre nós, dia por dia,
E queria ter sido
Uma gota de orvalho
Na noite em que nasceste
A refletir,
Na pequenez de minha condição
A luz que vinha da canção
Entoada nos Céus:
“Glória a Deus nas Alturas,
Paz na Terra,
Boa Vontade em tudo,
Agora e para sempre…”
(Meimei)
Ação e Reação
André Luiz
(Parte 1)
Iniciamos nesta edição o estudo da obra Ação e Reação, de André Luiz, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier e publicada em 1957 pela Federação Espírita Brasileira.
Questões preliminares
A. Como Emmanuel define o inferno?
Segundo ele, o inferno exterior nada mais é que o reflexo de nós mesmos, quando, pelo relaxamento e pela crueldade, nos entregamos à prática de ações deprimentes. O Espiritismo revela-nos que a criatura não se encontra subordinada simplesmente ao critério dos penalogistas do mundo, pois, quanto mais esclarecida, tanto mais responsável e entregue aos arestos da própria consciência, na Terra ou fora dela, toda vez que se envolve nos espinheiros da culpa.
(Ação e Reação, prefácio de Emmanuel, pp. 9 a 11.)
B. Como André Luiz descreve a Mansão Paz?
Localizada nas regiões inferiores, a Mansão Paz é uma espécie de mosteiro São Bernardo, com a diferença de que, em lugar da neve, circunda-a uma sombra espessa. Vinculada à colônia “Nosso Lar”, ela fora fundada havia mais de três séculos e se dedica a receber Espíritos infelizes ou enfermos, decididos a trabalhar pela própria regeneração, elevando-se uns a colônias de aprimoramento na Vida Superior, e retornando outros à esfera dos homens para a reencarnação retificadora.
(Obra citada, cap. 1, pp. 13 e 14.)
C. Como ressarcir os débitos da consciência?
Não basta a romagem de purgação do Espírito depois da morte, nos lugares de treva e padecimento, para que os débitos da consciência sejam ressarcidos. O desespero vale por demência a que as almas se atiram nas explosões de incontinência e revolta, mas não serve como pagamento nos tribunais divinos. Druso explicou: “Cessada a febre de loucura e rebelião, o Espírito culpado volve ao remorso e à penitência. Acalma-se como a terra que torna à serenidade e à paciência, depois de insultada pelo terremoto, não obstante amarfanhada e ferida. Então, como o solo que regressa ao serviço da plantação proveitosa, submete-se de novo à sementeira renovadora dos seus destinos”. (Obra citada, cap. 1, pp. 16 a 18.)
Texto para leitura
1. Justiça Divina – Emmanuel nos diz que este livro desvela uma nesga das regiões inferiores a que se projeta a consciência culpada, além do corpo físico, mostrando a importância da existência carnal, como verdadeiro favor da Divina Misericórdia, a fim de que nos adaptemos ao mecanismo da Justiça Indefectível.
Asseverando que o inferno exterior nada mais é que o reflexo de nós mesmos, quando, pelo relaxamento e pela crueldade, nos entregamos à prática de ações deprimentes, Emmanuel observa que, segundo o eminente criminalista Von Liszt, o Estado, em sua expressão de organismo superior, não prescinde da pena, a fim de sustentar a ordem jurídica.
“A necessidade da conservação do próprio Estado justifica a pena”, assevera Von Liszt. André Luiz faz-nos sentir, contudo, que o Espiritismo revela uma concepção de justiça ainda mais ampla.
A criatura não se encontra subordinada simplesmente ao critério dos penalogistas do mundo: quanto mais esclarecida, tanto mais responsável e entregue aos arestos da própria consciência, na Terra ou fora dela, toda vez que se envolve nos espinheiros da culpa.
André mostra, assim, que os princípios codificados por Allan Kardec abrem uma nova era para o Espírito humano, compelindo-o à auscultação de si mesmo, no reajuste dos caminhos traçados por Jesus ao verdadeiro progresso da alma, e explica que o Espiritismo, por isso mesmo, é o disciplinador de nossa liberdade, não apenas para que tenhamos na Terra uma vida social dignificante, mas também para que mantenhamos, no campo do espírito, uma vida individual harmoniosa, devidamente ajustada aos impositivos da Vida Universal Perfeita.
Em síntese, ele demonstra-nos que as nossas possibilidades de hoje nos vinculam às sombras de ontem, exigindo-nos trabalho infatigável no bem, para a construção do Amanhã, sobre as bases redentoras do Cristo. (“Ante o Centenário”, pp. 9 a 11)
2. “Mansão Paz” – Todas as civilizações que antecederam a glória ocidental nos tempos modernos consagraram especial atenção aos problemas de além-túmulo. O Egito mantinha incessante intercâmbio com os trespassados e ensinava que os mortos sofriam rigoroso julgamento entre Anúbis, o gênio com a cabeça de chacal, e Hórus, o gênio com cabeça de gavião, diante de Maât, a deusa da justiça, que decidia se as almas deveriam ascender ao esplendor solar ou voltar aos labirintos da provação na Terra, em corpos deformados e vis.
Os hindus admitiam que os desencarnados, conforme as resoluções do Juiz dos Mortos, subiriam ao Paraíso ou desceriam aos precipícios do reino de Varuna, o gênio das águas, para serem insulados em câmaras de tortura, amarrados uns aos outros por serpentes infernais.
Hebreus, gregos, gauleses e romanos sustentavam crenças mais ou menos semelhantes, convictos de que a elevação celeste era reservada aos Espíritos retos e bons, puros e nobres, guardando-se os tormentos do inferno para quantos se rebaixavam na perversidade e no crime, nas regiões de suplício, fora do mundo ou no próprio mundo, através da reencarnação em formas envilecidas pela expiação e pelo sofrimento. Essas palavras, ditas por Druso, diretor da “Mansão Paz”, encantavam André Luiz e Hilário, que ali estavam em visita.
O estabelecimento, localizado nas regiões inferiores, era uma espécie de mosteiro São Bernardo, com a diferença de que, em lugar da neve, circundava-o uma sombra espessa. Vinculado à colônia “Nosso Lar”, o pouso fora fundado havia mais de três séculos e se dedicava a receber Espíritos infelizes ou enfermos, decididos a trabalhar pela própria regeneração, elevando-se uns a colônias de aprimoramento na Vida Superior, e retornando outros à esfera dos homens para a reencarnação retificadora. (Capítulo 1, pp. 13 e 14)
3. A tempestade – O casario enorme que forma a “Mansão Paz”, semelhante a vasta cidadela instalada com todos os recursos de segurança e defesa, mantém setores de assistência e cursos de instrução, nos quais médicos e sacerdotes, enfermeiros e professores encontram, depois da morte terrestre, aprendizados e quefazeres da mais elevada importância.
A Terra é para nós – asseverou Druso – “valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste”. “Por isso, há que sustentar a luz do amor e do conhecimento, no seio das trevas, como é necessário manter o remédio no foco da enfermidade.” Nesse momento, André reparava, através do material transparente de larga janela, a convulsão da Natureza.
Uma ventania ululante, carreando consigo uma substância escura, semelhante à lama aeriforme, remoinhava com violência, à maneira de treva encachoeirada, e do corpo monstruoso daquele turbilhão terrível surdiam rostos humanos em esgares de horror, vociferando maldições e gemidos.
Apareciam de relance, jungidos uns aos outros como vastas correntes de criaturas agarradas entre si, em hora de perigo, na ânsia instintiva de dominar e sobreviver. Hilário indagou, então, ao diretor do abrigo: “Por que não descerrar as portas aos que gritam lá fora?
Não é este um posto de salvação?” Sensibilizado, Druso respondeu-lhe: “Sim, mas a salvação só é realmente importante para aqueles que desejam salvar-se”. E prosseguiu: “Para cá do túmulo, a surpresa para mim mais dolorosa foi essa, o encontro com feras humanas, que habitavam o templo da carne, à feição de pessoas comuns. Se acolhidas aqui, sem a necessária preparação, atacar-nos-iam de pronto, arrasando-nos o instituto de assistência pacífica. E não podemos esquecer que a ordem é a base da caridade”. Logo após, o Instrutor aduziu:
“Somos hoje defrontados por grande tempestade magnética, e muitos caminheiros das regiões inferiores são arrebatados pelo furacão como folhas secas no vendaval”. Druso explicou então que raros deles guardavam consciência desse fato, porque as criaturas que se mantêm assim desabrigadas, depois do túmulo, são aquelas que não se acomodam com o refúgio moral de qualquer princípio nobre. (Capítulo 1, pp. 14 a 16)
4. Espíritos culpados – Aqueles Espíritos traziam o íntimo turbilhonado e tenebroso, qual a própria tormenta, em razão dos pensamentos desgovernados e cruéis de que se nutriam. “Odeiam e aniquilam, mordem e ferem”, informou o diretor. Alojá-los ali seria o mesmo que asilar tigres desarvorados entre fiéis a orar num templo.
Felizmente, essa fase de desvario passa com o tempo, eis que a alma, batida pelo temporal das provações, refunde-se pouco a pouco, tranquilizando-se para abraçar, por fim, as responsabilidades que criou para si mesma. André Luiz estava intrigado. “Quer dizer, então – disse ele – , que não basta a romagem de purgação do Espírito depois da morte, nos lugares de treva e padecimento, para que os débitos da consciência sejam ressarcidos…” O Instrutor foi taxativo: “Perfeitamente, o desespero vale por demência a que as almas se atiram nas explosões de incontinência e revolta. Não serve como pagamento nos tribunais divinos”.
“Cessada a febre de loucura e rebelião, o Espírito culpado volve ao remorso e à penitência. Acalma-se como a terra que torna à serenidade e à paciência, depois de insultada pelo terremoto, não obstante amarfanhada e ferida. Então, como o solo que regressa ao serviço da plantação proveitosa, submete-se de novo à sementeira renovadora dos seus destinos.”
Druso lembrou, então, que a existência humana, por mais longa, é simples aprendizado em que o Espírito reclama benéficas restrições para restaurar o seu caminho. Usando novo corpo entre os semelhantes, deve ele atender à renovação que lhe diz respeito e isso exige a centralização de suas forças mentais na experiência terrena a que, transitoriamente, se afeiçoa.
André estava curioso, e se perguntava mentalmente:
“Que tipo de Espíritos sofriam a pressão daquela tormenta?” Druso percebeu sua dúvida e, de pronto, aclarou: “Obrigado a pacientes e laboriosas investigações, por força de meus deveres, posso adiantar-lhes que às densas trevas em torno somente aportam as consciências que se entenebreceram nos crimes deliberados, apagando a luz do equilíbrio em si mesmas”. (Capítulo 1, pp. 16 a 18)
PENSAMENTO DO DIA:
Se você quiser encontrar paz e alegria neste mundo, espalhe em torno de si otimismo e bondade.
Não se deixe ficar inativo na comodidade que nada produz.
É pelo trabalho em benefício do próximo que armazenamos energias, a fim de vencer os embates da vida.
Não pare jamais, não perca as oportunidades que se apresentam diariamente de fazer o bem, para que o bem venha abundante sobre você.
Minutos de Sabedoria-237
“A VIDA É SEMPRE O RESULTADO DAS NOSSAS ESCOLHAS.”
CHICO XAVIER
Lição N.20. Eles também
Reunião pública de 11/3/1960 Questão nº 217
Compadece-te dos médiuns de todas as procedências, mas, notadamente, daqueles que abraçam no serviço a estrada do aprimoramento e da redenção.
Sabes que a existência te pede o exato desempenho das próprias obrigações.
Eles também.
Compreendes que é preciso disciplinar o tempo, a fim de que não caias no descrédito de ti mesmo.
Eles também.
Não estimarias explorar a bolsa alheia, quando podes e deves viver à custa do próprio esforço.
Eles também.
Não ignoras que tentarias, debalde, ensinar a outrem o acesso à virtude sem base no bom exemplo, começando na tua própria casa.
Eles também.
Sofrerias, decerto, se alguém te exilasse do trabalho digno, lançando-te à zombaria e ao desapreço.
Eles também.
Não podes dar o tempo todo ao Ideal, porquanto não te encontras livre de compromissos ante as rotas humanas.
Eles também.
Vives num corpo, suscetível de queda na enfermidade, muita vez carecente de remédio e socorro e sempre necessitado de higiene e alimentação.
Eles também.
Percebendo que não podes satisfazer irrestritamente e reconhecendo que a construção do bem é sementeira e seara de todos, agradeces, feliz, a desculpa espontânea do próximo, diante de tuas faltas Involuntárias.
Eles também.
* Ajudemos aos companheiros da mediunidade em nossos templos de confraternização e de amor.
Qual nos acontece, eles também trazem consigo as raízes profundas do pretérito sombrio, afrontados por enigmas do sentimento a lhes desafiarem a fé.
Eles também são seres humanos, em conflito consigo mesmos.
Também lutam. Também choram. Também erram. Também sofrem.
Como nós mesmos, não precisam de elogios e homenagens, mas sim de apoio e compreensão para que venham a caminhar entre sombras menores, já que todos nós, encarnados e desencarnados, em atividade na Terra, respiramos ainda muito distantes da Grande Luz.
Auxiliemo-los, assim, na execução dos próprios deveres, dentro dos moldes da disciplina e da ordem, do trabalho correto e do respeito à consciência tranquila, que desejamos para nós mesmos, porque o fruto perfeito não é obra sublime apenas da vigilância e da obediência da árvore, mas também do carinho e da paciência que brilham nas mãos do cultivador.
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier do livro Seara dos Médiuns
Se eu fosse casa escolhia ser janela.
Porque a janela é da casa o que não é, o vazio onde ela sonha ser mundo.
Mia Couto
O PERDÃO
Escrever sobre o perdão pode ser um tanto desafiador, já que esse comportamento é visto como um ato voluntário fácil de resolver. Ao perdoar uma situação ou pessoa nos libertamos de um imenso peso que nos prende a algo que machuca e corrói a alma. Temos pensamentos de tristeza, lembramos com pesar e dificilmente enxergamos o quanto seria libertador abrir mão desse sentimento.
Cultivamos a ideia de que ao perdoarmos o agressor estaremos concordando com o mesmo e isso é inconcebível visto o estrago que o sentimento de dor e raiva proporciona, envolvendo nosso orgulho, empatia, apego e valores pessoais. Nós nos pegamos pensando em como soltar algo que proporcionou tanta dor, que nos machucou a ponto de mudar até o nosso comportamento e nossas relações com as outras pessoas.
Nós nos apegamos tanto a situação que nos machucou que deixá-la ir seria largar algo valioso, tamanho significado que damos a mesma. Um processo complexo que vai além do nosso racional. E o que fazer diante dessa situação? Como perdoar algo que promove tanto desajuste interno?
O que não percebemos é o quanto ficar preso a experiências ruins do passado nos faz mais mal do que bem. O constante relembrar só fará com que todo o estresse se manifeste novamente, um constante reeditar da situação. Memórias doloridas não farão com que a nossa vida melhore, não construirá um passado diferente.
Outro ponto a ser pensado é sobre nossa responsabilidade em relação ao fato que nos machucou, pois, às vezes, nos colocamos em situação difícil gerando uma reação do outro que nos magoa. O estrago aconteceu por termos de alguma forma participado, seja também agredindo, difamando, provocando e até confiando em alguém que não merecia. Como se perdoar nesse caso?
Quando conseguimos entrar em contato com os nossos sentimentos vamos identificando os gatilhos emocionais que a situação em questão promove, olhando com compaixão e empatia, não só em relação a nós mesmo, mas ao outro também.
É preciso se colocar no lugar do outro, entender como se comporta, a história de vida e todo o contexto da situação. Parar de olhar somente para a nossa dor, ampliar o olhar. Nesse processo vamos conseguindo liberar esses momentos de tristeza, de mágoa, mas lembrando que para isso acontecer temos que nos dar a chance de compreender mais profundamente toda situação.
Sim, perdoar o que nos causou dor é muito desafiador, mas lhes convido a pensar sobre o assunto, revisitar essas situações de sua vida e permitir que o amor dentro de você seja mais forte do que qualquer situação externa. Somente assim seguirá a vida livre, leve e em paz, mas é importante se lembrar de que a escolha de segurar ou deixar ir é uma decisão interna.
Por Luciana Kotaka
Perdoar:
Esta atitude pode aumentar sua felicidade!
Perdoar é uma atitude nobre. Principalmente para quem sofreu uma traição ou algum tipo de violência. Certas situações deixam marcas profundas em qualquer pessoa. E, com isso, uma mágoa grave e um grande rancor se instalam. Logo, perdoar pode se tornar algo difícil e até mesmo improvável.
Mas você sabia que guardar rancor por um tempo prolongado gera sérias implicações em nosso bem-estar emocional, mental e físico? Quando alguém nos faz o mal, o melhor remédio para isso é perdoar.
No entanto, essa difícil tarefa precisa ser aprendida e exercitada. Sabemos que não se trata de algo tão simples e que essa atitude não pode ser subestimada.
Por isso, devemos entender que perdoar não significa livrar o outro da culpa. Tampouco esquecer o que aconteceu. Significa deixar o sofrimento ir embora. E leva tempo até que estejamos prontos para aprender a perdoar.
Antes disso, porém, devemos entender o que é, de fato, o perdão. Continue a leitura e descubra como aprender a perdoar pode fazer toda a diferença para alcançar mais felicidade na sua vida!
Perdoar as falhas dos outros pode ser desafiador, mas é um gesto poderoso de empatia e compreensão.
Quando perdoamos, não só liberamos a outra pessoa, mas também nos libertamos de sentimentos negativos que podem nos prender.
O perdão não significa esquecer ou justificar o erro, mas aceitar que todos, em algum momento, falham e que a compreensão pode abrir portas para relacionamentos mais saudáveis e uma paz interior mais profunda.
SOBRE O PERDÃO…
Deus, segundo a maioria das tradições cristãs, perdoa por meio de sua misericórdia, graça e amor. O perdão de Deus geralmente é visto como um ato de bondade incondicional, mas há certas atitudes ou condições que são frequentemente mencionadas para que o perdão divino ocorra:
1. Arrependimento sincero: Deus perdoa aqueles que verdadeiramente se arrependem de seus pecados. O arrependimento envolve reconhecer o erro, sentir tristeza genuína por tê-lo cometido e ter o desejo de não mais repeti-lo.
2. Confissão: Muitas tradições cristãs ensinam que confessar os pecados, seja diretamente a Deus em oração ou por meio de um líder espiritual (como um padre), é importante para receber o perdão.
3. Fé em Jesus Cristo: No cristianismo, acredita-se que o sacrifício de Jesus na cruz foi a maneira pela qual Deus proporcionou perdão para os pecados da humanidade. Acreditar e confiar em Jesus como Salvador é um passo essencial para receber esse perdão.
4. Mudança de comportamento: O verdadeiro perdão de Deus é acompanhado por uma mudança de coração e atitude. A pessoa perdoada deve buscar viver de acordo com os ensinamentos divinos.
5. Perdão aos outros: A Bíblia ensina que aqueles que buscam o perdão de Deus também devem estar dispostos a perdoar os outros, conforme exemplificado no Pai Nosso: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mateus 6:12).
Em resumo, o perdão de Deus é um presente que Ele oferece a todos que se arrependem, confessam seus erros e procuram viver em harmonia com sua vontade.
ORAÇÃO AO ARCANJO RAFAEL
Glorioso e poderoso Arcanjo Rafael, você que é o remédio do Deus vivo, peço que me guie nessa jornada que será de aprendizado e purificação, me ajude a reconhecer sempre essas lições que me libertarão de toda culpa, preocupação e pensamentos negativos.
Seja meu guia no caminho da salvação, na rota do amor divino para que seja refletido em toda a bela criação, poder, regeneração e cura de Deus.
Peço que seja meu parceiro e meu apoio nesta jornada que faço pela vida.
Cerque-me com essa cor verde que dá esperança e cura ao corpo e à alma, derrame seu santo remédio de luz sobre todo o meu ser.
Graças dou-te Amado Arcanjo por teu amor curador e companhia curativa nesta longa jornada do corpo, para assim encontrar essa união com a alma que tanto desejo, segundo a bela vontade de Deus.
Amém! OBRIGADO, OBRIGADO.
BOM DIA DE REFLEXÕES!
Quem não cuidou, não pode esperar ser cuidado. Quem não foi capaz de apoiar, não pode esperar ser amparado.
Quem não teve uma palavra para quem a aguardava, não pode esperar nada a não ser silêncio.
Quem não soube estar perto, não pode esperar senão distância. Quem não soube abraçar, não pode esperar senão braços cruzados.
Quem não soube estar presente, não pode esperar ser visitado. O amor não é uma obrigação. Não é algo só porque sim. Quem não valorizou, não pode esperar ter valor para quem ignorou.
Quem só foi capaz de agredir, não pode esperar carinho.
Quem esperava poder humilhar contando que essa humilhação fosse esquecida, enganou-se.
Às vezes, sim, o tempo enfraquece a memória, mas aquilo que o coração guarda nunca se perde. Para o bem e para o mal.
Os corações nunca esquecem. Quem nunca mostrou disponibilidade, quem nunca esteve para o que desse e viesse, não pode esperar receber amor de volta.
O amor só regressa a quem o soube dar, o amor só regressa de livre vontade. Ninguém ama à força.
Elisabete Bárbara
“O nosso tesouro está onde está nosso coração!” Jesus.
Estejam os nossos envoltos na paz e no amor do nosso Pai!
Que a paz e o amor de Deus estejam com todos nós nesta noite.
Que possamos descansar com o coração tranquilo, sabendo que o dia que passou foi mais uma oportunidade de aprendizado e bênçãos.
Que nossos sonhos sejam serenos e inspiradores, e que o amanhã nos traga novas chances de realizar nossos planos e compartilhar momentos especiais juntos.Tenham uma noite abençoada, cheia de gratidão e esperança!
Que Deus proteja e guarde todos nós com carinho e fé”
“Para cada momento dessa noite! Eu te desejo…olhos de gratidão! Para que consiga enxergar …o espetáculo que é a vida! Diante da grandeza de DEUS.”
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