Boa Noite Eu Sou o bom Pastor e Conheço as Minhas Ovelhas

bom pastor

Boa Noite!

 

Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.
Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.
Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.
Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai.

 

João 10:14-18

Deus abençoe ricamente você e família.!

servir

A ovelha perdida

 

A humanidade conhece, admira e respeita, no campo religioso, vultos que, até entenderem e aceitarem o Cristo, poderiam ser, ainda que de forma equivocada, considerados inconvertíveis. A história de todos eles retrata uma luta íntima, caracterizada por um período de transição em que, ao despertarem para a verdade do Cristo, convertem-se em apaixonados pela Luz. Figuras que buscam honrar a obra e o pensamento de Jesus, entender-lhe a divina vontade e viver-lhe os ensinamentos: Paulo de Tarso, Madalena ou Maria de Magdala, Zaqueu… Em cada um deles, vimos o despertar, a conscientização e a transformação através do Cristo.
Para cada um deles não bastou, como não basta para nenhum de nós, apenas o arrependimento dos atos praticados, porque este é só o primeiro passo. É preciso ir além, e eles foram. Regeneraram-se, transformaram-se e resgataram, até o último centavo, seus débitos com a lei divina. Foram salvos por Jesus, porque assim desejaram.
O tema em pauta fala de salvação, de amparo e da não desistência do Amado Mestre para nos acordar. A Parábola da Ovelha Perdida ou Desgarrada, base das nossas reflexões, é semelhante à Parábola da Dracma Perdida, e pode também ser entendida na Parábola do Filho Pródigo.
No Evangelho de Lucas, capítulo 15, versículos 4 a 7, Jesus coloca a seguinte pergunta aos discípulos e ao povo que o ouviam: “Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai atrás da perdida até que venha a achá-la? E achando-a, coloca-a sobre os ombros. E chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”.
Podemos compreender que, assim como um pastor se aflige e sai à procura de uma só de suas ovelhas que não tenha penetrado o redil, e por fim a encontra, e alegrando-se com isso a traz de volta, porque todas merecem o seu cuidado e por todas se sacrifica, também quando um homem se desvia do caminho certo, a palavra do Senhor o alcança, e se é ouvida, o fato é comemorado, porque há sempre alegria quando o evangelho atinge um coração e ele se redime.
Todos nós teremos esse momento glorioso. Para todos nós aplicam-se as palavras do dito popular de que o fruto só amadurece quando chega seu tempo, pois assim como o Mestre resgatou Madalena à beira do abismo, dos vícios e da vaidade, tirou Zaqueu no despenhadeiro da ganância, Judas Iscariotes sobre as escolhas perigosas que estava fazendo, os mensageiros do Cristo buscam todos aqueles em iminentes quedas nos vícios e na miséria moral.
Os enviados do Alto estão, constantemente, “advertindo todos os seres encarnados que se defrontam com problemas agudos do crime, da intemperança e da revolta”.¹ Paulo de Tarso encontrou Jesus, já em Espírito, na estrada de Damasco, convidando-o a abandonar o fanatismo e a perseguição que fazia aos cristãos. Assim também os enviados do Cristo agem, constante e abnegadamente, para erradicar a fé cega e a intolerância religiosa em que os seres humanos estão mergulhados.
Sabemos que o corpo material denso, que abriga o Espírito, é um imenso obstáculo à assimilação desses conselhos. Todavia, é nos momentos de reflexão e repouso, em que os laços materiais que unem corpo e Espírito são afrouxados, que esses amigos dedicados ao bem têm condição de se fazerem sentir, hora em que suas influências benfazejas nos alcançam.
O convite de Jesus a Paulo não foi, portanto, apenas para ele, mas para toda a humanidade.
A afirmação do Mestre de que há mais alegria no céu por um homem que se arrepende de seus atos, do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento, joga por terra a crença inaceitável da condenação eterna e irremissível das almas.
O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo 27, itens 20 e 21, mostra que, segundo o dogma da eternidade absoluta das penas, nem os remorsos e o arrependimento são considerados a favor do homem que errou nas suas escolhas. Para ele, todo o desejo de melhorar-se é inútil; está condenado a permanecer eternamente no mal.
Todavia, a lei divina é justa, equitativa e misericordiosa, e não fixa nenhuma duração para a pena, qualquer que seja ela. Assim, o Evangelho é claro quando afirma que:
1 – O homem sofre as consequências de suas faltas; não há uma única infração à lei de Deus que não tenha efeitos dolorosos;
2 – A severidade desses efeitos é proporcional à gravidade da falta;
3 – A duração deles, para qualquer falta, é indeterminada, pois fica subordinada ao arrependimento e ao seu retorno ao bem;
4 – É necessária, também, a reparação da infração à lei de Deus. É por isso que nós nos vemos submetidos a novas provas, nas quais podemos sempre, pela nossa vontade de fazer o bem, reparar o mal anteriormente praticado.
Como podemos perceber, não basta querer modificar-se. É imprescindível que haja vontade real e firme decisão de não mais abandonar o rebanho.
Deus é Pai de Amor, e Ele “não deseja a morte do ímpio, não quer a condenação do ingrato, do injusto, mas sim a sua regeneração, a sua salvação, a sua vida, a sua felicidade”², ainda que para isso ele tenha que retornar à Terra, tantas vezes quantas forem necessárias, trazendo no seu corpo as marcas do seu débito com a lei divina.
Apesar de tudo isso, sua salvação é tão certa como a da ovelha perdida e lembrada na parábola, “porque todos que arrastam o peso da dor, os guias e protetores os assistem para conduzi-los ao porto seguro” ³ do amor de Deus.
Em O Livro dos Espíritos, da questão 1007 a 1009, Allan Kardec coloca uma série de dúvidas aos Espíritos Superiores que merecem destaque, e uma delas é a seguinte: pergunta o codificador se existem Espíritos que jamais se arrependem. Respondem os amigos dos planos espirituais mais elevados que muitas vezes o arrependimento é tardio, mas pretender que jamais melhorem seria negar a Lei do Progresso e dizer que a criança não pode se tornar adulta. Lembram-nos que Deus não deseja senão o bem de Suas criaturas, aceita sempre o arrependimento e o desejo de melhorar nunca é estéril.
Concluem os Espíritos Superiores que por isso as penas impostas jamais poderiam ser eternas. Que isso seria a negação da bondade de Deus, lembrando-nos, mais uma vez, que a eternidade das penas corresponde à eternidade do mal. Então, enquanto existir o mal entre os homens subsistirão também as penas. A eternidade é, portanto, relativa e não absoluta.
A Parábola da Ovelha Perdida dirige-se a todos nós: ao rico avarento e egoísta; ao pobre revoltado; ao pai que não educa; ao filho ingrato; ao homem preguiçoso e ao juiz parcial.
Dirige-se também aos que têm o dever de pregar as verdades divinas e não o fazem; aos cônjuges que traem, em todos os aspectos, os compromissos assumidos com os companheiros de jornada; aos falsários, sonegadores, ciumentos, invejosos, e a todos aqueles que enveredaram pela porta larga da devassidão e da falta de respeito pelos direitos alheios.
Mas dia virá, prosseguem os Espíritos Iluminados, orientando-nos a jornada, em que todos os homens se revestirão, pelo arrependimento, da roupagem da inocência, e nesse dia não haverá mais sofrimentos.


Bibliografia:
 

1 – GODOY, Paulo Alves. As Maravilhosas Parábolas de Jesus, 9ª ed., Edições FEESP, SÂO PAULO/SP – “A Parábola da Ovelha Perdida” – 2008 – p. 31.
2 – SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e Ensinos de Jesus, 14ª ed., Casa Editora O Clarim, MATÃO/SP – Primeira Parte, 1997 – p. 18.
3 – GODOY, Paulo Alves. Idem.
Consulta: PERALVA, Martins. O Evangelho Puro, Puro Evangelho, Editora Vinha de Luz – BELO HORIZNTE/MG – “A Conversão de Saulo” – 2009 – p. 211.

muita paz

Oração

Senhor!

 

Os homens reúnem-se no mundo para pedir, reclamar, maldizer; legiões humanas devotadas à fé entregam-se para que as comandes; multidões sintonizam Contigo buscando servir-Te.
Permite-nos agora um espaço para a gratidão por estes dias de entendimento fraternal que vivemos na Casa que nos emprestastes para o planejamento das atividades evangélicas do futuro.
Como não estamos habituados a agradecer e louvar sem apresentar o rol das nossas súplicas permite-nos fazê-lo de forma diferente.
Quando quase todos pedem pelos infelizes, nós nos atreveremos a suplicar pelos infelicitadores; quando os corações suplicam em favor dos caídos, dos delinquentes, dos que se agridem, nós nos propomos a interferir em benefício dos que fomentam as quedas, os delitos e a violência; quando os pensamentos se voltam para interceder pelos esfaimados, os carentes, os desiludidos, nós nos encorajamos a formular nossas rogativas por aqueles que respondem por todos os erros que assolam a Terra, estabelecendo a miséria social, a falência moral e a derrocada nas rampas éticas do comportamento.
Não Te queremos pedir pelas vítimas de todos os matizes, senão, pelos seus algozes, os que entenebreceram os sentimentos, a consciência e a conduta, comprazendo-se, quais chacais sobre os cadáveres dos vencidos.
Tu que és o nosso Pastor e prometeste apoio a todas as ovelhas, tem misericórdia deles, os irmãos que se cegaram a si mesmos e, ensandecidos, ateiam as labaredas do ódio na Terra e fomentam as desgraças que dominam no Mundo.
Tu podes fazê-lo, Senhor, e é por isto que, em Te agradecendo todas as dádivas da paz que fruímos, não nos podemos esquecer desses que ardem nas labaredas cruéis da ignorância, alucinados pelos desequilíbrios que os tornam profundamente desditosos.
Retira dos nossos sentimentos de amor a cota melhor e canaliza-a para os irmãos enlouquecidos na volúpia do prazer, que enregelaram o coração longe dos sentimentos de humanidade e que terão que despertar, um dia, sob o látego da consciência que a ninguém poupa.
Porque já passamos, em épocas remotas, por estes caminhos, é que Te suplicamos por eles, os irmãos mais infelizes que desconhecem a própria desdita.
Quanto a nós, ensina-nos a não fruir de felicidade enquanto haja na Terra e na Pátria do Cruzeiro os que choram, os que se debatem nos desvãos da perturbação, e, consciente ou inconscientemente, Te negam a sabedoria, o amor e a condução de ternura como Pastor de nossas vidas.
Quando os Teus discípulos, aqui reunidos, encerramos esta etapa, damo-nos as mãos, e, emocionados, repetimos como os mártires do passado: – Ave Cristo! Em Tuas mãos depositamos nossas vidas, para que delas faças o que Te aprouver, sem nos consultar o que queremos, porque só Tu sabes o que é de melhor para nós.
Filhos da alma: que vos abençoe o Pai de Misericórdia e que Jesus permaneça conosco são os votos do servidor humílimo e paternal de sempre.

 

Divaldo Pereira Franco. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, na manhã de 18.11.1990, no encerramento da reunião do Conselho Federativo Nacional, em Brasília, DF.

BOA NOITE SEGUIR

Apascenta

“Apascenta as minhas ovelhas.” Jesus (João, 21:17)
Significativo é o apelo do Divino Pastor ao coração amoroso de Simão Pedro para que lhe continuasse o apostolado.
Observando na Humanidade o seu imenso rebanho, Jesus não recomenda medidas drásticas em favor da disciplina compulsória.
Nem gritos, nem xingamentos.
Nem cadeia, nem forca.
Nem chicote, nem vara.
Nem castigo, nem imposição.
Nem abandono aos infelizes, nem flagelação aos transviados.
Nem lamentação, nem desespero.
“Pedro, apascenta as minhas ovelhas!”
Isso equivale a dizer: – Irmão, sustenta os companheiros mais necessitados que tu mesmo.
Não te desanimes perante a rebeldia, nem condenes o erro, do qual a lição benéfica surgirá depois.
Ajuda ao próximo, ao invés de vergastá-lo.
Educa sempre.
Revela-te por trabalhador fiel.
Sê exigente para contigo mesmo e ampara os corações enfermiços e frágeis que te acompanham os passos.
Se plantares o bem, o tempo se incumbirá da germinação, do desenvolvimento, da florescência e da frutificação, no instante oportuno.
Não analises, destruindo.
O inexperiente de hoje pode ser o mentor de amanhã.
Alimenta a “boa parte” do teu irmão e segue para diante.
A vida converterá o mal em detritos e o Senhor fará o resto.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 19.

FAZER AMIGOS

 

No Quadro Real

 

“Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu do mundo não sou.” – Jesus. (JOÃO, capítulo 17, versículo 14.)
Aprendizes do Evangelho, à espera de facilidades humanas, constituirão sempre assembléias do engano voluntário.
O Senhor não prometeu aos companheiros senão continuado esforço contra as sombras até à vitória final do bem.
O cristão não é flor de ornamento para igrejas isoladas. É “sal da Terra”, força de preservação dos princípios divinos no santuário do mundo inteiro.
A palavra de Jesus, nesse particular, não padece qualquer dúvida:
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Amai vossos inimigos.
Orai pelos que vos perseguem e caluniam.
Bendizei os que vos maldizem.
Emprestai sem nada esperardes.
Não julgueis para não serdes julgados.
Entre vós, o maior seja servo de todos.
Buscai a porta estreita.
Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos.
No mundo, tereis tribulações.”
Mediante afirmativas tão claras, é impossível aguardar em Cristo um doador de vida fácil. Ninguém se aproxime dEle sem o desejo sincero de aprender a melhorar-se. Se Cristianismo é esperança sublime, amor celeste e fé restauradora, é também trabalho, sacrifício, aperfeiçoamento incessante.
Comprovando suas lições divinas, o Mestre Supremo viveu servindo e morreu na cruz.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 169.

BOA NOITE VENCER

Holocausto a Fé

 

A mensagem rutilante avançava gloriosa por quase todo o Império.
No Oriente, a palavra alcançara o Egito, Bizâncio, Cartago, Líbia e se ampliara imensamente em Israel, mesmo sob perseguições insanas… No Ocidente, galvanizava as vidas que se dedicavam a Jesus, pela imensidão da Espanha, das Gálias, da Península Itálica e, particularmente na Capital do Império, com incomparáveis demonstrações de fidelidade que culminava com o sacrifício da própria vida, abalando as estruturas hegemônicas das Legiões…
Depois das calamitosas perseguições que se prolongaram com mais ou menos vigor, Roma havia amenizado o cerco à doutrina do Crucificado, e embora não fosse aceita legalmente, conseguira erguer igrejas, difundir os ensinamentos, publicar as lições incomparáveis do Mestre, realizar reuniões…
Penetrando as classes dominantes, era praticada por comandantes de algumas tropas e seus soldados, por governantes de cidades e pelo povo…
Diocleciano, após muitas lutas sangrentas assumira a governança geral de todo o Império em 284, embora dividisse alguma regiões com outros guerreiros, logo percebendo o perigo que ameaçava a unidade de Roma, que se espalhava por, praticamente, todo o mundo conhecido, porquanto, não poucos generais e comandantes de legiões vinculados à fé cristã, recusavam-se a guerrear, não matando quem quer que fosse, e a impor as leis severas que se faziam necessárias para impedir as sedições e a fragmentação.
Advertido, mais de uma vez, por alguns generais pagãos que se opunham à fraternidade e à doutrina contrária aos deuses das suas tradições politeístas, encomendou o primeiro Édito, firmado no dia 23 de fevereiro de 303, data reservada à celebração da festa da Terminália, que se tratava de homenagear o deus Terminus, protetor das famílias e das fronteiras, coibindo a expansão da doutrina cristã, autorizando a queima dos documentos da fé nascente e a punição dos que se opunham a atender aos deveres do Estado…
A seguir, mandou preparar mais dois Éditos, que se transformaram em instrumento de perseguição sistemática e cruel, variando de acordo com a região em que eram aplicados, caracterizando o pior e mais perverso período enfrentado pelos novos cristãos.
As mais terríveis técnicas foram aplicadas para que abjurassem a fé e homenageassem os deuses.
Os holocaustos ficariam célebres pela rudeza da aplicação das penas, especialmente nos líderes das igrejas como em relação ao poviléu.
Propunha-se que abjurassem a crença e teriam a benevolência do Imperador. Mas quase todos, à exceção de um pequeno número de apóstatas, permaneceram fiéis e estoicamente enfrentaram os algozes perdoando-os como fizera Jesus.
Em Antioquia, como em Roma, alongando-se pelas províncias, mesmo as mais distantes da Capital, os cristãos eram queimados vivos em grelhas e postes, decapitados, empalados, atirados às feras, mandados ao trabalho forçado em minas perigosas de onde nunca poderiam sair com vida…
Um pouco antes, por volta do ano 286, Maximiano avançou com a Legião Tebana que fazia parte do seu exército, conseguindo a vitória almejada. Por ocasião do retorno a Agaunum, na Suíça, Maximiano, exultante, impôs que todo o exército deveria homenagear os deuses e fazer sacrifícios, coroando os atos com a proposta de execução de alguns cristãos que estavam aprisionados.
Ocorreu o inesperado, porque a Legião Tebana, comandada pelo capitão Maurício, negou-se a fazê-lo, já que era constituída de cristãos, não atendendo à imposição de celebrar os ritos impostos…
Contrariado, Maximiano impôs que a Legião fosse dizimada, isto é, um entre dez soldados fosse assassinado. Ninguém recuou, e o processo hediondo prosseguiu até a destruição da Legião, inclusive, com a morte do seu comandante, ampliando-se por outras partes do Império…
Diocleciano e os seus sequazes, logo após o primeiro Édito, destruíram igrejas, e somente não as incendiaram porque receavam o alastramento das chamas, tendo em vista, que as mesmas haviam sido construídas ao lado de grandes edifícios.
É nesse período de hediondez que desaparecem os preciosos documentos originais que narram a história do Evangelho e do suave Rabi, todos ou quase todos reduzidos a cinzas…
Essa página de hediondez histórica permaneceu em atividade perversa por dez anos, somente sendo modificada no dia 13 de junho de 313, quando Constantino e Licínio propuseram o Édito de Milão, iniciando-se uma nova era para a fé cristã.
A liberalidade do novo Imperador logo transformou o Cristianismo em doutrina do Estado, conspurcando a pureza do comportamento moral dos seus adeptos, ceifando a humildade e a simplicidade nascidas na Manjedoura de Belém, tornando-o poderoso e infiel.
Ao longo do tempo, a fim de manter a autoridade e o poder terrenos, face à perda dos valores morais, os seus escritores e copistas adulteraram os fatos, interpolaram as informações, falsificaram os ensinamentos, criaram dogmas ultrajantes, compatíveis com as formulações políticas e arbitrárias, dando lugar às lamentáveis perseguições aos herejes que eram todos aqueles que não compactuavam com os absurdos estabelecidos pelo Papa e pelo Colégio dos Cardeais, assim como pelos membros da organização em defesa da fé…
As inqualificáveis Cruzadas são as heranças absurdas da temeridade do poder dos Papas e Reis alucinados pelas glórias do mundo, mais tarde ampliadas pela Inquisição que se utilizou dos mesmos métodos que Diocleciano usara, aprimorados pela volúpia da loucura humana que se alastrava…
Foi transformada a mensagem em força de destruição contra os judeus e os mouros, contra os albigenses, que tinham também direito à vida, por serem as outras ovelhas que não eram do rebanho, conforme se referira Jesus.
O inevitável progresso, porém, através dos tempos futuros rompeu a densa treva da ignorância e da alucinação, libertando os asfixiados ideais humanos de liberdade, de fraternidade e de dignidade, ao tempo em que o ser humano alcançou e compreendeu as leis do Universo, relegando ao olvido a presunção e prepotência dogmáticas…
Novos tempos, novos conteúdos comportamentais e decadência da fé cristã, dividida, na atualidade, pelo fanatismo dos neopentecostalistas e dos indiferentes vinculados à tradição, deixando as massas sofredoras ao abandono e à desordem moral.
Nada obstante, graças ao advento de O Consolador, renasce a mensagem dúlcida e simples de Jesus, evocando o sublime Amigo, que prossegue convidando aqueles que O amam ao holocausto pela fé e à abnegação na tarefa do amor em todas as suas dimensões.
Os cristãos novos, sem dúvida, os mesmos que antes conspurcaram a nobre doutrina, encontram-se na liça, buscando restaurar a pulcritude do Evangelho, promovendo o ser humano e construindo a nova era, não estando indenes ao holocausto, certamente diverso daquele do passado, como forma de reabilitação em testemunho de fidelidade e de honradez.
Que se façam dignos da nova investidura libertadora, são os votos que formulamos todos aqueles que os antecipamos na experiência redentora e iluminativa!

 

Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Vianna de Carvalho. Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 21 de dezembro de 2011, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.

BOA NOITE

Dor e Coragem

Na Terra todos temos inimigos. Todos, sem exceção. Até Jesus os teve. Mas isso não é importante. Importante é não ser inimigo de ninguém, tendo dentro da alma a dúlcida presença do incomparável Rabi, compreendendo que o nosso sentido psicológico é o de amar indefinidamente.
Estamos no processo da reencarnação para sublimar os sentimentos. Por necessidade da própria vida, a dor faz parte da jornada que nos levará ao triunfo.
É inevitável que experimentemos lágrimas e aflições. Mas elas constituem refrigério para os momentos de desafio. Filhos da alma, filhos do coração!
O Mestre Divino necessita de nós na razão direta em que necessitamos dEle. Não permitamos que se nos aloje no sentimento a presença famigerada da vingança ou dos seus áulicos: o ressentimento, o desejo de desforçar-se, as heranças macabras do egoísmo, da presunção, do narcisismo. Todos somos frágeis. Todos atravessamos os picos da glória mas, também, os abismos da dor.
Mantenhamo-nos vinculados a Jesus. Ele disse que o Seu fardo é leve, o Seu jugo é suave. Como nos julga Jesus? Julga-nos através da misericórdia e da compaixão.
…E o Seu fardo é o esforço que devemos empreender para encontrar a plenitude.
Ide de retorno a vossos lares e levai no recôndito dos vossos corações a palavra libertadora do amor. Nunca revidar mal por mal. A qualquer ofensa, o perdão. A qualquer desafio, a dedicação fraternal. O Mestre espera que contribuamos em favor do mundo melhor, com um sorriso gentil, uma palavra amiga, um aperto de mão.
Há tanta dor no mundo, tanta balbúrdia para esconder a dor, tanta violência gerando a dor, que é resultado das dores íntimas.
Eis que Eu vos mando como ovelhas mansas ao meio de lobos rapaces, disse Jesus. Mas virá um dia, completamos nós outros, que a ovelha e o lobo beberão a mesma água do córrego, juntos, sem agressividade.
Nos dias em que o amor enflorescer no coração da Humanidade, então, não haverá abismo, nem sofrimento, nem ignorância, porque a paz que vem do conhecimento da Verdade tomará conta de nossas vidas e a plenitude nos estabelecerá o Reino dos Céus.
Que o Senhor vos abençoe , filhas e filhos do coração, são os votos do servidor humílimo e paternal, em nome dos Espíritos-espíritas que aqui estão participando deste encontro de fraternidade.
Muita paz, meus filhos, são os votos do velho amigo,

 

Bezerra.
Divaldo Pereira Franco. Pelo Espírito Bezerra de Menezes. Psicofonia de Divaldo Pereira Franco, em 25 de setembro de 2011, na Creche Amélia Rodrigues, em Santo André – SP.

DEUS NOS AMA

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