Boa noite! Seguir Jesus!

BOA NOITE SER FELIZ
o homem

Seguir Jesus

 

Quantas vezes temos o crucifixo pendurado no pescoço e somos violentos no lar, no trânsito ou no trabalho. Quantas vezes fazemos o sinal da cruz ao iniciarmos o nosso dia e fechamos os olhos ao calvário de dores do nosso vizinho.
Quantas vezes temos um quadro do mestre em nossa casa e tratamos os familiares com indiferença e rispidez. Quantas vezes nos ajoelhamos nos templos religiosos em atitude de reverência ao cristo, mas com pensamentos carregados de maledicência em relação ao próximo.
Quantas vezes imploramos o perdão das ofensas trazendo no peito ressentimento sem conta. Quantas vezes choramos a coroa de espinhos colocada injustamente em Jesus, mas continuamos cravando espinhos de desamor em nós mesmo.

jesus

SEGUIR JESUS É RENUNCIAR

 

“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo. E toma a tua cruz, e me segue”.
Nossa proposta nesse singelo trabalho é refletir sobre esses dizeres do Mestre Amado que, de tão importantes, são citados pelos quatro evangelistas (Mateus, X: 38-39; Marcos, VIII: 34 a 36; Lucas, IX: 23 a 25; João, XII: 24-25).
Mas… Qual o real significado de “seguir Jesus”? O que devemos fazer para acompanhar os passos do Espírito mais esclarecido que passou pelo plano físico, e que governa o orbe terrestre?
Seguir Jesus é aplicar às nossas vidas o que Ele sugeria. É amar a Deus e ao próximo, como Ele resumiu a Lei de Deus. É perdoar, setenta vezes sete vezes. É tratar as pessoas da forma pela qual gostaríamos de ser tratados. Renunciar, portanto, ao orgulho e ao egoísmo arraigados em nós, desde milênios.
Como sabemos, Jesus foi crucificado. Paulo de Tarso foi degolado, após anos de perseguição. John Huss foi queimado, por seguir a doutrina do Cristo em sua simplicidade original, amando. Temos coragem de seguir Jesus, a ponto de nos sacrificarmos por Ele?
Seguir Jesus é renunciar aos vícios e tendências que nos prendem aos mundos materiais. Estamos em um mundo expiatório por causa de nossas imperfeições, das quais precisamos nos livrar.
Exemplo interessante dessa realidade é citado com riqueza de detalhes no livro “Renúncia”, de Emmanuel (psicografia do saudoso Chico Xavier). Alcíone, espírito elevadíssimo, renuncia aos páramos celestiais e volta ao plano denso para auxiliar uma entidade querida. Seríamos capazes de tamanha abnegação?
Precisamos assumir nossas responsabilidades, tomar as rédeas do nosso destino. Viemos ao plano físico, nessa encarnação em que a Doutrina Espírita guia nossos rumos, com tarefas a cumprir, comprometidos em transpor os obstáculos que nos dificultarão a caminhada. Temos, portanto, nossa cruz para carregar. E quanto maior for esta, maior será seu peso… E maior o mérito!
Se pensarmos que o tamanho da cruz de cada um é proporcional aos erros que cometemos no passado (remoto ou recente), deduziremos que tipo de vida levamos em outras existências. Isso nos fortalece, pois sabemos que se o passado foi tenebroso, o futuro pode ser melhor, dependendo do que fazemos hoje.
Tomemos então, irmãos espíritas, nossa cruz, sem deixar que seu peso curve nossa coluna, para que nossas vistas cansadas não percam Jesus.
André Sobreiro

a prece

Jesus e a Barca

 

Narra Mateus: – “E ajuntou-se muita gente ao pé dele, de sorte que, entrando num barco, se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia.” (Mateus: 13, 2), passando a ensinar.
A lição sugere várias reflexões, em convites oportunos para o equilíbrio do homem.
A multidão, em todos os tempos, sempre se tem apresentado esfaimada de pão, de amor, de bens diversos.
Na sua necessidade, perturba e perturba-se, tornando-se, não raro, agressiva e destruidora.
Jesus compreendia a massa humana e sabia como conduzi-la.
Atendeu-a sempre conforme as circunstâncias e de acordo com as suas aflições.
Deu-lhe as palavras de vida, concedeu-lhe pão e peixe, propiciou-lhe refazimento orgânico e equilíbrio emocional, restituindo a saúde sob diversos matizes.
Ao Seu lado, todavia, sucediam-se as multidões ávidas, exigentes.
Com frequência, após atendê-las, Ele se refugiava na solidão com Deus, orando e silenciando…
Na referida passagem evangélica, afirma-se que Ele entrou na barca, perto-longe da multidão e, após convívio elucidativo pela palavra luminosa, Ele passou para outro lugar…
Considera estes símbolos: a barca – o destino; a multidão – as tuas necessidades; o mar – a tua jornada.
O teu encontro com Jesus não é casual, porém, um compromisso adredemente estabelecido.
Ele tem conhecimento da tua rota e é o comandante da barca, que sabe conduzir com proficiência e sabedoria.
Acalma as tuas necessidades e submete-as à Sua orientação, a fim de que sigas em paz.
*
Há convites perturbadores em toda parte, conclamando-te ao desequilíbrio, e te apresentas quase ilhado no tumulto das paixões asselvajadas.
Se já consegues percebê-lO, escuta-O nos refolhos da alma, deixando que Suas mãos te conduzam a barca.
Não recalcitres, nem reclames.
Intenta aproximar-se dEle pela doçura e ação, vencendo o espaço que medeia entre ambos.
Impregna-te da vibração que Ele irradia e plenifica-te, de modo a dispensares outros alimentos que te pareçam imprescindíveis.
Quem veja Jesus não O esquecerá. Todavia, quem se deixe tocar por Ele, nunca mais viverá bem sem a Sua presença.
*
Uma mulher equivocada, sentiu-O; um jovem rico viu-O e seus destinos se assinalaram de forma diversa.
Todos os demais que Lhe sentiram a alma dúlcida, jamais foram os mesmos, tornando-se Suas cartas de luz e vida para a Humanidade.
Assim, entra com Ele na barca e não O deixes seguir a sós.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Felicidade. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 4.ed. LEAL, 2011. Capítulo 9.

BONS SONHOS

Perante Jesus

 

“E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens.” PAULO – (COLOSSENSES, 3:23.)

 

A compreensão do serviço do Cristo, entre as criaturas humanas, alcançará mais tarde a precisa amplitude, para a glorificação d’Aquele que nos segue de perto, desde o primeiro dia, esclarecendo-nos o caminho com a divina luz.
Se cada homem culto indagasse de si mesmo, quanto ao fundamento essencial de suas atividades na Terra, encontraria sempre, no santuário interior, vastos horizontes para ilações de valor infinito.
Para quem trabalhou no século?
A quem ofereceu o fruto dos labores de cada dia?
Não desejamos menoscabar a posição respeitável das pátrias, das organizações, da família e da personalidade; todavia, não podemos desconhecer-lhes a expressão de relatividade no tempo.No transcurso dos anos, as fronteiras se modificam, as leis evolucionam, o grupo doméstico se renova e o homem se eleva para destinos sempre mais altos.
Tudo o que representa esforço da criatura foi realização de si mesma, no quadro de trabalhos permanentes do Cristo. O que temos efetuado nos séculos constitui benefício ou ofensa a nós mesmos, na obra que pertence ao Senhor e não a nós outros. Legisladores e governados passam no tempo, com a bagagem que lhes é própria, e Jesus permanece a fim de ajuizar da vantagem ou desvantagem da colaboração de cada um no serviço divino da evolução e do aprimoramento.
Administração e obediência, responsabilidades de traçar e seguir são apenas subdivisões da mordomia conferida pelo Senhor aos tutelados.
O trabalho digno é a oportunidade santa. Dentro dos círculos do serviço, a atitude assumida pelo homem honrar-lhe-á ou desonrar-lhe-á a personalidade eterna, perante Jesus Cristo.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 27.

AGRADECER CARINHO

Em Serenidade

A serenidade é pedra angular das edificações morais e espirituais da criatura humana, sem a qual muito difíceis se tornam as realizações. Resulta de uma conduta correta e uma consciência equânime, que proporcionam a visão real dos acontecimentos, bem como facultam a identificação dos objetivos da vida, que merecem os valiosos investimentos da existência corporal.
Na atormentada busca do prazer, desperdiça-se o tesouro da cultura, que se converte em serva das paixões inferiores, perturbadoras, de conseqüências negativas. Quanto mais se frui do gozo, mais necessidade surge de experimentá-lo, renovando sensações que se disfarçam de emoções.
A serenidade é o estado de anuência entre o dever e o direito, que se harmonizam a benefício do indivíduo.
Quando se adquire a consciência asserenada, enfrenta-se toda e qualquer situação com equilíbrio, nunca se permitindo desestruturar. As ocorrências, as pessoas e os fenômenos existenciais são considerados nos seus verdadeiros níveis de importância, não se tornando motivo de aflição, por piores se apresentem.
A pessoa serena é feliz, porque superou os apegos e os desapegos, a ilusão e os desejos, mantendo-se em harmonia em qualquer situação. Equilibrada, não se faz vítima de extremos, elegendo o caminho do meio com decisão firme, inquebrantável.
A serenidade não é quietação exterior, indiferença, mas plenitude da ação, destituída de ansiedade ou de receio, de pressa ou de insegurança.
Jesus, no fragor de todas as batalhas, na eloquente epopeia das bem-aventuranças ou sendo crucificado, manteve a serenidade, embora de maneiras diferentes, impertérrito e seguro de si mesmo, com irrestrita confiança em Deus.
Buda, meditando em Varanasi, onde apresentou as suas Quatro Nobres Verdades ou açodado por terríveis perseguições que lhe moveram os brâmanes, seus inimigos apaixonados, permaneceu em serenidade, totalmente entregue à paz.
Jan Huss, pregando a desnecessidade de intermediários entre Deus e os homens, ou ardendo nas chamas implacáveis da fogueira a que foi condenado, manteve-se fiel, sereno, sabendo que ninguém o poderia aniquilar.
Os mártires conheceram a serenidade que o ideal lhes deu, em todas as áreas nas quais pugnaram, e, por isso mesmo, não foram atingidos pela impiedade, nem pela perseguição dos maus.
A serenidade provém, igualmente, da certeza, da confiança no que se sabe e se faz e se é.
Âncora de segurança, finca-se no solo e sustenta a barca da existência, dando-lhe tempo para preparar-se e seguir adiante.
Age sempre conforme a consciência lúcida, a fim de não caíres em conflito, perdendo a serenidade.
Estuda-te e ama-te, elegendo o melhor, o duradouro para os teus dias, e nunca recuarás. No entanto, se errares, se te comprometeres, se te arrependeres, antes que te perturbe a culpa, recompõe- te, refaze o equívoco, recupera-te e reconquista a serenidade. Sem ela experimentarás sofrimentos que poderias evitar e te impedem o avanço.
Serenidade é vida.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Saúde. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 16.

a coragem

Mudança

“Mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem ia a Jerusalém.” (Lucas, 9:53)
Digna de nota a presente passagem de Lucas.
Reparando os samaritanos que Jesus e os discípulos se dirigiam a Jerusalém, negaram-se a recebê-los.
Identificaram-nos pelo aspecto.
Se fossem viajores com destino a outros lugares, talvez lhes oferecessem hospedagem, reconforto, alegria…
Não se verifica, até hoje, o mesmo fenômeno com os verdadeiros continuadores do Mestre?
Jerusalém, para nós, simboliza aqui testemunho de fé.
E basta que alguém se encaminhe resolutamente a semelhante domínio espiritual, para que os homens comuns, desorientados e discuti dores, lhe cerrem as portas do coração.
Os descuidados, que rumam na direção dos prazeres fáceis, encontram imediato acolhimento entre os novos samaritanos do mundo.
Mulheres inquietas, homens enganadores e doentes espirituais bem apresentados possuem, por enquanto, na Terra, luzida assembléia de companheiros.
Todavia, quando o aprendiz de Jesus acorda na estrada humana, verificando que é indispensável fornecer testemunho da sua confiança em Deus, com a negação de velhos caprichos, na maior parte das vezes é constrangido a seguir sem ninguém.
É que, habitualmente, em tais ocasiões, o homem se revela modificado.
Não dá a impressão comum da criatura disposta a satisfazer-se.
É alguém resolvido a renunciar aos próprios defeitos e a anulá-los, a golpes de imenso esforço, para esposar a cruz redentora que o identificará com o Mestre Divino…
Por essa razão, mesmo portas a dentro do lar, quase sempre não será plenamente reconhecido, porque seu aspecto sofreu metamorfose profunda…
Ele mostra o sinal de quem tomou o rumo da definitiva renovação interior para Deus, disposto a consagrar-se ao eterno bem e a soerguer seu coração no grande caminho…

 

XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 175.

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