Cada Ser Colocado em Nossa Estrada – Vera Jacubowski

casal luz e flor

Evolução

“Cada Ser colocado em nossa estrada,
é para que venhamos a aprender uma lição de vida,
para a nossa própria evolução pessoal.”
Vera Jacubowski

UNIÃO BEZERRA DE MENEZES

Aprendizes da evolução

 

Os teus são problemas iguais aos de todas as pessoas.
Por mais te creias infeliz, há outros que se encontram em leitos de maiores dores ou que estão encurralados em sombras mais espessas.
Mesmo que teimes em ignorar, desfilam ao teu lado na passarela da ilusão os campeões do infortúnio. Brilham nas disputas sociais os ases do sofrimento, sob cargas de desespero que não suportarias.
Os teus são os problemas do quotidiano, que todos experimentam, mas que se avolumam e agravam por leviandade ou rebeldia da tua parte.
Não desconheces que o renascimento é condição inadiável, e que ele é exigido a todos os Espí­ritos endividados para benefício deles mesmos.
Não se trata de punição. É precioso auxílio que lhes faculta liberação dos pesados débitos contraídos nos dias da ignorância.
Nenhum de nós tem estado isento de ressarcir…
Desertores da conduta reta, somos o que merecemos.
A exceção única é Jesus, nosso Modelo e Guia. Mesmo assim, Ele enfrentou pro­blemas sobre problemas até o triunfo na res­surreição.
* * *
A semente que se beneficia e se desdobra no solo fértil enfrenta o problema da terra que a esmaga.
O rio cantarolante, que esparze linfa preciosa para a manutenção da vida, experimenta o problema do leito em que corre.
A ave, que chilreia e adorna a natureza, padece o problema da subsistência e do agasalho.
A flor, que aromatiza, sofre o problema do in­seto que lhe suga a vitalidade e a fecunda com outro pólen.
A vida em todas as manifestações é uma suces­são de testes e exames a que são submetidos os aprendizes da evolução.
Evitemos, assim, as queixas descabidas, que muitas vezes não consideram a dor profunda do próximo desgraçado, enveredando pelos caminhos egoístas da autocomiseração.
A Terra é campo de provas, e não jardim de gozos sem fim.
Não estamos aqui para desfrutar simplesmente, como viajante em férias que se aparta momentaneamente de suas obrigações corriqueiras.
A Terra é escola bendita e necessária – não esqueçamos disso.
* * *
Toda vez que uma grande prova se aproximar, lembremo-nos de nos preparar para ela.
Respirar fundo, meditar, orar. São recursos que temos para saber agir nesses momentos de dificuldade.
É nesses momentos que precisamos recordar de tudo que a religião que abraçamos nos fornece. É nesses instantes que devemos colocar em prática o que aprendemos na teoria das palestras, dos estudos.
Evitar o desespero, o pânico – eis o primeiro passo.
Evitar a reação direta, impensada, simplesmente emocional eis o segundo.
Todo problema apresenta solução. Talvez nós tenhamos dificuldade em enxergá-la, num primeiro momento – o que é compreensível – mas, saibamos que ela existe.
Todo problema, toda crise é chance de aprendizado. Sempre temos a chance de sair maiores do que entramos, quando numa experiência grave.
Confia em Deus. Confia em Suas Leis. Confia nas forças que teu próprio coração guarda, e decide: Serei vencedor!
Recorda de Jesus proclamando:
No mundo terei tribulações. Mas, tende bom ânimo, eu venci o mundo.
Redação do Momento Espírita, com citações do cap. 22 do livro
Florações evangélicas, pelo Espírito Joanna de Ângelis,
psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 23.09.2009.

FLORES PARA VOCÊ

Cristificação pelo Amor

 

É certo que gostarias de ser amado, recebendo a afetividade de outrem em demonstrações de carinho conforme as necessidades que acreditas te afligirem.
Talvez fosse melhor que te chegassem ao sentimento as expressões retributivas do amor que esparzes, diminuindo-te as carências íntimas, acalmando-te as ansiedades, alegrando-te.
O problema, porém, é geral.
Não há indivíduo algum que se encontre referto na Terra, nessa área.
Quem recebe amor de determinadas pessoas, aspira pelo afeto de outras, que não aquelas que se lhe acercam.
Tens o pensamento dirigido para alguém que, possivelmente, não te corresponde, assim como outrem te anela, sem que sintas algo de especial por ele.
*
Se as pessoas se correspondessem na mesma faixa de ternura; se os corações se manifestassem na mesma onda de sentimento; se os afetos se exteriorizassem na mesma vibração de trocas, a Terra já seria o paraíso desejado.
Há, no entanto, infinidade de graus, nos quais se manifestam as emoções.
Ninguém, todavia, que viaje a sós.
*
Possivelmente, não te associas com a pessoa de quem gostas, ou não recebes a companhia do ser amado. Todavia, se espraiares o olhar de bondade compreensiva, identificarás companhias outras agradáveis, que se encontravam solitárias, porque anelavam por ti e não logravam aproximar-se.
São os aparentemente inexplicáveis paradoxos da existência corporal, cujas causas se encontram na conduta passada, quando de outras reencarnações.
*
Ama, desse modo, sem te impores, sem exigires retribuição.
Experimenta querer bem, pelo prazer pessoal de fazê-lo, e descobrirás um filão de ouro atraente que te propiciará uma grande fortuna, em forma de paz e de satisfação pessoal.
O melhor do amor é amar, e não somente ser amado.
A preparação de uma viagem, não raro, é sempre mais agradável do que esta em si mesma, ou a sua chegada, que, às vezes, causa frustração e desencanto.
As chamadas “pessoas maravilhosas”, por quem te apaixonas, assim o são, porque as desconheces.
Todos os homens têm problemas, limitações, defeitos, necessidades.
O insucesso das uniões conjugais, na maioria dos casos, resulta da precipitação na escolha, da imaturidade na busca, do apego às ilusões e da afetividade por ídolos de pés de barro que se despedaçam facilmente.
*
Enobrece-te com o amor, irradiando-o em forma de simpatia, de gentileza, de serviço pelo próximo, de abnegação.
Não há quem resista à força do amor sem interesse imediato, sem aprisionamento.
Ama, portanto, libertando.
Cristifica-te através do amor. Talvez, para consegui-lo, seja-te necessário crucificares-te nas traves da renúncia e da sublimação. Todavia, somente por meio da crucificação é que alguém se pode cristificar. E o amor, sem dúvida, ainda é o mais suave, perfeito e eficaz instrumento para consegui-lo.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de Coragem. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

ALEGRIAS

Amor

 

O Amor, sublime impulso de Deus, é a energia que move os mundos:
Tudo cria, tudo transforma, tudo eleva.
Palpita em todas as criaturas.
Alimenta todas as ações.
*
O ódio é o Amor que se envenena.
A paixão é o Amor que se incendeia.
O egoísmo é o Amor que se concentra em si mesmo.
O ciúme é o Amor que se dilacera.
A revolta é o Amor que se transvia.
O orgulho é o Amor que enlouquece.
A discórdia é o Amor que divide.
A vaidade é o Amor que se ilude.
A avareza é o Amor que se encarcera.
O vício é o Amor que se embrutece.
A crueldade é o Amor que tiraniza.
O fanatismo é o Amor que se petrifica.
A fraternidade é o Amor que se expande.
A bondade é o Amor que se desenvolve.
O carinho é o Amor que se enflora.
A dedicação é o Amor que se estende.
O trabalho digno é o Amor que aprimora.
A experiência é o Amor que amadurece.
A renúncia é o Amor que se ilumina.
O sacrifício é o Amor que se santifica.
O Amor é o clima do Universo.
*
É a religião da vida, a base do estímulo e a força da Criação.
Ao seu influxo, as vidas se agrupam, sublimando-se para a imortalidade.
Nesse ou naquele recanto isolado, quando se lhe retire a influência, reina sempre o caos.
Com ele, tudo se aclara.
Longe dele, a sombra se coagula e prevalece.
Em suma, o bem é o Amor que se desdobra, em busca da Perfeição no Infinito, segundo os Propósitos Divinos; e o mal é, simplesmente, o Amor fora da Lei.

 

Pelo Espírito João de Brito
XAVIER, Francisco Cândido. Falando à Terra. Espíritos Diversos. FEB.

O AMOR E A VERDADE

Tesouros de Amor

 

À medida que o tecnicismo modifica a face da Terra, imprimindo um glorioso período, fenecem altas expressões dos sentimentos, no âmago das afeições humanas.
Aqui, a indústria do “presente” asfixia os nobres impulsos, tudo reduzindo ao mercantilismo, onde o amor pode ser valorizado pelo preço da mercadoria.
Ali, as paredes do cronômetro apertam as ruas da amizade e os atos de entendimento fraterno se reduzem a uma palavra, contendo significados de ocasião.
Mais além, a cobiça e o empreguismo assassinam as manifestações da ordem, e em nome do progresso inutilizam homens que se desdobram exaustivamente ou se paralizam, lamentavelmente, no comodismo.
Ninguém pode perder a ocasião no jogo social.
Não se dispõe de tempo para “sentimentalismos”.
Os simulacros de amor e respeito, consideração e reconhecimento são encontrados nas salas modernas dos “magazines” que se encarregam de encaminhá-los protocolarmente ao preço de uma taxa simples…
Todo sentimento que se deseja exteriorizar depende do dinheiro.
O dinheiro que é servo se faz algoz e sendo fonte de crescimento social se converte em implacável azorrague que deprecia a humanidade.
Há, no entanto, outros meios de expressar o canto de ternura da alma nas taças reluzentes da afeição.
Tesouros de amor, sim, todos temos para ofertar.
Um singelo cartão manuscrito é verdadeira gema preciosa dirigido a um ser querido.
Uma frase assinalada pela música da esperança pode ser considerada um adereço delicado a quem merece carinho.
Duas palavras de cordialidade numa visita pessoal oferecem calor humano a quem se estima e está a sós.
Uma oração em conjunto, ao lado de um leito onde sofre uma afeição fraternal, é oferenda valiosa e especial…
E o sorriso gentil, o pensamento generoso, o aperto de mão cordial, a atenção dispensada numa palestra, o silêncio discreto, a postura educada são, igualmente, presentes que transcendem as aquisições lojistas que têm o sabor puro e simples de “dever social”.
Não te deixes corromper na tempestade louca do tempo “sem tempo”.
Sempre podes fazer algo pessoal, intransferível, assinalado pela vibração da tua emotividade.
Na tarefa espírita onde respiras, honrado, aplica esses tesouros na destruição da sementeira negativa.
Respeita o ausente;
Perdoa o ofensor;
Seja tua a dádiva da abnegação;
Faze o trabalho que outros desconsideram;
Ora pelo ingrato;
Sê mais generoso com o exigente…
A ventura do céu começa no piso onde repousa a escada de ascensão espiritual.
Nos detritos oculta-se a vitalidade para o vegetal… Honrado na casa de Simão pela mesa farta e a presença de homens de destaque, o Senhor deixou-se comover pelas lágrimas da mulher sofredora que lhe banhavam os pés, enquanto os enxugava com os cabelos. Era o único tesouro ali que não custara moedas, refletindo em toda a sua grandeza o arrependimento do erro e a sede de amor.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 23.

DANÇA

Festival de Amor

“Reina lá a verdadeira fraternidade, porque não há egoísmo; a verdadeira igualdade, porque não há orgulho, e a verdadeira liberdade por não haver desordens a reprimir, nem ambiciosos que procurem oprimir o fraco.” O CÉU E O INFERNO – 1ª parte – Capítulo 3º – Item 11.

 

Canta, alma, as bênçãos da fé viva na ação edificante do bem sem limite.
Não indagues qual a técnica perfeita da arte de ajudar.
Não esperes um curso especializado para o apostolado do melhor servir.
Abre os braços e agasalha a luz do dia no coração. Sai, depois, a dilatar claridade em festa incessante de alegria.
Se te perguntarem porque, embora a dor que te oprime, sorris, responde, que apesar do lodo junto à raiz, e por isso mesmo, o lírio esplendente de imaculada alvura esparze aroma.
Se te interrogarem quanto à utilidade do teu mister, reflete no mecanismo da vida, que transforma a abelha diligente em serva da tua mesa, e reparte a grandeza do serviço beneficente.
Ama, e coroarás as horas de luz; serve, e adornarás o coração de intérmina ventura.
No turbilhão do vozeiro moderno ausculta a pulsação do progresso e ouvirás a rés-do-chão um débil gemido ou um choro cansado que não cessa; vasculhando a noite com intensa expectativa identificarás homens fracos que o cansaço venceu; flamando pelas rotas do abandono tropeçarás em retalhos de gente, emaranhados na sarjeta do esquecimento, em trapos lodosos e despedaçados; vagueando nos lagos onde a dor se agasalha verás o azeite da vida se acabando nos vasos ressequidos, em que se transformaram organismos estiolados pela fome e pela enfermidade.
Muitos desses, ainda crianças, seriam os homens do amanhã que o presente tudo faz por negar a oportunidade de avançarem na rota da jornada evolutiva. A destinação histórica do futuro vai esmagada no frenesi teimoso do “agora”.
Escuta-os sem as palavras que não ousam articular e recebe-os no coração sem exigências punitivas. Dês que os não podes levar para o lar que te agasalha, sorri e ajuda-os como puderes, considerando que sempre podes fazer algo por eles.
Se, todavia, te for possível recebê-los, ama-os como se fossem enflorescências da tua carne.
Pouco te importe sejam grandes ou pequenos, os sofredores.
O amor verdadeiro não escolhe dimensão nem seleciona aparências. É santificante concessão de Deus para enriquecimento da vida.
Urge fazeres algo por eles, os teimosamente abandonados do caminho: órfãos dos teus olhos não os vias; aflitos, que em soluços junto à tua companhia, não tinham ninguém…
Quando alguém ama realmente uma criança que recebe e lhe não pertence pela carne, a humanidade consegue um crédito da vida.
Quando um espírito valoroso derrama a taça da afeição e do socorro legítimo no gral de quem sofre, o mundo se engrandece com ele.
É graças a esses, os irmãos pequeninos e sofredores, que a esperança se envolve de bênçãos e permanece entre as criaturas.
Faze da tua comunhão com o Cristo, a Quem dizes amar, um ato de abnegação junto aos que necessitam de carinho, produzindo o teu nobre esforço ao lado deles um excelente festival de amor.
Olhos marejados de pranto, além-da-sepultura fitam os filhos que ficaram ou afetos que permaneceram na retaguarda e corações que não cessam de pulsar embora a desencarnação, latejam em apressado ritmo, quando te acercas desses filhos desses quereres…
Não justifiques enfermidade, se pretendes disfarçar a indiferença em que te comprazes discretamente, nem te apegues aos sofrimentos da leviandade se queres desculpar a impiedade que te cerceia os passos.
Os que hoje são pequenos amanhã crescerão. Evita avinagrares a água da misericórdia que lhes ofereces, sem o azedume da infelicidade que dizes sofrer. Talvez eles sejam o sorriso dos teus lábios, mais tarde, se souberes o que fazer.
Os que já viveram, sofrem e podem compreender.
Sai da tua enfermidade imaginária para a ação curadora e faze uma doação de ternura, saudando neles, os amargurados que Jesus te apresenta, o sol formoso do dia sem fim da tua Imortalidade.
Quem O contemplasse entre as palhas ressequidas do berço improvisado não suporia que ali estava o Rei do Orbe, e quem se detivesse a contemplá-Lo coroado de espinhos, em extremo ridículo, silencioso e triste, não acreditaria que era o Excelso Filho de Deus. No entanto, foi entre aqueles dois polos, o berço e a cruz, que ele traçou a ponte de libertação, instaurando, de logo, o primado do espírito, com o próprio exemplo de renúncia total e total amor à humanidade de todos os tempos, de modo a conduzir-te ainda hoje, na direção dos Cimos da Vida.

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 41.

ANJO DO AMOR

Lesões Afetivas

 

Um tipo de auxílio raramente lembrado: o respeito que devemos uns aos outros na vida particular.
Caro é o preço que pagamos pelas lesões afetivas que provocamos nos outros.
Nas ocorrências da Terra de hoje, quando se escreve e se fala tanto, em torno de amor livre e de sexo liberado, muitos poucos são os companheiros encarnados que meditam nas conseqüências amargas dos votos não cumpridos.
Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que foram assinaladas, se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou como o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la, se não estás em condição de cumprir com à própria palavra, no que tange a promessas de amor.
E se moras presentemente num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendestes esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências, não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção, caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos.
Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade.
O amor, sem dúvida, é lei da vida, mas não será lícito esquecer os suicídios e homicídios, os abortos e crimes na sombra, as retaliações e as injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas, espoliados do afeto que lhes nutria as forças, cujas lágrimas e aflições clamam, perante A divina Justiça, porque ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro e nem sabe a qualidade das reações que virão daqueles que enlouquecem, na dor da afeição incompreendida, quando isso acontece por nossa causa.
Certamente que muito desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nas Leis de Deus que nos exigem, quando na condição de responsáveis, o resgate justo.
Tangendo este assunto, lembramo-nos automaticamente de Jesus, perante a multidão e a mulher sofredora, quando afirmou peremptório: “aquele que estiver isento de culpa, atire a primeira pedra”.
Todos nós, os espíritos vinculados à evolução da Terra, estamos altamente compromissados em matéria de amor e sexo, e, em matéria de amor e sexo irresponsáveis, não podemos estranhar os estudos respeitáveis nesse sentido, porque, um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidades, especialmente as que se relacionem conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas.

 

Pelo Espírito Emmanuel.
XAVIER, Francisco Cândido. Momentos de Ouro. Espíritos Diversos. GEEM.

AMOR SENTIMENTO

Apelo da Esperança

 

Minha querida amiga,
Hoje, estou escrevendo especialmente para você. Tenho acompanhado os seus últimos dias, e muito tem me preocupado a tristeza e a surda revolta que encontrei em seu olhar.
Não me passaram desapercebidas as suas preocupações e medos e, apesar de ter-me colocado ao seu lado, abrindo os meus braços para confortá-la, você passou ao largo, sem abrir o seu coração ao meu.
Por isso estou aqui, insistindo com você! Não desista!
A notícia da gestação inesperada surpreendeu-a com violência e você olha ao seu redor sem encontrar um caminho seguro para seguir.
Aquele que compartilhou com você as horas mornas dos prazeres fáceis, talvez, não queira saber mais da sua companhia e, muito menos ainda, do fruto do instante que já é passado.
Sua família talvez não queira saber dos seus problemas e, como de outras vezes, apenas lhe virará as costas, dizendo que plantou e agora faz a colheita.
Mas, amiga querida, o que cresce em seu íntimo não é um problema: – é seu filho!
Uma alma cara ao seu coração, um amor que volta aos seus braços para acompanhar-lhe os dias que ainda estão para serem vividos.
Não aborte! Não mate a felicidade que bate às portas de sua alma, pedindo-lhe pouso seguro!
Pela sua mente passam imagens de todos os prazeres que terá que abandonar em nome de uma condição indesejada: as festas, os encontros, a liberdade de ir e vir como queria e com quem queria…
Pensa em seu corpo… Em vê-lo deformado, em perder a forma cobiçada, no desconforto, na dor, no parto.
Pensa nas despesas…nos gastos…
Mas eu sei!…eu sei de você! Sei que traz tantas coisas guardadas dentro do coração, tantos sonhos que não compartilha com ninguém, tanta douçura que não expressa…
Amiga, eu a conheço! Sei que tem fome de amor, desse amor profundo e sem jaça que procurou nos braços de tantos que não a compreenderam e que muitas vezes, desprezam o seu valor.
Aquele que retorna pelo seu ventre também sabe, por isso, escolheu-a para chamá-la pelo mais sublime nome humano que já pousou nos lábios dos seres que habitam essa Terra: mãe!
Reconheço que não terá dias fáceis, que alguns serão de noites sem estrelas.
Prometo, contudo, estar ao seu lado e ao lado de seu filho, observando, alegre, seu ventre crescer, pleno de vida!
E digo mais: não contará apenas com a minha presença, mas, com a presença de muitos que a amam e que velam pela sua paz e pela paz de seu filho!
Não desista de ser feliz! Não aborte seu sonho! Não mate seu filho, para o seu próprio bem!
Com todo o carinho de meu coração.
Sua amiga e companheira eterna:

A esperança.

 

Equipe de Redação do Momento Espírita.

A SÓS NÓS DOIS

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