CHICO XAVIER FALA DE SEUS BENS MATERIAIS

 CHICO XAVIER FALA DE SEUS BENS MATERIAIS

“Partirei desta vida sem um níquel sequer…
Tudo o que veio a mim, em matéria de dinheiro, simplesmente, passou por minhas mãos.
Graças a Deus, a minha aposentadoria dá para os meus remédios…
Roupas?! Os amigos, quando acham que eu estou malvestido, me doam…
Sapatos, eu custo a gastar um par… Em casa, a nossa comida é simples…
Não tenho conta bancária, talão de cheques, nenhuma propriedade em meu nome, a não ser esta casa que eu já passei em cartório para outros, tenho apenas o usufruto…
Nunca tive carros, nem mesmo uma carroça…
De modo que, neste sentido, nada vai me pesar na consciência.
Fiz o que pude pelos meus familiares, se não fiz mais, é porque mais eu não podia fazer…
Nunca contei o dinheiro que trazia no bolso, mesmo aquele que alguns amigos generosos colocavam no meu paletó…

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

A casa onde Chico Xavier nasceu 02-04-1910

Rua São Sebastião- Pedro Leopoldo
Quadro : Eliana Ventura (Tanabi)
Geraldo Lemos Neto:
Ele me disse que nasceu exatamente neste quarto cuja janela esta em frente ao poste.

sonhos chico xavier

A Lei de Causa e Efeito

Nossa vida é uma sucessão constante de acontecimentos, de encontros e desencontros, de situações aparentemente inexplicáveis, diante das quais, muitas vezes, sentimo-nos como vítimas diante de carrasco implacável, impotentes diante de um destino cruel e irracional.
No universo, tudo está intimamente relacionado, numa sequência de ações que desencadeiam reações de igual intensidade. Deus é infinitamente justo e bom, e nada ocorre que não seja Seu desígnio. Não existe ocorrência do acaso ou sem uma causa justa. Cada evento ocorre de forma natural, planejada e lógica.

Ação e Reação

Todos somos responsáveis por cada um dos eventos que ocorrem em nossas vidas, sejam estes eventos bons, ou aparentemente terríveis. Neste contexto, não existem vítimas. O que aparentemente não tem explicação é porque nos falta alcance para compreensão da real origem de cada acontecimento.
Se buscarmos em nós mesmos, em nossas próprias atitudes, quase sempre encontraremos a causa de todas as nossas mazelas, porém, caso não a encontremos a primeira vista, isto não significa que ela não exista, pois não existe efeito sem causa. Muitas vezes, as causas dos males que nos acometem podem encontrar-se num passado distante, em existências anteriores, momentaneamente inacessíveis pelo véu do esquecimento.
“Todas as nossas ações são submetidas às leis de Deus; não há nenhuma delas, por mais insignificante que nos pareçam, que não possa ser uma violação dessas leis. Se sofremos as consequências dessa violação, não nos devemos queixar senão de nós mesmos, que nos fazemos assim os artífices de nossa felicidade ou de nossa infelicidade futura.” [1]
Pela lei de causa e efeito, o homem pode compreender a causa de seus sofrimentos, e de todo o mal que aflige a humanidade, e pode acima de tudo conhecer e amar um Deus justo e racional, que dá a cada um segundo suas obras.
[1]Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto, Capítulo II, item 964

Não há tempo perdido para quem prática o bem.

O tempo perdido existe para quem deixa de praticá-lo.

Luiz Claudio Morais

tempo perdido

Linda história da vida de Chico Xavier:

“Estávamos na residência do Chico Xavier.
Seu estado de saúde não lhe permitia deslocar-se até o centro. A multidão se comprimia lá na rua em frente. Quando o portão se abriu, a fila de pessoas tinha alguns quarteirões.
Foram passando uma a uma em frente ao Chico. Pessoas de todas as idades, de todas as condições sociais e dos mais distantes lugares do país. Algumas diziam:
– Eu só queria tocá-lo…
– Meu maior sonho era conhecê-lo…
– Só queria ouvir sua voz e apertar sua mão…
Uns queriam notícias de familiares desencarnados, espantar uma ideia de suicídio.
Outros nada diziam nada pediam, só conseguiam chorar.
Com uma simples palavra do Chico, seus semblantes se transfiguravam, saíam sorridentes.
Ao ver as pessoas ansiosas para tocá-lo, a interminável fila, a maneira como ele atendia a todos, fiquei pensando:
“Meu Deus, a aura do Chico é tão boa… seu magnetismo é tão grande, que parece que pulveriza nossas dores e ameniza nossas ansiedades”.
De repente, ele se volta para mim e diz:
– Comove-me a bondade de nossa gente em vir visitar-me. Não tenho mais nada para dar. Estou quase morto. Por que você acha que eles vêm?
Perguntou-me e ficou esperando a resposta. Aí, pensei:
Meu Deus, frente a um homem desses, a gente não pode mentir e nem dizer qualquer coisa que possa vir ofender a sua humildade (embora ele sempre diga que nunca se considerou humilde).
Comecei então a pensar que quando Jesus esteve conosco, onde quer que aparecesse, a multidão o cercava. Eram pessoas de todas as idades, de todas as classes sociais e dos mais distantes lugares.
Muitos iam esperá-lo nas estradas, nas aldeias ou nas casas onde Ele se hospedava. Onde quer que aparecesse, uma multidão o cercava. Tanto que Pedro lhe disse certa vez: “Bem vês que a multidão te comprime”. Zaqueu chegou a subir numa árvore somente para vê-lo. Ver, tocar, ouvir, era só o que queriam as pessoas.
Tudo isso passou pela minha cabeça com a rapidez de um relâmpago. E como ele continuava olhando para mim, esperando a resposta, animei-me a dizer:
– Chico, acho que eles estão com saudades de Jesus.
Palavras tiradas do fundo do coração, penso que elas não ofenderam sua modéstia.
A multidão continuou desfilando. Todos lhe beijavam a mão e ele beijava a mão de todos.
Lá pelas tantas da noite, quando a fila havia diminuído sensivelmente, percebi que seus lábios estavam sangrando. Ele havia beijado a mão de centenas de pessoas. Fiquei com tanta pena daquele homem, nos seus oitenta e oito anos, mais de setenta dedicados ao atendimento de pessoas, que me atrevi a lhe perguntar: – Por que você beija a mão deles?
A humildade de sua resposta continuará emocionando-me sempre:
– Porque não posso me curvar para beijar-lhes os pés…
Adelino da Silveira – do livro “Momentos com Chico Xavier”.

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