O Cristo é a Luz para Alumiar as Nações

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Página do Natal

“Luz para alumiar as nações.” – Lucas, 2-32

Há claridade nos incêndios destruidores que consomem vidas e bens…
Resplendor sinistro transparece nos bombardeios que trazem a morte.
Reflexos radiosos surgem no lança-chamas.
Relâmpagos estranhos assinalam a movimentação das armas de fogo…
No Evangelho, porém, é diferente…
Comentando o Natal, assevera Lucas que o Cristo é a luz para alumiar as nações.
Não chegou impondo normas ou pensamento religioso.
Não interpelou governantes sobre processos políticos.
Não disputou com os filósofos quanto às origens dos homens.
Não concorreu com os cientistas na demonstração de aspectos parciais e transitórios da vida…
Fez luz no espírito eterno…
Embora tivesse o ministério endereçando aos povos do mundo, não marcou a sua presença com expressões coletivas de poder, quais exército e sacerdócio, armamentos e tribunais.
Trouxe claridade para todos, projetando-a de si mesmo.
Revelou a grandeza do serviço à coletividade, por intermédio da consagração pessoal ao Bem infinito…
Nas reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.
Tens suficiente luz para a marcha?
Que espécie de claridade acendes no caminho?
Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha da vaidade que imita o pirilampo em vôo baixo, dentro da noite, apaga a labareda do ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento.
Se procuras o Mestre Divino e a experiência cristã, lembra-te de que na Terra há clarões que ameaçam, perturbam, confundem e anunciam arrasamento…
Estarás realmente cooperando com o Cristo, na extinção das trevas, acendendo em ti mesmo aquela sublime luz para alumiar?
XAVIER, Francisco Cândido. Segue-me!… Pelo Espírito Emmanuel. O Clarim.

Jesus

Chegou ao mundo nos braços de uma tecelã e de um modesto carpinteiro, cercado pela moldura da natureza em festa.
A Sua vida se desenvolveu, desde cedo, demonstrando a que viera, quando dialogou com os doutores do templo, aos 12 anos de idade, conforme rezam as tradições. Conviveu com todos os tipos de criaturas, exaltando a simplicidade e a alegria de viver, a fidelidade ao bem e a fraternidade, a responsabilidade nos atos e o amor.
Falou sobre o bem, sentindo-o.
Ensinou o bem, vivenciando-o e a ele se entregando.
Passou pela Terra como a brisa que sopra na primavera, deixando o aroma da Sua passagem, numa verdadeira floração de bênçãos variadas.
Esteve no mundo como um marco de permanente esperança, insuflando coragem nas almas aterradas de pavor ante as próprias deficiências.
Viveu no planeta entre a luz do Céu e as almas umbrosas da Terra, buscando levantar o coração humano para as altitudes felizes, onde vibram os seres angélicos dos quais Ele fazia parte.
Aquilo que afirmou como fundamental à alegria e à paz tratou de expressar em Sua vida, na condição de Modelo e de Guia de todos nós, por isso amou os Seus e por eles deu a própria vida; atendeu às necessidades das almas enfermas que O buscaram; ofereceu a água fresca da Sua dedicação, a fim de que não mais sede tivesse quem dela bebesse; saciou a fome de entendimento, de conhecimento e de carinho, tudo havendo transformado no sublime pão da vida; apresentou-Se atencioso e verdadeiro para com Seus discípulos, ajustado à posição de Mestre inigualável.
Acompanhando os movimentos da Humanidade através das eras, identificamos nobres e respeitáveis almas que, na postura de líderes ou de condutores sociais, pregaram o bem, o bom e o belo para os seus liderados, que os exalçam pelos tempos afora.
Quando, diante da indagação de Allan Kardec aos Imortais acerca de qual era o Espírito mais perfeito oferecido ao mundo, para servir de Guia e Modelo à Humanidade, os Mentores planetários ripostaram dizendo que era Jesus.
Como Ele foi, então, o maior dentre todos os que à Terra foram enviados para anunciar o Reino dos Céus aos aturdidos filhos do Grande Pai, isso significa que todos os demais, por mais dignos e respeitáveis que tenham sido, são, contudo, menores do que Ele. Mensageiros da Divindade, todos os demais vieram atender aos programas do Criador atidos às épocas, às culturas, às inclinações morais. Jesus, porém, trouxe os matizes da Lei que a todos alcança, sem choques essenciais com nenhum deles, embora o formato próprio às realidades psico-antropológico-sociais de cada um.
Somente Jesus Cristo conseguiu ensinar e exemplificar com Seu viver as lições que nos passou, e se hoje, quando evocamos o Seu luminoso Natal, nos vemos engolfados nessas ondas de felicidade, é porque o Senhor de Nazaré, mais e melhor do que qualquer outro, transformou-Se em Caminho, em Verdade e em Vida para todos nós, em todos os tempos e em todas as dimensões da vida terrestre.
J. Raul Teixeira. Pelo Espírito Camilo. Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.

Presença
E Ele veio!

Multissecularmente aguardado como a esperança de Israel, ei-Lo que surge no período em que a História repete as glórias de Péricles e o pensamento cultiva as belezas, conquanto a barbaria comandasse homens e governos, estabelecendo um marco nOvo para a contagem das Idades em relação ao porvir.
Não que os tempos fossem diferentes. Herodes, na sua jactância, não passava de subalterno áulico de César, guindado à posição de relevo graças à impiedade de que se fazia instrumento. A política de dominação, em toda parte, estabelecia a exploração do homem pelo homem e a opressão da força em detrimento do direito. A sociedade desvairava e o valor do homem eram as suas posses transitórias. As ambições se avolumavam traçando as diretrizes do poder e estiolavam as mais nobres florações do sentimento…
As artes e a cultura, porém, desabrochavam nesses dias, ensejando maiores ideais na capital do Império que exportava conceitos de paz e beleza não obstante o clamor da guerra e o aríete das arbitrariedades…
… E Ele veio!
A Sua presença assinalou de paz o período da nova Era. Não a paz externa, lavrada em audaciosos conciliábulos e sustentada pela usurpação do crime: Era uma aragem de ventura que penetrava os Espíritos e os pacificava interiormente, predispondo-os ao amor.
Seu verbo manso e ameno, marchetado da severidade que dimana do conhecimento da Vida e da Verdade, modificou a estrutura do pensamento filosófico e social, desde então traçando nova pauta para as criaturas do porvir.
Perseguições e calúnias — miasmas dos pequenos homens de todos os tempos — não Lhe diminuíram a grandeza do ensino nem a elevação do serviço. E mesmo crucificado não foi vencido…
Submisso pela humildade excelsa nunca apareceu alquebrado, curvado ante os contemporâneos.
Ereto esteve na Cruz, donde partiu para a Pátria Verdadeira, concitando-nos a segui-Lo.
*
Ainda hoje Jesus é a esperança que se tornou realidade.
Israel desejava um Rei arbitrário e vingador.
A Humanidade tentou fazê-Lo dominador e cruel através dos séculos.
Israel aguardava e ainda espera um Enviado implacável no seu ódio de raça e de ambição.
A Humanidade procurou torná-Lo senhor de todos, esmagando os insubmissos e rebeldes…
Hoje também ainda é assim.
Jesus, porém, nestes dias de inquietação e desassossego, é a esperança que domina os espíritos e a paz que penetra os corações.
O homem subjuga o homem, os governos se entrechocam no domínio das armas, a fome ameaça e dizima milhões de vidas cada ano, as enfermidades espalham pavores, a escassez de amor enlouquece, no entanto, neste clima sócio moral da atualidade, Jesus retorna e convida a outras cogitações.
Canta um novo e permanente Natal no burgo das almas da Terra que O esperam.
Estado interior, Jesus é comunhão de alma para alma a emboscar-se nos homens confiantes.
O Cristo amansa as paixões e suaviza as Inquietações da vida, fixando naqueles que O conhecem os caracteres iniludiveis da Sua presença.
*
Sentindo a mensagem dEle no espírito que agora se volta para as coisas elevadas da vida — após o cansaço e o desgosto das investidas infrutíferas na vivência da ilusão — não te permitas contaminar pelos fluídos maléficos destes dias turbulentos. Movimenta os braços e atua na ação enobrecedora a benefício dos que sofrem.
E, se ao te reclinares ao leito estiveres assinalado por alguma dor ou desencantado por qualquer afronta, mergulha o pensamento na mensagem d’Ele e busca escutá-lo no coração.
Fazendo o necessário silêncio interior, ouvirás a Sua voz em acalanto de ternura e alento, encorajando-te para prosseguir, constatando que em verdade
Ele veio e demora-se ao teu lado, esperando, hoje como ontem, que o mundo moral da Terra modifique o seu clima e haja paz perene entre todos os homens, através dos teus sacrifícios desde agora.
*
“Segui-me, e eu farei que vos torneis pescadores de homens”. Marcos: capítulo 1º, versículo 17.
“Mas o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-Lhe dar cumprimento às profecias que Lhe anunciaram o advento; a autoridade Lhe vinha da natureza excepcional do Seu Espírito e da Sua missão divina”. E.S.E. Capítulo 1º — Item 4.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 2.

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