Deus Abençoe sua Vida – Bom Dia

Deus Abençoe sua Vida

POR NÓS MESMOS

 

Executa com paciência o trabalho que a vida te pede, porque, um dia, os companheiros amados que te precederam na vanguarda de luz estarão contigo, em preces de triunfo, a desatarem-te as últimas algemas, de modo a que lhes partilhes os cânticos de vitória, na grande libertação.
Emmanuel

eternamente

A caridade

 

A caridade é o processo de somar alegrias, diminuir males, multiplicar esperanças e dividir a felicidade para que a Terra se realize na condição do esperado Reino de Deus.

 

Emmanuel

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Atribulados e Perplexos

 

“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.” – Paulo. (II CORÍNTIOS, 4:8.)
 
Desde os primeiros tempos do Evangelho, os leais seguidores de Jesus conhecem tribulações e perplexidades, por permanecerem na fé.
Quando se reuniam em Jerusalém, recordando o Mestre nos serviços do Reino Divino, conheceram a lapidação, a tortura, o exílio e o confisco dos bens; quando instituíram os trabalhos apostólicos de Roma, ensinando a verdade e o amor fraterno, foram confiados aos leões do circo, aos espetáculos sangrentos e aos postes de martírio.
Desde então, experimentam dolorosas surpresas em todas as partes do mundo.
A idade medieval, envolvida em sombras, tentou desconhecer a missão do Cristo e acendeu-lhes fogueiras, conduzindo-os, além disso, a tormentos inesperados e desconhecidos, através dos tribunais políticos e religiosos da Inquisição.
E, ainda hoje, enquanto oram confiantes, exemplificando o amor evangélico, reparam o progresso dos ímpios e sofrem a dominação dos vaidosos de todos os matizes. Enquanto triunfam os maus e os indiferentes, nas facilidades terrestres, são eles relegados a dificuldades e tropeços, à frente das situações mais simples. Apesar da evolução inegável do direito no mundo, ainda são chamados a contas pelo bem que fazem e vigiados, com rudeza, devido à verdade consoladora que ensinam.
Mas todos os discípulos fiéis sabem, com Paulo de Tarso, que “em tudo serão atribulados e perplexos”, todavia, jamais se entregarão à angústia e ao desânimo. Sabem que o Mestre Divino foi o Grande Atribulado e aprenderam com Ele que da perplexidade, da aflição, do martírio e da morte, transfere-se a alma para a Ressurreição Eterna.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 102.

FUTURO

A Lição do Semeador

 

Ulverson Olsson era um homem portador de caráter especial, que se tornara indiferente ao bem, afirmando que ninguém realizava qualquer coisa de útil, que não mantivesse sob disfarce os interesses inescrupulosos dos desejos egoísticos.
Nascera num lar abastado de família tradicional e a ociosidade dele fizera um fútil, destituído dos sentimentos superiores de solidariedade e de amor.
Nos seus comentários ácidos sempre destilava pessimismo, a soldo de um comportamento cínico e destruidor.
Zombava da ingenuidade de Nils Holgersson e da pata Abba de Kebnekaise em sua viagem fantástica pelas fronteiras da Suécia demarcando as regiões, reduzindo todos os atos de amor a lendas e fantasias da imaginação de pessoas que considerava servis…
Tendo visitado a Lapônia (Lapplandis lãn) desconsiderava as tradições e as heranças místicas do seu nobre povo, lamentando não haver nascido na formosa região, onde os gênios e as fadas confraternizam com as criaturas vegetais, animais e humanas, para ter o prazer de as negar.
Como a sua existência era ociosa, viajava, quase sem cessar, a fim de apaziguar o vazio interior, que resultava da falta de objetivos elevados com que a existência humana se torna digna e formosa.
Insensível ao amor, comprometera-se intimamente gratificar qualquer pessoa cujos gestos de abnegação fossem destituídos de ambições egotistas.
Mesmo quando se referia a Jesus, em cuja doutrina fora educado, recusava-se a render-se ao Amor capaz de apaziguar todas as inquietações com a doçura do Seu olhar, com a musicalidade da Sua voz e com a inefável bondade do Seu coração.
Nesse tormento, fizera-se solitário e, porque não dizer, infeliz.
A felicidade é filha predileta do sentimento dos deveres tranquilamente cumpridos, mas Ulverson, distanciado do trabalho de solidariedade humana, não atendia a compromissos morais relevantes, nem desempenhava atividades que lhe exalçassem o caráter.
Nem mesmo as doces criancinhas conseguiam arrancar-lhe um sorriso de carinho ou um gesto afetuoso.
Dizia que se tratava de seres desagradáveis, e que, ingênuas na infância iam crescer depois, tornando-se arrogantes e desagradáveis quando adolescentes e adultos…
Parecia a figueira que secou, a grave lição apresentada por Jesus, no Seu Evangelho, como ensinamento profundo a respeito da produção que tudo e todos devem cumprir.
O seu mau humor tornara-o uma pessoa indelicada e desagradável.
A vida humana é rica de oportunidades para amar-se e confraternizar-se, espalhando alegrias e produzindo bem-estar.
Existem muitos corações afetuosos que perderam o rumo e, semelhantes a embarcações sem leme, navegam à matroca, correndo riscos numerosos.
Também são incontáveis aqueles que experimentam sofrimento e solidão, por não encontrarem uma palavra de amizade ou de compreensão, ajuda fraternal e entendimento, capazes de diminuir-lhes as culpas, os conflitos, as aflições pessoais…
Toda vez quando alguém se resolve por ajudar outrem, torna-se melhor, descobre o valor da existência e enriquece-se de alegria.
Não era o caso de Olsson, o viajante desencantado de si mesmo.
Numa das viagens, enquanto caminhava triste, observou um homem de avançada idade, que plantava pinheiros… Silenciosamente, cavava o buraco na verde relva e colocava uma semente, cobria-a e seguia adiante.
Parecia cansado, vergado ao peso dos anos, mas o semblante apresentava um sorriso jovial e encantador.
Tudo nele denotava a presença da felicidade, que nascia nas fibras delicadas do amor.
O rosto se encontrava iluminado por um sorriso gentil.
Quando Olsson o viu, sentiu-se estranhamente atraído pelo semeador, a quem interrogou:
Essas terras lhe pertencem, considerando-se que o senhor está plantando essas pináceas que crescem lentamente e que a sua idade não lhe permitirá vê-las grandiosas?
Não, não me pertencem essas terras. São da comunidade e delas cuido para que permaneçam exuberantes em decorrência das árvores nelas plantadas e replantadas.
Certamente não as verei adultas e belas. Mas isso, para mim, não é importante, porque todas essas que existem a volta, não fui eu quem as plantou, e aqui estão oferecendo-nos madeira, sombra, beleza, mantendo a natureza em triunfo…
Ele fez uma pausa, e logo prosseguiu:
Quando eu era jovem, plantava legumes porque podia alimentar-me deles pouco tempo depois. Com o tempo ocorreu-me plantar árvores…
E o que o senhor ganha com isso? – interrompeu-o, desconfiado.
Ganho a alegria de semear. Recordo-me que muito antes de mim, houve Alguém que semeou vidas para todo o sempre. Mesmo quem planta árvores pensa em acolher-se na sua sombra, o que não é o meu caso, mas quem planta vidas, semeia para a eternidade, sem esperar qualquer recompensa. Foi o que fez Jesus…
Nunca devemos semear esperando a colheita por nós mesmos, mas por todos aqueles que virão depois.
Não espera nenhuma compensação?
Sim, o prazer de semear, de plantar beleza, de participar da vida.
Emocionado, pela primeira vez, Ulverson Olsson, saltou do animal e acercando-se do ancião, disse-lhe com inusitada alegria:
Permita-me plantar árvores com você e cuidar da sua vida, porque sou jovem e cheio de energias.
Como Alguém plantou vidas, espero que Ele aceite que eu seja cuidador também da vida que Ele semeou.
A partir dali, em face da lição do semeador, Ulverson fez-se, também, semeador de esperança, de alegria, de paz, de árvores e de vidas…

 

Franco, Divaldo Pereira. Pelo Espírito Selma Lagerlöf. Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na noite de 28 de maio de 2008, em Estocolmo, Suécia.

SOS

Sou Eu

Hora noturna sobre Leopoldina,
A terra amiga que me acolhe os restos.
E no templo de júbilos honestos
Procuro a paz da inspiração divina.
Ante os irmãos do Mestre na Doutrina
Que ama e perdoa nos menores gestos,
Trago comigo os traços manifestos
Da desventura que desilumina.
Sou eu, na velha angústia em que me perco,
Voltando, triste, ao túmulo de esterco,
De outras faixas vitais que o mundo encerra…
Sou eu gritando à vossa luz bastarda
Que sem Cristo brilhando na vanguarda,
Tudo é vaidade e cinza sobre a Terra.
 
Pelo Espírito Augusto dos Anjos
XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Confia e Serve. Espíritos Diversos. IDE. (Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, em sessão pública do Centro Espírita “Amor ao Próximo”, em Leopoldina, MG, na noite de 28-6-50).

A CARIDADE EMMANUEL

AMAI-VOS

Amai-vos uns aos outros e sereis felizes!
Jesus.

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