DEUS É SUPREMA SABEDORIA EM ESPÍRITO

Deus sabedoria espírito

ESPÍRITO PERFEITO

“Deus é suprema sabedoria em espírito e verdadeira perfeição em todas as coisas.”
Vera Jacubowski

saudades

O Auxílio Virá

O problema que te preocupa talvez te pareça
excessivamente amargo ao coração.
E tão amargo que talvez não
possas comentá-lo, de pronto.
Às vezes, a sombra interior é tamanha que tens
a ideia de haver perdido o próprio rumo.
Entretanto, não esmoreças.
Abraça o dever que a vida te assinala.
Serve e ora.
A prece te renovará energias.
O trabalho te auxiliará.
Deus não nos abandonará.
Fazê silêncio e não te queixes.
Alegra-te e espera porque o Céu te socorrerá.
Por meios que desconheces,
Deus permanece agindo.
Chico Xavier

rosa vermelha na chuva

Deus

Ó Deus! que sois o Eterno Pensamento,
A Vontade Suprema, o Movimento,
Por excelência – a Ação!
Que sois a Fonte donde jorra a Vida,
Que sois o Ignoto Ponto de Partida
De toda a Criação!
Deus! Pai Augusto e Bom dos Universos!
Aceitai minha prece nestes versos,
A minha adoração!
Que a pobre lira se estremece e humilha,
Quando a minh’alma, ó Pai! – a vossa filha,
Entoa esta canção!
Desde a ameba perdida pelos mares,
Desde o inseto que plaina pelos ares,
Velais por mim, Senhor!
E pelo tempo em fora vos buscando,
Hei-de ir chorando e rindo e me arrastando,
Empós do Vosso Amor!
Vossa grandeza imensa não me esmaga!
Vossa destra potente e amiga afaga
O vosso filho, ó Deus!
E eu me estremeço e canto delirante,
Quando vos fito a sós, por um instante,
Do val dos prantos meus!
O’ Deus! O’ Pai! O’ Vida! O’ Amor Eterno!
Sede bendito, pois! Eu me prosterno
Perante Vós – ó Luz!
Dai-me coragem, Pai, para buscar-Vos!
Dai-me forças e fé para encontrar-Vos
Nos passos de Jesus!
SANT’ANNA, Hernani T.. Canções do Alvorecer. FEB.

O Homem Honesto Segundo Deus

ou Segundo os Homens

Nota: as respostas deste texto foram dadas pelo Espírito JOSEPH BRÊ, falecido em 1840, ao ser evocado em Bordéus, por sua neta, em 1862. O texto foi extraído do livro “O Céu e o Inferno” de Allan Kardec.
1. – Caro avô, podeis dizer-me como vos encontrais no mundo dos Espíritos, dando-me quaisquer pormenores úteis ao nosso progresso?
R. Tudo que quiseres, querida filha. Eu expio a minha descrença; porém, grande é a bondade de Deus, que atende às circunstâncias. Sofro, mas não como poderias imaginar: é o desgosto de não ter melhor aproveitado o tempo aí na Terra.
2. – Como? Pois não vivestes sempre honestamente?
R. Sim, no juízo dos homens; mas há um abismo entre a honestidade perante os homens e a honestidade perante Deus. E uma vez que desejas instruir-te, procurarei demonstrar-te a diferença. Aí, entre vós, é reputado honesto aquele que respeita as leis do seu país, respeito arbitrário para muitos. Honesto é aquele que não prejudica o próximo ostensivamente, embora lhe arranque muitas vezes a felicidade e a honra, visto o código penal e a opinião pública não atingirem o culpado hipócrita.
Em podendo fazer gravar na pedra do túmulo um epitáfio de virtude, julgam muitos terem pago sua dívida à Humanidade! Erro! Não basta, para ser honesto perante Deus, ter respeitado as leis dos homens; é preciso antes de tudo não haver transgredido as leis divinas. Honesto aos olhos de Deus será aquele que, possuído de abnegação e amor, consagre a existência ao bem, ao progresso dos seus semelhantes; aquele que, animado de um zelo sem limites, for ativo na vida; ativo no cumprimento dos deveres materiais, ensinando e exemplificando aos outros o amor ao trabalho; ativo nas boas ações, sem esquecer a condição de servo ao qual o Senhor pedirá contas, um dia, do emprego do seu tempo; ativo finalmente na prática do amor de Deus e do próximo.
Assim o homem honesto, perante Deus, deve evitar cuidadoso as palavras mordazes, veneno oculto sob flores, que destrói reputações e acabrunha o homem, muitas vezes cobrindo-o de ridículo. O homem honesto, segundo Deus, deve ter sempre cerrado o coração a quaisquer germens de orgulho, de inveja, de ambição; deve ser paciente e benévolo para com os que o agredirem; deve perdoar do fundo dalma, sem esforços e sobretudo sem ostentação, a quem quer que o ofenda; deve, enfim, praticar o preceito conciso e grandioso que se resume “no amor de Deus sobre todas as coisas e do próximo como a si mesmo”.
Eis aí, querida filha, aproximadamente o que deve ser o homem honesto perante Deus. Pois bem: tê-lo-ia eu sido? Não. Confesso sem corar que faltei a muitos desses deveres; que não tive a atividade necessária; que o esquecimento de Deus impeliu-me a outras faltas, as quais, por não serem passíveis às leis humanas, nem por isso deixam de ser atentatórias à lei de Deus. Compreendendo-o, muito sofri, e assim é que hoje espero mais consolado a misericórdia desse Deus de bondade, que perscruta o meu arrependimento. Transmite, cara filha, repete tudo o que aí fica a quantos tiverem a consciência onerada, para que reparem suas faltas à força de boas obras, a fim de que a misericórdia de Deus se estenda por sobre eles. Seus olhos paternais lhes calcularão as provações. Sua mão potente lhes apagará as faltas.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. FEB. Extraído do capítulo 3 – 2a. Parte – Espíritos em condições medianas.

Deus Sabe

Há momentos muito difíceis, que parecem insuperáveis, enriquecidos de problemas e dores que se prolongam, intermináveis, ignorados pelos mais próximos afetos, mas que Deus sabe.
Muitas vezes te sentirás à borda de precipícios profundos, em desespero, e por todos abandonado. No entanto, não te encontrarás a sós, porque, no teu suplício, Deus sabe o que te acontece.
Injustiçado, e sob o estigma de calúnias destruidoras, quando, experimentando incomum angústia, estás a ponto de desertar da luta, confia mais um pouco, e espera, porque Deus sabe a razão do que te ocorre.
Vitimado por cruel surpresa do destino, que te impossibilita levar adiante os planos bem formulados, não te rebeles, entregando-te à desesperação, porque Deus sabe que assim é melhor para ti.
Crucificado nas traves ocultas de enfermidade pertinaz, cuja causa ninguém detecta, a fim de minimizar-lhe as conseqüências, ora e aguarda ainda um pouco, porque Deus sabe que ela vem para tua felicidade.
Deus sabe tudo!
Basta que te deixes conduzir por Ele, e sintonizado com a Sua misericórdia e sabedoria, busca realizar o melhor, assinalando o teu caminho com as pegadas de luz, características de quem se entregou a Deus e em Deus progride.
FRANCO, Divaldo Pereira. Filho de Deus. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

A fé e a esperança

A fé e a esperança são amigas inseparáveis. Poderíamos dizer que a esperança está para a fé como o sol está para a lua.
A lua não tem luz própria: reflete aquela que recebe do sol. Daí porque a lua difunde raios pálidos e isentos de calor, enquanto o sol espalha raios intensos e fúlgidos que, além de iluminar, aquecem e vivificam.
O sol é a própria luz; a lua não é, reflete a luz recebida. Assim, a fé é como o sol.  É força comunicativa que se irradia do coração de quem a tem e se reflete no coração de outrem, gerando nesse a esperança.
Jesus tinha fé. Seus discípulos tinham a esperança gerada pela fé exemplificada de Seu Mestre.
Assim também os corações que se aproximam de Jesus e estabelecem com Ele certa comunhão, iluminam-se com  a  luz patente do Seu Espírito.
A lua clareia os caminhos em noites escuras tal qual a esperança nos sustenta nas horas de trevas.
O sol ilumina e fecunda a estrada da vida, como a fé fortalece as fibras íntimas da alma, robustecendo-a na caminhada para Deus.
O sol é energia: movimenta, vivifica, ativa e produz.
A luz amortecida da lua mostra os obstáculos; a luz brilhante e vívida do sol distingue e remove os tropeços dos caminhos da vida.
A esperança faz nascer no coração do homem as boas e nobres aspirações; só a fé, porém, as realiza.
A esperança sugere, a fé concretiza.
A esperança desperta nos corações o anseio de possuir luz própria, conduzindo, portanto, as criaturas à fé.
Quem alimenta a esperança está, invariavelmente, sob o impulso da fé que lhe vem de alguém. A força da fé é eminentemente conquistadora.
Quem admira os exemplos e os feitos edificantes põe-se desde logo em harmonia com o poder de quem os realizou.  Este projeta naqueles suas influências benfazejas: é o sol fazendo a lua refletir a sua luz, ou seja, a fé gerando a esperança.
Saulo de Tarso, doutor da Lei e membro do Sinédrio, após conhecer e absorver os ensinos do Sublime carpinteiro de Nazaré, passou a refletir com fidelidade as verdades da Boa Nova.
Contagiado pela fé dos discípulos singelos do meigo Rabi, chamados homens do caminho, dispõe-se a reformular sua vida, passando de perseguidor a defensor ardoroso das ideias cristãs, convertendo-se no grande pregador Paulo, também chamado Apóstolo do Gentios.
Foi refletindo a fé do Cristo que os primeiros cristãos se entregaram ao martírio de cabeça erguida e serenidade no olhar.
Bem-vinda seja a esperança! Bendita seja a fé!
Uma e outra espancam as trevas interiores.
Que seria da alma encarcerada na carne se não houvesse fé, nem esperança…
*   *   *
Se é doce ter esperança, é valor e virilidade ter fé.
Enquanto a esperança suaviza o sofrimento, a fé neutraliza seus efeitos depressivos.
Se a esperança nos sustenta nas lutas deste século, a fé nos assegura desde já a vitória da vida sobre a morte.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita com base no cap. Fé,
esperança e caridade, do livro Em torno do Mestre,
 de Vinícius, ed. Feb. Em 23.06.2010.

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