DEUS NOS CONCEDE A CADA DIA UMA PÁGINA – CHICO XAVIER

cada dia

C A D A   D I A 

Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo.
Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.

 

CHICO XAVIER

 

ESCOLHA

 

DIVINA OPORTUNIDADE

dove2

Deus nos dá a cada reencarnação a divina oportunidade de crescimento e reparação das nossas faltas pela misericórdia solicitada no mundo espiritual, saibamos valorizar as oportunidades da nova existência, fazendo sempre o melhor por nós mesmos e pelos nossos semelhantes.
Vera Jacubowski

 

Luta Pela Vida

 

Uma fotografia se torna novo estandarte a favor da vida.
Há algum tempo, esta manchete ocupou espaço em vários jornais nos Estados Unidos.
A imagem foi captada por Paul Harris, que fazia a cobertura fotográfica de uma cirurgia, feita dentro do útero materno, para corrigir um problema na espinha de um feto de apenas vinte e uma semanas de gestação.
A foto é realmente espetacular. O fotógrafo conseguiu registrar o exato momento em que o bebê põe a mãozinha para fora da pequena abertura, feita pelo médico na placenta, e segura num dos seus dedos.
A minúscula mão segura firme a ponta do dedo do médico Joseph Bruner, como se quisesse agarrar-se à vida com todas as suas forças.
O tamanho da mão do bebê corresponde a mais ou menos um terço do dedo do Dr. Joseph, mas percebe-se que o pequeno está agarrando fortemente. A imagem retrata uma verdadeira proeza médica e talvez um dos mais eloquentes gritos em favor da vida registrados até hoje.
A mão pequena que comoveu o mundo pertence a Samuel Alexander.
A vida de Samuel literalmente estava por um fio, já que os especialistas sabiam que não conseguiriam mantê-lo vivo fora do útero materno e que deveriam tratá-lo lá dentro, corrigir a anomalia do feto e deixá-lo lá para continuar seu crescimento.
Seus pais, Julie e Alex, lutaram por muito tempo para ter um bebê e Julie já havia sofrido dois abortamentos naturais antes de ficar grávida do pequeno Samuel.
No entanto, após quatorze semanas de gestação, os problemas apareceram. O teste de ultrassom mostrou que Samuel tinha má-formação do cérebro e anomalias na espinha dorsal.
Mas o casal resolveu esgotar todos os recursos para salvar o bebê. Eles buscaram ajuda e foram informados de que, na Universidade de Naderbilt, em Nashville, Tennessee, uma equipe estava realizando cirurgia fetal em caráter experimental. Não tiveram dúvida: entraram em contato com o Dr. Joseph Bruner, o dono do dedo que Samuel segura, e começou a corrida contra o tempo.
A operação foi um sucesso. Os médicos trataram daquele minúsculo serzinho, menor que um porquinho da Índia, dentro do útero da sua mãe. As anomalias foram corrigidas e, agora, Samuel passou a ser o paciente mais novo a submeter-se àquele tipo de cirurgia.
É impossível não se comover com fatos como esse. É impossível ficar indiferente diante daquela pequena mão segurando o dedo do cirurgião. A imagem é tão poderosa que talvez seja um dos mais fortes argumentos contra o abortamento.
É também um grande motivo para que os médicos pensem na importante tarefa que lhes compete na grande missão de salvar vidas.
As mãos do Dr. Joseph eram, para o pequeno Samuel, a única chance. Talvez seja por esse motivo que ele segurou um dos dedos, com tanta força.
*
Jesus, o sublime Médico das almas, afirmou com a certeza de quem tem autoridade: Vós sois deuses.
Talvez as pessoas que O ouviram falar assim, tivessem pensado que isso era uma blasfêmia, mas hoje nós sabemos que Ele tinha razão.
Quando vemos a mão do homem realizar micro-cirurgias no ventre materno, temos a certeza de que ele é capaz de fazer muito mais.
Não duvidamos de que, em cada ser humano, está depositada uma pequena centelha do Criador que, mais cedo ou mais tarde brilhará, mostrando-se e dando notícias da sua origem divina.
Assim, entendemos que as ciências são as mãos de Deus socorrendo as Suas criaturas, através das abençoadas mãos dos profissionais sérios.

 

Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita.

ajuda de deus

virtude chico xavier

A Reencarnação Fortalece os Laços de Família,

ao Passo Que a Unicidade da Existência os Rompe

 

Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói.
No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses Espíritos se buscam uns aos outros. A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes, até, uns seguem a outros na encarnação, vindo aqui reunir-se numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento. Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. Após cada existência, todos têm avançado um passo na senda do aperfeiçoamento.
Cada vez menos presos à matéria, mais viva se lhes torna a afeição recíproca, pela razão mesma de que, mais depurada, não tem a perturbá-la o egoísmo, nem as sombras das paixões. Podem, portanto, percorrer, assim, ilimitado número de existências corpóreas, sem que nenhum golpe receba a mútua estima que os liga.
Está bem visto que aqui se trata de afeição real, de alma a alma, única que sobrevive à destruição do corpo, porquanto os seres que neste mundo se unem apenas pelos sentidos nenhum motivo têm para se procurarem no mundo dos Espíritos. Duráveis somente o são as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem. Ora, semelhante causa não subsiste no mundo dos Espíritos, enquanto a alma existe sempre. No que concerne às pessoas que se unem exclusivamente por motivo de interesse, essas nada realmente são umas para as outras: a morte as separa na Terra e no céu.
A união e a afeição que existem entre pessoas parentes são um índice da simpatia anterior que as aproximou, Daí vem que, falando-se de alguém cujo caráter, gostos e pendores nenhuma semelhança apresentam com os dos seus parentes mais próximos, se costuma dizer que ela não é da família. Dizendo-se isso, enuncia-se uma verdade mais profunda do que se supõe. Deus permite que, nas famílias, ocorram essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros, de meio de progresso. Assim, os maus se melhoram pouco a pouco, ao contato dos bons e por efeito dos cuidados que se lhes dispensam. O caráter deles se abranda, seus costumes se apuram, as antipatizas se esvaem. E desse modo que se opera a fusão das diferentes categorias de Espíritos, como se dá na Terra com as raças e os povos.
O temor de que a parentela aumente indefinidamente, em consequência da reencarnação, é de fundo egoístico: prova, naquele que o sente, falta de amor bastante amplo para abranger grande número de pessoas. Um pai, que tem muitos filhos, ama-os menos do que amaria a um deles, se fosse único? Mas, tranquilizem-se os egoístas: não há fundamento para semelhante temor. Do fato de um homem ter tido dez encarnações, não se segue que vá encontrar, no mundo dos Espíritos, dez pais, dez mães, dez mulheres e um número proporcional de filhos e de parentes novos. Lá encontrará sempre os que foram objeto da sua afeição, os quais se lhe terão ligado na Terra, a títulos diversos, e, talvez, sob o mesmo título.
Vejamos agora as consequências da doutrina anti-reencarcionista. Ela, necessariamente, anula a preexistência da alma. Sendo estas criadas ao mesmo tempo que os corpos, nenhum laço anterior há entre elas, que, nesse caso, serão completamente estranhas umas às outras. O pai é estranho a seu filho. A filiação das famílias fica assim reduzida à só filiação corporal, sem qualquer laço espiritual. Não há então motivo algum para quem quer que seja glorificar-se de haver tido por antepassados tais ou tais personagens ilustres. Com a reencarnação, ascendentes e descendentes podem já se terem conhecido, vivido juntos, amado, e podem reunir-se mais tarde, a fim de apertarem entre si os laços de simpatia.
Isso quanto ao passado. Quanto ao futuro, segundo um dos dogmas fundamentais que decorrem da não-reencarnação, a sorte das almas se acha irrevogavelmente determinada, após uma só existência. A fixação definitiva da sorte implica a cessação de todo progresso, pois desde que haja qualquer progresso já não há sorte definitiva. Conforme tenham vivido bem ou mal, elas vão imediatamente para a mansão dos bem-aventurados, ou para o inferno eterno. Ficam assim, imediatamente e para sempre, separadas e sem esperança de tornarem a juntar-se, de forma que pais, mães e filhos, maridos e mulheres, irmãos, irmãs e amigos jamais podem estar certos de se verem novamente; é a ruptura absoluta dos laços de família.
Com a reencarnação e progresso a que dá lugar, todos os que se amaram tornam a encontrar-se na Terra e no espaço e juntos gravitam para Deus. Se alguns fraquejam no caminho, esses retardam o seu adiantamento e a sua felicidade, mas não há para eles perda de toda esperança. Ajudados, encorajados e amparados pelos que os amam, um dia sairão do lodaçal em que se enterraram.
Com a reencarnação, finalmente, há perpétua solidariedade entre os encarnados e os desencarnados, e, daí, estreitamento dos laços de afeição.
Em resumo, quatro alternativas se apresentam ao homem, para o seu futuro de além-túmulo: 1ª, o nada, de acordo com a doutrina materialista; 2ª, a absorção no todo universal, de acordo com a doutrina panteísta; 3ª, a individualidade, com fixação definitiva da sorte, segundo a doutrina da Igreja; 4ª, a individualidade, com progressão indefinita, conforme a Doutrina Espírita. Segundo as duas primeiras, os laços de família se rompem por ocasião da morte e nenhuma esperança resta às almas de se encontrarem futuramente. Com a terceira, há para elas a possibilidade de se tornarem a ver, desde que sigam para a mesma região, que tanto pode ser o inferno como o paraíso. Com a pluralidade das existências, inseparável da progressão gradativa, há a certeza na continuidade das relações entre os que se amaram, e é isso o que constitui a verdadeira família.

 

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 4.


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