ESFORÇO NA PROGRESSÃO ESPIRITUAL MORAL E INTELECTUAL VERDADE LUZ

ESFORÇO NA CONSTRUÇÃO DAS VIRTUDES MORAIS E INTELECTUAIS DA ALMA HUMANA

O ESFORÇO APLICADO NAS MINHAS MUDANÇAS…

LESÕES NA ALMA

Diante dos acontecimentos infelizes que te surpreendam na senda por onde segues buscando a renovação, resguarda-te na fé iluminada que te impulsiona ao trabalho nobilitante.  
Se agasalhas azedumes, cultivando mágoas e mantendo ódios, estás em perigo. Se te deténs na maledicência, ou na ociosidade, ou te conduzes sob chuvas de impropérios que partem da tua revolta, estás à borda de um terrível despenhadeiro. 
Se sustentas rivalidades e aceitas o desafio das ofensas ou te interessas pela preservação das inimizades, encontras-te na fronteira do desequilíbrio.
Preserva-te na calma ante qualquer provação ou sob torrentes de ameaças, sem te dares a oportunidade de sintonizar na faixa da agressão.
Esses inimigos, que agasalhas e vitalizas com assiduidade, produzem-te graves lesões na alma, desarticulando as engrenagens sutis encarregadas do equilíbrio fisiopsíquico que se te faz necessário.
Da alma procedem as realizações edificantes e os processos degenerativos que se exteriorizam no corpo.
Ulcerações do estômago e do duodeno, problemas hepáticos e disfunções intestinais, manifestações cancerígenas e distúrbios da emotividade, propiciadores da ansiedade, da neurose, da psicose e de outras alienações têm as suas nascentes nos fulcros em desalinho da alma encarnada.
Enfermidades perfeitamente evitáveis, no campo da mente e nos painéis físicos, derivam do descontrole da vontade e da má usança dos valores que a vida proporciona para o progresso.
Desse modo, se anelas pela saúde, desejando o equilíbrio psicofísico, aprende a dirigir a conduta mental e moral, não dando guarida às farpas do mal, nem aos raios da perversidade que ainda grassam na Terra.
Entrega-te à ação do trabalho constante, sem tempo para a queixa ou o azedume, para a averiguação do erro alheio e da ingratidão, amando e esperando sob a dádiva luminosa da fé que te apresenta o porvir feliz à tua espera, se perseverares fiel até o fim.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Receitas de Paz
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

PRESENÇA DO AMOR

O amor – alma da vida – é o hálito divino a espraiar-se em toda parte, manifestando a Paternidade de Deus.

Onde quer que se expresse, imanta quantos se lhe acercam, modificando a estrutura e a realidade para melhor.

No amor se encontram todas as motivações para o progresso, emulando ao avanço, na libertação dos atavismos que, por enquanto, predominam em a natureza humana.
Por não se identificar com o amor, na sua realização incessante, a criatura posterga a conquista dos valores que a alçam à paz e a engrandecem.
Sem o amor se entorpecem os sentimentos, e a marcha da sensação para a emoção torna-se lenta e difícil.
Em qualquer circunstância o amor é sempre o grande divisor de águas.
Vivendo-o, Jesus modificou os conceitos então vigentes, iniciando a Era do Espírito Imortal, que melhor expressa todas as conquistas do pensamento.
Se te encontras sob a alça de mira de injunções dolorosas, sofrendo incompreensões e dificuldades nos teus mais nobres ideais, não te abatas, ama.
A noite tempestuosa e sombria não impede que as estrelas brilhem acima das nuvens borrascosas.
Se o julgamento descaridoso te perturba os planos de serviço, intentando descoroçoar-te, mediante o ridículo que te imponham, mesmo assim, ama.
O sarçal, aparentemente amaldiçoado, no momento oportuno abre-se em flor.
Se defrontas a enfermidade sorrateira que intenta dominar as tuas forças, isolando-te no leito da imobilidade e reduzindo as tuas energias, renova-te na prece e ama.
O deserto de hoje foi berço generoso de vida, e pode, de um momento para outro, sob carinhoso tratamento, reverdecer-se e florir.
O amor é benção de que dispões em todos os dias da tua vida, para avançares e conquistares espaços no rumo da evolução.
Não te canses de amar, sejam quais forem as circunstâncias, por mais ásperas se te apresentem.
A Doutrina de Jesus, ora renascida no pensamento espírita, é um hino-ação de amor, assinalando a marcha do futuro através das luzes da razão unida à fé, em consórcio de legítimo amor.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Viver e Amar
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

52. Pedidos

Reunião pública de 15/7/1960
Questão nº 291 Parágrafo 18º
Não peças aos amigos espirituais para que te rasguem um veio de ouro.
A fortuna imerecida pode sepultar-te o coração na cova da preguiça.
Não peças aos benfeitores da Vida Maior para que sejas conduzido ao leme do poder.
A autoridade inoportuna pode encurralar-te no fogo da violência.
Não peças aos instrutores de outras esferas que te ofertem segredos da perfeição corpórea.
A beleza efêmera pode situar-te no vicio.
Não peças aos mensageiros divinos o privilégio da posse.
A posse mal conduzida atrai os milhafres da usura.
Não peças aos companheiros desencarnados os enfeites da fama.
A fama, sem alicerces respeitáveis, atrai as víboras da calúnia.
Não peças aos emissários do Senhor os regalos do conforto excessivo.
A escravidão do conforto excessivo atrai os gafanhotos da inveja.
Pede a todos eles para que te amparem o próprio aperfeiçoamento, porque, aprimorando a ti mesmo, perceberás que a existência na Terra é estágio na escola da evolução, em que o trabalho constante nos ensina a servir para merecer e a raciocinar para discernir.
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier do livro Seara dos Médiuns

MEDITAÇÃO E PRECE

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O homem comum vive para gozar, usufruir, beneficiar-se no imediatismo da existência corporal.
O homem espiritual produz para o futuro, transformando as tendências do prazer imediatista em emoções salutares que armazena para os gozos transcendentais.
Desse modo, o primeiro come, dorme e fala muito, negando-se à meditação para crescer e iluminar-se.
O segundo, porque medita, come, dorme, e fala pouco, ponderando sobre os valores existenciais que lhe são de relevante significado para o processo da evolução.
Grande número de pessoas afirma que a meditação não lhe é uma experiência desconhecida.
Acreditam, desse modo, essas pessoas, que, cigarro na mão, olhar fixo num “ponto morto”, entregam-se a meditação, quando, vinculadas a sentimentos mais grosseiros, apenas estão divagando.
Algumas outras, embriagando-se com os alcoólicos, detêm a mente na fixação de ideias perturbadoras e supõem meditar, quando somente fogem, sucumbindo ao peso da razão obnubilada.
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A meditação exige disciplina mental, esforço constante e treinamento, mediante os quais exerce comando sobre as ideias desordenadas que desbordam dos arquivos da memória e assaltam a consciência, quando esta se detém a reflexionar.
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O homem tem necessidade urgente de meditar para saber agir e entregar-se aos objetivos superiores que a vida lhe destina.
A meditação abre espaço para a convivência com a prece, que lhe é irmã gêmea.
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A meditação aclara o raciocínio.
A prece ilumina-o.
A meditação acalma.
A prece dulcifica.
A meditação fortalece.
A prece sustenta.
A meditação liberta.
A prece conduz.
A meditação realiza.
A prece purifica.
A meditação dilata os valores que dormem no ser.
A prece canaliza-os para as realizações edificantes.
A meditação eleva às regiões sublimes de onde procede o Espírito.
A prece imanta-o às matrizes da sua origem e para cujo lar retornará.
A meditação dá vida.
A prece é combustível para a sua sustentação.
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A meditação e a prece são instrumentos ao alcance de todos aqueles que empreendem a viagem de conscientização da sua realidade imortal.
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Reserva-te o hábito da meditação e apoia-te no recurso da prece.
Antes de tomares decisões, medita, e antes de agires, ora.
A meditação te equacionará todas as dificuldades e a prece te concederá lucidez para a atitude correta.
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Jesus, a cada passo, buscava o silêncio da Natureza, durante o Seu ministério, para meditar, logo entregando-Se à prece, de cujo concurso retornava à convivência dos homens, a fim de conduzi-los, sofrê-los e amá-los sem desfalecimento, até o fim.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Momentos de Esperança
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

SEMPRE EM PAZ

A violência que tumultua os homens e o aturdimento que toma conta dos quadrantes da Terra, dando gênese à loucura que se generaliza, decorre, inicialmente, da agressividade íntima, que se demora no mundo pessoal de cada criatura, produzindo desequilíbrio e infelicidade.
Certamente, a provocação do mal engendra reações inesperadas, sustentando o desespero e conduzindo a estados agressivos, todavia, tal ocorre porque encontra matrizes íntimas no homem que, em si mesmo, vive infeliz.
Por isso, enunciou Jesus: – “Vigiai e orai, a fim de não cairdes em tentação”, concitando-nos ao equilíbrio e à perseverança no dever.
Sejam quais forem as circunstâncias difíceis em que te sintas envolvido, mantém a tua paz.
Atua com severidade, porém evita a rudeza.
Exerce a disciplina, sem que derrapes na violência.
Promove a educação, não te permitindo a agressividade.
Tudo quanto fizeres, faze-o em paz.
Maltratado ou sofrido, preserva a paz a qualquer preço, de modo a fruíres depois o prazer da serenidade.
Em todas as circunstâncias Jesus manteve-se ameno, em serenidade integral.
Paz é irrestrita confiança em Deus.
Conserva, desse modo, a tua tranquilidade e coopera em favor do bem geral, não engrossando as fileiras dos reclamadores, dos violentos, dos insensatos.
A tua paz fala pela tua vida, tanto quanto a tua vida se refletirá em volta, conforme a tua conduta em conflito ou em paz.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Viver e Amar
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

NOSSAS DECISÕES…

Olhe sempre para dentro de si, o que realmente importa são nossas intenções, escolhas e atitudes, serão elas que irão traçar o nosso futuro, determinar um destino feliz, saudável e de realizações ou não.
Vera Jacubowski

O QUE É SER ESPÍRITA?

Ser espírita não é ser nenhum religioso; é ser cristão.
Não é ostentar uma crença; é vivenciar a fé sincera.
Não é ter uma religião especial; é deter uma grave responsabilidade.
Não é superar o próximo; é superar a si mesmo.
Não é construir templos de pedra; é transformar o coração em templo eterno.
Ser espírita não é apenas aceitar a reencarnação; é compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição.
Não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos indistintamente se comunicam, mesmo sem o saber; é comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também.
Ser espírita não é apenas consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura; é transformar os livros, suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança.
Ser sem vivenciar é o mesmo que dizer sem fazer.
Ser espírita não é internar-se no Centro Espírita, fugindo do mundo para não ser tentado; é conviver com todas as situações lá fora, sem alterar-se como espírita, como cristão.
O espírita consciente é espírita no templo, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sozinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença.
Ser espírita não é ser diferente; é ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus.
Não é mostrar-se que é bom; é provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um estado normal do homem consciente.
Anormal é não ser bom.
Ser espírita não é curar ninguém; é contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura.
Não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros; é ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e nos seus próprios poderes que estão na sua vontade sincera e perseverante.
Ser espírita não é consolar-se em receber; é confortar-se em dar, porque pelas leis naturais da vida, “é mais bem aventurado dar do que receber”.
Não é esperar que Deus desça até onde nós estamos; é subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre.
Isto é ser espírita.

Com as bênçãos de Jesus, nosso Mestre.

– Wanderley Pereira. Do livro Aprendendo a lidar com crises.

PERTURBAÇÕES

Apesar de tuas boas disposições, surgem momentos em que estranhos estados da alma assomam, perturbando-te a lucidez e o entusiasmo.
Esses constituem desafios graves, que podem levar a imprevisíveis resultados negativos.
Surgem como depressão ou desinteresse, que defluem de uma observação infeliz, ou de uma palavra azeda, ou de uma discussão desgastante…
Há ocasiões em que se manifestam como nuvem obnubiladora do discernimento, insistente, que termina por gerar indisposição íntima, quando não leva a distonias e agressividade mais contundente.
Além dos fatores normais sociopsicológicos do relacionamento ou da emoção, originam-se na interferência psíquica de desencarnados que se comprazem em inquietar, inspirando desespero e conduzindo a estágios afligentes…
Vivemos em quase permanente intercâmbio psíquico uns com os outros, no corpo físico e fora dele.
Mentes disparam dardos contra outras, atingindo o alvo com pontaria segura e estabelecendo telefone de comunicação perturbadora.
Interrompe as telepatias deprimentes, sobrepondo a tua vontade e corrigindo a sintonia psíquica.
Sai um pouco e respira ar puro.
Recorda os planos ideais que acalentas.
Dialoga um pouco com alguém que te inspira simpatia.
Ora por alguns instantes.
Estes expedientes expulsarão a onda de perturbação que te envolve, e tornarás ao estado de tranquilidade.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Episódios Diários
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

A EXISTÊNCIA NA TERRA

A existência na terra constitui uma passagem.
Aceitar os desafios constitui uma tarefa muito importante para a nossa educação e evolução.
A felicidade ou a desdita, embora momentânea, constitui um aprendizado rápido e significativo, de acordo com a lei divina, do mérito espiritual ou da ação e reação.
A vida é a divina criação de Deus e constitui o seu próprio caminho na direção da perfeição.
Vera Jacubowski

Amar os inimigos

Jesus nos ensinou: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem”
À primeira vista não parece fazer muito sentido esta recomendação de Jesus, como podemos amar e bendizer os inimigos? A resposta (a única resposta lógica) é bem simples: não ter inimigos.
Já que somos cristãos e estamos tomando Jesus por exemplo, devemos nos perguntar primeiramente:
Jesus tinha inimigos? Certamente muitas pessoas o consideraram como seu inimigo, mas Jesus alguma vez disse que possuía inimigos? Ou disse que considerava Fulano ou Sicrano como seu inimigo?
 
O ensinamento por detrás do “Amai a vossos inimigos” é na verdade o ensinamento de que não devemos e não podemos possuir inimigos, nunca. Talvez o termo “vossos inimigos” não esteja representando o significado fiel das palavras que Jesus utilizou por um erro de tradução, ou talvez Jesus tenha usando esta contradição propositalmente para causar choque, assim como causou choque o “se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra”.
Mas o ensinamento para o cristão é mesmo esse, a pessoa que erra, ou que consideramos como errada, é digna de pena e não de ódio e isto Jesus exemplificou ao pedir perdão por nós a Deus na cruz dizendo “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.”
 
Na verdade, seguindo uma outra recomendação de Jesus, a de perdoar setenta vezes sete, fica mesmo impossível possuir inimigos, pois só poderíamos considerar alguém como inimigo depois desta pessoa nos prejudicar e termos perdoado ela literalmente 490 vezes.
Nós temos que assimilar a ideia de que estamos sempre errados quando consideramos alguém como nosso inimigo, o espírito de bem, o espirito cristão, não possui inimigos, pode ter e provavelmente tem muitos adversários de ideal que se consideram seus inimigos, mas se queremos ser pessoas de bem, temos não só que esquecer a ideia de possuir inimigos, mas também deixar claro para aquelas pessoas que se consideram nossas inimigas, que não a consideramos como inimiga.
Muitas vezes uma criança pequena pode acreditar por um momento que sua mãe ou seu pai não estão do seu lado porque não fazem as suas vontades e as vezes até soltar uma frase do tipo “eu te odeio” ou “você é meu inimigo”, ou algo parecido.
Uma frase assim na boca de uma criança, com a inocência que é dita, soa até engraçado por um instante, mas a mãe ou pai irão com certeza explicar no mesmo momento para a criança que isto não é verdade, que ela sempre será uma amiga e sempre faz tudo para ela pensando no seu próprio bem.
No mundo dos adultos é necessária a mesma cautela e atenção, quando percebemos que alguém, por qualquer motivo, começou a nos considerar como inimigo, devemos deixar claro para aquela pessoa que o sentimento não é reciproco e que apesar de quaisquer divergências, estamos sempre procurando agir no melhor interesse de todos e em consequência também no melhor interesse deste nosso adversário.
Imagine um investigador da polícia ou do ministério público que está se esforçando em desbaratar uma quadrilha de fraudadores que desviam dinheiro público. Esta pessoa que investiga não deve considerar seu investigado como seu inimigo, deve pelo contrário, como cristão, pensar sempre no bem estar deste, pois, sob o ponto de vista espiritual, o pior para o fraudador seria que continuasse a roubar dinheiro público e aumentar suas dividas perante a justiça divina.
O investigador, motivado quase sempre pela vontade de fazer justiça e fazer com que o dinheiro chegue aos devidos beneficiários, deve aprender a ser motivado também pelo amor àqueles que ele investiga, pois, sua ação fará com que os criminosos parem de cometer mais crimes e percebam que o crime não compensa.
O pior que se poderia fazer neste caso seria deixar estes fraudadores pensando que seus crimes estariam sempre impunes, pensando que a justiça divina não os pode atingir e que a atitude egoísta que prejudica às pessoas necessitadas é um bom negócio.
Mais adiante, este investigador poderia explicar para seu investigado que o que ele estava fazendo é na verdade um favor, e que um dia a alma arrependida deste pecador ainda irá agradecer por ter sido tirada à força do caminho do crime, graças à ação daquele investigador.
Nas situações mais comuns do nosso cotidiano, podemos tentar explicar de forma amistosa para os nossos adversários mais próximos que estamos agindo no interesse dele mesmo e que só desejamos o seu bem.
Já para aqueles que se afastam um pouco mais e evitam a nossa amizade, devemos tentar sempre que possível atrair esta pessoa de volta ao nosso círculo de amizades e quem sabe utilizar o recurso de uma palavra espontânea ou até mesmo uma observação bem humorada para quebrar o gelo e fazer aquela pessoa refletir a respeito da nossa suposta inimizade, que ela muitas vezes considera como reciproca, deixando claro que não desejamos nos afastar e não guardamos rancores por qualquer fato passado.
O importante é deixar claro para qualquer pessoa que se considere nossa inimiga, que o sentimento não é reciproco. E sejam quais forem os motivos que ela possua para achar que somos seu inimigo, esta pessoa começara a se questionar o porquê de não retribuirmos a antipatia e talvez tentará entender as razões que nos levam a agir de forma diferente.
Se nossos motivos forem sinceros e formos impulsionados exclusivamente pela vontade de fazer o bem ao próximo, podemos abrir uma porta para que aquele adversário abandone aquele caminho prejudicial a ele mesmo e venha se juntar a nós na causa do bem.
Já sob o ponto de vista do nosso interesse pessoal, não podemos nunca esquecer de que aquelas pessoas que se colocam em nosso caminho e testam a nossa paciência são na verdade de grande ajuda para a nossa evolução moral.
Estas pessoas foram colocadas em nosso caminho propositalmente por Deus, pensando na nossa evolução espiritual e sem estas pessoas e estas situações, estaríamos estagnados sem possibilidade ganho e de evolução. É no contato com os defeitos do próximo que aprendemos a enxergar os nossos próprios defeitos e nos motivamos a tentar sermos melhores.
Todo aquele stress, mal estar e irritação que muitas vezes estes adversários conseguem despertar em nós, são um claro sinal da nossa imperfeição moral, pois um espírito mais evoluído não está sujeito a este tipo de sofrimento.
Um espírito evoluído não se irrita com um adversário que se coloca em seu caminho, ele vê esta atitude do adversário como uma oportunidade para tentar ensinar algo de bom ao seu adversário através do exemplo, demonstrando sua tranquilidade e falta de interesse pelas disputas materialistas que este adversário pensa estar travando.
O espírito superior não é atingido por este stress resultante das contrariedades provocadas por aqueles que se consideram seus inimigos, porque sendo mais experiente ele já sabe das contradições e imperfeições do homem e já antecipa a possibilidade destes ataques ocorrerem e já perdoa por antecipação a atitude infeliz do suposto inimigo.
Nós também, quando atingirmos este nível de evolução moral, iremos nos ver frequentemente em missão de auxílio aos nossos irmãos mais atrasados e em meio a eles seremos sempre hostilizados pelas ideias de paz e fraternidade que trouxermos. Jesus nos disse:
“Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.”
Esta é uma consequência natural ao se divulgar as ideias renovadoras de paz e fraternidade universal para o homem acostumado à discórdia e apegado aos interesses materialistas, as novas ideias sempre geram conflito com as ideias antigas e naturalmente a ideia da pratica do bem e da fraternidade gera conflito num mundo onde predomina o individualismo.
Ao contrário do que se poderia supor, quanto mais evoluído é um espírito, mais ele tende a provocar conflitos quando se aproxima dos homens acostumados ao orgulho e egoísmo e estes conflitos são bem vindos e até desejados pelo espírito de bem, pois ele aproveita estas oportunidades para demonstrar a superioridade da humildade sobre o orgulho e do desapego sobre a ganância.
Ao abandonar as disputas tolas e abrir mão voluntariamente de vantagens e privilégios que o homem procura desesperadamente, o espírito mais evoluído ensina, através do seu exemplo, que nenhuma disputa por vantagens materiais de qualquer tipo vale a pena e que a paz deve sempre prevalecer pois também disse Jesus: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”.
Amar os inimigos é perfeitamente natural para o espírito de bem, porque na verdade ele não tem inimigo nenhum, somente irmãos necessitados de ajuda, irmãos que ele ama.
Desc. Autor

R E E N C A R N A Ç Ã O

ou A Bênção do Recomeço
Vidas Sucessivas…
Fatalidade e Livre Arbítrio

Antes do regresso à experiência no Plano Físico, nossa alma em prece roga ao Senhor a concessão da luta para o trabalho de nosso próprio reajustamento.

Solicitamos a reaproximação de antigos desafetos.
Imploramos o retorno ao círculo de obstáculos que nos presenciou a derrota em romagens mal vividas…
Suplicamos a presença de verdugos com quem cultiváramos o ódio, para tentar a cultura santificante do amor…
Pedimos seja levado de novo aos nossos lábios o cálice das provas em que fracassamos, esperando exercitar a fé e a resignação, a paciência e o valor…
E com a intercessão de variados amigos que se transformam em confiantes avalistas de nossas promessas, obtemos a bênção da volta.
Efetivamente em tais circunstâncias, o esquema de ação surge traçado.
Somos herdeiros do nosso pretérito e nessa condição, arquitetamos nossos próprios destinos.
Entretanto, imanizados temporariamente ao veículo terrestre, acariciamos nossas antigas tendências de fuga ao dever nobilitante.
Instintivamente, tornamos, despreocupados, à caça de vantagens físicas, de caprichos perniciosos, de mentiroso domínio e de nefasto prazer.
O egoísmo e a vaidade costumam retomar o leme de nosso destino e abominamos o sofrimento e o trabalho, quais se fossem duros algozes, quando somente com o auxílio deles conseguimos soerguer o coração para a vitória espiritual a que somos endereçados.
É, por isso, que fatalidade e livre arbítrio coexistem nos mínimos ângulos de nossa jornada planetária.
Geramos causas de dor ou alegria, de saúde ou enfermidade em variados momentos de nossa vida.
O mapa de regeneração volta conosco ao mundo, consoante as responsabilidades por nós mesmo assumidas no pretérito remoto e próximo: contudo, o modo pelo qual nos desvencilhamos dos efeitos de nossas próprias obras facilita ou dificulta a nossa marcha redentora na estrada que o mundo nos oferece.
Aceitemos os problemas e as inquietações que a Terra nos impõe agora, atendendo aos nossos próprios desejos, na planificação que ontem organizamos, fora do corpo denso, e tenhamos cautela com o modo de nossa movimentação no campo das próprias tarefas, porque, conforme as nossas diretrizes de hoje, na preparação do futuro, a vida nos oferecerá amanhã paz ou luta, felicidade ou provação, luz ou treva, bem ou mal.
Livro: Nascer e Renascer, do espírito Emmanuel/Psicografia Chico Xavier – Cap. 4. Ano: 1982. Editora: GEEM.

CANAL DE DEUS

É sempre abençoada a doação.
De qualquer forma que seja feita, ela atinge o destino, enriquecendo de alegria aquele a quem se dirige.
É melhor, porém, quando se faz acompanhar pela alegria do ofertante, pois que o felicita igualmente.
Há quem doe, como se estivesse desobrigando-se de um desagradável dever, assim como outrem que o faz assinalado por injustificável mágoa.
Existem pessoas que dão, especulando, e aguardam receber de volta algo melhor, da mesma forma que outras o fazem constrangidamente.
Seja a tua, a doação livre e rica de gozo, porquanto, da mesma maneira que ofertares, assim o receberás.
Observa a tua atitude quando dás.
Examina-a cuidadosamente e descobrirás, logo depois, outras oportunidades para prosseguires fazendo a tua dádiva, que pode ser o pequeno tempo de atenção que cedas a um aflito, ou a tua energia socorrista, ou ainda a tua provisão material…
O hábito de dar ensinar-te-á a bênção da autodoação ou a contribuição plenificadora.
Quando dás com alegria, a Lei de Deus, perfeita em todas as suas manifestações, cumpre-se através de ti, pois que se exterioriza, clara e ardorosa, como expressão de fé e amor.
Assim, comparte, livre e incondicionalmente, a tua dádiva com o teu próximo, regozijando-te com a recompensa de paz, que fruirás.
A elevada ação de quem doa, dele faz um canal pelo qual passa o bem de Deus na direção de todas as criaturas.
Num mundo que se caracteriza pelas necessidades e pedidos, torna-te doador do bem incessante, feliz pela oportunidade de repartir.
A tua aura de generosidade se exterioriza e atrai todos aqueles que se encontram em carência, confiantes de que, na aspereza da luta que travam, não lhes faltará o socorro para tornarem-se completos.
Nada melhor do que ser canal de Deus.
Luta e insiste a fim de prosseguires como instrumento da Divindade, atingindo o clímax, quando te tornares maleável e de fácil acesso para a finalidade do Amor.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Momentos de Esperança
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

“Deus Usa o Tempo e Não a Violência”

(Casos de Chico Xavier.)

Chico visitou durante muitos anos um jovem que tinha o corpo totalmente deformado e que morava num barraco à beira de uma mata.
O estado de alienado mental era completo. A mãe deste jovem era também muito doente e o Chico a ajudava a banhá-lo, alimentá-lo e a fazer a limpeza do pequeno cômodo em que morava.
O quadro era tão estarrecedor que, numa de suas visitas em que um grupo de pessoas o acompanhava, um médico perguntou ao Chico:
– Nem mesmo neste caso a eutanásia seria perdoável?
Chico respondeu:
– Não creio doutor. Esse nosso irmão, em sua última encarnação, tinha muito poder. Perseguiu, prejudicou e com torturas desumanas tirou a vida de muitas pessoas. Algumas o perdoaram, outras não e o perseguiram durante toda sua vida. Aguardaram o seu desencarne e, assim que ele deixou o corpo, eles o agarraram e o torturaram de todas as maneiras durante muitos anos. Este corpo disforme e mutilado representa uma bênção para ele. Foi o único jeito que a providência divina encontrou para escondê-lo de seus inimigos. Quanto mais tempo aguentar, melhor será. Com o passar dos anos, muitos de seus inimigos o terão perdoado. Outros terão reencarnado. Aplicar a eutanásia seria devolvê-lo às mãos de seus inimigos para que continuassem a torturá-lo.
– E como resgatará ele seus crimes? – Perguntou o médico.
– O irmão X costumava dizer que Deus usa o tempo e não a violência.
– respondeu Chico Xavier.

CONSCIÊNCIA DO BEM

O homem que se conscientiza das próprias responsabilidades, melhor se arma de recursos para enfrentar as vicissitudes.
Tem fé no futuro e trabalha por alcançá-lo mediante as realizações de enobrecimento.
Quando sofre, reúne os valores morais e enfrenta o problema sem perder o equilíbrio, fator preponderante em qualquer empreendimento.
Quando incompreendido ou sob os camartelos da dificuldade, permanece integro no culto do dever, confiando na resposta do tempo, que é o inevitável desvelador de todas as coisas.
Se colocado em situação relevante, utiliza-se da oportunidade para repartir as conquistas que o engrandecem e ao grupo social no qual se movimenta.
Sob tensão, age com harmonia; em posição de paz, atua com entusiasmo.
Nesse homem estão presentes os títulos do cidadão ideal, que um dia se tornará comum, numa sociedade mais justa, portanto, mais feliz.
Quem se entrega ao ideal religioso, qual ocorreu com os cristãos primitivos, ombreando com os apóstolos e os mártires, descobre as altas finalidades da vida e, por antecipação, experimenta a felicidade que se lhe reserva após as lutas renhidas da sublimação.
Compreensível que a odisseia do Cristianismo seja, nos tempos primeiros, a saga de santos e de heróis, em face do espírito de integração na Causa que sustentava os participantes da fé.
Fenômeno semelhante deve ocorrer com os espíritas, os cristãos-novos, considerando-se o conteúdo da Doutrina que se lhes apresenta, e as condições especiais de vive-la na atualidade.
Objetivando essencialmente a realização do homem integral, propõe a mais eficiente ética numa extraordinária filosofia de comportamento, que o capacita para as conquistas morais que o alçam à paz.
Explica-lhe a razão dos infortúnios e dos sucessos; o porquê das ditosas como das infelizes ocorrências, assim ensejando-lhe uma conduta de equidade em relação ao próximo e de confiança a respeito da vida, em cujo rio de experiências braceja…
Fortalecido por uma fé que se estriba no conhecimento da vivência do fato, não teme qualquer injustiça, que lhe é sempre aparente, nem o mal, que é somente a temporária ausência do bem que lhe cumpre desenvolver…
Tendo como exemplo Jesus, que jamais desanimou ou se precipitou, confia na lição das horas bem aproveitadas e prossegue no campo dos deveres que lhe dizem respeito.
Ao mesmo tempo tem, em Allan Kardec, o exemplo ideal do discípulo da verdade que “em tomando a charrua não olhou para trás”, produzindo em breve período a obra colossal que vem triunfando sobre o tempo, como um monumento de luz para clarear a Humanidade de todos os tempos, futuro afora.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Receitas de Paz
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

MERECIMENTO

“Deus resiste aos soberbos, mas dá graças aos humildes.”
– Tiago, 4: 6
A Divina Criação trabalha incessantemente na extensão de oportunidades de crescimento e evolução de Suas criaturas.
Consciências crísticas celestiais, em nome do Eterno Criador, agem no cosmos, articulando o hausto divino para a estruturação do espaço e do tempo, e com eles co-criando, em plano maior, galáxias, constelações, sistemas estelares, planetas e satélites como moradas na amplidão infinita dos universos.
Os cristos cósmicos, como Jesus de Nazaré, pacientemente organizam forças e energias na consolidação de casas planetárias, quais a Terra, oferecendo aos espíritos imperfeitos um pouso de esperança e redenção.
Como o planeta terrestre, incontáveis são os planetas de expiação e provas, abrigando, de ordinário, uma incalculável multidão de espíritos endividados com a lei divina, necessitados de renovação e paz, em busca de redenção e ascensão.
A Divina Paternidade acompanha-os de perto, atentamente, e com Sua infinita perfeição tem a sabedoria para colocar cada qual no exato lugar e no tempo certo, junto das companhias ideais, para que tais recursos, quais tesouros inestimáveis, lhes sirvam de chance oportuna para poderem progredir na subida de seus próprios ideais de religamento ao seio amoroso de Deus.
É assim que se vê a criatura diante de desafios constantes – a enfrentar lutas internas para a autossuperação –, na certeza de que não existem conquistas sem esforços, como não existem vitórias sem méritos.
Infelizmente, no entanto, grande parte dos que se corporificam na face terrestre, ou em mundos que se lhe assemelham, muito embora carregue consigo um rol de promessas brilhantes, ao retornar ao contato direto com a materialidade provisória esquece-se do compromisso de elevação espiritual.
Velhas mágoas ressurgem de inopino. Desavenças reaparecem na estrada. O prazer da carne os absorve em novas ilusões. Fantasias de posse, do ouro, do poder e da arrogância são bem o retrato que se renova nas revelações do orgulho, do egoísmo, da vaidade e da soberba.
Desconectados de Deus, preferem, conscientemente, a companhia da escuridão na ignorância que envolve o seu destino infeliz.
Essa constatação, de nossa parte, não tem a finalidade de sugerir-lhes a inevitável derrota.
Não!
Comparecemos aqui, nestas páginas singelas, como observadores fiéis da realidade humana, em sua fraqueza de fé e em sua miséria moral.
Somos, aqui, irmãos desenfaixados do corpo que, carinhosamente, os acompanham nas pelejas de cada dia. Nossa palavra amiga é um toque de atenção para que a segurança do lembrete os induza a refletir um tanto mais.
É por essa razão que, ao trazer a palavra de advertência do apóstolo Thiago, somos obrigados a reconhecer que Deus resiste aos soberbos, como também se opõe aos orgulhosos, assim como recusa os vaidosos, e, de igual modo, rejeita os egoístas e nega aos cheios de si o acesso às Suas mais altas paragens.
Reflitamos nessa verdade insofismável, e lembremo-nos sempre, diante de quaisquer provas e expiações a que estejamos, porventura, sujeitos na face da Terra, de que Deus, nosso Pai Celestial, somente dá graças aos humildes de alma e coração.
Theophorus
(Mensagem psicografada pelo médium Geraldo Lemos Neto, na noite de 21 de maio de 2025, em reunião mediúnica do Grupo Espírita Saber Amar, em Belo Horizonte, Minas Gerais.)Geraldo Lemos Neto

DECISÃO DE SER FELIZ

 

Empenha-te ao máximo para tornar tua vida agradável a ti mesmo e aos outros.
É importante que, tudo quanto faças, apresente um significado positivo, motivador de novos estímulos para o prosseguimento da tua existência, que se deve caracterizar por experiências enriquecedoras.
Se as pessoas que te cercam não concordarem com a tua opção de ser feliz, não te descoroçoes e, sem qualquer agressão, continua gerando bem-estar.
És a única pessoa com quem contarás para estar contigo, desde o berço até o túmulo, e depois dele, como resultado dos teus atos…
Gerar simpatia, produzindo estímulos otimistas para ti mesmo, representa um crescimento emocional significativo, a maturidade psicológica em pleno desabrochar.
É relevante que o teu comportamento produza um intercâmbio agradável, caricioso, com as demais pessoas. No entanto, se não te comprazer, transformar-se-á em tormento, induzindo-te a atitudes perturbadoras, desonestas.
Tuas mudanças e atitudes afetam aqueles com os quais convives. É natural, portanto, que te plenificando, brindem-te com mais recursos para a geração de alegrias em volta de ti.
Todos os grandes líderes da Humanidade lutaram até lograr sua meta – alcançar o que haviam elegido como felicidade, como fundamental para a contínua busca.
Buda renunciou a todo conforto principesco para atingir a iluminação.
Maomé sofreu perseguições e permaneceu indômito até lograr a sua meta.
Gandhi foi preso inúmeras vezes, sem reagir, fiel aos planos da não violência e da liberdade para o seu povo.
E Jesus preferiu a cruz infamante à mudança de comportamento fixado no amor.
Todos quantos anelam pela integração com a Consciência Cósmica geram simpatia e animosidade no mundo, estando sempre a braços com os sentimentos desencontrados dos outros, porém fiéis a si mesmos, com quem sempre contam, tanto quanto, naturalmente, com Deus.
Quando se elege uma existência enriquecida de paz e bem-estar, não se está eximindo ao sofrimento, às lutas, às dificuldades que aparecem. Pelo contrário, eles sempre surgem como desafios perturbadores, que a pessoa deve enfrentar, sem perder o rumo, nem alterar o prazer que experimenta na preservação do comportamento elegido. Transforma, dessa maneira, os estímulos afligentes em contribuição positiva, não se lamentando, não sofrendo, não desistindo.
Quem, na luta, apenas vê sofrimento, possui conduta patológica, necessitando de tratamento adequado.
A vida é bênção e deve ser mantida saudável, alegre, promissora, mesmo quando sob a injunção libertadora de provas e expiações.
Tornando tua vida agradável, serão frutíferos e ensolarados todos os teus dias.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Momentos de Saúde e de Consciência
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

OUVIR COM ATENÇÃO

Uma das dificuldades, no inter-relacionamento pessoal, é constituída pela falta de cuidado nas conversações.
As criaturas, dominadas pelos conflitos, perdem, a pouco e pouco, a habilidade para bem ouvir.
Todos desejam falar, atropeladamente, impondo ideias, discutindo temas não pensados, oferecendo informações sem substância, num afã de apresentar-se, de dominar a situação, de tornar-se o centro de interesse geral.
Os resultados são os desastres nas relações humanas.
Surgem, então, técnicas que preparam o homem para relacionar-se com o seu próximo; contudo, se ele não se capacita ao esforço de ouvir com serenidade, malogram as belas formulações.
Ouvir é uma arte como outra qualquer que exige interesse e propõe cuidados.
Pode-se ouvir, indiscriminadamente, ruídos, tumultos, sem assimilação de conteúdo.
Os sons ferem os tímpanos, todavia a arte de ouvir as conversas impõe o respeito por quem está falando.
Sem consideração pelo interlocutor, quaisquer assuntos perdem a importância, quando não geram polêmicas inúteis, desagradáveis.
Ouve, sem tensão; mas com atenção.
Abre-te à conversação sincera, deixando que o outro fale, sem interrupção.
Quando chegar a tua vez, sê conciso, claro e cortês.
A palavra que abençoa, também pode ferir. Sê, pois, zeloso.
Procure ouvir sem preconceito; porém com respeito.
O que ouças, deve ser digerido, a fim de bem assimilado.
JOANNA DE ÂNGELIS
LIVRO: Momentos de Harmonia
MÉDIUM: DIVALDO PEREIRA FRANCO

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