ESPIRITISMO DIZ QUE LEI DO AMOR REGE RELAÇÕES

almas

O AMOR  É  CELESTE  ATRAÇÃO  DE  ALMAS

 

O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos, os governa e fecunda; o amor é o olhar de Deus! Não se designe com tal nome a ardente paixão que atiça os desejos carnais. Esta não passa de uma imagem. de um grosseiro simulacro do amor. O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração; é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade; é a manifestação na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo todos os seres e despertando em nós felicidades íntimas que se afastam extraordinariamente de todas as volúpias terrestres.
Léon Denis

ESPIRITISMO DIZ QUE

‘LEI DO AMOR’ REGE RELAÇÕES

boa noite com deus

Uniões Enfermas

 

Se te encontras nas tarefas da união conjugal, recorda que ora a execução dos encargos em dupla é a garantia de tua própria sustentação.
Dois associados no condomínio da responsabilidade na mesma construção.
Dois companheiros compartilhando um só investimento.
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Às vezes, depois dos votos de ternura e fidelidade, quando as promessas se encaminham para as realizações objetivas, os sócios de base da empresa familiar encontram obstáculos pela frente.
Um deles terá adoecido e falta no outro a tolerância necessária.
Surge a irritação e aparece o ressentimento.
Em outras ocasiões, o trabalho se amplia em casa e um deles foge à cooperação.
Surge o cansaço e aparece o desapreço.
Hoje – queixas.
Adiante – desatenções e lágrimas.
Amanhã – rixas.
Adiante ainda – amarguras e acusações recíprocas.
Se um dos responsáveis não se dispõe a compreender a validade do sacrifício, aceitando-o por medida de salvação do instituto doméstico, eis a união enferma ameaçando ruptura.
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Nesse passo, costumam repontar do caminho laços e afinidades de existências do pretérito convidando esse ou aquele dos parceiros para uniões diferentes. E será indispensável muita abnegação para que os chefes da comunhão familiar não venham a desfazer, de todo, a união já enferma, partindo no rumo de novos ajustes afetivos.
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Entende-se claro que o divórcio é lei humana que vem unicamente confirmar uma situação que já existe e que, se calamidades da alma pendem sobre a casa, não se dispõe de outra providência mais razoável para recomendar, além dessa. Entretanto, se te vês nos problemas da união enferma e, principalmente se tens crianças a proteger, tanto quanto se te faça possível, mantém o lar que edificaste com as melhores forças do espírito.
Realmente, os casamentos de amor jamais adoecem, mas nos enlaces de provação redentora, os cônjuges solicitaram, antes do berço terrestre, determinadas tarefas em regime de compromisso perante a Vida Infinita. E, ante a Vida Infinita convém lembrar sempre que os nossos débitos não precisam de resgate, a longo prazo, pela contabilidade dos séculos, desde que nos empenhemos a solve-los em tempo curto, pelo crediário da paciência, a serviço do amor.

 

Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Caminhos de Volta. Espíritos Diversos. GEEM.

FALANDO DE CASAMENTO

 

Falando sobre o casamento, o codificador da doutrina espírita Allan Kardec foi um dos poucos filósofos de seu tempo a discorrer sobre o amor e suas implicações. Afirmou, à época, que “nem a lei civil, nem os compromissos que ela faz contrair podem suprir a lei do amor se esta lei não preside a união; disso resulta que, frequentemente, o que se une à força, se separa por si mesmo; infelicidade que se evitaria se, nas condições do casamento, não se fizesse abstração da única lei que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor”.
 
Algumas histórias de amor parecem escritas pelo destino. Tem que acontecer e pronto! Isso não determina um romance feliz ou não, mas um amor de almas. São laços fortes do passado. Pessoas que se reencontram após vidas sucessivas de paixão, ódio ou amor.
O destino pode aproximar duas pessoas, mas as escolhas, os comportamentos são determinados pelo livre arbítrio. A partir do momento em que nos responsabilizamos por nossas escolhas, acertos e erros, mudamos nossa vida. Em vez de vítima, seremos o agente da sua própria história!
Na luz do Espiritismo, há uma explicação para uma ligação tão forte: as vidas sucessivas.
Certamente, este rapaz já tinha vivido uma história de amor com Maria. Mas não somos meros joguetes do destino, obras do acaso. Aceitamos ou não os caminhos que nos são postos a seguir. Certo, apenas é que é difícil fugir a um compromisso que selamos na Espiritualidade antes de reencarnarmos.
Mesmo que você não acredite na reencarnação, o seu passado cármico está escrito no seu inconsciente. Durante o sono, seu espírito fica livre da matéria por algumas horas e relembra tudo. Você, conscientemente ou inconscientemente sabe porque sofre, porque atraiu ou não determinada pessoa. No entanto, Deus não quer que duas pessoas fiquem juntas por obrigação. Só o amor deve unir. Mesmo que haja algo muito forte, você conta com o livre arbítrio.
Escolha sempre o amor. Confundimos as paixões desenfreadas, o interesse material, as ilusões com o verdadeiro amor. O verdadeiro amor é o único que resgata, purifica e traz felicidade.

carinho

A Lei de Amor

 

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.
Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. – Lázaro. (Paris, 1862.)
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Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo.
112a edição. Livro eletrônico gratuito em http://www.febrasil.org. Federação Espírita Brasileira, 1996.

saudades

Dever-se-á Pôr Termo às Provas do Próximo?

Deve alguém por termo às provas do seu próximo quando o possa, ou deve, para respeitar os desígnios de Deus, deixar que sigam seu curso?
Já vos temos dito e repetido muitíssimas vezes que estais nessa Terra de expiação para concluirdes as vossas provas e que tudo que vos sucede é conseqüência das vossas existências anteriores, são os juros da divida que tendes de pagar. Esse pensamento, porém, provoca em certas pessoas reflexões que devem ser combatidas, devido aos funestos efeitos que poderiam determinar.
Pensam alguns que, estando-se na Terra para expiar, cumpre que as provas sigam seu curso. Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar que, não só nada devem fazer para as atenuar, mas que, ao contrário, devem contribuir para que elas sejam mais proveitosas, tornando-as mais vivas. Grande erro. E certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou tal dos vossos irmãos: “Não irás mais longe?” Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: “E a justiça de Deus, importa que siga o seu curso. Dizei antes: “Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substitui-lo pela paz.”
Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações e nunca vos considereis instrumentos de tortura. Contra essa idéia deve revoltar-se todo homem de coração, principalmente todo espírita, porquanto este, melhor do que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. Deve o espírita estar compenetrado de que a sua vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento; que, faça ele o que fizer para se opor às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, portanto, sem receio, empregar todos os esforços por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme julgar conveniente.
Não haveria imenso orgulho, da parte do homem, em se considerar no direito de, por assim dizer, revirar a arma dentro da ferida? De aumentar a dose do veneno nas vísceras daquele que está sofrendo, sob o pretexto de que tal é a sua expiação? Oh! considerai-vos sempre como instrumento para fá-la cessar. Resumindo: todos estais na Terra para expiar; mas, todos, sem exceção, deveis esforçar-vos por abrandar a expiação dos vossos semelhantes, de acordo com a lei de amor e caridade. – Bernardino, Espírito protetor.

 

(Bordéus, l863.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 5.

TUDO QUE FAZ FELIZ

Disciplina

 

Em toda a Criação vibra a mensagem paternal da ordem divina.
A pequenina planta, alçando-se em busca da energia solar que a sustenta.
O astro-rei, girando submisso em torno de outro que lhe serve de berço.
O verme, rastejando na limitação dos recursos de que dispõe. As águas domadas nas represas, produzindo força elétrica que movimenta o progresso.
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Quando o desrespeito irrompe na máquina da ordem, campeiam a tormenta e o desequilibrio.
A ordem é irmã gêmea da disciplina que sustenta a produção e inspira o progresso.
Em ti mesmo, a reencarnação significa escola de iluminação, mas também cárcere disciplinar, em cuja oportunidade adquires recursos e valores que te propiciam liberdade e ascensão.
Teus ruidos incomodam os vizinhos, que te observam com desagrado.
Tuas irritações contaminam os amigos, que se encolerizam.
Tuas agressões à lei ferem a sociedade, que te cerceia a liberdade de ação.
Na mesma razão, tuas lutas enobrecedoras tornam-se conhecidas.
Os sorrisos sadios que distribuis, espalham contentamento.
As doações de amizade pura enriquecem os companheiros das lides.
Os celeiros da esperança, que abres aos transeuntes, fartam muitos corações.
No entanto, necessitas de disciplinar o receber, tanto quanto metodizar o dar.
Não receberás da Vida Fecunda concessões indébitas, em detrimento de outros Espíritos.
Porque desejes mudar a rota solar para fruir maior dose de luz e calor este não mudará o seu rumo para atender-te; segue a trilha gigante que o disciplina na órbita e o submete.
Educas o animal inferior para utilizá-lo nos serviços domésticos. No entanto o cão que defende um lar é o mesmo que ataca o invasor da propriedade. Disciplina do instinto.
A madeira que serve de leito é irmã da palmatória que pune. Disciplina para o uso.
A água, que atende a sede, nasce na mesma fonte da que dá o veículo para o veneno. Disciplina na utilidade.
A mão que aplaude é a mesma que fere, Indisciplina de aplicação, porque o corpo é servo da vontade.
Considera, ainda, que o vaso útil para as necessidades domésticas nasceu do barro lodacento.
A forma que recebe a pasta alimentar é utensílio surgido da folha de flandre humilde.
A luz elétrica, que clareia, surge na força ciclópica que estava a perder-se.
*
Para preencher a função a que se destina, cada coisa necessita da adaptação que a disciplina impõe.
Como disciplina, entende-se o conjunto de deveres nascidos na ordem imposta ou consentida.
Mesmo a Verdade, para chegar ao homem, é dosada em quotas que o vitalizam.
A luz solar, que distende a vida sobre a terra, é filtrada e medida para atender às necessidades previstas pelo Pai Celeste, sem causar danos.
A felicidade do homem decorre, pois, da disciplina que este se impõe.
Educação da vontade.
Correção dos atos.
Moderação da voz.
Dominio dos impulsos.
Ordem nas atividades e deveres, mantendo um alto padrão de respeito e moderação nas tarefas naturais.
Recorda, assim, a expressão do Mestre Jesus: “Eu não vim destruir a Lei, mas dar-lhe cumprimento.”

 

FRANCO, Divaldo Pereira. Messe de Amor. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL.

AMOR

Zelo do Bem

E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem?” – (I PEDRO, capítulo 3, versículo 13.)

 

Temer os que praticam o mal é demonstrar que o bem ainda não se nos radicou na alma convenientemente.
A interrogação de Pedro reveste-se de enorme sentido.
Se existe sólido propósito do bem nos teus caminhos, se és cuidadoso em sua prática, quem mobilizará tamanho poder para anular as edificações de Deus?
O problema reside, entretanto, na necessidade de entendimento. Somos ainda incapazes de examinar todos os aspectos de uma questão, todos os contornos de uma paisagem. O que hoje nos parece a felicidade real pode ser amanhã cruel desengano. Nossos desejos humanos modificam-se aos jorros purificadores da fonte evolutiva. Urge, pois, afeiçoarmo-nos à Lei Divina, refletir-lhe os princípios sagrados e submeter-nos aos Superiores Desígnios, trabalhando incessantemente para o bem, onde estivermos.
Os melindres pessoais, as falsas necessidades, os preconceitos cristalizados, operam muita vez a cegueira do espírito. Procedem daí imensos desastres para todos os que guardam a intenção de bem fazer, dando ouvidos, porém, ao personalismo inferior.
Quem cultiva a obediência ao Pai, no coração, sabe encontrar as oportunidades de construir com o seu amor.
Os que alcançam, portanto, a compreensão legítima não podem temer o mal. Nunca se perdem na secura da exigência nem nos desvios do sentimen talismo. Para essas almas, que encontraram no íntimo de si próprias o prazer de servir sem indagar, os insucessos, as provas, as enfermidades e os obs táculos são simplesmente novas decisões das Forças Divinas, relativamente à tarefa que lhes dizem respeito, destinadas a conduzi-las para a vida maior.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 173.

BOA NOITE ACONTECIMENTOS

BOA NOITE CRIANÇA

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