Essencial nesta Vida não são as Coisas Materiais

PING PONG

ESSENCIAL NA VIDA

 
“Essencial nesta Vida não são as coisas materiais, passageiras… nem mesmo o corpo físico deste mundo não levaremos conosco…Tudo é empréstimo de Deus, nada nos pertence aqui na terra…O importante é o espiritual, o patrimônio da alma, a luz que podemos fazer brilhar… Todos nós caminhamos para a verdadeira pátria, a felicidade prometida, porque somos todos espíritos imortais e herdamos a eternidade juntamente ao lado do Pai. Cuidemos então, mais das coisas que são essenciais ao espírito: a nossa vida abundante na moral elevada, na paz, no amor e muita fé no nosso futuro promissor.”
Vera Jacubowski
 

Esclarecendo dúvidas

O Espiritismo, conforme reconhece o Conselho Federativo Nacional, órgão da Federação Espírita Brasileira, é a Revelação prometida pelo Cristo de Deus para os séculos em que a Humanidade alcançasse um grau de assimilação mais elevado.
Os fenômenos psíquicos, tão velhos quanto o mundo, só atraíram a atenção dos intelectuais, quando surgiram os ocorridos em Hydesville, em 1848.
Em 1857, após observá-los e catalogá-los com o mais meticuloso rigor científico, Allan Kardec lançou ao mundo o primeiro livro da codificação dessa nova Revelação – “O Livro dos Espíritos”, criando o vocábulo Espiritismo para designar essa Revelação, então chamada e ainda conhecida em outros países pelo nome de Neo-Espiritualismo.
Difere o Espiritismo de todas as religiões conhecidas por demonstrar a lógica dos seus ensinos através de experiências científicas e por apresentar uma filosofia também baseada em experimentos e observações e documentada por uma legião de sábios de renome universal.
Religião científico-filosófica, confirmando os ensinamentos básicos de todas as religiões, não pretende demolir as que a precederam, antes reconhece a necessidade da existência delas para grande parte da humanidade, cuja evolução se processará lenta e inevitavelmente.
Doutrina religiosa, sem dogmas propriamente ditos, sem liturgia, sem símbolos, sem sacerdócio organizado, ao contrário de quase todas as demais religiões, não adota em suas reuniões e em suas práticas:
a) paramentos, ou quaisquer vestes especiais;
b) vinho ou qualquer bebida alcoólica;
c) incenso, mirra, fumo ou substâncias outras que produzam fumaça;
d) altares, imagens, andores, velas e quaisquer objetos materiais como auxiliares de atração do público;
e) hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas, só os admitindo, na língua do país, exclusivamente em reuniões festivas realizadas pela infância e pela juventude e em sessões ditas de efeitos físicos;
f) danças, procissões e atos análogos;
g) atender a interesses materiais terra-a-terra, rasteiros ou mundanos;
h) pagamento por toda e qualquer graça conseguida para o próximo;
i) talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos, escapulários ou quaisquer objetos e coisas semelhantes;
j) administração de sacramentos, concessão de indulgências, distribuição de títulos nobiliárquicos;
k) confeccionar horóscopos, exercer a cartomancia, a quiromancia, a astromancia e outras “mancias”;
l) rituais e encenações extravagantes de modo a impressionar o público;
m) termos exóticos ou heteróclitos para a designação de seres e coisas;
n) fazer promessas e despachos, riscar cruzes e pontos, praticar, enfim, a longa série de atos materiais oriundos das velhas e primitivas concepções religiosas.
O fenômeno psíquico pode surgir em qualquer meio religioso ou irreligioso e seu aparecimento pode conduzir a criatura ao Espiritismo, mas a consolidação da crença, o conhecimento das leis que presidem os destinos do homem e a perfeita assimilação da Doutrina Espírita só se conseguem através do estudo das obras de Allan Kardec e das que lhe são subsidiárias.
MISSÃO E DEVER
Renascido entre os ventos outonais do Rhone e do Saone, nas terras de Lion, chega com pujante dever a cumprir e nobre missão a desempenhar.
Quando menino, estuda e avança.
Na juventude, burila-se e cresce mais.
Na fase adulta, faz-se mestre-escola e trabalha no ensino, amando e avançando na própria profissão.
Como cidadão, observa, aprende, constrói imagens de um mundo novo de coerência com as leis do Altíssimo.
Aproximado dos fenômenos da Vida Imortal, contata os mortos da Terra e descobre um campo novo de aprendizado eloquente.
Compreende o chamado e ajusta-se ao que tomou por dever.
Estuda, analisa, pergunta, escreve… e desatam-se os pensamentos estelares no intelecto humano.
Colige os ditos das Alturas e verifica a sanha do lado infeliz do Mundo Além.
Não se deixa engodar pelos trapaceiros, tampouco se empolga com os primeiros êxitos.
Toma os elogios à guisa de incentivo, dedicando-os ao Grande Guia, e recebe calúnias e outras agressões por combustível necessário a sua marcha.
Apresenta ao mundo a Doutrina dos Sempre Vivos, e incendeia os corações com amor e as mentes com sabedoria, vertidos dos campos do Infinito.
Enquanto os ventos do progresso a Doutrina Nova espargem, ele deixa o corpo carnal, que tomba insultado pela perda das forças mais básicas e torna-se um Astro a brilhar nos céus da cultura humana, tendo contribuído, eficazmente, para que a Terra se mostrasse melhor.
Allan Kardec, missionário grandioso de Jesus, além do legado esplendoroso que a Codificação Espírita representa, ensina a todos, por meio de uma vida sóbria e profunda, a cumprir deveres e atender a missão que, em verdade, o Criador confere a cada um dos Seus filhos.
Raul Teixeira. Pelo Espírito Francisco de Paula Vítor.

Muito Se Pedirá Àquele que Muito Recebeu


O servo que souber da vontade do seu amo e que, entretanto, não estiver pronto e não fizer o que dele queira o amo, será rudemente castigado. – Mas, aquele que não tenha sabido da sua vontade e fizer coisas dignas de castigo menos punido será. Muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado e maiores contas serão tomadas àquele a quem mais coisas se haja confiado.
(S. LUCAS, cap. XII, vv. 47 e 48.)
Vim a este mundo para exercer um juízo, a fim de que os que não vêem vejam e os que vêem se tornem cegos. – Alguns fariseus que estavam, com ele, ouvindo essas palavras, lhe perguntaram: Também nós, então, somos cegos? – Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecados; mas, agora, dizeis que vedes e é por isso que em vós permanece o vosso pecado.
(S. JOÃO, cap. IX, vv. 39 a 41.)
Principalmente ao ensino dos Espíritos é que estas máximas se aplicam. Quem quer que conheça os preceitos do Cristo e não os pratique, é certamente culpado; contudo, além de o Evangelho, que os contém, achar-se espalhado somente no seio das seitas cristãs, mesmo dentro destas quantos há que não o leem, e, entre os que o leem, quantos os que o não compreendem! Resulta daí que as próprias palavras de Jesus são perdidas para a maioria dos homens.
O ensino dos Espíritos, reproduzindo essas máximas sob diferentes formas, desenvolvendo-as e comentando-as, para pô-las ao alcance de todos, tem isto de particular: não é circunscrito: todos, letrados ou iletrados, crentes ou incrédulos, cristãos ou não, o podem receber, pois que os Espíritos se comunicam por toda parte. Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode pretextar ignorância; não se pode desculpar nem com a falta de instrução, nem com a obscuridade do sentido alegórico. Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para melhorar-se, que as admira como coisas interessantes e curiosas, sem que lhe toquem o coração, que não se torna nem menos vão, nem menos orgulhoso, nem menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para seu próximo, mais culpado é, porque mais meios tem de conhecer a verdade.
Os médiuns que obtêm boas comunicações ainda mais censuráveis são, se persistem no mal, porque muitas vezes escrevem sua própria condenação e porque, se não os cegasse o orgulho, reconheceriam que a eles é que se dirigem os Espíritos. Mas, em vez de tomarem para si as lições que escrevem, ou que lêem escritas por outros, têm por única preocupação aplicá-las aos demais, confirmando assim estas palavras de Jesus: “Vedes um argueiro no olho do vosso próximo e não vedes a trave que está no vosso.” (Cap. X, nº 9.)
Por esta sentença: “Se fôsseis cegos, não teríeis pecados”, quis Jesus significar que a culpabilidade está na razão das luzes que a criatura possua. Ora, os fariseus, que tinham a pretensão de ser, e eram, com efeito, os mais esclarecidos da sua nação, mais culposos se mostravam aos olhos de Deus, do que o povo ignorante. O mesmo se dá hoje.
Aos espíritas, pois, muito será pedido, porque muito hão recebido; mas, também, aos que houverem aproveitado, muito será dado.
O primeiro cuidado de todo espírita sincero deve ser o de procurar saber se, nos conselhos que os Espíritos dão, alguma coisa não há que lhe diga respeito.
O Espiritismo vem multiplicar o número dos chamados. Pela fé que faculta, multiplicará também o número dos escolhidos.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 18. Itens 10 a 12.

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