ESTAMOS AQUI NA TERRA SÓ DE PASSAGEM

aqui na terra passagem

  O objetivo é Evoluir

“Se estamos aqui na terra só de passagem e o objetivo maior é evoluir. Que possamos aproveitar todas as oportunidades abençoadas da vida,
fazendo tudo e, dando sempre o melhor de nós mesmos.”

vera jacubowski 4

caminho-acaso

A Vaidade, o Evangelho e o Discípulo

Em clara manhã de primavera encontraram-se, na mesma via, a Vaidade, o Evangelho e o Discípulo.
Disse a Vaidade: “Vem comigo; goza a vida, és jovem.”
Esclareceu o Evangelho: “Renuncia a ti mesmo, vem, e segue o Mestre!” O Discípulo ouviu e calou.
Disse a Vaidade:
“Tens saúde; aproveita os dias e, enquanto as forças te permitem, desfralda o banquete do prazer.”
Esclareceu o Evangelho: “Aquele que pega da charrua e olha para trás não é digno do Senhor!”
O Discípulo entristeceu-se e continuou calado.
Disse a Vaidade: “Odeia os que te prejudicam e retribui o amor aqueles que te amam e serás feliz no mundo.”
Esclareceu o Evangelho: “Perdoar, não apenas sete vezes, mas, setenta vezes sete, para ser digno da vida.”
O Discípulo, entristecido e calado, perturbou-se.
Disse a Vaidade: “Bebe e vive, repousa e levanta-te para mais gozar. A mocidade é rápida e a morte logo vem. Aproveita!”
Esclareceu o Evangelho: “Deixai que venham a mim os jovens, pois que deles é o reino dos céus!”
O Discípulo, atônito, recuou alguns passos e, inquieto, se pôs a chorar.
Disse a Vaidade: “Aproveita o ensejo que passa, reúne dinheiro, armazena para o futuro e usa teus bens na conquista do prazer. é tudo quanto se leva da vida.”
Esclareceu o Evangelho: “Louco! Ainda esta noite te tomarão a alma. Que te valem as posses?”
E o Discípulo, traumatizado, dobrou-se, tombando ao solo, em convulsões.
Disse a Vaidade: ‘Levanta-te e esmaga o mundo aos teus pés. A vida é dos fortes e ousados; avança, resolutamente e sem receio. O triunfo te aguarda.”
Esclareceu o Evangelho: ‘E da forma que medires, julgares e agires, assim também serás medido, julgado e condenado.”
O Discípulo, tomado pelo pavor do conflito íntimo, teve um delíquio. Levantando-se, depois, olhou o adornado corpo da vaidade, o fulgor das suas jóias e enrubesceu entusiasmado. Ao lado, o Evangelho, de lirial brancura, vestia-se com a simplicidade da pureza.
E o Discípulo, atormentado, febril e inquieto, disse à Vaidade: “Seguirei contigo; sofro muito; ainda é tempo; preciso viver; procurarei servir a Cristo e amar o mundo.
” Abraçando-se à Vaidade, partiu precipitadamente.
É certo que triunfou. Guardou o corpo em tecidos caros, defendeu os pés das asperezas do caminho com calçados resistentes e macios, adereçou os dedos e os braços com jóias reluzentes, deixando que algumas migalhas da mesa farta chegassem às esfaimadas bocas dos pobrezinhos.
Mas, quando veio a velhice, a Vaidade fugiu, temerosa. O Discípulo, atormentado, foi atrás dela, nas vascas de loucura cruel.
E o Evangelho, que nunca o abandonara, seguiu-o, ainda, e a meio do caminho convidou-o amorosamente: “Vem a mim, tu que estás cansado e aflito, e eu te aliviarei.”
Pe. Natividade (por Divaldo Franco)

Reformador(FEB) , pág. 176 08.1960
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Serve e Confia

“784. Bastante grande é a perversidade do homem. Não parece que, pelo menos do ponto de vista moral, ele, em vez de avançar, caminha aos recuos?
“Enganas-te. Observa bem o conjunto e verás que o homem se adianta, pois que melhor compreende o que é mal, e vai dia-a-dia reprimindo os abusos. Faz-se mister que o mal chegue ao excesso, para tornar compreensível a necessidade do bem e das reformas. O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Alma que sofre, olha a terra encharcada e ferida, coberta de árvores quebradas e banhada pelas águas dos rios transbordantes!
Aqui e ali a destruição e o lamaçal assinalam a passagem terrível da tormenta desenfreada.
Contempla o jardim despedaçado pelo granizo e o vento, deixando flores mortas no chão e raízes acima do solo.
Fita as águas lodosas dos rios cheios conduzindo destroços e morte..
A devastação passou abraçada à ruína e a vida periclita em derredor.
No entanto, no dia seguinte, brilha o sol generoso. Osculando tudo, indistintamente, leva a toda a parte a bênção da esperança e do refazimento.
Confiante, o homem resolve cooperar com a mensagem de mais alto.
Abre valas, desvia os cursos d’água, revolve a terra, retifica a vegetação destroçada e semeia na gleba úmida.
O tempo se encarrega de devolver a esse homem resoluto a beleza da paisagem, a bênção do grão e o doce aroma das flores espalhado no ar… E o sol compassivo segue adiante.
Vai mais além, alma em sofrimento, e fita a terra ressequida, o chão ferido pelas setas douradas do sol, os rios em pó, nem água nem lama, a vegetação crestada e a vida a morrer…
A seca impiedosa tudo destruiu.
Todavia, subitamente, carreadas por ventos bons, nuvens andantes entornam suas ânforas cheias, cobrindo de umidade e vida a terra torturada.
O homem, animado pelo auxílio inesperado, corre ao chão e o afaga com os instrumentos de amanho, sendo felicitado, depois, com o verde dos campos e o ouro das espigas, contemplando as fontes cantantes a sombra do arvoredo… E o sol compassivo segue adiante.
Enxuga, então, tuas lágrimas de agora.
Se a tormenta hoje te inunda o coração, desfazendo o jardim dos teus sonhos ou alagando com as lágrimas da inquietação o teu pomar de fantasias, aguarda o Sol generoso, doador de bênçãos, serve e confia, semeando a esperança no próprio coração.
Se a ingratidão queimou o frescor da tua alegria e a injustiça secou o teu rio de confiança na vida, serve ainda mais e mais confia nas abençoadas nuvens portadoras da abundância da felicidade. Quando chegarem, renovarão teus celeiros com os sadios grãos da serenidade e da paz.
Cala todas as dores para que a cortina líqüida do pranto não obnubile a visão azul dos céus que te mandarão o socorro em mensagens de luminoso alento.
Hoje significa o teu momento de semear, sejam quais forem as condições.
Deixa ao futuro aquilo que o presente ainda não pode resolver e, sem desfalecimento, serve e confia, observando que “o homem se adianta, pois que melhor compreende o que é mal, e vai dia a dia reprimindo os abusos”, inspirado, esse homem em crescimento, que te observa a conduta espírita e cristã, nos teus salutares exemplos de fé e serviço.
FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 9.

árvores e espinhos

Jesus

Chegou ao mundo nos braços de uma tecelã e de um modesto carpinteiro, cercado pela moldura da natureza em festa.
A Sua vida se desenvolveu, desde cedo, demonstrando a que viera, quando dialogou com os doutores do templo, aos 12 anos de idade, conforme rezam as tradições. Conviveu com todos os tipos de criaturas, exaltando a simplicidade e a alegria de viver, a fidelidade ao bem e a fraternidade, a responsabilidade nos atos e o amor.
Falou sobre o bem, sentindo-o.
Ensinou o bem, vivenciando-o e a ele se entregando.
Passou pela Terra como a brisa que sopra na primavera, deixando o aroma da Sua passagem, numa verdadeira floração de bênçãos variadas.
Esteve no mundo como um marco de permanente esperança, insuflando coragem nas almas aterradas de pavor ante as próprias deficiências.
Viveu no planeta entre a luz do Céu e as almas umbrosas da Terra, buscando levantar o coração humano para as altitudes felizes, onde vibram os seres angélicos dos quais Ele fazia parte.
Aquilo que afirmou como fundamental à alegria e à paz tratou de expressar em Sua vida, na condição de Modelo e de Guia de todos nós, por isso amou os Seus e por eles deu a própria vida; atendeu às necessidades das almas enfermas que O buscaram; ofereceu a água fresca da Sua dedicação, a fim de que não mais sede tivesse quem dela bebesse; saciou a fome de entendimento, de conhecimento e de carinho, tudo havendo transformado no sublime pão da vida; apresentou-Se atencioso e verdadeiro para com Seus discípulos, ajustado à posição de Mestre inigualável.
Acompanhando os movimentos da Humanidade através das eras, identificamos nobres e respeitáveis almas que, na postura de líderes ou de condutores sociais, pregaram o bem, o bom e o belo para os seus liderados, que os exalçam pelos tempos afora.
Quando, diante da indagação de Allan Kardec aos Imortais acerca de qual era o Espírito mais perfeito oferecido ao mundo, para servir de Guia e Modelo à Humanidade, os Mentores planetários ripostaram dizendo que era Jesus.
Como Ele foi, então, o maior dentre todos os que à Terra foram enviados para anunciar o Reino dos Céus aos aturdidos filhos do Grande Pai, isso significa que todos os demais, por mais dignos e respeitáveis que tenham sido, são, contudo, menores do que Ele.
Mensageiros da Divindade, todos os demais vieram atender aos programas do Criador atidos às épocas, às culturas, às inclinações morais. Jesus, porém, trouxe os matizes da Lei que a todos alcança, sem choques essenciais com nenhum deles, embora o formato próprio às realidades psico-antropológico-sociais de cada um.
Somente Jesus Cristo conseguiu ensinar e exemplificar com Seu viver as lições que nos passou, e se hoje, quando evocamos o Seu luminoso Natal, nos vemos engolfados nessas ondas de felicidade, é porque o Senhor de Nazaré, mais e melhor do que qualquer outro, transformou-Se em Caminho, em Verdade e em Vida para todos nós, em todos os tempos e em todas as dimensões da vida terrestre.
J. Raul Teixeira. Pelo Espírito Camilo. Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ.

senhor reveste-me

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