ESTAMOS NA TERRA TEMPORARIAMENTE

TERRA E MUNDO ESPIRITUAL

VERDADEIRA PÁTRIA

Estamos na terra temporariamente, mas não pertencemos a este planeta, nossa verdadeira pátria é o mundo espiritual.

Vera Jacubowski

vera jacubowski assina

EGOÍSMO VÍCIO

Família, instituição obsoleta ou pilar do futuro?

 

Diante das rápidas e constantes mudanças que ocorrem no Universo, como ter o discernimento e o cuidado para descartar o que parece obsoleto e preservar os pilares do futuro? Será que qualquer conceito ou instituição se tornará obsoleto?
Essas inquirições devem pulular em muitas mentes. Assim iniciemos nossas considerações recordando que todo o Orbe se encontra em movimento. Todos estão a caminho da perfeição, seguindo a Lei do Progresso.
Muitos conceitos, tecnologias e equipamentos vão sendo substituídos por outros mais avançados. O mesmo ocorre com as ciências e diversos outros segmentos da sociedade.
Mas será que os conceitos morais, também se tornam obsoletos?
Os ensinamentos de Jesus, mesmo após mais de 2000 anos, ainda são atuais e dentro de nossas imperfeições e ignorância ainda são objeto de muito estudo e aplicação.
Diante de nossa pequenez compreendemos apenas parcialmente as Leis Divinas (Verdades), que gradativamente descortinam novas facetas da mesma dentro de nossos avanços intelectuais e morais.
Muitos alegam que a família está fora de moda, que se tornou uma instituição obsoleta. Mas será isso uma verdade? Ou apenas mais uma de nossas limitações no entendimento?
Imaginemos um ser que ao nascer em nosso orbe, seja colocado sozinho num recinto. O que acontecerá com esse ser? Conseguirá se desenvolver ou sucumbirá?
Por mais que queiramos ser independentes e autossuficientes, temos que admitir que dependemos um dos outros. Somos seres sociais e como tais precisamos conviver em sociedade para desenvolvermos todas as nossas aptidões e habilidades. Esse é o caminho a ser trilhado para a felicidade almejada.
Como podemos desenvolver o amor e o fazer o bem sem o outro?
A família tem papel fundamental na formação e estabelecimento de nossos valores, e na construção dos valores de toda a sociedade. Portanto a família, jamais será obsoleta, mas sim um dos pilares que possibilitam a construção do futuro.
Admitimos que ao longo dos anos a estrutura familiar vem mudando e se adaptando aos novos costumes e realidade, fato que merece todo o nosso carinho e atenção. Hoje as divisões de tarefas são mais versáteis, possibilitando o compartilhamento das responsabilidades entre todos os membros, de acordo com as habilidades e maturidade de cada um. Todos os membros devem desenvolver suas habilidades e juntos evoluírem emocionalmente e materialmente.
A família é a nossa primeira escola enquanto encarnados, nos proporcionando grandes aprendizados como: vivência do amor incondicional (ainda muito limitado, mas já ensaiando os primeiros voos), o ser solidário, o saber compartilhar, o viver as diferenças e o assumir responsabilidades.
Reportando-nos a Jesus, vamos observar que Ele também teve uma família da qual recebeu as condições físicas e psicológicas para o seu desenvolvimento integral. Assim pode nos ensinar um pouco mais, ampliando nosso conceito de família, não o vinculando somente ao plano físico/consanguíneo, mas expandindo-o para afinidades e vibrações.
A casa espírita passa a ser nossa família também, exigindo responsabilidade, comprometimento e dedicação de seus integrantes.
Nesse conceito ampliado podemos perceber que fazemos parte de diversos grupos familiares e que todos pertencemos a grande família do Pai.
Dessa forma meus amigos, como a instituição familiar poderia ser obsoleta? Creio que o obsoleto são nossos entendimentos, nosso egoísmo que nos priva da emancipação de nossa alma, rumo a patamares mais elevados de consciência e exercício efetivo do bem.
Sugiro que esta semana, nossa reflexão seja em torno de nossas ações e relações com as diversas categorias de famílias das quais fazemos parte e procuremos estabelecer laços mais sólidos que favoreçam o desenvolvimento e amadurecimento espiritual de todos os membros.
Que sejamos meus irmãos, Todos Um, na grande família do Pai!
 
Médium: Lúcia (Grupo Mediúnico Maria de Nazaré – CAVILE)
Espírito: Irmão Matheus (Colônia Espiritual Maria de Nazaré)

FELICIDADE SEM FIM VERA JACUBOWSKI

Colaboração

Em sua condição de movimento renovador das consciências, a Nova Revelação vem despertar o homem para o lugar determinado que a Providência lhe confere, esclarecendo-o, acima de tudo, de que o egoísmo, filho da ignorância e responsável pelos desvarios da alma, é perigosa ilusão. Trazendo-nos a chave dos princípios religiosos, vem compelir-nos à observância das leis mais simples da vida, revelando-nos o impositivo de colaboração a que não conseguiremos fugir.
A vida, pródiga de sabedoria em toda parte, demonstra o princípio da cooperação, em todos os seus planos.
O verme enriquece a terra e a terra sustenta o verme.
A fonte auxilia as árvores e as árvores conservam a fonte.
O solo ampara a semente e a semente valoriza o solo.
As águas formam as nuvens e a nuvens alimentam as águas.
A abelha ajuda a fecundação das flores e as flores contribuem com as abelhas no fabrico do mel.
Um pão singelo é gloriosa síntese do trabalho de equipe da natureza. Sem as lides da sementeira, sem as dádivas do Sol, sem as bênçãos da chuva, sem a defesa contra os adversários da lavoura, sem a assistência do homem, sem o concurso do moinho e sem o auxílio do forno, o pão amigo deixaria de existir.
Um casaco inexpressivo é fruto do esforço conjugado do fio, do tear, da agulha e do alfaiate, solucionando o problema da vestidura.
Assim como acontece na esfera das realizações materiais, a Nova Revelação convida-nos, naturalmente, a refletir sobre a função que nos cabe na ordem moral da vida.
Cada criatura é peça significativa na engrenagem do progresso.
Todos possuímos destacadas obrigações no aperfeiçoamento do espírito.
Alma sem trabalho digno é sombra de inércia no concerto da harmonia geral.
Cérebros e corações, mãos e pés, em disponibilidade , palavras ocas e pensamentos estanques constituem congelamento deplorável do serviço da evolução.
A vida é a força divina que marcha para diante.
Obstruir-lhe a passagem, desequilibrar-lhe os movimentos, menoscabar-lhe os dons e olvidar-lhe o valor é criar aflição e sofrimento que se voltarão, agora ou mais tarde, contra nós mesmos.
Precatem-se, portanto, aqueles que julgam encontrar na mensagem do Além o elixir do êxtase preguiçoso e improdutivo.
O mundo espiritual não abriria suas portas para consagrar a ociosidade.
As almas que regressam do túmulo indicam a cada companheiro da Terra a importância da existência na carne, acordando-lhe na consciência não só a responsabilidade de viver, mas também a noção do serviço incessante do bem, como norma de felicidade imperecível.
XAVIER, Francisco Cândido. Roteiro. Pelo Espírito Emmanuel. FEB.

Retorno

Retornarás!

Por mais longos sejam os teus dias na Terra, durante a abençoada jornada corpórea, dia luze em que retornarás à Pátria espiritual que é o teu berço de origem e a sagrada morada onde permanecerás nas emprêsas do porvir…
Medita!
Absorvida pela atmosfera, a linfa cantante flutua na nuvem ligeira para retornar ao seio gentil da terra que a conduzirá logo mais aos imensos lençóis d’água do subsolo, que afloram em correnteza cantante, mais além.
A semente exuberante enclausurada no fruto que balouça nos dedos da árvore retorna ao âmago do solo generoso donde prevejo.
Também o homem.
Afastado do círculo donde procede em excursão de lazer ou refazimento, de trabalho ou produtividade, de estudo ou repouso sente o chamado longínquo dos amores da retaguarda, retornando logo para o labor em que as emoções se renovam e as esperanças se realizam.
Muitos cantam a Pátria com o seu magnetismo e as suas tradições, explicando as evocações e os impulsos heroicos dos homens, seus sonhos de glória e suas lutas de sacrifício. Assim, também, a Pátria do Espírito sempre presente nos painéis mentais como paisagens etéreas, porém vivas, longínquas, no entanto latejantes, murmurejando salmodias, que se transmudam, às vezes, em melancolias longas e tormentosas ou excitantes expectativas que exaltam o ser a providências sublimantes…
Considera a lição necessária do retorno.
Como organizas equipagem, mimos e lembranças, arquivas roteiros e assinalas fatos para futuras narrações e imediatos aprestos, prepara a bagagem com apuro e justeza, demorando-te em vigília para quando chegue o esperado momento da volta.
Retornarás, sim! Vive, pois, de tal modo, na laboriosa escola do corpo disciplinado e em equilíbrio, que facultem uma valiosa colheita de bênçãos a se transformarem em luzeiro clarificante para o caminho espiritual por onde retornarás.
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“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida”. 1ª Epístola de João: capítulo 3º, versículo 14.
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“Ao entrar no mundo dos Espíritos, o homem ainda está como o operário que comparece no dia do pagamento. A uns dirá o Senhor: “Aqui tens a paga dos teus dias de trabalho”; a outros, aos venturosos da Terra, aos que hajam vivido na ociosidade, que tiverem feito consistir a sua felicidade nas satisfações do amor próprio e nos gozos mundanos: “Nada vos toca, pois que recebestes na Terra o vosso salário. Ide e recomeçai a tarefa”.
Evangelho Segundo Espiritismo. Capítulo 5º – Item 12, parágrafo 5.
FRANCO, Divaldo Pereira. Florações Evangélicas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 20.

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