Estou aqui Colhendo umas Florzinhas para lhe Dar

Estou aqui Colhendo umas Florzinhas para lhe Dar

Caos e Serenidade


Chego até meus filhos com um buquê de flores do campo, exalando o perfume divino e puro que aguça os sentidos.

Sintam o aroma das flores, vejam o colorido que traz a graça da primavera.

Vejam como esta experiência chegará a cada um.

O aroma inebriante, o encanto dos olhos.

São experiências que fazem nosso computador interno apaziguar a vigilância, voltando-se para o interior angelical.
Quero que cada um grave esta sensação, esse perfume, o estado de relaxamento de cada pedacinho que compõe seu envoltório carnal.
São estes momentos, filhos, que precisamos resgatar, quando o caos parece tomar conta dos nossos dias.
Vejam: se já aprendemos que nosso pensamento é o criador do mundo em que estamos inseridos, o caos é obra nossa.
Se o caos é obra nossa, por que não podemos construir a serenidade para apaziguar o momento?
Precisamos entender a origem do caos em nossas vidas.
Existe um tipo de caos que é atraído pela nossa inércia, falta de vontade e disciplina.
Temos outro tipo de caos que chega para nos impulsionar para frente.
Já que não andamos por nossas próprias pernas, a vida adapta algumas rodas para facilitar a caminhada. Os giros das mesmas tem como força motriz o caos.
Criamos também o caos interno.
Este polui nossos pensamentos.
Abre as portas para influências inferiores, tirando nosso controle, acionando o piloto automático.
Enquanto vivenciando a matéria, não é fácil, filhos, passar os dias terrenos sem ter a experiência do caos.
Precisamos, sim, transformá-lo em crescimento. Para isso, é imperioso desenvolver o controle e a cura sobre nossas emoções. Isso inclui aprender a usar a serenidade.

O que é serenidade?

 

É um estado da nossa mente, onde saímos da energia da situação apresentada para analisar o contexto de fora.
Serenidade é a sensação que experimentamos no início da minha escrita.
Jesus foi sereno, mesmo enquanto pregado na cruz.
Pilatos deixou-se levar pelo caos e ensandeceu.
Praticar a serenidade é auto amor.
Quando serenamos, estamos dizendo a nós mesmos que nos amamos.
Nossa mente fica calma, nossas angústias desaparecem.
Nossos lábios se abrem em largo sorriso, emoldurando nosso rosto.
Serenidade traz a mansidão do espírito.
Lembremos o ensinamento do mestre: “Bem Aventurados os Mansos de Espírito”.
Uma dose diária de serenidade é elixir da longa vida.
É controle do caos, é fazer o bem a nós mesmos para, na sequência, fazermos ao próximo.
Na agitação da mente a serenidade vem através do estudo do Evangelho, filhos.
Fiquem com a serenidade dos olhos de Jesus e a mansidão do amor de Maria!
Médium: Ariana (Cavile)
Espírito: Irmão José (Colônia Espiritual Maria de Nazaré.)

CÉU AZUL AMIGOS

Prece de Cura da Ansiedade

 

Amado Senhor, vós que criastes todo o Universo
e todos os seres vivos, que sois o Deus supremo, venho a ti,
com humildade e gratidão, saudar e agradecer o precioso
dom da vida que me destes, Vida esta que aceito com
satisfação, da forma que me destes, tanto com os tesouros das
alegrias e da felicidades a mim proporcionadas;
Mas também com as lições e ensinamentos através das dores, provações e sofrimentos, sabendo-se que este conjunto
de bens, fazem parte de meu processo de aprendizagem e evolução,
Por isso Senhor, venho a ti neste momento
rogar por sua bondade e misericórdia, para que me
fortaleça com recursos para enfrentar com coragem, paciência e persistência esta enfermidade emocional e da Alma, chamada de distúrbio da ansiedade, assim como todas as tribulações, dores, medos, preocupações e sofrimentos, dela derivados, que são dificuldades porque passo neste momento
Compreendo que esta é mais uma das muitas provas da minha existência terrena, um grande desafio que enfrento.
Tenho consciência que tal enfermidades tem origem em meu próprio ser e na minha forma de agir, fruto de desarmonias e desequilíbrios interiores e falta de sabedoria, mas tenho fé no senhor, que por meu merecimento, minha força de vontade, minha fé, e a intercessão dos espíritos benfeitores por ti enviados, hei de enfrentar e vencer tal desafio, alcançando por completo minha cura desta enfermidade, no meu sistema emocional e na minha alma.
Assim Senhor, peço que me ajude a suportar a tristeza e angustias que se apossaram de minha alma, a irritabilidade, o desanimo e a falta de energia no meu corpo, as preocupações que meu pensamento;
e traga o fortalecimento de minha auto estima e do meu amor próprio, para que eu possa combater com êxito esse mal que me acomete,
recuperando a saúde e vitalidade na minha vida, nos ângulos familiar, social, afetivo e profissional,
assim como me dê força interior, equilíbrio emocional e sabedoria para resolver de forma adequada meus desafios presentes.
Peço senhor, que diariamente minha mente trabalhe para reagir a esse estado deprimente de ânimo, e de preocupação excessiva, fazendo renascer em mim a serenidade, o controle de minhas emoções, a coragem para enfrentar todas as situações necessárias ao bom andamento da minha vida,
O entusiasmo e a motivação para viver e conviver com meus entes queridos e amigos,
e que minha a mente e meu sistema emocional trabalhe para combater esta enfermidade com força máxima, e que todos os meus recursos físicos, mentais, emocionais, psicológicos e espirituais sejam direcionados para esta superação e cura,
até que a saúde completa volte ao meu ser, e assim eu tenha forças para a resolução de todos os meus problemas decorrentes deste estado de paralisia e tristeza e desequilíbrio emocional.
Peço que me dê disciplina e ânimo para seguir todas as orientações da medicina terrena e também das orientações dos mentores espirituais, para a superação de minha enfermidade e provações,
Que eu possa complementar o tratamento com preces e orações de cura diárias, e fortalecimento emocional, juntamente com a água fluidificada, pela manhã, e à noite, fortalecendo assim meu corpo físico e espiritual no processo de tratamento,
E que durante esta jornada de tratamento, eu possa fazer uma profunda reforma íntima, visando corrigir minha postura moral, meus pensamentos inferiores, meu egoísmo e orgulho, e meus comportamentos inadequados, na busca por minha evolução espiritual, baseados nas orientações de Cristo, e assim conquistar meu equilíbrio, paz e harmonia espiritual, e merecimento diante do senhor,
Que como resultado dessa mudança em meu comportamento se fechem todas as janelas que me ligam aos espíritos deprimentes e menos evoluídos que assolam minha mente e meu comportamento, impedindo-os de me influenciarem.
E que a elevação de meus pensamentos possam sintonizar apenas com irmãos evoluídos do plano espiritual, que assim possam se aproximar, me fortalecer e orientar minha caminhada.
E como resultado de todas essas ações eu possa receber a cura para minhas enfermidades do corpo físico, emocional e da minha alma com as suas bênçãos, assim como receber o discernimento para a solução dos meus problemas de acordo com os desejos do senhor, meu Pai Celestial.
Assim seja, e assim se faça segundo sua graça e misericórdia.
Equipe Adolfo Bezerra de Menezes

PERFUME AMIZADE

O Semeador

 

A professora Angélica não era considerada uma pessoa equilibrada, em razão de suas esquisitices.
Os seus alunos da Escola de 1º grau, onde ensinava desde há muitos anos, tinham-na na conta de uma pessoa estranha.
Embora fosse excelente mestra, muitas vezes era surpreendida, quando nas suas viagens de ida-e-volta do lar à escola, com gestos e movimentos de mãos que não condiziam com a sua posição de educadora.
Dona Angélica residia numa cidadezinha e ensinava numa vila próxima.
Os dois lugares se comunicavam por meio da estrada-de-ferro.
Diariamente ela tomava o trem, sentando-se ao lado da janela, quando ia à aula e, quase sempre retornava para casa sentada no mesmo lugar.
As crianças faziam zombaria, criticavam-na, mas ela não sabia.
Mesmo alguns pais irresponsáveis, que se davam à maledicência, comentavam com certa falta de caridade:
– “É uma boa educadora, – diziam com malícia, para logo completarem, – porém completamente maluca.”
E punham-se a rir, impiedosamente.
Os anos se passavam e a situação continuava a mesma.
Várias gerações receberam da bondosa e dedicada professora ensinamentos valiosos e abençoados.
Ela era uma pessoa de boas maneiras, calma e gentil, mas não muito bem compreendida.
Envelhecia no exercício do dever de preparar as crianças para um futuro melhor, com espírito de abnegação e devotamento quase maternal.
Certo dia em que viajava para a sua querida Escola, com diversas crianças na mesma classe do comboio, movimentando, de quando em quando, suas mãos, enquanto as crianças na parte de trás sorriam maliciosamente, Alberto, seu aluno de dez anos, que cursava a 4ª série, porque amava sua mestra, aproximou-se dela, sentou-se ao seu lado e, com ternura, perguntou-lhe:
– Professora, por que você insiste em continuar com essas atitudes loucas?
– O que deseja dizer, meu filho? – interrogou, surpresa a bondosa mestra.
– Ora, professora – continuou ele, – você fica dando adeuses para os animais, nos pastos, abanando as mãos… Isto não é loucura?
A mestra amiga compreendeu e sorriu. Sinceramente emocionada, chamou a atenção do aluno, dizendo:
– Veja esta bolsa. Nota o que há aí dentro? – E apontou para a intimidade do objeto de couro forrado.
– Sim – respondeu Alberto.
– Sabe o que é? – Insistiu.
– Não, senhora.
– É pólen de flores, são sementes miúdas… Observe bem. Há quase vinte anos eu passo por este caminho, indo e vindo da escola. A estrada antes era feia, árida, desagradável.
Eu tive a idéia de a embelezar, semeando flores. Desse modo, de quando em quando, reúno sementes de belas e delicadas flores do campo e as atiro pela janela… Sei que cairão em terra amiga e acarinhadas pela primavera se transformarão em plantas a produzirem flores, dando cor à paisagem, criando alegria. Como sempre passo por aqui eu gostarei de que pelos meus caminhos haja sempre beleza a fim de agradar a todos que também transitarão por estes caminhos.
Calou-se por um pouco e depois disse:
– Alberto, meu filho. Na vida, todos somos semeadores. Há uns que semeiam flores e descobrem belezas, perfumes, frutos e outros que semeiam espinhos e se ferem nas pontas agudas. Ninguém vive sem semear, seja o bem, seja o mal. Felizes são aqueles que por onde passam deixam sementes de amor, de bondade, de flores… Nunca te esqueças disso, entendeste?
– Sim, professora. – Respondeu o aluno com emoção. – Eu também hei de semear flores… Muito obrigado!

 

FRANCO, Divaldo Pereira. O Semeador. Pelo Espírito Amélia Rodrigues. LEAL.

TERNURA

No Passeio Matinal

 

Dionísio, o moleiro, muito cedo partiu em companhia do filhinho, na direção de grande milharal.
A manhã se fizera linda.
Os montes próximos pareciam vestidos em gaze esvoaçante.
As folhas da erva, guardando, ainda, o orvalho noturno, assemelhavam-se a caprichoso tecido verde, enfeitado de pérolas. Flores vermelhas, aqui e ali, davam a ideia de jóias espalhadas no chão.
As árvores, muito grandes, à beira da estrada, despertavam, de leve, à passagem do vento.
O Sol aparecia, brilhante, revestindo a paisagem numa coroa resplandecente.
Reinaldo, o pequeno guiado pela mão paterna, seguia num deslumbramento. Não sabia o que mais admirar: se o lençol de neblina muito alva, se o horizonte inflamado de luz. Em dado momento, perguntou, feliz:
– Papai, de quem é todo este mundo?
– Tudo pertence ao Criador, meu filho -esclareceu o moleiro, satisfeito -; o Sol, o ar, as águas, as árvores e as flores, tudo, tudo, é obra dEle, nosso Pai e Senhor.
– Para que tudo isto? – continuou o petiz contente.
– A fim de recebermos esta escola divina, que é a Terra.
– Escola?
– Sim, filho – tornou o genitor paciente -, aqui devemos aprender, no trabalho, a amar-nos uns aos outros, aprimorando sentimentos, quanto devemos aperfeiçoar o solo que pisamos, transformando colinas, planícies e pedras em cidades, fazendas, estábulos, pomares, milharais e jardins.
Reinaldo não entendeu, de pronto, o que significava “aprimorar sentimentos”; contudo, sabia perfeitamente o que vinha a ser a remoção dum monte empedrado. Surpreso, voltou a indagar:
– Então, papai, somos obrigados a trabalhar tanto assim? Como será possível modificar este mundo tão grande?
O moleiro pensou alguns instantes e observou:
– Meu filho, já ouvi dizer que uma andorinha vagueava só, quando notou que um incêndio lavrava em seu campo predileto, O fogo consumia plantas e ninhos. Em vão, gritou por socorro. Reconhecendo que ninguém lhe escutava as súplicas, pôs-se rápida para o córrego não distante, mergulhando as pequenas asas na água fria e límpida; daí, voltava para a zona incendiada, sacudindo as asas molhadas sobre as chamas devoradoras, procurando apagá-las. Repetia a operação, já por muitas vezes, quando se aproximou um gavião preguiçoso, indagando-lhe com ironia: – “Você, em verdade, acredita combater um incêndio tão grande com algumas gotas dágua?” A avezinha prestativa, porém, respondeu, calma: – “É provável que eu não possa fazer a obra toda; entretanto, sou imensamente feliz cumprindo o meu dever.
O moleiro fêz uma pausa e interrogou o filho:
– Não acredita você que podemos imitar semelhante exemplo? Se todos procedêssemos como a andorinha operosa e vigilante, em pouco tempo toda a Terra estaria transformada num paraíso.
O menino calou-se, entendendo a extensão do ensinamento e, no íntimo, contemplando a beleza do quadro matinal, desde as margens do caminho até a montanha distante, prometeu a si mesmo que procuraria cumprir no mundo todas as obrigações que lhe coubessem na obra sublime do Infinito Bem.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio. FEB. Capítulo 46.

ANJO AMIGOS

O Dia Começa ao Amanhecer

 

Compadece-te da criança que segue a teu lado.
*
O dia começa ao amanhecer.
Pai, mãe, irmão ou amigo, ampara-lhe a vida, com o teu próprio coração, se pretendes alcançar a Terra Melhor.
*
Lembra-te das vozes amigas que te induziram ao bem, das mãos que te guiaram para o trabalho e para o conhecimento.
*
Por que não amparar, ainda hoje, aqueles que serão, amanhã, os orientadores do mundo?
*
Em pleno santuário da natureza, quantas árvores generosas são asfixiadas no berço? Quanta colheita prematuramente morta pelos vermes da crueldade?
A vida é também um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
*
Já meditaste nas esperanças aniquiladas ao alvorecer? Já refletiste nas flores estranguladas pelas pedras do sofrimento, ante o sublime esplendor da aurora?
Provavelmente dirás: “Como impedirei o sofrimento de milhares?”
Ninguém te pede, porém, para que te convertes num salvador apressado, carregado de ouro e poder.
Basta que abras o coração com a chave da bondade, m favo dos meninos de agora, para que os homens do futuro te bendigam.
*
Quando a escola estiver brilhando em todas as regiões e quando cada lar de uma cidade puder acolher uma criança perdida – ninho abençoado a descerrar-se, aconchegante, para a ave estrangeira – teremos realmente alcançado, com Jesus, o trabalho fundamental da construção do Reino de Deus.

 

Pelo Espírito Meimei
XAVIER, Francisco Cândido. Caridade. Espíritos Diversos. IDE. Capítulo 12.

SUA VIDA

 

Quem Serve, Prossegue.

 

“O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir.” Jesus (Marcos, 10:45)
A Natureza, em toda parte, é um laboratório divino que elege o espírito de serviço por processo normal de evolução.
Os olhos atilados observam a cooperação e o auxílio nas mais comezinhas manifestações dos reinos Inferiores.
A cova serve à semente. A semente enriquecerá o homem.
O vento ajuda as flores, permutando-lhes os princípios de vida. As flores produzirão frutos abençoados.
Os rios confiam-se ao mar. O mar faz a nuvem fecundante.
Por manter a vida humana, no estágio em que se encontra, milhares de animais morrem na Terra, de hora a hora, dando carne e sangue a benefício dos homens.
Infere-se de semelhante luta que o serviço é o preço da caminhada libertadora ou santificante.
A pessoa que se habitua a ser invariavelmente servida em todas as situações, não sabe agir sozinha em situação alguma.
A criatura que serve pelo prazer de ser útil progride sempre e encontra mil recursos dentro de si mesma, na solução de todos os problemas.
A primeira cristaliza-se.
A segunda desenvolve-se.
Quem reclama excessivamente dos outros, por não estimar a movimentação própria na satisfação de necessidades comuns, acaba por escravizar-se aos servidores, estragando o dia quando não encontra alguém que lhe ponha a mesa. Quem aprende a servir, contudo, sabe reduzir todos os embaraços da senda, descobrindo trilhos novos.
Aprendiz do Evangelho que não improvisa a alegria de auxiliar os semelhantes permanece muito longe do verdadeiro discipulado, porquanto companheiro fiei da Boa Nova esta informado de que Jesus veio para servir, e desvela-se, a benefício de todos, até ao fim da luta.
Se há mais alegria em dar que em receber, há mais felicidade em servir que em ser servido.
Quem serve, prossegue…

 

XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 82.

FELICIDADE DE DENTRO

Colaboração

 

Em sua condição de movimento renovador das consciências, a Nova Revelação vem despertar o homem para o lugar determinado que a Providência lhe confere, esclarecendo-o, acima de tudo, de que o egoísmo, filho da ignorância e responsável pelos desvarios da alma, é perigosa ilusão. Trazendo-nos a chave dos princípios religiosos, vem compelir-nos à observância das leis mais simples da vida, revelando-nos o impositivo de colaboração a que não conseguiremos fugir.
A vida, pródiga de sabedoria em toda parte, demonstra o princípio da cooperação, em todos os seus planos.
O verme enriquece a terra e a terra sustenta o verme.
A fonte auxilia as árvores e as árvores conservam a fonte.
O solo ampara a semente e a semente valoriza o solo.
As águas formam as nuvens e a nuvens alimentam as águas.
A abelha ajuda a fecundação das flores e as flores contribuem com as abelhas no fabrico do mel.
Um pão singelo é gloriosa síntese do trabalho de equipe da natureza. Sem as lides da sementeira, sem as dádivas do Sol, sem as bênçãos da chuva, sem a defesa contra os adversários da lavoura, sem a assistência do homem, sem o concurso do moinho e sem o auxílio do forno, o pão amigo deixaria de existir.
Um casaco inexpressivo é fruto do esforço conjugado do fio, do tear, da agulha e do alfaiate, solucionando o problema da vestidura.
Assim como acontece na esfera das realizações materiais, a Nova Revelação convida-nos, naturalmente, a refletir sobre a função que nos cabe na ordem moral da vida.
Cada criatura é peça significativa na engrenagem do progresso.
Todos possuímos destacadas obrigações no aperfeiçoamento do espírito.
Alma sem trabalho digno é sombra de inércia no concerto da harmonia geral.
Cérebros e corações, mãos e pés, em disponibilidade , palavras ocas e pensamentos estanques constituem congelamento deplorável do serviço da evolução.
A vida é a força divina que marcha para diante.
Obstruir-lhe a passagem, desequilibrar-lhe os movimentos, menoscabar-lhe os dons e olvidar-lhe o valor é criar aflição e sofrimento que se voltarão, agora ou mais tarde, contra nós mesmos.
Precatem-se, portanto, aqueles que julgam encontrar na mensagem do Além o elixir do êxtase preguiçoso e improdutivo.
O mundo espiritual não abriria suas portas para consagrar a ociosidade.
As almas que regressam do túmulo indicam a cada companheiro da Terra a importância da existência na carne, acordando-lhe na consciência não só a responsabilidade de viver, mas também a noção do serviço incessante do bem, como norma de felicidade imperecível.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Roteiro. Pelo Espírito Emmanuel. FEB.

ENCONTRAR FELICIDADE AMIGOS

Mensagem de Encorajamento

 

Companheiro, ponha-se de pé e siga os corações que rumam confiantes.
Doe as aflições ao tempo, cubra-se com o manto da esperança e avance intimorato.
A multidão chora e sorri. Misturam-se lágrimas e sorrisos, abafados pelo retinir das taças finas que contêm os vapores da morte e os fluidos da loucura.
Possivelmente, os anseios atormentam-lhe o coração ansioso… Mas os que buscaram a enganosa liberdade demoram-se nas prisões que a própria delinqüência ergueu, inquietados pelo tigrino clamor das multidões desvairadas e o zurzir impiedoso da consciência em desalinho.
Alçando o pensamento ao Grande Bem, você pode chegar à paz íntima, embora carregue as cicatrizes do sentimento, porfiando na conduta reta.
O tempo é mestre: benfeitor e justiceiro. Tudo refaz, tudo apaga, tudo corrige.
Com o tempo, o grão de areia se transforma em valiosa pérola aprisionada no íntimo da ostra, até um dia…
Com o tempo, o carvão humilde transforma-se em diamante precioso encastelado na montanha poderosa, até um dia…
Com o tempo, a semente pequenina incha no seio da terra, transformando-se, até um dia…
Com o tempo, o débil embrião da vida desenvolve-se modificando a própria estrutura, até um dia…
Com o tempo, o regato humilde atinge o mar, vencendo distância e obstáculo.
Com o tempo, a Mensagem do Cristo se espalhou sobre a Terra, convidando o homem à tecelagem do manto nupcial para o matrimônio da Humanidade com a Vida, um dia…
Enxugue o suor da ansiedade.
Guarde as lágrimas da inquietação.
Amanhã, talvez, o trabalho exija suor e lágrimas em honra à felicidade de ser feliz.
Escude-se na dor dos outros e avance.
Lembre-se dos que caíram somente para os ajudar.
Olhe os vitoriosos da luta e siga com eles.
Não se preocupe por você ter tombado ontem, na escuridão. Agora brilha a luz da verdade em seu caminho.
Vença a tristeza nascida na recordação da própria fraqueza. Encha a alma com a alegria de tudo poder em Cristo.
Todas as coisas passam, na Terra, à semelhança das belas flores e dos espinheiros no mesmo jardim.
No Grande Além, no entanto, há sempre luz.
Não se aflija com as necessidades imperiosas de abandonar as flores da ilusão, sofrendo os espinhos que conduzem à reflexão.
Aceite hoje os acúleos, coroando-lhe a cabeça para que um braseiro de remorsos não lhe arda na consciência mais tarde.
Atenda e socorra o próximo, atendido e socorrido pelo Céu.
Sem desfalecer nem recear, repita: Com Jesus vencerei!, e mais fácil lhe parecerá a redenção.
Amigo do Cristo, ponha-se de pé e siga arrimado ao espírito de luta dos que se alçam à Vida, carregando, como você mesmo, sofrimentos e aflições.

 

Pelo Espírito Scheilla
FRANCO, Divaldo Pereira. Crestomatia da Imortalidade. Espíritos Diversos. LEAL.

ESTOU AQUI

PLANTAR SORRISOS

 

A Lenda dos Milagres de Amor

 

A família chegara à floresta para fixar residência, fazia poucos dias.
Os ventos bons da primavera trouxeram o perfume das flores e das árvores – tílias, rönn, bétulas – o canto dos passáros e as mil vozes da natureza para saudarem os novos habitantes.
Havia festa de cor e de alegria que se exteriorizava em toda parte, bailando no ar.
Extasiado, o casal, à porta de entrada da choupana, bendizia a vida, agradecendo essas belas homenagens. Menos o filhinho único de seis anos, que tinha o olhar distante e melancólico.
Neste momento de alegria, saiu do bosque, risonho, um troll (duende), que se aproximou dos recém-chegados e pediu licença para fazer parte do grupo familiar.
Vendo-o, assustaram-se os adultos, que o expulsaram com insultos, dizendo-lhe:
– Como se atreve a vir importunar-nos, esse velho de grandes orelhas e disforme nariz, feio de rosto com rabo eriçado e tão pequeno de estatura, que é insignificante!?
Procurando sorrir, ele explicou:
– Eu sou um small troll (gentil duende) e desejo ser útil. Eu sei amar; porém, ninguém me ama. Por favor, deixem-me entrar e ficar com vocês. Eu vivo muito só.
Com azedume, os adultos exigiram-lhe que não os importunasse mais e se fosse dali, imediatamente.
O troll fitou, então, o menino melancólico, que o olhava com simpatia, e sorriu-lhe. Por um momento a criança não reagiu, mas logo depois, corando, retribuiu-lhe o sorriso.
A partir dali, diariamente, o troll retornava e brincava com a criança, para desagrado dos pais, que o toleravam somente porque perceberam a suave mudança que se foi operando na face pálida e triste do filhinho. Ele agora sorria e falava, corria e cantava as músicas que o troll lhe ensinava.
O novo amigo falou-lhe, então, dos encantos da floresta, dos animais, das águas, dos ventos, das árvores, das folhas, das flores e dos frutos. Apresentou-o às fadas e aos elfos, aos gênios e aos gnomos…
Conforme se passava os dias, o troll foi tendo diminuído o rabo eriçado, as grandes orelhas, o enorme nariz, assumindo uma forma grácil e terminando por torna-se um lindo jovem, que se incorporou à família.
O amor recíproco, entre o troll e a criança, operou os milagres de tornar a criança feliz e o troll um belo e ditoso jovem.

 

Pelo Espírito Selma Largerlöf
FRANCO, Divaldo Pereira. Sob a Proteção de Deus. Espíritos Diversos. LEAL. Selma Largerlöf é uma das maiores escritoras da Suécia. Embora não existam trolls no folclore brasileiro, estes seres elementais aparecem sob outras designações como saci-pererê, o negrinho do patoreio, boitatá e outros tantos.

O MELHOR

Ante o Sublime

 

“Não faças tu comum o que Deus purificou.” (Atos dos Apóstolos, 10:15)
Existem expressões no Evangelho que, à maneira de flores a se salientarem num ramo divino, devem ser retiradas do conjunto para que nos deslumbremos ate o seu brilho e perfume peculiares.
A voz celeste, que se dirige a Simão Pedro, nos Atos, abrange horizontes muito mais vastos que o problema individual do apóstolo.
O homem comum está rodeado de glórias na Terra, entretanto, considera-se num campo de vulgaridades, incapaz de valorizar as riquezas que o cercam.
Cego diante do espetáculo soberbo da vida que lhe emoldura o desenvolvimento, tripudia sobre as preciosidades do mundo, sem meditar no paciente esforço dos séculos que a Sabedoria Infinita utilizou no aperfeiçoamento e na seleção dos valores que o rodeiam.
Quantos milênios terá exigido a formação da rocha?
Quantos ingredientes se harmonizam na elaboração de um simples raio de sol?
Quantos óbices foram vencidos para que a flor se materializasse?
Quanto esforço custou a domesticação das árvores e dos .animais?
Quantos séculos terá empregado a Paciência do Céu na estruturação complexa da máquina orgânica em que o Espírito encarnado se manifesta?
A razão é luz gradativa, diante do sublime.
Não te esqueças, meu irmão, de que o Senhor te situou a experiência terrestre num verdadeiro paraíso, onde a semente minúscula retribui na média do infinito por um e onde águas e flores, solo e atmosfera te convidam a produzir, em favor da multiplicação dos Tesouros Eternos.
Cada dia, louva o Senhor que te agraciou com as oportunidades valiosas e com os dons divinos.
Pensa, estuda, trabalha e serve.
Não suponhas comum o que Deus purificou e engrandeceu.

 

XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. FEB. Capítulo 23.

LUZ ACESA AMIGOS
ALTO DAS MONTANHAS

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