Eu sou essa gente que se dói inteira, porque não vive só na superfície das coisas.
Maria de Queiroz
VIDA MAIS OU MENOS
A gente pode morar numa casa mais ou menos, numa rua mais ou menos, numa cidade mais ou menos, e até ter um governo mais ou menos.
A gente pode dormir numa cama mais ou menos, comer um feijão mais ou menos, ter um transporte mais ou menos, e até ser obrigado a acreditar mais ou menos no futuro.
A gente pode olhar em volta e sentir que tudo está mais ou menos…
TUDO BEM!
O que a gente não pode mesmo, nunca, de jeito nenhum…
é amar mais ou menos, sonhar mais ou menos, ser amigo mais ou menos, namorar mais ou menos, ter fé mais ou menos, e acreditar mais ou menos.
Senão a gente corre o risco de se tornar uma pessoa mais ou menos.
A Mágoa
À semelhança de ácido que corrói a superfície na qual se encontra, a mágoa desgasta, a pouco e pouco, as peças delicadas das engrenagens orgânicas do homem, destrambelhando-lhe os equipamentos muito delicados da organização psíquica.
A mágoa é conselheira impiedosa e artesã de males cujos efeitos são imprevisíveis.
Penetra no âmago do ser e envenena-o, impedindo-lhe o recebimento dos socorros do otimismo, da esperança e da boa vontade em relação aos fatores que o maceram.
Instalando-se, arma a sua vítima de impiedade e rancor, levando-a a atitudes desesperadas, desde que lhe satisfaça a programação vil.
Exala amargura e desconforto, expulsando as pessoas que intentam contribuir para a mudança de estado, graças às altas cargas vibratórias negativas, que exteriorizam mau humor e azedume.
*
Quem acumula mágoas, coleciona lixo mental.
Reage às tentativas de alojamento da mágoa nos teus sentimentos.
Não estás, no mundo, por acaso, antes, com finalidades adredemente estabelecidas que deves atender.
Acompanha a marcha do Sol, e enriquece-te de luz, não mergulhando na sombra dos ressentimentos destrutivos.
Sorri ante o infortúnio, agradecendo a oportunidade de superá-lo através dos valores éticos e educativos que já possuis, poupando-te à consumpção de que é portadora a mágoa.
FRANCO, Divaldo Pereira. Episódios Diários. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 22.
EXISTÊNCIAS ATUAIS
Por mais que nos preparemos para relevar erros ou faltas de familiares, amigos e demais irmãos de caminhada, nem sempre somos capazes de prever as nossas reações.
Como Espíritas, temos nesses casos de aprender a colocar em prática o que a Doutrina Espírita mais nos preceitua. Por mais ofendidos que estejamos, evitar qualquer tipo de revide deve ser a nossa melhor conduta.
O entendimento de que não passamos por situações embaraçosas quando não as merecemos, precisa fazer parte de nossas predisposições constantes. Na realidade não sabemos de forma precisa as lições de aprendizados que precisam nos alcançar para que possamos ser testados e devidamente aprovados.
Em quaisquer de nossas experiências diárias, sejam elas agradáveis ou não, estamos sendo conduzidos pelos melhores caminhos por nossos Benfeitores Espirituais.
Conservemo-nos atentos; acreditemos em nossos potenciais evolutivos para que possamos comprová-los com as melhores ações. Sintamo-nos agradecidos no meio a que fomos inseridos para fazer deles locais adequados para as convivências mais harmoniosas com todos aqueles que nos compartilham dos momentos indispensáveis para as nossas existências atuais.
(Texto extraído do Livro “Mãos Unidas” de Emmanuel).
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