Declarou-lhes Jesus.
Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome, e quem crê em mim jamais tará sede.
Depois da multiplicação dos pães, Jesus disse à multidão que a primeira atitude que eles deveriam ter era crer Nele. As pessoas, reunidas em torno de Jesus, perguntaram: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: “Pão do céu, deu-lhes de comer”.
Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. Então, eles pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.
Jesus, sempre Jesus!
Ante o panorama de tantas guerras entre os homens; ante a explosão estarrecedora da violência e dos injustificáveis atentados à vida humana, supliquei ao Mestre Amado:
Senhor Jesus!
Nunca a Terra precisou tanto do Teu respaldo sagrado, de Tua mão misericordiosa, de Teus cuidados.
A Humanidade sofrida clama por piedade, à medida que a onda truculenta do mal invade as praias de nossas benditas esperanças.
O coração do homem de bem sangra, seus olhos derramam lágrimas amargas e a mente Te busca num pedido de socorro, de luz que venha clarear o caminho.
Senhor Jesus!
Os homens de bem se veem tão desarvorados, frente a tantas amarguras e atos revoltantes.
Maldade e ganância dos inconsequentes chega a extremos inconcebíveis.
São tantas as vulgaridades querendo ser eleitas como justas e aceitáveis.
Tão grande a hipocrisia dos mandatários terrenos.
Tão enganadoras as ilusões que os move nessa bancarrota sem limites…
Tanta avidez em subverter valores sedimentados.
Tantas mentiras querendo posar de verdades supremas.
Tanta dor, tanto sofrimento, tanta desilusão na alma dos que ainda titubeiam na busca da verdade.
Tanta aflição no coração das mães que temem pelos filhos que embalam.
Então silenciei, meditei, ponderei. E dei-me conta de que o Mestre a tudo isso previu. E deixou a rota segura para quem O buscasse.
Dirigi-me à biblioteca e busquei o roteiro bendito que Ele nos legou.
Uma vez mais mergulhei a mente na leitura do Evangelho de luz, encontrando ali o meio de acalmar essa agonia que nos invade nestes momentos de dores superlativas, na face da Terra.
Encontrei a primeira gota de consolo ao me deparar com o Seu convite:
Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo.
Em seguida constatei que as bem-aventuranças por Ele anunciadas renovam nossas esperanças, acalmando nossos corações, nos ajudando a resistir ao mal, e nos fazendo instrumentos de Sua vontade:
Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. Bem-aventurados os famintos e sequiosos de justiça, pois que serão saciados.
Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que deles é o reino dos céus.
E nos elucida ainda mais, ao nos convidar a mantermos puros os nossos corações, a sermos brandos e pacíficos, nos conclamando à misericórdia para com todos.
Esclarece-nos que devemos perdoar para sermos perdoados.
Mais, a perdoar setenta vezes sete vezes cada ofensa recebida, e que esse perdão precisa ser um ato do coração.
Também que perdoar aos inimigos é obter perdão para si próprio, pois quem de nós dele não necessita?
Ensina-nos a sermos indulgentes porque a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta, irrita.
E finalmente, salienta a necessidade de amarmos ao próximo como a nós mesmos, estabelecendo que esse é o mandamento maior.
* * *
Sublime irmão e amigo, Te louvamos e Te damos graças pela paciência que nos dedicas nesta romagem que empreendemos pelas portas estreitas da autoconstrução.
Nossa gratidão, Senhor Jesus!
Redação do Momento Espírita, com transcrição de frases do Evangelho de Mateus, cap. 5, versículos 4, 6 e 10 e cap. 11, versículos 28 e 30. Em 24.2.2018.
Perdoa-te !
(Joana de Ângelis)
A palavra evangélica adverte que se deve ser indulgente para com as faltas alheias e severo em relação às próprias.
Somente com uma atitude vigilante e austera no dia-a-dia o homem consegue a auto-realização.
Compreendendo que a existência carnal é uma experiência iluminativa, é muito natural que diversas aprendizagens ocorram através de insucessos que se transformam em êxitos, após repetidas, face aos processos que engendram.
A tolerância, desse modo, para com as faltas alheias, não pode ser descartada no clima de convivência humana e social.
Sem que te acomodes à própria fraqueza, usa também de indulgência para contigo.
Não fiques remoendo o acontecimento no qual malograste, nem vitalizes o erro através da sua incessante recordação.
Descobrindo-te em gravame, reconsidera a situação, examinando com serenidade o que aconteceu, e regulariza a ocorrência.
És discípulo da vida em constante crescimento.
Cada degrau conquistado se torna patamar para novo logro.
Se te contentas, estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação.
Se te deprimes e te amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha.
Aceitando os teus limites e perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás o perdão em referência aos demais.
Quando acertes, avança, eliminando receios.
Quando erres, perdoa-te e arrebenta as algemas com a retaguarda, prosseguindo.
O homem que ama, a si mesmo se ama, tolerando-se e estimulando-se a novos e constantes cometimentos, cada vez mais amplos e audaciosos no bem.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Filho de Deus. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis
CONSTRUÇÃO ESPIRITUAL
“Quem não perdoa transfere para amanhã(…) os dolorosos reajustes, que bem poderiam se extinguir na presente encarnação.”
Emmanuel/Chico Xavier
Senhor…
Ajuda-nos a pedir em teu nome, para que a força dos nossos desejos não perturbe a execução dos teus desígnios, ampara-nos, afim de que nosso sentimento se harmonize com a tua vontade, e que possamos a cada dia ser instrumentos vivos e operosos da paz e do amor, do aperfeiçoamento, e da alegria, de acordo com a tua lei…
Assim seja, amém!
Meimei.
A palavra de Jesus é a luz acesa para encontrarmos na sombra terrestre, em cada minuto da vida, o ensejo divino de nossa construção espiritual.
Meimei /Chico Xavier
COMPADECE-TE E AJUDA
Compadece-te e ajuda, a fim de que possas servir na união para o bem.
Não fosse a bondade do lavrador que ampara a semente seca, não receberias na mesa o conforto do pão.
Emmanuel Chico Xavier
“Existe um senhor chamado Tempo, que me ensina tudo sobre as voltas da vida, sobre o momento de cada coisa e o lugar de cada um, sobre as dores que não menciono, as cicatrizes que me tatuam e as alegrias que chegam ao final de cada ciclo. Ah, Tempo, tempo… poeta tão bonito, compositor do meu destino! Não persigo seus versos, tu que me encantas com suas lições.”
Carlos Drummond de Andrade
DIA e NOITE
Recorda que a tua noite é a continuação do teu dia.
Repousando o veículo denso – o corpo a que te junges -, o viajor, que és tu mesmo, prossegue na romagem constante das horas.
E não te faltarão companheiros na sombra, a copiarem perfeitamente os companheiros que preferes perante a luz.
Se malbaratas o tempo em conversações infelizes, decerto avançarás, treva a dentro, intoxicando a ti mesmo com o verbo envenenador.
Se te comprazes no vício, cerradas as janelas da visão na carruagem carnal, identificarás, junto de ti, quantos se alimentam à mesa do vampirismo.
Se te confias à cólera e à agressividade, tão logo te retires do campo físico, partilharás o pesadelo dos que se nutrem de ódio e perseguição.
Se te agrada a idéia de enfermidade, em cujas teias te conformas, sem qualquer resistência, em favor do trabalho que te redimiria a imaginação, assim que te afastas do corpo, à influência do sono, entrarás na companhia deplorável de doentes do espírito, que fazem da inércia a sua razão de ser.
Vale-te do dia para criar valores novos e substanciais que te enriqueçam a vida.
Lembra-te de que nossos laços inferiores com o passado não jazem de todo extintos, e numerosos desafetos de ontem nos espreitam a invigilância de hoje para reconduzir-nos a novas flagelações amanhã e quase todos aguardam a escuridão para multiplicar apelos delituosos e sugestões infelizes.
Saibamos conquistar a noite, aproveitando os recursos do dia para estender o bem, porque no símbolo do sol e da sombra, temos a imagem de vida e da morte, dependendo de nós mesmos fazer da existência um cântico de beleza e harmonia, fraternidade e trabalho, para que o término de nossas tarefas represente abençoada renovação.
Emmanuel / Francisco Cândido Xavier
No campo doutrinário
Reunião pública de 1/2/1960
Questão nº 25
Encontrarás no caminho os companheiros que não conseguiram guardar o talento mediúnico na altura que a responsabilidade lhes conferiu.
A maneira dos que não sabem viver retamente, quando chamados à mordomia do ouro ou ao cetro do poder, desequilibram-se mentalmente, criando para si próprios o labirinto em que se desvairam.
Começam abandonando a disciplina profissional, que julgam vexatória.
Debandam de pequeninos deveres familiares que, naturalmente cumpridos, formam o alicerce das tarefas maiores.
E transformam-se em joguete da fascinação que os inutiliza.
Julgam-se, então, mensageiros especiais.
Ausentam-se deliberadamente do estudo.
Abraçam exotismos contundentes.
Acreditam-se na condição de intérpretes das mais altas personalidades da História.
Não admitem advertências.
Supõem dominar o passado e o futuro.
Profetizam.
Pontificam.
Mas, detendo exagerada conceituação de si mesmos, não percebem que se fazem marginais, cristalizados em longos processos obsessivos, aos quais atraem amigos invigilantes para deslumbrá-los, a principio, e arrojá-los, depois, à desilusão.
*
Em verdade, não podemos evitar que irmãos nossos se prendam a semelhantes situações perigosas e lastimáveis.
Se outras formações religiosas vivem juguladas pela autoridade terrestre que lhes frena os impulsos, encontramos na Doutrina Espírita o pensamento claro e espontâneo da fé viva, favorecendo sementeiras e searas preciosas do livre-arbítrio.
Diante, pois, dos amigos que não souberam situar os compromissos medianímicos em lugar justo, observemos quão duro será, para nós, desertar do serviço constante no burilamento interior, aprendendo, ao mesmo tempo, nos desajustes que mostram, tudo aquilo que nos cabe evitar.
Em seguida, se possível, ajudemo-los com a palavra evangélica; entretanto, se essa medida não pode ser posta em prática, à face das circunstâncias que nos obrigam a emudecer, lembremo-nos de que é nossa obrigação trabalhar sempre mais,
na expansão de nossos princípios, para que se faça luz nos corações e nas consciências.
E caminhemos adiante, no esforço de tudo melhorar cada dia, com a certeza de que, segundo o Cristo, cada criatura, hoje e sempre, onde estiver, receberá, invariavelmente, de acordo com as suas obras.
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier-Livro Seara dos Médiuns
AGRADECEMOS AO SENHOR!
* SENHOR, tudo neste mundo é dom e graça que recebemos de Tuas mãos generosas…
Te agradecemos, PAI, a Bênção da Vida que, pela Tua bondade, nos foi concedida…
Te agradecemos, por nunca nos desamparar e sempre nos perdoar…
Te agradecemos pelo Teu infinito Amor e por tanto nos Amar!…
Assim seja… Amém! * __
* Boa Noite… Que a Luz Divina abençoe e ilumine a todos!
M.Helena Ambrosio Marchetti
PRECE ESPÍRITA
Todas as coisas na Terra passam..
Os dias de dificuldade passarão, Passarão, também, os dias de amargura e solidão.
As dores e as lágrimas passarão, As frustrações que nos fazem chorar, um dia passarão..
A saudade do ser querido que está longe, passará..
Os dias de tristeza..
Dias de felicidade..
São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal, as experiências acumuladas..
Se, hoje, para nós, é um desses dias, repleto de amargura, paremos um instante..
Elevemos o pensamento ao Alto e busquemos a voz suave da Mãe amorosa, a nos dizer carinhosamente, Isto também passará..
E guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre,
semelhante a enorme embarcação que, às vezes, parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas..
Mas isso também passará porque Jesus está no leme dessa Nau e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da Humanidade e que um dia também passará..
Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro porque essa é a sua destinação..
Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos,
sem esmorecimento e confiemos em Deus,
aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo, também passará..
Tudo passa, exceto Deus..
Deus é o suficiente !
(Chico Xavier)
O TEMPO ESPERA
Lembro-me bem. Foi quando julho se foi, que um vento mais gelado, mais destemperado, que arrastava ainda folhas deixadas pelo outono, me disse algumas verdades. Convenceu-me de que o céu começaria a apresentar metamorfoses avermelhadas. Que a poeira levantada por ele daria lições de que as coisas nem sempre ficam no mesmo lugar e que é preciso aceitar que a poeira só assenta depois que os redemoinhos se vão.
Foi quando julho se foi que a minha solidão me convidou para uma conversa. E me contou de tempo de esperas. E me disse que o barulho das árvores tinha algo a dizer sobre aceitação. E eu fiquei pensando como elas, as árvores, aceitam as estações que, se as estremecem, também lhes florescem os galhos. Mas tudo a seu tempo. Foi em agosto que descobri que os cachorros loucos são, na verdade, os uivos que não lançamos ao vento. São nossos estremecimentos particulares que a nossa rigidez de certezas não nos permite encarar.
O mês de agosto tem muito a ensinar. Porque agosto é mês jardineiro, é dentro dele, berço do inverno, que as sementes dormem. Aguardam seu tempo de brotar. Agosto é guardador da boa-nova, preparador de flores. Agosto é quando Deus deixa a natureza traduzir visivelmente o tempo das mutações.
Mude, diz agosto, em seu recado de sementes. Aceite, diz agosto, com seu jeito frio de vento que levanta poeira e a faz avermelhar o céu. Compartilhe, diz agosto. Agasalhos, sopas quentinhas, cafés com chocolate, abraços mais apertados – eles também aquecem a alma e aninham o corpo. Distribua mais afetos, que inverno é acolhimento, é tempo de preparar setembro. E, de setembro, todos sabemos o que esperar. Esperamos a arrebentação das cores, que com seus mais variados nomes vêm em forma de flores.
Vamos apreciar agosto, recebê-lo com o espanto feliz de quem não desafia ventos. Que ele desarrume e espalhe suas folhas e levante suas poeiras. Aceite as esperas, mas coloque floreiras na janela. Só quem vive bem os agostos é merecedor da primavera!
Miryan Lucy de Rezende
Escritora e Educadora Infantil.
“Não adies a oportunidade de desculpar nem atrases o momento de pedir desculpas.”
Joanna de Ângelis
Busca e acharás — Emmanuel / André Luiz
Compadece-te dos teus
1 A nossa petição pode parecer estranha: “compadece-te daqueles que mais amas”.
2 Entretanto, o apelo não pode ser outro naquilo que pretendemos dizer, porquanto, no Plano Físico, não raro, externamos a capacidade afetiva com enorme peso de autoridade.
3 Compadece-te de teus pais no mundo.
Nem sempre pairam eles na altura espiritual que desejas. Doaram-te, no entanto, o corpo em que vives. Protegeram-te carinhosamente na infância. E se não puderam sustentar a harmonia recíproca ou se foram defrontados por lutas e conflitos que se viram incapazes de sobrestar, amas, mesmo assim, fora de exigências e críticas, porque também eles se acham a caminho do Entendimento Maior.
4 Compadece-te de teus filhos.
Se não conseguiram abraçar experiências semelhantes às tuas ou se não dispõem de recursos para te concretizarem os planos de família é que carregam no mundo encargos diferentes. Amas na estrutura espiritual com que te vieram aos braços, conforme as induções das Leis Divinas e libertas de qualquer cativeiro afetivo, conquanto auxiliando-os tanto quanto se te faça possível, para que se realizem nas tarefas que trouxeram de novo à existência.
5 Compadece-te dos familiares e dos amigos.
Embora te respeitem e te estimem, no curso de muitas ocasiões, encontram empeços e tribulações que desconheces. E, em muitos casos, precisam de tua paz a fim de que se entrosem no campo de determinadas obrigações.
6 Compadece-te dos corações queridos a que te vinculas.
Apesar do imenso afeto que te consagram, em certos lances da estrada humana, são eles chamados a resgates e provas, por vezes difíceis, e de que nem sempre se desvencilham senão com largas coberturas de trabalho e de tempo.
7 Amar é servir, compreender, auxiliar, abençoar, libertar…
Que o teu amor seja paz e vida, alegria e esperança naqueles a quem ofertas dedicação e carinho.
8 Não te permitas entravar os passos dos entes queridos com grilhões psicológicos, porque toda afeição possessiva é sinônimo de sofrimento.
9 Ama e obterás a bênção do amor. Compreende e colherás compreensão.
10 E se em teu devotamento surgirem crises de apreensão e medo, perante as lutas dos seres amados, procura esquecer receios e inquietações, amparando a cada um, na fonte viva da prece, a recordar, antes de tudo, que eles e nós pertencemos a Deus.
Emmanuel/Chico Xavier
Conhecimento superior
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