Evangelho no Lar
1. Escolha o dia de sua preferência. Sugerimos um dia de fácil memorização, por exemplo, segunda ou sexta-feira.
2. Escolha um aposento silencioso e agradável da casa, de preferência a sala de jantar, e que esteja com os aparelhos eletro-eletrônicos desligados.
3. Coloque uma jarra com água sobre a mesa, para fluidificação. Na falta dessa podem ser utilizados copos, qualquer um, em número correspondente aos integrantes do Evangelho.
4. Sentar-se à mesa sem alarde e sem barulho.
5. Fazer a prece de abertura, a que toque mais fundamente o sentimento familiar. Pode ser uma prece pronta ou uma prece espontânea, o importante é, repetimos, o sentimento da fé e a confiança na Proteção Divina.
6. Após, fazer uma leitura breve de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Comentar com palavras próprias o trecho lido. No início poderá existir certa timidez mas, com o correr do tempo, os comentários surgirão espontaneamente pois que os Espíritos amigos estarão auxiliando na compreensão dos textos selecionados.
7. Os demais integrantes poderão tecer comentários também, caso o desejem, mesmo que estes levem a assuntos pessoais e/ou a diálogos, naturalmente que sempre pertinentes ao tema em foco. O Evangelho no Lar é antes de tudo uma reunião de Espíritos reencarnados no mesmo ambiente, buscando através da prece, da elevação de pensamentos e do diálogo fraterno, o amparo e o auxílio do Mais Alto para seus problemas e necessidades. Não deve ser jamais solene ou ritualístico, com palavras e movimentos decorados a lembrar missas e demais cultos.
8. Para incentivar a participação dos filhos ou demais membros, com exceção do pequeninos, é conveniente pedir que leiam mensagens espíritas, para reflexão do grupo. Incentivar também, com carinho, o comentário após a leitura. Sugerimos aqui os livros Fonte Viva e/ou Pão Nosso, de Emmanuel, Agenda Cristã e/ou Sinal Verde, de André Luiz.
9. Proferir a prece de encerramento e rogar, como exemplo, pela paz, harmonia, saúde e felicidade dos membros da reunião e de todos com os quais convivem. Desejando, rogar também pelos doentes, desamparados e infelizes da Terra. Por último, pedir a bênção de Deus para os familiares desencarnados, sem temor. A lembrança da prece alegra e pacifica os que partiram.
10. É completamente desaconselhável qualquer manifestação mediúnica durante o Evangelho no Lar.
11. Servir, após a prece de encerramento, a água fluidificada.
12. Tempo: o necessário para a família. Sugerimos uma reunião de 15 a 30 minutos. Música: sim, se for do agrado de todos. Sugerimos música instrumental, em volume baixo.
Elaborado pelo Instituto André Luiz
Como Fazer o Evangelho no Lar
Finalidade: trata-se de um encontro semanal, sendo previamente marcado o dia e a hora, (devendo ser repetido sempre no mesmo dia e hora da semana) com o objetivo de reunir a família em torno dos ensinamentos evangélicos, à luz do Espiritismo, e sob a assistência dos Benfeitores Espirituais.
1. Participantes:
podem ser todas as pessoas do lar, inclusive as crianças.
ou ainda pode ser feito por apenas uma pessoa da casa.
2. Roteiro da Reunião:
leitura, sem comentários, de uma página de um livro (por exemplo, Pão Nosso, Fonte Viva, entre outros);
prece inicial;
leitura e comentários de um tópico de O Evangelho segundo o Espiritismo, estudado de forma seqüêncial;
prece de encerramento.
3. Recomendações:
o tempo da Reunião deve ser, no máximo, de uma hora;
evitar a manifestação mediúnica de Espíritos;
pode-se colocar água para ser beneficiada pelos Protetores Espirituais e, após, repartida entre os participantes;
a presença de visita, não deve ser motivo para suprimir a Reunião.
no caso de se perder o dia da reunião em determinada semana, pode-se continuar na próxima;
quando toda a família participa e acontecer de ter uma só pessoa no dia marcado, a reunião deve acontecer normalmente;
no caso de viagem, a família pode realizar a reunião onde estiver;
Culto Cristão no Lar
O culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação. A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes. A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.
Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.
A observação impensada é ouvida sem revolta.
A calúnia é isolada no algodão do silêncio.
A enfermidade é recebida com calma.
O erro alheio encontra compaixão.
A maldade não encontra brechas para insinuar-se.
E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, a benefício deles e dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas as horas, o sorriso é a sombra de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.
Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova, junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana, em todas as circunstâncias.
Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário familiar, onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque, estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos, que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.
Emmanuel
Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. Luz no Lar. Por diversos Espíritos. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997. Cap 1, p. 11-12.
A PORTA
“Quando o Evangelho penetra o lar, o coração abre mais facilmente a porta ao Mestre Divino.”
Emmanuel
A importância do lar na educação moral
É no lar que os Espíritos se reencontram, sob o mesmo teto, na condição de pais, filhos e irmãos; nesse ambiente, são oferecidas as oportunidades de novo aprendizado moral, possibilitando aos reencarnados exercitarem no campo afetivo, a fraternidade, a solidariedade, enfim, os sentimentos derivados do amor. Assim, a função educadora e regeneradora da família é extremamente delicada e importante, quando se atribui à reencarnação a oportunidade de ascensão na escala evolutiva, através de novas experiências, no campo intelectual e moral.
Coerente com essa visão, afirma Emmanuel: “A melhor escola, ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter.”
Vários Espíritos de escol se manifestaram sobre a validade e conveniência da reunião em torno do Evangelho de Jesus, no lar; dentre eles podemos citar:
Emmanuel:


“O culto do Evangelho no Lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte, onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação. (…) Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.”
Bezerra de Menezes:
“Trabalhemos pela implantação do Evangelho no Lar, quando estiver ao alcance de nossas possibilidades. (…) Trazer as claridades da Boa Nova ao templo da família é aprimorar todos os valores que a experiência terrestre nos pode oferecer.”
Os espíritas, em particular, precisam compreender a necessidade do culto do Evangelho no Lar. Pelo menos, semanalmente, é aconselhável se reúna com os familiares ou com alguns parentes capazes de entender a importância da iniciativa, em torno da Doutrina Espírita, à Luz do Evangelho do Cristo e, sob a cobertura moral da oração.
Joanna de Ângelis,
também se manifestou a respeito desse assunto e esclarece: “Pelo menos uma vez por semana, reúne a tua família e felicita-a com o Espiritismo, criando, assim, e mantendo, o culto evangélico, para que a diretriz do Mestre seja eficiente rota de amor à sabedoria em tua casa.
E prossegue: E se desejares felicidade, na Terra, incorpora-o ao teu lar, criando um clima de felicidade geral.
Acende o sol do Evangelho em casa, reúne-te com os teus para orar e jamais triunfarão trevas em teu lar, em tua família, em teu coração.
Por fim, Bezerra de Menezes convida-nos à ação:
“Auxiliemos a plantação do Cristianismo no santuário familiar, à Luz da Doutrina Espírita, se desejamos efetivamente a sociedade aperfeiçoada amanhã.”
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