FÉ INABALÁVEL – ALLAN KARDEC

fé inabalável

 

Fé Inabalável

Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
 
Allan Kardec

paz e luz

Fé inabalável

A fé é o maior tesouro da alma.
É a grande luz que ilumina nossos destinos, enriquece nossa inteligência e exalta o nosso coração.
A fé é o emblema da perfeição e a insígnia do poder.
Por isso, Jesus disse aos Seus discípulos: Se tivésseis fé do tamanho de uma semente de mostarda, diríeis a esta amoreira: transplanta-te para o mar e ela vos obedeceria.
A fé é um cabedal que valoriza a alma, tal como o ouro no mundo valoriza o homem.
Na esfera material o homem tem sido considerado pelo que tem.
Na esfera espiritual cada um vale pela fé que possui.
Para se possuir legalmente bens materiais, na Terra, é necessário trabalho, raciocínio e esforço.
Para se adquirir a verdadeira fé também é indispensável o trabalho, o raciocínio, o estudo e o esforço.
A prosperidade material é produto do trabalho.
A prosperidade espiritual é uma conquista do Espírito.
O dinheiro facilita o bem estar físico.
A fé, por sua vez, felicita o homem, não só espiritualmente, mas também atinge o seu físico.
A fé não se compra nos templos de mercadores, nem nas feiras. Não se dá por esmola, nem se adquire por herança.
A fé adquire-se especialmente pela aquisição de conhecimento.
Sobre esse assunto, Allan Kardec deixou-nos o seguinte ensinamento: Fé verdadeira é a que pode encarar a razão face a face, em qualquer época da Humanidade.
Deus tem concedido aos homens as mais variadas bênçãos, menos a fé.
Por essa razão, vê-se em todas as religiões, pessoas capazes de nos cativar pela bondade, maravilharem-nos por sua paciência, atraírem-nos pela sua caridade.
Entretanto, facilmente notamos também nelas a ausência da verdadeira fé.
Por quê?
Porque a fé não se adquire sem estudo, sem trabalho, sem o exercício do livre-arbítrio.
Muitos homens ainda encontram-se cegos em face da luz e surdos em relação aos sons. São, ainda, pessoas sem fé.
Têm o entendimento encoberto pelos véus dos dogmas e dos preconceitos.
A fé verdadeira é poderosa, mas não se impõe pela força.
A cada um de nós foi dada a liberdade para buscar a verdade e abandonar o engano.
A fé é o alimento que sustenta o Espírito.
É a água pura que dessedenta a alma.
E assim como o comer e o beber exigem um esforço dirigido da vontade, também a fé não se conquista sem a aplicação de meios adequados a sua obtenção.
A fé é a sabedoria consubstanciada no amor que nos conduz a Deus.
Esta sim, a fé raciocinada, é a fé que efetivamente há de nos salvar.
* * *
Não é a repetição automática de palavras decoradas que nos aproximam de Deus.
Não é a oferta de valores e de bens que nos concederá a paz que tanto almejamos.
Não serão rituais, nem trajes específicos que garantirão às nossas almas o consolo e a orientação de que necessitamos.
Deus dispensa fórmulas para estender seus braços amorosos em nossa direção.
Somente a fé verdadeira, que deve ser conquistada por cada um de nós, individualmente e à custa de esforço e dedicação, é que nos oferecerá tais bênçãos de forma efetiva e permanente.
Pensemos nisso!
Redação do Momento Espírita. Em 08.03.2010.

o homem e o arbítrio

Hippolyte Léon Denizard Rivail,

Allan Kardec

Hippolyte Léon Denizard Rivail, Allan Kardec, nascido em 3 de outubro de 1804, em Lyon, na França, realizou a tarefa missionária de codificar, isto é, apresentar em livros, metódica, didática e logicamente organizados, comentados e explicados, os postulados da Doutrina Espírita.
O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e Inferno e A Gênese são a base para conhecer e estudar o Espiritismo.

ESPIRITISMO

Muitas pessoas que se interessam pelo Espiritismo manifestam muitas vezes o pesar de não possuírem senão muito imperfeito conhecimento da biografia de Allan Kardec, e de não saberem onde encontrar, sobre aquele a quem chamamos Mestre, as informações que desejariam conhecer. Pois é para honrar Allan Kardec e festejar a sua memória que nos achamos hoje reunidos, e mesmo sentimento de veneração e de reconhecimento faz vibrar todos os corações.
Em respeito ao fundador da filosofia espírita, permiti-me, no intuito de tentar corresponder a tão legítimo desejo, que vos entretenha alguns momentos com esse Mestre amado, cujos trabalhos são universalmente conhecidos e apreciados, e cuja vida íntima e laboriosa existência são apenas conjeturadas. Se fácil foi a todos os investigadores conscienciosos inteirarem-se do alto valor e do grande alcance da obra de Allan Kardec pela leitura atenta das suas produções, bem poucos puderam, pela ausência até hoje de elementos para isso, penetrar na vida do homem íntimo e segui-lo passo a passo no desempenho da sua tarefa, tão grande, tão gloriosa e tão bem preenchida.
Não somente a biografia de Allan Kardec é pouco conhecida, senão que ainda está por ser escrita. A inveja e o ciúme semearam sobre ela os mais evidentes erros, as mais grosseiras e as mais impudentes calúnias. Vou, portanto, esforçar-me por mostrar-vos, com luz mais verdadeira, o grande iniciador de quem nos desvanecemos de ser discípulos. Todos sabeis que a nossa cidade se pode honrar, a justo título, de ter visto nascer entre seus muros esse pensador tão arrojado quão metódico, esse filósofo sábio, clarividente e profundo, esse trabalhador obstinado cujo labor sacudiu o edifício religioso do Velho Mundo e preparou os novos fundamentos que deveriam servir de base à evolução e à renovação da nossa sociedade caduca, impelindo-a para um ideal mais são, mais elevado, para um adiantamento intelectual e moral seguros.
Foi, com efeito, em Lyon, que, a 3 de outubro de 1804, nasceu de antiga família lionesa, com o nome de Rivail, aquele que devia mais tarde ilustrar o nome de Allan Kardec e conquistar para ele tantos títulos à nossa profunda simpatia, ao nosso filial reconhecimento. Eis aqui a esse respeito um documento positivo e oficial: “Aos 12 do vindemiário3 do ano XIII, auto do nascimento de Denizard Hippolyte-Léon Rivail, nascido ontem às 7 horas da noite, filho de Jean Baptiste – Antoine Rivail, magistrado, juiz, e Jeanne Duhamel, sua esposa, residentes em Lyon, rua Sala n° 76. “O sexo da criança foi reconhecido como masculino. “Testemunhas maiores: “Syriaque-Frédéric Dittmar, diretor do estabelecimento das águas minerais da rua Sala, e Jean-François Targe, mesma rua Sala, à requisição do médico Pierre Radamel, rua Saint-Dominique n° 78. 3 Veja-se “Reformador” de abril de 1947, pág, 85.

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